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PALESTRA NOVA LEI DE DROGAS

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NOVA LEI DE DROGASNOVA LEI DE DROGAS
LEI 11.343/06LEI 11.343/06
CAROLINA LOURENÇO DEFILIPPI GONÇALVES
LEI 11.343/06LEI 11.343/06
● Lei 6368/76 – crimes
● Em 2002 = Lei 10.409
- veto na parte dos crimes
- procedimento relativo aos processos "por 
CAROLINA LOURENÇO DEFILIPPI GONÇALVES
- procedimento relativo aos processos "por 
crimes definidos nesta Lei" 
● Lei 11.343/06 REVOGOU expressamente 
as duas leis anteriores (art. 75)
● Uso de DROGA x DROGAS
●Art. 27 - que utiliza as expressões penas/medidas/medidas
educativas, tudo como sinônimo;
Art. 30 menciona o art. 107, CP, quanto a interrupção de prazo● Art. 30 menciona o art. 107, CP, quanto a interrupção de prazo
prescricional, sendo que na realidade deveria ser art. 117, CP
● Art. 33, § 4º determina que é vedada a conversão em penas
restritivas de direitos, mas o correto é substituição por restritivas.
USUÁRIO
quem adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo,
para consumo pessoal, qualquer tipo de droga proibida (art. 28)
- para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz
atenderá:
* à natureza e à quantidade da substância apreendida,
* ao local e às condições em que se desenvolveu a ação,
* às circunstâncias sociais e pessoais,
* à conduta e aos antecedentes do agente (artigo 28, § 2º)
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* à conduta e aos antecedentes do agente (artigo 28, § 2º)
● Descriminalização?
● Depenalização?
- Lei de Introdução ao Código Penal (art. 1º), "Considera-se crime a
infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção, quer
isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de
multa”
- Infração “sui generis”
O artart.. 1616 dada LeiLei 66..368368//7676 = artart.. 2828 dada LeiLei 1111..343343//0606::
● mudança da expressão do art. 16, que era "para uso próprio", e, no
atual art. 28, temos "para consumo pessoal",
● introdução de mais um núcleo no tipo, que diz: "tiver em depósito",
aqui uma mudança significativa, pois, no passado, essa conduta de
ter em depósito era exclusiva da conduta de tráfico, e não de usuário.
● outra alteração foi a introdução de mais um verbo no tipo do art. 28,
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● outra alteração foi a introdução de mais um verbo no tipo do art. 28,
qual seja, "transportar", que não existia no art. 16 da antiga lei. O
verbo transportar também era exclusivo da conduta de traficantes.
● introdução do parágrafo 1° - o legislador criou mais um tipo, que é
"semeia", "cultiva" e "colhe" plantas destinadas a produção de
drogas, porém como uma ressalva: "de pequena quantidade de
substância". Não havia razão de se imputar uma conduta de
traficante a quem só possuía um pequeno vaso com plantas em
casa.
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou
trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar será
submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso
educativo.
§ 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo
CAROLINA LOURENÇO DEFILIPPI GONÇALVES
§ 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo
pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de
pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar
dependência física ou psíquica.
§ 6o Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se
refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se
recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a:
I - admoestação verbal;
II – multa.
● Com a novíssima lei de tóxicos, não se admite a possibilidade
da pena de prisão para o usuário.
● O infrator da lei será enviado diretamente aos juizados
criminais, salvo onde inexistem tais juizados de plantão (artigo
48, §§§§ 2º).
● Não há que se falar, de outro lado, em inquérito policial, sim
em termo circunstanciado.
● Não é possível a prisão em flagrante (artigo 48, §§§§ 2º).
CAROLINA LOURENÇO DEFILIPPI GONÇALVES
● Não é possível a prisão em flagrante (artigo 48, §§§§ 2º).
● A competência para aplicação de todas as medidas
alternativas é dos juizados criminais.
● Na audiência preliminar, é possível a transação penal,
aplicando-se as penas alternativas do artigo 28.
● Não aceita (pelo agente) a transação penal, segue-se o rito
sumaríssimo da Lei 9.099/95.
● Mas no final de modo algum será imposta pena de prisão, sim,
somente as medidas alternativas do artigo 28.
CAROLINA LOURENÇO DEFILIPPI GONÇALVES
USUÁRIOUSUÁRIO
Delegacia JECRIM
transação 
aceita
- admoestação
verbal;
- multa.
Não 
cumpre
penas do 
art. 28
TCO
- não flagrante
- não inquérito
transação 
penal
não aceita processo
penas do 
art. 28
CAROLINA LOURENÇO DEFILIPPI GONÇALVES
TRÁFICOTRÁFICO
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar,
adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar,
trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou
fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500
(quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
● Com o aumento de pena (era de reclusão de 3 a 15 anos e
pagamento de 50 a 360 dias-multa) fica impossível a conversão da
pena privativa de liberdade para a pena restritiva de direitos.
CAROLINA LOURENÇO DEFILIPPI GONÇALVES
Art. 33, §§§§ 1º, III.
Nas mesmas penas incorre quem "utiliza local ou bem de qualquer
natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou
vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de droga".
