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DIR ADM aula 2 Organização Administrativa

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DIREITO ADMINISTRATIVO
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
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Direito Administrativo
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA
Administração Pública Direta:
A Administração Pública Direta (DL nº 200/67, art. 4º, I) compreende “o conjunto dos órgãos integrados na estrutura da Chefia do Executivo e na estrutura dos órgãos auxiliares da Chefia do Executivo”.
Suas características são a hierarquia e a generalidade de tarefas e atribuições que lhe cabem, partilhadas entre os órgãos que a compõem.
(desconcentração – sem personalidade – hierarquia e órgão público).
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Direito Administrativo
Administração Pública Indireta:
A Administração Pública Indireta (DL nº 200/67, art. 4º, II) compreende “o conjunto de pessoas jurídicas, de direito público ou privado, criadas por lei, para desempenhar atividades assumidas pelo Estado, seja como serviço público, seja a título de intervenção no domínio econômico”.
Compõe a Administração Indireta, no direito positivo brasileiro, as autarquias, as fundações instituídas pelo poder público, as sociedades de economia mista e as empresas públicas. (com personalidade – descentralização – controle – pessoa jurídica)
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Direito Administrativo
Criação de Entidades da Administração Indireta A matéria é regulada nos inc. XIX e XX, do art. 37, da Constituição, que apresentam a seguinte redação:
 “XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
 XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;”
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Direito Administrativo
Autarquias:
São pessoas jurídicas de direito público de natureza meramente administrativa, criadas por lei específica, para a realização de atividades, obras ou serviços descentralizados da entidade estatal que as criou. Funcionam e operam na forma estabelecida na lei instituidora e nos termos de seu regulamento. 
As autarquias podem desempenhar atividades educacionais (Universidades), previdenciárias (INSS), profissionais ou corporativas e quaisquer outras outorgadas pela entidade estatal-matriz, mas sem subordinação hierárquica, sujeitas apenas ao controle finalístico de sua administração e da conduta de seus dirigentes.
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Direito Administrativo
Autarquias Profissionais: são os conselhos de classe, que após a ADIN 1717 tem natureza jurídica de autarquia. 
Assim as suas anuidades tem natureza tributária e em caso de não pagamento podem ser discutidas por meio de execução fiscal, estão sujeitas às regras de contabilidade pública e a controle pelo Tribunal de Contas, além da exigência do concurso público para admissão de pessoal (divergente). Nesse contexto, tem-se a exceção da Ordem dos Advogados do Brasil que segundo a jurisprudência do STF não está sujeitas às mesmas condições, a anuidade não é tributária, não cabe execução fiscal (cobrança via execução do CPC), não se submete a contabilidade pública e ao Tribunal de Contas e está dispensada de fazer concurso público, além de não compor a Administração Direta ou Indireta (vide ADIN 3026).
Autarquias Territoriais: são os territórios, não se confundem com as autarquias administrativas e não compõem a Administração Indireta.
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Direito Administrativo
Características:
1. Criação e extinção: por lei específica – art. 37, XIX, da CF;
2. personalidade jurídica pública; 
3. capacidade de auto-administração;
4. Controle: interno e externo
5. Atos e Contratos: seguem regime administrativo e obedecem à Lei 8.666/93;
6. Responsabilidade Civil: é, em regra, objetiva (art. 37, §6º, da CF) e subsidiária do Estado;
7. Prescrição qüinqüenal – DL nº 20.910/32;
8. Bens autárquicos: seguem regime de bem público (alienabilidade condicionada,
impenhorabilidade, impossibilidade de oneração e imprescretibilidade)
9. Débitos judiciais: seguem regime de precatório (art.100 da CF)
10. especialização dos fins ou atividades; 
11. sujeição a controle ou tutela 
12. Procedimentos financeiros: regras de contabilidade pública (Lei nº 4.320/64 e LC 101/00)
13. Regime de pessoal: os seus agentes são servidores públicos, podendo ser estatutários ou celetistas, a depender da previsão legal.
