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Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
Departamento de Engenharia de Minas 
Geologia de Engenharia I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ÁREA2 - Rochas sedimentares 
Aula 9a - Identificação macroscópica de rochas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Rodrigo Peroni 
Junho 2003 
 
Geologia de Engenharia I – ÁREA2 
Rodrigo Peroni 
1. DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DE ROCHAS SEDIMENTARES CLÁSTICAS 
Antes de começarmos a descrever as rochas, devemos fazer alusão a alguns termos 
i. matriz: material de granulação fina que ocorre entre os grãos grosseiros na rocha. 
Normalmente consiste de argila com partículas do tamanho de silte de quartzo e outros 
minerais 
ii. cimento: não confundir com matriz, cimento é o material precipitado quimicamente que 
preenche os espaços entre a estrutura de grãos nas rochas sedimentares. 
Ao descrever uma amostral de mão de rocha sedimentar, determinadas características são 
importantes de serem ressaltadas: 
i. Tamanho de grão 
ii. Composição 
iii. Textura 
iv. Cor 
v. Clastos importantes, outras características marcantes. 
 
Em rochas sedimentares os constituintes estão organizados em estrutura granular (arcabouço), 
matriz e cimento. O arcabouço e a matriz são alógenos (transportados para o local de deposição), ao 
passo que o cimento é autógeno (precipitado no local de deposição). 
Os três tipos mais comuns de arcabouço são: 
i. Quartzo: monocristalino (grãos) e policristalino (chert) 
ii. Feldspato 
iii. Fragmentos líticos (qualquer fragmento pré-existente de rochas) 
Minerais comuns constituintes de cimento incluem: 
i. minerais carbonatados, calcita, dolomita e siderita 
ii. quartzo 
iii. feldspato assim como o ortoclásio (como crescimento em grãos detríticos de ortoclásio) e 
albita 
iv. argila de mica – sectita, caolinita e grupo da clorita 
Observe que argila ocorre e ambas as situações, como matriz terrígena, os produtos de 
reações de hidrólise nos solos da área de origem para os sedimentos, e como cimentos diagenéticos, 
os quais são resultado de reações similares que ocorrem entre os sedimentos. 
2. CLASSIFICAÇÃO 
De acordo com a classificação adotada existe uma ordem lógica de observação de alguns itens 
até chegar na identificação e na própria nomenclatura da rocha. Os passos a seguir são seguidos até 
que se obtenha a identificação das feições macroscópicas da rocha e a conseqüente determinação 
do nome: 
Passo um: classificação pelo tamanho de grão 
Passo dois: observação da composição 
 cascalho 
 areia 
Geologia de Engenharia I – ÁREA2 
Rodrigo Peroni 
 lama 
Passo três: observação da textura 
 cascalho 
 areia 
 lama 
Passo quatro: Cor 
Passo cinco: Observações adicionais, clastos importantes, etc. 
Passo seis: dar o nome da rocha 
Nota: Essa é apenas uma maneira de classificar rochas sedimentares clásticas. Existe uma 
variedade de classificações de rochas disponíveis, portanto para uma mesma rocha podem ser 
atribuídos nomes distintos. Embora pareça confuso,ao aceitar-se e entender-se a diversidade de 
nomenclaturas, poderemos comparar e contrastar a literatura de rochas sedimentares. 
2.1. PASSO UM 
A identificação fundamental de rochas sedimentares é o tamanho de grão. Isso irá conduzir ao 
nome raiz da rocha. O tamanho de grão é determinado observando-se a proporção dos minerais de 
que predominam na textura da rocha de acordo com a sua granulometria. Lembrando que: 
rudáceo > 2mm 
1/16 < arenáceo < 2mm
lutáceo < 1/16 
Para uma identificação mais completa, verifica-se a escala de granulometria de Wentworth. 
Define-se então se a composição da rocha é composta em sua maioria por minerais 
(independente do tipo de mineral) de granulometria: 
i. rudácea 
ii. arenácea 
iii. lutácea 
CASCALHO AREIA LAMA SILTOSA LAMA ARGILOSA
ARGILITO ou
FOLHELHO
SILTITOARENITOCONGLOMERADO
 
