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Comportamento Empreendedor - Aula 03

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Comportamento Empreendedor - Aula 03
Portanto, a contar da hora que o empreendedor tem uma ideia com potencial de configurar como uma oportunidade, é preciso que ele se situe, observe melhor qual a relação dessa oportunidade com todos os elementos aos quais ela se relaciona, considerando inclusive, e de modo especial, ele próprio.
“Quem cria os impactos é responsável por eles, sejam intencionais ou não. Essa é primeira regra. Não há dúvida quanto à responsabilidade da administração pelos impactos sociais de sua organização. Eles são de competência da administração” (DRUCKER, 1975, pág. 365).
Será necessária uma grande avaliação da oportunidade mapeada com o empreendedor, com o mercado afetado por essa oportunidade, pelos elementos – stakeholders – sistêmicos presentes na oportunidade e com a sociedade e o ambiente.
Muhammad Yunus, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2006, é o pai do microcrédito e dos negócios sociais. É o fundador do Grameen Bank e de outras 50 empresas em Bangladesh, a maior parte delas como negócios sociais. Em 1976, o Professor Yunus começou a fazer experiências com o fornecimento de pequenos empréstimos para os pobres sem as garantias e exigências tradicionais dos bancos comerciais.
O projeto foi chamado de Grameen Bank e, mais tarde, em 1983, tornou-se um banco oficial para fornecer empréstimos aos pobres, principalmente mulheres na zona rural de Bangladesh.
Os 7 princípios de Yunus:
·	O objetivo do negócio será a redução da pobreza ou mais problemas (como educação, saúde, acesso à tecnologia e meio ambiente) que ameaçam as pessoas e a sociedade; não a maximização dos lucros.
·	Financeira e economicamente sustentável
·	Investidores recebem de volta somente o valor investido. Nenhum dividendo é pago além do dinheiro investido.
·	Depois que o investimento for devolvido, o lucro da empresa fica na empresa para ampliação e melhorias.
·	Ambientalmente consciente.
·	Colaboradores recebem valor de mercado com melhores condições de trabalho.
·	Fazer tudo isso com alegria.
1) Análise de oportunidades e os erros mais comuns
Inovação: JONASH - “inovação um processo de alavancar a criatividade para criar valor”. Sem desprezar as demais abordagens, essa se torna bastante relevante pois em apenas seis palavras consegue apresentar o que de mais relevante se precisa para inovar: criar valor mediante criatividade! Em outras palavras, INOVAR É CRIAR VALOR!
Se a ideia relacionada a uma oportunidade não for capaz de criar valor para um mercado fazendo com que seus segmentos de clientes não percebam valor, essa ideia não irá vingar.Em resumo podemos então concluir que a missão do empreendedor em busca da inovação é de identificar como ele pode criar valor para o segmento de clientes que ele pretende atingir.
Aqui cabe a ressalva apontada por TIDD(2008) na qual ele diz que “a inovação de modelo de negócio não requer a descoberta de novos produtos ou serviços, ou até mesmo de nova tecnologia, mas sim a redefinição de produtos e serviços já existentes e de como são usados, buscando-se criar valor”. Isso quebra o paradigma de que inovação precisa ser “inédita”, ou seja, sempre trazer algo totalmente novo para o mercado.
É muito mais possível se inovar incrementando o que já existe do que trazer algo novo.
E ainda é preciso se pensar mais longe com essa inovação. Captar a atenção e interesse do cliente até que ele consuma o produto - ou serviço - precisa ser visto como parte do processo de criação de valor. AUSTIN afirma que:
“criar valor para as pessoas... que estenda o momento imediato de consumo e sobreviva a ele... conectando-se com suas paixões... experiência enriquecidas que fortaleçam a marca e aumentem as vendas”. (p.200)
Assim, se entende que o processo de valor passa pela oferta, entrega e captação de valor pelo cliente, não se restringindo ao momento do consumo e se estendendo de modo a se criar um vínculo valoroso onde a relação entre o que se ofereceu e o quem o consumiu permaneça e possa ser ampliada.
