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LIBERDADE PROVISORIA

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LIBERDADE LIBERDADE 
PROVISÓRIAPROVISÓRIA
RELAXAMENTO X LIBERDADE
� Caso a prisão em flagrante efetuada pela autoridade policial seja
ilegal, a prisão deverá ser relaxada, sem a imposição de
obrigações. O próprio juiz deverá decretar o relaxamento.
� A liberdade provisória surge como um remédio para as prisões
provisórias, inclusive nas hipóteses em que o cidadão é preso em
flagrante, desde que este não seja ilegal.
� Utopicamente a liberdade durante a instrução criminal deveria ser
regra e a prisão provisória uma exceção.
Hipóteses LIBERDADE PROVISÓRIA
1 1 -- LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇALIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA
A. O réu "se livra solto" (art.321 do CPP)
B. Excludentes de ilicitude (art. 310 do CPP e art. 23 do CP).
[Legítima Defesa - Estado de Necessidade - Estrito Cumprimento 
de Dever Legal - Exercício Regular de Direito]
A. Hipótese do artigo 310, parágrafo único do CPP
2 2 -- LIBERDADE PROVISÓRIA COM FIANÇALIBERDADE PROVISÓRIA COM FIANÇA
1. LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA1. LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA
A - O RÉU "SE LIVRA SOLTO"
� A expressão livrar-se solto, refere-se a duas situações distintas, em que
a concessão de liberdade provisória não impõe qualquer obrigação
(vinculação) ao cidadão:
� A primeira delas ocorre quando não é cominada pena privativa de� A primeira delas ocorre quando não é cominada pena privativa de
liberdade ao delito praticado.
� A segunda situação, tem-se que o réu livra-se solto quando a pena
privativa de liberdade cominada ao delito não ultrapassa três meses.
� Na visão do mestre Eugenio Pachelli, essa modalidade de liberdade
provisória não existe mais, tendo sido revogada pela lei n°9.099/95.
Afinal, o autor que presta compromisso, nos termos do referido diploma
legal não ficará preso em flagrante (artigo 69, parágrafo único).
1. LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA1. LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA
B - EXCLUDENTES DE ILICITUDE
� O CPP diz que, se ao analisar o ato de prisão, o juiz verificar que o
acusado agiu amparado por uma das referidas excludentes de ilicitude,
poderá conceder a liberdade provisória ao indiciado mediante a
assinatura de termo de compromisso de comparecimento a todos os atosassinatura de termo de compromisso de comparecimento a todos os atos
do processo.
� Assim, se a conduta empenhada pelo agente for típica, o sujeito pode
ser preso em flagrante. Se verificado, contudo, que o mesmo agiu
amparado por uma causa excludente de ilicitude, impõe-se o decreto da
liberdade provisória. Ressalte-se que essa modalidade de liberdade
provisória depende de decisão judicial, não podendo ser concedida pela
autoridade policial, de ofício.
1. LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA1. LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA
C - HIPÓTESE DO ARTIGO 310
� Mesmo havendo prisão em flagrante, mesmo o auto sendo corretamente
lavrado, ainda que o delito seja inafiançável, poderá ser concedida
liberdade provisória ao réu desde que não estejam presentes os
fundamentos da prisão preventiva, descritos no artigo 312 do CPP.fundamentos da prisão preventiva, descritos no artigo 312 do CPP.
� Em outras palavras, o flagrante pode ser realizado, mas a sua
manutenção depende da existência dos referidos fundamentos. Não se
trata de faculdade do juiz mas de verdadeiro direito subjetivo público do
réu. Constituí a hipótese mais importante e mais abrangente do CPP.
� E assim pode ser incabível a liberdade provisória com fiança, mas
cabível a liberdade com base no parágrafo único do artigo 310.
2. LIBERDADE PROVISÓRIA COM FIANÇA2. LIBERDADE PROVISÓRIA COM FIANÇA
� A possibilidade de prestação de fiança está nos artigos 323 e 324. O
legislador optou por fazer uma enumeração negativa das hipóteses em
que é possível a concessão de liberdade provisória com o pagamento de
fiança.
� O instituto da fiança é um substituto da prisão provisória, em especial da� O instituto da fiança é um substituto da prisão provisória, em especial da
prisão em flagrante. Ao invés de se prender a pessoa que aguarda a
manifestação do poder jurisdicional, deposita-se um valor em pecúnia,
como forma de substituição. Com isso, preserva-se a liberdade do
cidadão, sem a preocupação de que a pessoa venha a evadir e furtar-se
à aplicação da lei penal, visto que a mesma tem interesse na restituição
do valor depositado em fiança.
2. LIBERDADE PROVISÓRIA COM FIANÇA2. LIBERDADE PROVISÓRIA COM FIANÇA
� Como visto, a regra é que o delito seja afiançável, sendo a
inafiançabilidade a exceção. As hipóteses de inafiançabilidade elencadas
nos artigos mencionados podem ser SUBJETIVAS ou OBJETIVAS.
� As HIPÓTESES OBJETIVAS de inafiançabilidade são aquelas previstas
no artigo 323. Constituem hipóteses materiais de inafiançabilidade, jáno artigo 323. Constituem hipóteses materiais de inafiançabilidade, já
que a lei define a impossibilidade de concessão de fiança a partir de
critérios sem qualquer caráter subjetivo.
� O artigo 324, por sua vez, define as HIPÓTESES SUBJETIVAS de
inafiançabilidade.