Figura 1 - Tipos (granulometria) de sedimentos clásticos e os tipos de rochas formadas 
2.2. PASSO DOIS 
Suponha que se tenha definido que a rocha é composta em sua maioria por grãos de cascalho. 
Observa-se agora a composição da rocha para avaliar as proporções relativas de lama, areia e 
cascalho e utilizando a subdivisão de Comptom de rochas clásticas, determina-se um nome mais 
acurado para essa rocha. 
Por exemplo, uma rocha com 5% cascalho, 80% lama e 15% areia seria classificada como 
lutito rudáceo. 
Geologia de Engenharia I – ÁREA2 
Rodrigo Peroni 
 
Figura 2 – Gráfico triangular de classificação proporcional do tipo de sedimento constituinte da rocha sedimentar. 
Suponha que se tenha definido que a rocha é composta por grãos do tamanho areia, agora 
observe a composição dessa rocha e verifique se existe mais ou menos de 10% de matriz na 
composição global. Conforme essa determinação a rocha será: 
mais do que 10% Wacke 
menos do que 10% Arenito 
Observe os grãos da rocha e verifique se eles são compostos em sua maioria por grãos de 
quartzo, feldspato ou fragmentos líticos. Determine suas proporções relativas e use a classificação de 
arenitos de Dott (Gilbert) para atribuir um nome mais acurado para a rocha. Se o nome determinado 
for arenito, observe o material entre os grãos (cimento), se for possível, determinar o tipo de 
cimentação (dois tipos de cimentação comuns são o quartzo e a calcita). 
 
Figura 3 - Classificação modificada de Dott (Gilbert) de Wackes. 
Geologia de Engenharia I – ÁREA2 
Rodrigo Peroni 
Diagramas QFL (quartzo – feldspato – líticos) 
Wackes contém mais do que 10% de matriz, determina-se um nome mais acurado para a rocha 
usando as abundâncias relativas de quartzo, feldspato e líticos. Por exemplo, uma rocha com mais de 
10% de matriz e aproximadamente 60% de fragmentos líticos seria classificada como wacke lítico. 
 
Classificação modificada de Dott (Gilbert) de arenitos. 
Arenitos contém menos de 10% de matriz. Determinar um nome mais acurado para a rocha 
usando as proporções relativas de quartzo, feldspato e líticos. Por exemplo, uma rocha com menos 
de 10% de matriz e aproximadamente 90% de quartzo seria classificada como um quartzo arenito. 
Suponha que tenha sido definido que a rocha é um lutito. Observe a composição e determine a 
quantidade relativa de argila e silte e cheque para ver se a rocha é fissílica ou não-fissílica. Se for 
definido como uma rocha lutácea despreza-se o passo três indo direto para o passo quatro. 
Classificação de rochas lutáceas (H. Blatt et al, 1980) 
Definição de tamanho ideal Lutito fissílico Lutito não fissílico 
> 2/3 silte folhelho siltoso siltito 
> 1/3 < 2/3 silte folhelho lutáceo lutito 
> 2/3 argila folhelho argiloso argilito 
2.3. PASSO TRÊS 
Agora observe a textura dessa rocha e identifique o grau de arredondamento dos grãos e como 
eles estão classificados. Uma das propriedades texturais de uma rocha sedimentar é o tamanho dos 
grãos. Os dois parâmetros importantes são: 
tamanho médio dos grãos 
distribuição (classificação) do tamanho dos grãos 
 
 
 
