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MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GESTAÇÃO Profª Bárbara Duarte Neris Especialista em Enfermagem Obstétrica Especialista em Atenção Básica Londrina - 2016 Créditos imagem: www.docstoc.com Conhecimento das Modificações Reconhecer anormalidades IMPORTÂNCIA Orientar como lidar com os desconfortos Vivencia positiva da gravidez Sistema Cardiovascular Anatômicas: diafragma eleva-se o coração é deslocado para a esquerda, pra cima e rodado pra frente; Funcionais: Debito Cardíaco (DC) - 30 a 50% • No inicio o acréscimo do DC não é proporcional á variação da FC, subordina-se ao aumento do volume sistólico. • Com a evolução a FC eleva-se sendo um fator importante para a manutenção do DC elevado. Aumenta na 10ª sem de gestação atinge seu máximo entre a 20ª e a 24ª s declina 40ª, atingindo os valores pré- gravídicos Sistema Cardiovascular Fluxo sanguíneo Uterino: aumenta cerca de 50ml/min na 10ª semana, 200ml/min na 28ª e 500ml/min no termo; Renal amplia-se 30% e volta aos níveis normais na 40ª semana; Periférico esta aumentado nas mãos desde o inicio até o termo; O mamários aumenta; Na pele esta aumentado para dissipar o calor ocasionado pelo aumento da taxa metabólica; Volume sanguíneo Aumenta em media 50% Aumento do volume plasmático Aumento do volume de eritrócitos Sistema Cardiovascular Pressão arterial Diminui até o nível mínimo, no meio da gravidez redução resistência vascular sistêmica (progesterona, estrógeno, prolactina) e a baixa da resistência circulatória placentária. PA aumenta posteriormente até os níveis pre-gravídicos. Pressão venosa Altera nos membros inferiores a medida que o útero comprime a veia cava inferior e das veias pélvicas. Sistema Respiratório Anatômicas Diâmetro transverso aumenta cerca de 2 a 3cm circunferência 6cm diafragma eleva-se cerca de 4cm Diminuição da expansão torácica Sistema Respiratório Fisiológicos A frequência respiratória aumenta discretamente gestante respira mais profundo e mais frequente o volume corrente aumenta de 30 a 40% Bioquímicas a progesterona promove o relaxamento dos músculos lisos dos bronquíolos, assim diminui o esforço respiratório e favorece o aumento da ventilação pulmonar. Sistema Gastrointestinal Gengivais vasos sanguíneos da papila interdental proliferam. Pode haver edema intercelular; Glândulas salivares diminuição da atividade enzimática de linfócitos e de imunoglobulinas. Esôfago aumenta a ocorrência de refluxo esofágico no 3º trimestre aumento da pressão intra- abdominal aumento do volume do útero retardamento do tempo de esvaziamento do estomago diminuição progressiva da resistência do esfíncter pressão intragástrica maior que a intra- esofageana aumento do teor de progesterona Peristaltismo mais lento Sistema Gastrointestinal Estômago e intestino: São deslocados para cima e para atrás; Relaxamento generalizado da musculatura lisa progesterona Diminui o tônus e a motilidade, a produção da secreção gástrica e o tempo do esvaziamento gástrico. Vesícula biliar O esvaziamento incompleto da vesícula, pode acarretar a retenção de cristais de colesterol. Pâncreas: os níveis de lípases estão reduzidos. Sistema Urinário Funcionais o fluxo sanguíneo renal (FSR) aumenta de 35 a 60% até o final do 1º trimestre, retornando aos níveis pré- gravídicos até o termo. Devido diminuição da resistência vascular renal e o aumento do debito cardíaco e do volume sanguíneo. Excreção de água e eletrólitos a quantia filtrada de sódio aumenta 50% em consequência do aumento da TFG. há retenção de sódio, cerca de 60% são distribuídas para o feto e a placenta, e o restante para o espaço extracelular e sangue materno. Sistema Urinário O aumento da filtração glomerular com decréscimo da reabsorção tubular Vias excretoras ◦ ocorre dilatação dos cálices, bacinetes e ureteres. ◦ O aumento da pressão + diminuição da elasticidade dos ureteres refluxo vesicoureteral ◦ A bexiga mostra diminuição progressiva do tonus e um aumento da sua capacidade. ◦ no final da gestação contem o dobro da sua capacidade normal sem desconforto. Glicosúria Aminoacidúria Sistema Reprodutor • Mamas 1ª semanas apresenta dor à palpação e formigamento. aumentam tamanho e tornam-se nodulares hipertrofia dos alvéolos mamários Aumento da vascularização (Rede de Haller) mamilos maiores, mais pigmentados e mais eréteis aréolas tornam-se mais largas e mais pigmentadas Dispersas nas aréolas há varias pequenas elevações, que são glândulas sebáceas hipertrofiadas. Sistema Reprodutor • Útero Hipertrofia e dilatação Aumento do fluxo sanguíneo final 1/6 volume total sangue materno • Vagina, vulva e períneo Ocorre aumento da vascularização; espessura da mucosa; afrouxamento do tecido conjuntivo; hipertrofia das células musculares lisas. Sistema Musculo Esquelético Mudanças no centro gravídico – alteração da postura Articulações os ligamentos da sínfise púbica e das articulações sacrilíacas afrouxam-se, tornando-se mais flexível. Devido a relaxina, hormônio peptídeo encontrado ao corpo lúteo gravídico, na decídua e na placenta. Sistema Tegumentar Vascularização há aumento da perfusão da pele; Aumento temperatura. Pigmentação ocorre aumento da deposição de melanina nos macrófagos epidérmicos e dérmicos. Psíquicas e emocionais Alterações emocionais reações neuropsíquicas vomito. A irritabilidade, a melancolia, o medo; O caráter e a afetividade modificadas; Alterações físicas – ação hormonal ◦ Sonolência; ◦ Fadiga. BIBLIOGRAFIA ZIEGEL, E.E e CRANLEY, M.S. Enfermagem Obstétrica. 8 ed. , Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1985 BURROUGH, A. Uma introdução a Enfermagem Materna. 6 ed., Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. REZENDE, J. e MONTENEGRO, A. B. Obstetrícia Fundamental 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. LOWDERMILK, D. L. et al. O Cuidado em Enfermagem Materna. 5 ed., Porto Alegre: Artmed Editora, 2002. BRANDEN, P. S. Enfermagem materno-infantil. 2.ed. Rio de Janeiro : Reichmann & Affonso Editores, 2000. 524p. (Enfermagem prática). GONZALEZ, H. Enfermagem em Ginecologia e Obstetrícia. 2 ed. , São Paulo: Senac, 1999. SALES, J.M. et al. Tratado de Assistência Pré-Natal. São Paulo: ROCA, 1989. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada - manual técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
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