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Direito Administrativo
Autarquias de regime especial
 Algumas autarquias têm sido instituídas sob o rótulo de autarquias de regime especial, sem que a respectiva lei instituidora especifique quais as particularidades da entidade em questão que justificam a utilização dessa expressão. Frente a tal imprecisão, entendem nossos doutrinadores que o legislador tem se valido dessa denominação para instituir autarquias com privilégios diferenciados, detentoras de maior autonomia administrativa do que as autarquias em geral.
 
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Direito Administrativo
Agências:
O vocábulo agência foi importado do modelo de direito administrativo norte-americano.
No Brasil existe dois tipos de agências:
As agências executivas, criadas pelos Decretos Federais 2.487 e 2.488, de 02.02.1998, que qualificam as autarquias ou fundações que celebrem contrato de gestão com o órgão da Administração Pública a que se acha vinculada, para a melhoria da eficiência e redução dos custos. 
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Direito Administrativo
As agências reguladoras, que são criadas por leis esparsas (ex: Lei nº 9.472/97 – ANATEL), e qualificam qualquer órgão da Administração Direta ou Entidade da Administração Indireta, que tenha a função de regular as matérias que lhe são afetas. Têm por objetivo assumir os poderes que, na concessão, na permissão e na autorização, antes eram exercidos pela Administração Direta, na qualidade de Poder Concedente.
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Direito Administrativo
Privilégios:
Imunidade de impostos;
Ação regressiva;
Impenhorabilidade de seus bens e rendas;
Execução fiscal (escolha do foro – qquer dos devedores ou qquer dos domicílios do réu);
Recurso de ofício;
Dilatação de prazo (4x contestar e 2x recorrer);
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Direito Administrativo
Fundações: 
São pessoas jurídicas de direito público ou pessoas jurídicas de direito privado, devendo a lei definir as respectivas áreas de atuação, conforme o inciso XIX do artigo 37 da Constituição Federal, na nova redação dada pela EC 19/98. No primeiro caso elas são criadas por lei, à semelhança das autarquias, e no segundo a lei apenas autoriza sua criação, devendo o Poder Executivo tomar as providências necessárias à sua instituição.
Características:
1) dotação patrimonial pública ou privada; 2) personalidade jurídica pública ou privada; 3) desempenho de atividade atribuída ao Estado no âmbito social (saúde, educação, cultura, meio ambiente, assistência, etc...); 4) capacidade de auto-administração; 5) sujeição ao controle ou tutela, nos limites da lei e 6) imunidade de impostos.
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Direito Administrativo
Empresas Estatais: 
As empresas estatais são pessoas jurídicas de direito privado, instituídas sob a forma de sociedades de economia mista ou empresas públicas, com a finalidade de prestar serviço público que possa ser explorado no modo empresarial, ou de exercer atividade econômica de relevante interesse coletivo. Sua criação deve ser autorizada por lei específica, cabendo ao Poder Executivo as providências complementares para sua instituição.
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Direito Administrativo
Traços distintivos: 
As sociedades de economia mista são estruturadas sob a forma de sociedade anônima (ex: Banco do Brasil) e seu capital social é composto de recursos públicos e privados; 
As empresas públicas são estruturadas sob quaisquer das formas admitidas em direito e seu capital social é composto de recursos públicos. 
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Direito Administrativo
Regime Jurídico
1. Criação e Extinção: são autorizadas por lei, dependendo para sua constituição do registro de seus atos constitutivos no órgão competente (art. 37, XIX da CF)
2. Controle:
interno e externo
3. Contratos e Licitações: obedecem à Lei 8.666/93, podendo, quando exploradoras da atividade econômica, ter regime especial por meio de estatuto próprio (art.173, §1º, III, CF)
4. Regime Tributário: em regra, não têm privilégios tributários, não extensíveis à iniciativa privada, exceto quando prestadora de serviço público;
5. Responsabilidade Civil: quando prestadoras de serviços públicos, é responsabilidade objetiva, com base no art. 37,§6º, da CF, respondendo o Estado subsidiariamente pelo prejuízos causados. Quando exploradoras de atividade econômica, o regime será o privado.