 
Geologia de Engenharia I – ÁREA2 
Rodrigo Peroni 
Tabela 1 - Escala de tamanho de grão de Wentworth (1922). 
Escala Phi tamanho Classe de Wentworth Nome do sedimento / nome da rocha 
-8 256 mm Mataco Sedimento: Cascalho 
-6 64 mm Pedregulho Rocha: Rudito (conglomerado, brechas) 
-2 4 mm Seixo 
-1 2 mm Grãos 
0 1 mm Areia muito grossa Sedimento: Areia 
1 1/2 mm Areia Grossa Rocha: Arenito 
2 1/4 mm Areia média 
3 1/8 mm Areia fina 
4 1/16 mm Areia muito fina 
8 1/256 mm Silte Sedimento: lama 
 Argila Rocha: Lutito 
A escala usada para definir o tamanho dos grãos em sedimentos e rochas sedimentares são 
escalas de graduação, isto é, elas foram criadas para impor subdivisões arbitrárias na continuidadenatural. A terminologia mais familiar para é a da escala de Wentworth, que inclui as classes maiores: 
cascalho, areia e argila com suas subdivisões. A escala phi desenvolvida por Krumbein, é construída 
pela seguinte equação: 
 
2.3.1. DISTRIBUIÇÃO DO TAMANHO DE GRÃO 
A variedade em tamanho de grão em uma rocha silicástica é comumente conhecida por 
classificação. A classificação pode ser computada pelo histograma da distribuição do tamanho de 
grão, o qual é freqüentemente estimado utilizando uma tabela visual tal qual apresentada na figura 
abaixo. A classificação é normalmente um parâmetro usado para identificar a maturidade da rocha. 
SELEÇÃO POBRE BEM SELECIONADO
MODERADAM. SELECIONADO MUITO BEM SELECIONADOSELEÇÃO MUITO POBRE
 
 
2.3.2. SILICICLASTOS: FORMA DO GRÃO 
Forma do grão envolve atributos que se referem à morfologia externa das partículas. Isso inclui 
textura da superfície, arredondamento e forma dos grãos. Forma dos grãos (Bustin, 1995) é 
determinada por: 
estrutura interna (clivagem dos minerais) 
características de origem da rocha tal como diaclasamento ou acamadamento 
litologia 
dureza 
Geologia de Engenharia I – ÁREA2 
Rodrigo Peroni 
fratura 
transporte 
2.3.3. TEXTURA DA SUPERFÍCIE 
Textura da superfície se refere à irregularidades na superfície, tão pequenas de maneira que 
elas não afetem a forma do grão. Feições incluem vários tipos de buracos, ranhuras, etc. Essas 
características podem ter algo a ver com o ambiente deposicional. Contudo elas são difíceis de se 
observar sem a ajuda de um microscópio eletrônico de varredura. 
2.3.4. ARREDONDAMENTO 
Arredondamento é definido como o raio de curvatura médio dos cantos (ri na figura) ao maior 
circulo inscrito. Como pode ser visto, esse tipo de medida é bastante complicado e subjetivo. 
 
 
A maneira mais simples de determinar arredondamento é comparar o arredondamento dos 
grãos de uma rocha ou sedimento à tabelas preparadas assim como as tabelas mostradas abaixo. 
ANGULAR SUB-ANGULAR SUB-ARREDONDADO ARREDONDADO 
2.3.5. FORMA 
Forma se refere aos atributos envolvendo a morfologia tridimensional, isto é, a variação na 
proporção dos três eixos que definem a forma geométrica. Várias medidas são usadas, e as mais 
populares incluem: 
Esfericidade – proximidade de forma esferoidal, normalmente visual usando gráficos de 
comparação. 
Diagramas de Zing – plotar a relação dos eixos (menor / intermediário) x (intermediário / maior). 
Normalmente uma estimativa visual é mais utilizada do que medidas verdadeiras são utilizadas. 
Geologia de Engenharia I – ÁREA2 
Rodrigo Peroni 
 
 
2.4. PASSO QUATRO 
Determinar a cor da rocha 
2.5. PASSO CINCO 
Verificar se existe algo anormal na rocha, alguma característica relevante, algum mineral 
importante ou clastos, algo que mereça ser tomado nota, presença de fósseis, alguma estrutura 
sedimentar visível (tipo acamadamento cruzado). Observação da estrutura (maciça, estratificada). 
2.6. PASSO SEIS 
Coloque todas as características juntas, usando as informações que foram coletadas, nomear a 
rocha usando a seguinte estrutura: 
NOME RAIZ [cor][textura][cimento][minerais importantes ou clastos] [com...]

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