DOLABELA (1999, p.96) nos orienta bem a esse respeito apresentando os “oito erros que precisam ser evitados” ao se avaliar oportunidades:
1) Paixão - "Gosto tanto disso que vou abrir o negócio sem pensar!"
2) Paranoia - "Não posso te contar a ideia pois podem aproveitar ela antes de mim!"
3) Perfeccionismo - "A ideia não está pronta! Preciso aprimorá-la ainda mais..."
4) Tempo - "Ainda é cedo para implantar essa ideia!"
5) Concorrência - "Essa ideia é inédita! Não tem concorrentes!!!
6) Preço baixo - "Vou entrar com um preço tão baixo que não vai ter para ninguém!"
7) Impaciência - "Já estou na luta a seis meses e não vi a cor do dinheiro. Se não aparecer nos próximos 30 dias eu fecho o negócio!"
8) Lucro rápido - "Pensei que ficaria bem em poucos meses e o que vejo é que ainda vai demorar. Assim não dá!"
Inovar demanda atenção, cuidado e um trabalho apoiado pela razão, emoção, criatividade e boas informações, sem falar na discussão das ideias e oportunidades com outras pessoas que podem apontar novas visões, diferenciações, ameaças, enfim, aprimorar a oportunidade identificada.
2) A inovação no contexto das oportunidades
Principais características de um verdadeiro inovador:
Segundo o SEBRAE, a característica “reconhecem necessidades” advém do fato de que inovadores entendem o que as pessoas estão procurando e acham formas de entregar isso. Saber olhar, observar, entender e relacionar o que vê em busca do novo é algo que está na essência da pessoa inovadora. Porém, esse reconhecimento é muito bruto, demandando um refinamento para que possa efetivamente atender uma necessidade e/ou aproveitar uma oportunidade.
Daí a segunda característica de “desenvolver e refinar uma solução” que significa ir mais fundo, entender mais os detalhes, as minúcias, as relações, dependências, ameaças, enfim, chegar “mais perto” para ver melhor essa possível oportunidade.
Essa solução refinada envolve riscos – terceira característica apresentada - e nisso o inovador precisa de uma dose acima da média, ou seja, ele precisa ter atitude para ir fundo em busca da realização dessa solução, mesmo que isso o coloque em contextos de risco elevado e possibilidades de fracasso.
Também precisa ter uma postura de que ficando onde todos estão e parando na fronteira em que todos param, ele não vai conseguir trazer o novo. Portanto, ele precisa ir mais longe que os demais, se colocando em territórios e situações muitas vezes inusitadas, pouco claras, arriscadas, mas que são onde moram as novas possibilidades, os novos limites e os novos paradigmas.
Por fim, a quinta característica tem relação com a capacidade que o inovador precisa ter é de criar significado. Aqui se está destacando a habilidade que ele precisa ter de fazer as pessoas pensarem diferente, verem diferente, concluírem diferente, pois se não fizerem assim, a inovação proposta terá grande dificuldade de ter seu valor percebido e desejado.
A questão do VALOR depende do grau de inovação a ser inserido na oportunidade e também em que elemento. 
TIPP(2005) 
Inovação incremental: baixo grau de novidade envolvido
Inovação radical: alto grau de novidade envolvido
4 P's da inovação: Produto (mudança nas coisas); Processo (mudança nas formas); Posição (mudança no contexto) e Paradigma (mudança de modelos mentais). 
Essas novidades, em suas diferentes magnitudes, podem ocorrer no produto ou serviço, na forma como ele é produzido ou prestado, no contexto em que ele é oferecido ou ainda na forma como ele é percebido. Podemos imaginar por exemplo um carro que voa (“P” de PRODUTO), que é fabricado em uma fábrica voadora, como se fosse uma grande nave mãe (“P” de PROCESSO), para concorrer com as fábricas de aviões e helicópteros (“P” de POSIÇÃO), para ser vendido aos atuais compradores de veículos tradicionais (“P” de PARADIGMA) que precisarão ser convencidos de que valerá a pena trocar o carro tradicional pelo que voa.