6. Regime de pessoal: titularizam emprego, seguindo o regime da CLT, todavia, são
equiparados a servidores públicos, em razão de algumas regras: concurso público, teto remuneratório, acumulação, remédios constitucionais, fins penais, improbidade administrativa e outras;
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Direito Administrativo
7. Privilégios processuais: não gozam, obedecem às regras gerais de processo;
8. Bens: são penhoráveis, exceto se a empresa for prestadora de serviços públicos e o bem estiver diretamente ligado a eles;
9. Regime falimentar: não estão sujeitos a este regime – Lei 11.101/05
10. personalidade jurídica de direito privado; 
11. sujeição ao controle estatal; 
12. derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito público; 
13. vinculação aos fins definidos na lei instituidora; 
14. desempenho de atividade de natureza econômica.
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Direito Administrativo
Órgãos Públicos:
São centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. (teoria do órgão) 
São unidades de ação com atribuições específicas na organização estatal. Cada órgão, como centro de competência governamental ou administrativa, tem necessariamente funções, cargos e agentes, mas é distinto desses elementos que podem ser modificados, substituídos ou retirados sem supressão da unidade orgânica. Isto explica porque a alteração de funções, ou a vacância dos cargos, ou a mudança de seus titulares, não acarreta a extinção do órgão.
Os órgãos integram a estrutura do Estado por isso, não têm personalidade jurídica nem vontade própria, são meros instrumentos de ação dessas pessoas jurídicas.
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Direito Administrativo 
AGENTE PÚBLICO
Pessoa física que exerce, transitória ou permanentemente, a título gratuito ou remunerado, função pública. 
Assim, quem quer que desempenhe função estatal e enquanto a exercita, é um agente público. 
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Direito Administrativo
Espécies de agentes públicos (Hely Lopes Meireles)
1. Políticos - primeiro escalão do Governo - (Presidente, Governador, Prefeito, Deputado, Juiz, Promotor, etc.).
2. Administrativos - sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico. - Servidores: concursados, comissionados, empregados e contratados
3. Honoríficos - Cidadãos convocados, designados ou nomeados para prestar, transitoriamente, determinados serviços ao Estado. (Jurado, Mesário eleitoral, Comissário de menores, etc.)
4. Delegados - Particulares que recebem incumbência da execução de determinada atividade, por sua conta e risco, (cartórios não estatizados, leiloeiros, tradutores, etc.). 
5. Credenciados - para representar a Administração em determinados atos ou certa atividade específica, mediante remuneração do Poder Público, (médicos, Dentistas, etc.)
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Direito Administrativo
Cargo público
São as mais simples e indivisíveis unidades de competência a serem expressas por um agente público, previstos em número certo, com determinação própria e remunerados por pessoas jurídicas de direito público, devendo ser criados por Lei.
Em outras palavras, cargo é o posto ou o lugar reservado a uma pessoa física, na Administração Pública, para o desempenho de determinadas atribuições, mediante o regime estatutário.
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Direito Administrativo – Servidor Público
Emprego público
Também é o posto ou lugar a ser ocupado pela pessoa física, na Administração Pública, para o desempenho de determinadas atribuições, entretanto, mediante o regime contratual ou celetista.
Sujeitam-se a uma disciplina jurídica que embora sofra algumas influências, basicamente são aquelas aplicadas aos contratos trabalhistas em geral.
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Direito Administrativo
Função pública é a tarefa cometida ao servidor público em caráter temporário ou em razão da confiança nele depositada.
Assim, de conformidade com a atual Constituição, quando se fala em função, tem-se que ter em vista dois tipos de situações:
a função exercida por servidores contratados temporariamente com base no artigo 37, inciso IX, para as quais não se exige, necessariamente, concurso público;
as funções de natureza permanente, correspondentes a chefia, direção, assessoramento, ou outro tipo de atividade para a qual o legislador não crie o cargo respectivo ( em geral são as funções de confiança, de livre provimento e exoneração - CF, art. 37, V).

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