No sistema normativo anterior o crime em questão era regulado noNo sistema normativo anterior o crime em questão era regulado no
art. 12, § 2º, II, da Lei n. 6.368/76, e punia a utilização de local...,
para o uso indevido ou tráfico de entorpecente.
Houve, portanto, abolitio criminis em relação à conduta consistente
na utilização de local para uso indevido, do que decorrem
repercussões na execução das penas impostas por força da figura
penal revogada.
CAROLINA LOURENÇO DEFILIPPI GONÇALVES
Art. 33, §§§§ 2º.
Na vigência da Lei 6.368/76, dispunha seu art. 12, § 2º, I, que incidia
nas mesmas penas previstas para o crime de tráfico aquele que
induzia, instigava ou auxiliava alguém a usar entorpecente ou
substância capaz de determinar dependência física ou psíquica.
O mesmo crime agora está previsto no § 2º do art. 33 da Lei
11.343/2006, e houve considerável abrandamento no rigor punitivo.
A pena que antes era de reclusão, de 3 a 15 anos, e multa, de 50A pena que antes era de reclusão, de 3 a 15 anos, e multa, de 50
(cinqüenta) a 360 (trezentos e sessenta) dias-multa, agora é de
detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) 300
(trezentos) dias-multa.
É de se considerar, novamente, a retroatividade benéfica em relação
aos casos passados, definitivamente julgados ou não, devendo em
relação àqueles buscar proceder aos ajustes necessários no campo
da execução penal.
CAROLINA LOURENÇO DEFILIPPI GONÇALVES
Art. 33, §§§§ 3º.
Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de 
seu relacionamento, para juntos a consumirem: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 
700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo 
das penas previstas no art. 28. 
Constitui uma das mais importantes modificações que resolve antiga
polêmica relacionada com
o tratamento normativo antes dispensado
aos casos de uso compartilhado de droga.
Antes da regulamentação atual, o simples fornecimento pelo agente,
ainda que gratuito e realizado eventualmente, e sem objetivo de
lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem,
quase sempre ensejava condenação por crime tráfico na forma
fundamental.
Disso decorre a certeza de que muitas condenações foram impostas
e estão sob execução, cumprindo se proceda aos ajustes de pena
em razão da nova regulamentação mais branda.
CAROLINA LOURENÇO DEFILIPPI GONÇALVES
No art. 36 da lei 11.343/06, o legislador introduziu novo tipo penal:
art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes
previstos nos arts. 33, caput e § 1°, e 34 desta lei:
Pena - Reclusão de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500
(mil e quinhentos) dias-multa.
● o legislador não tomou o devido cuidado na dosimetria da pena
aplicada ao tipo, uma vez que, ao deixar levar-se por uma resposta à
sociedade, acabou por atingir o princípio da proporcionalidade dassociedade, acabou por atingir o princípio da proporcionalidade das
penas, ou seja, a proporcionalidade das penas em relação às suas
respectivas condutas, princípio da pena justa.
● núcleos do tipo "financiar" e "custear" são condutas nítidas de
partícipes, o que já bastaria para que a pena do art. 36 devesse ser a
mesma do art. 33.
● Existe uma quebra na proporcionalidade das penas e suas
respectivas condutas, uma vez que o legislador, no art. 33, majorou a
pena para de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos para o traficante.
CAROLINA LOURENÇO DEFILIPPI GONÇALVES
Colaboração como informante
A Lei Nova Lei de Drogas inovou uma vez mais ao excepcionar a
teoria monística (art. 29 do CP) e tipificar a conduta do colaborador-
informante, distinguindo sua atuação no complexo organizacional do
crime.
Antes da nova tipificação o informante, como colaborador de
organizações criminosas, grupos ou associações destinados à
prática dos crimes a que se refere no art. 37, respondia como co-prática dos crimes a que se refere no art. 37, respondia como co-
autor do crime para o qual "colaborava", ficando sujeito, em caso de
colaboração para o crime de tráfico, à pena de reclusão, de 3 (três) a
15 (quinze) anos, e multa, de 50 (cinqüenta) a 360 (trezentos e
sessenta) dias-multa.
A pena cominada para o colaborador-informante, agora, é de
reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos)
a 700 (setecentos) dias-multa.
CAROLINA LOURENÇO DEFILIPPI GONÇALVES
DELAÇÃO PREMIADA
Artigo 41: O indiciado ou acusado que colaborar
voluntariamente com a investigação policial e o processo
criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do
crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no
caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois
terços.
Sem buscar interpretações, penso na seguinte situação:
imagine-se que alguém é preso em flagrante vendendo drogas.imagine-se que alguém é preso em flagrante vendendo drogas.
Em 15 dias, teoricamente, será denunciado. Marcado o
interrogatório, na mesma audiência será interrogado, as
testemunhas serão ouvidas testemunhas, todas, de acusação e
defesa. Depois as partes debatem e o juiz sentencia.
Então, como permitir ao acusado fazer uso do disposto no artigo
41 da Lei? Diga-se, como, em tão pouco tempo, aplicar-lhe o
instituto da delação premiada?

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