O empreendedor em busca de oportunidades inovadoras precisa ser uma pessoa que lida muito bem com informação. Portanto,qualquer preparação no sentido de entender mais sobre o gerenciamento de informações e daí, do conhecimento e aprendizagem, lhe será BÁSICO para seu sucesso como agente inovador. 
Podemos dizer que “a pressa é amiga da inovação”, ou seja, despender um tempo exagerado analisando ideias pode ser fatal para que se perca a oportunidade dessa ideia. Então, é preciso ser ágil e eficaz nesse momento. A ideia estando identificada, deve passar por um processo rápido de definição para em seguida ser aplicada a um grupo de pessoas como que se essa estivesse sendo analisada em um laboratório. Essa ideia deve passar por diversas críticas, ajustes e adaptações em busca de se identificar realmente qual é a ideia com potencial inovador.
Nessa hora se pode julgar sua visão pelo olhar do cliente, buscar novas interações, usos e insumos e ainda forçar conexões e aplicações. É um momento de crivo criativo e humano, buscando moldar a ideia a ponto de que possa ser encaminhada para uma metodologia que seja capaz de modelar o negócio aproveitando ao máximo esse potencial inovador e de oportunidade.
Nessa hora é importante o apoio de algumas técnicas a começar pela Avaliação PNI.
É uma técnica que permite avaliar uma ideia com base em três aspectos (Positivos, Negativos e Interessantes). O objetivo é identificar o potencial e os possíveis efeitos adversos de cada uma das ideias alvo de análise, para assim facilitar a tomada de uma decisão.
SCAMPER – Técnica de Geração/Melhoria de Ideias
Serve para guiar o empreendedor na realização de uma sessão de brainstorm a respeito de novos produtos e serviços. Instrumento de inovação cuja intenção é criar novas versões de um produto ou serviço, ou até mesmo gerar uma ideia totalmente diferente, que pode mudar os rumos da empresa.
ETAPAS (do que eu gosto) - APRESENTAÇÃO DE IDEIAS
Substituir - O material, ingredientes, nomes ou processos utilizados atualmente poderiam ser substituidos por outro? Por qual ou quais?
Combinar - Os materiais, interesses ou conceitos poderiam ser combinados de forma diferente?
Adaptar, Aumentar, Arrumar - O tamanho, ajuste ou qualidade poderiam ser adaptados, aumentados ou arrumados de forma diferente?
Modificar - é possível modificar a cor, sabor, cheiro, forma ou textura do produto?
Colocar outros usos	- Seria possível pensar em outras utilidades para o produto/serviço (nova situação, novo tipo de cliente, novo mercado, novos benefíceos)? Quais?
Eliminar - Seria possível eliminar características, tamanho ou peso e criar um novo produto/serviço?
Arranjar - É possível reorganizar, dispor de maneira diferente ou mesmo pensar em diferentes números de itens e criar um novo produto ou serviços?
Mapa de Empatia
Ferramenta interessante que proporciona uma visão do cliente em relação ao mercado em que a ideia se posiciona. Esse momento empático, olhando com os olhos do cliente é muito rico e proporciona muitos insights interessantes já que obriga o empreendedor a sair de sua visão e entrar em outro ponto de vista.
·	O que ele pensa e sente? 
O que você realmente quer? o que você não quer de jeito nenhum? Quais preocupações te atormentam? Quais são as suas maiores aspirações?
·	O que ele vê?
Como você percebe as opções? Como é a casa dos seus vizinhos, amigos e familiares? O que as outras pessoas estão fazendo por ai? O que aparece na mídia? 
·	O que ele fala e faz?
Como você se veste, qual o seu estilo? Qual a história que você conta? O que você expressa? O que quer mostrar aos outros?
·	Quais são os objetivos dele? 
Quais os projetos ideiais? Onde você quer chegar? O que é extremamente desejável? Como você mede o sucesso? 