2. LIBERDADE PROVISÓRIA COM FIANÇA2. LIBERDADE PROVISÓRIA COM FIANÇA
� HIPÓTESES OBJETIVAS (323)
� De acordo com esse dispositivo, não cabe fiança:
- nos crimes cuja pena de reclusão mínima cominada pela lei é superior a 2
anos.
- nas contravenções penais relativas aos vadios (vadiagem e mendicância)
- se o réu é reincidente em crime doloso
- em crimes punidos com reclusão que tenham causado clamor público ou
tenham sido cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa.
2. LIBERDADE PROVISÓRIA COM FIANÇA2. LIBERDADE PROVISÓRIA COM FIANÇA
� HIPÓTESES SUBJETIVAS (324)
� De acordo com esse dispositivo, não cabe fiança:
- aos que já tenham quebrado fiança no mesmo processo, ou infringido as
obrigações constantes dos artigos 327 e 328 do CPP.
- aos presos em virtude de sentença proferida no juízo cível.
- quando presentes os fundamentos que autorizam a decretação da prisão
preventiva.
- aos que estiverem no gozo de sursis ou liberdade condicional.
OBRIGAÇÕES DO AFIANÇADOOBRIGAÇÕES DO AFIANÇADO
a) o afiançado não pode mudar de residência sem autorização do juiz.
b) obrigação de comparecer a todos os atos do processo aos quais for
intimado.
c) comunicar quaisquer ausências prolongadas, assim consideradas
aquelas superiores a 8 (oito) dias.
� O descumprimento de qualquer uma dessas obrigações constituí o que a
doutrina (e também o próprio Código de Processo Penal) chama de
quebramento de fiança, e implica no restabelecimento da prisão
provisória e na perda de metade do valor da fiança prestada.
DISPOSIÇÕES GERAIS DISPOSIÇÕES GERAIS -- FIANÇAFIANÇA
� Em caso de prisão em flagrante, será competente para conceder a fiança
a autoridade que presidir ao respectivo auto, e, em caso de prisão por
mandado, o juiz que o houver expedido.
� A fiança poderá ser prestada em qualquer termo do processo, enquanto
não transitar em julgado a sentença condenatória.
� O artigo 350 do CPP regula os casos em que o réu é pobre, comete um� O artigo 350 do CPP regula os casos em que o réu é pobre, comete um
crime afiançável, mas não tem condições de prestar fiança. Nesses
casos, a lei permite que lhe seja deferida a liberdade provisória, mesmo
sem o depósito da fiança. Entretanto, lhe serão exigidas as condições
dos artigos 327 e 328, próprias dos afiançados.
� Caso o réu seja absolvido, ao final do processo, e em tendo o mesmo
prestado fiança, o valor depositado deverá ser-lhe devolvido.
� Satisfeitos os pressupostos legais, a prestação de fiança constitui um
verdadeiro direito subjetivo público do réu, e não uma faculdade do juiz,
sendo tal irregularidade sanável pela via do habeas corpus.
DISPOSIÇÕES GERAIS DISPOSIÇÕES GERAIS -- FIANÇAFIANÇA
� Por força do disposto no artigo 5°, incisos XLII, XLIII e XLIV da CF, são
considerados crimes inafiançáveis:
- o delito de racismo;
- os delitos referentes
à tortura, tráfico de drogas, terrorismo,
- os crimes hediondos;
- a ação de grupos armados contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático.
� A lei 11464/07 modificou o art. 2° da lei 8072/90. Os crimes hediondo
continuam inafiançáveis mas quem os comete pode requere liberdade
provisória sem fiança.
LIBERDADE LIBERDADE 
PROVISÓRIA PROVISÓRIA 
� Em relação à prisão preventiva, a lei brasileira se portou da seguinte
forma:
� se a prisão é absolutamente necessária, ela é permitida ou mesmo
imposta e não pode ser substituída pela liberdade provisória;
REVOGAÇÃO DA REVOGAÇÃO DA 
PRISÃO PRISÃO 
PREVENTIVA PREVENTIVA 
XX
imposta e não pode ser substituída pela liberdade provisória;
� se, ao contrário, a prisão não é de todo imprescindível, a decretação dela
constituiria abuso de poder. Não há que falar em substituí-la, pois seria
substituir uma coisa que não deve existir.
Assim, decretada a custódia preventiva, a possibilidade de libertação do
agente não se verificará através de liberdade provisória, mas de
revogação da medida cautelar de prisão preventiva.
LIBERDADE LIBERDADE 
PROVISÓRIA PROVISÓRIA 
TOURINHO explica essa incompatibilidade:
� A prisão preventiva é decretada para assegurar a aplicação da lei penal,
por conveniência da instrução criminal, da ordem econômica e como
garantia da ordem pública (CPP, art. 312).
REVOGAÇÃO DA REVOGAÇÃO DA 
PRISÃO PRISÃO 
PREVENTIVA PREVENTIVA 
XX
garantia da ordem pública (CPP, art. 312).
� Assim, não teria sentido permitir a liberdade provisória mediante fiança,
mesmo ciente o Juiz de que o réu , ou indiciado, está preparando para
fugir, por exemplo. Se o réu está afugentando as testemunhas que
devam depor contra ele, se está tentando subornar testemunhas ou
peritos, e o juiz lhe decreta a medida extrema, teria sentido pudesse ele
se beneficiar da a liberdade provisória mediante fiança?
� Em suma, em se tratando de prisão preventiva, ou é ela revogada,
desaparecendo a situação coercitiva, ou é ela mantida, não pode ser
substituída por liberdade provisória.

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