·	Quais são as dores dele?
O que pode dar errado? o que seria muito ruim se acontecesse? Quais obstáculos estão a sua frente? Qual o maior obstáculo entre você e as suas aspirações?
·	O que ele escuta? 
Como o ambiente te influencia? O que seus amigos, vizinhos e familiares te dizem? Quem realmente influencia? O que eles esperam? O que a mídia diz?
Seis Chapéus
A técnica dos seis chapéus é uma poderosa ferramenta para a tomada de decisão, que permite ao utilizador, múltiplos pontos de vista. Ela permite que a emoção necessária e ceticismo a ser levados para o que seria de decisões puramente racionais. Ela abre a oportunidade para a criatividade no processo decisório.
Seis chapéus do pensamento - Metodologia
A técnica dos seis chapéus do pensamento pode ser utilziada em trabalhos de grupo, em reuniões de equipe, ou em preparações de eventos etc., onde diferentes pessoas analisam e debatem o mesmo problema.
·	White Hat - A coluna O chapéu branco consiste em concentrarmo-nos inicialmente nos dados/recursos/infomações disponíveis. Nesta etapa deve-se analizar a informação disponível, identificando as vantagems e as aprendizagens que podemos retirar da situação em causa. Devemos observar o que está em falta e o que efetivamente queremos ou podemos suprir. Isto é, nesta etapa analisamos as tendências do passado e procuramos delinear novas tendências a partir do historial analisado. 
·	Red Hat - Ao "vestir" o chapéu vermelho, devemos analisar os problemas utilizando sobretudo o nosso instinto/emoção. Neste estilo de pensamento devemos refletir em como os outros vão reagir emocionalmente face às nossas decisões. Este estilo de pensamento pretende sobretudo entender a reação das pessoas face às nossas decisões partindo do pressuposto que estas não conhecem totalmente o nosso raciocínio.
·	Black Hat - O chapéu preto possibilita olhar para todos os pontos negativos da decisão. Ou seja, possibilta analisarmos com prudência a nossa decisão, procurando antever as razões pelas quais pode não funcionar. Este estilo de pensamento é extremamente importante porque destaca os pontos a melhorar numa determinada decisão. Com este estilo de pensamento podemos identificar e eliminar os pontos negativos, ou mesmo alterá-los, ou preparar planos de contigência para gerir a sua ocorrência. Ao adotarmos este tipo de pensamento contribuímos para que a nossa decisão seja sólida e consistente, pois deleta-se, à partida, as falhas/riscos que podem embargar uma decisão.
·	Yellow Hat - Ao "vestir" o chapéu amarelo, adotamos um estilo de pensamento positivo, isto é, devemos pensar positivamente em todos os benefícios decorrentes da nossa tomada de decisão. Com efeito, é o nosso ponto de vista otimista que ajuda-nos a perceber todos os benefícios da decisão e em que medida a mesma se apresenta como uma proposta de valor significativo. Este estilo de pensamento contribui para continuarmos a acreditar na mudança, quando a conjuntura geral não é a mais favorável.
·	Green Hat - O chapéu verde significa criatividade. Este estilo de pensamento contribui para desenvolvermos soluções criativas e inovadoras para um problema. Todas as ideias devem ser apresentadas. Para promover a partilha significativa de ideias pode-se recorrer à técnica brainstorming (chuva de ideias). Este estilo de pensamento contribui para a diversidade das potenciais soluções que podem existir para um determinado problema. 
·	Blue Hat - Este último estilo de pensamento deve ser utilizado pela pessoa que está dirigindo a reunião de forma a encaminhar a direção da tomada de decisão, gerindo todo o processo. Assim, a pessoa que está presidindo a reunião, quando verificar que as ideias estão a escassear, pode direcionar o pensamento da equipe para a atividade no pensamento chapéu verde, ou ainda, quando observa que os planos de contigência são necessários, pode direcionar o pensamento da equipe para o chapéu preto, e assim sucessivamente. Este estilo de pensamento serve sobretudo para identificar em quae momento a adoção de um determinado estilo de pensamento é mais favorável para a criação de uma proposta de valor sustentado. O objetivo deste estilo de pensamento é direcionar o pensamento da equipe e não classificar o pensamento, nem o pensador.
Após a aplicação de técnicas como essas apresentadas é possível se amadurecer a ideia a ponto de poder transformá-la em um modelo denegócio. O importante é não deixar de fazer esse processo de maturação da ideia, pois ela permitirá um amadurecimento da mesma, potencializando e tornando mais claro o que se objetiva alcançar com essa inovação.
3) A ação dos empreendedores desde a Revolução Industrial
Fontes de oportunidades inovadoras: 
·	Conhecimento
·	Inesperado
·	Necessidade
·	Mudança de percepção
Sete fatores de mudança
1) Inovação tecnológica - ex: freio com sistema ABS
2) Mudanças demográficas - ex: envelhecimento da população
3) Inovação social - ex: urna eletrônica em votações
4) Desvios de valores culturais - ex: pílula anticoncepcional separando o prazer sexual da procriação
5) Desvios ecológicos - ex: aquecimento global
6) Desvios de ideias e informações - ex: decodificação do código genético
7) Difusão cultural - ex: transferência de ideias, valores ou técnicas de uma cultura para outra (acupuntura)
Também é interessante salientar as fontes de oportunidades inovadoras que podem ser relacionadas ao inesperado (a penicilina foi descoberta a contar da formação de fungos em pesquisas que não estavam relacionadas a esse objetivo), necessidade (como foi visto na história da empresa LEGO onde o fundador agiu por necessitar alimentar os filhos), mudanças de percepção (pessoas sem tempo e necessitando de se alimentar sem muito dispêndio de tempo levaram ao surgimento do “fast-food” como opção adequada a essas pessoas) e conhecimento (tecnologias advindas de pesquisas levaram o Brasil a captar petróleo em águas profundas).
4) O legado a ser revisto e melhorado
Em virtude de estarmos nos limites do indesejável, cabe ao empreendedor refletir:
Posso eu, pensar em mim mesmo, enquanto muitos pagam o preço do meu sucesso?
Os produtos e serviços que serão ofertados pelo negócio respeitam as regras ambientais e o espaço comum?
Minhas ações empresarias são permeadas por ações de inclusão social e de distribuição de renda?
Tanto desequilíbrio vem mostrar o quanto as leis estão sendo desrespeitadas. E por quê?
No fundo, porque os valores, crenças e senso ético das pessoas – poderosas – estão moldando modelos mentais que direcionam os conhecimentos, habilidades e atitudes para ações que não prezam pela justiça, sustentabilidade e respeito.
Orientações do Relatório Brundtland (é o documento intitulado Nosso Futuro Comum, elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1987, que faz parte de uma série de iniciativas, anteriores à Agenda 21) que remete aos Estados nacionais a obrigações de:
·	Limitação do crescimento populacional
·	Garantia de alimentação em longo prazo
·	Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas
·	Diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias que admitem o uso de fontes energéticas renováveis
·	Aumento da produção industrial nos países não industrializados á base de tecnologias ecologicamente adaptadas
·	Controle da urbanização e interação entre campo e cidades menores
·	Satisfação das necessidades básicas
Se o indivíduo, as sociedades, os países passarem a empreender dentro de uma nova perspectiva sustentável, e sob uma justiça mais próxima e compatível com as leis universais, teremos chances de deixar a nossos filhos e netos uma herança talvez até melhor que a que nos foi deixada por nossos pais e avós. Caso contrário, deixaremos para eles apenas um planeta corroído, quente, injusto e em pouco tempo, desabitado.
Por isso precisamos tanto dos empreendedores: somente eles poderão fazer acontecer o desenvolvimento planetário sustentável.
5) A importância do Desenvolvimento Local Sustentado na ação empreendedora contemporânea
Toda a questão do Desenvolvimento Local Sustentado – DLS – permeia novas práticas relacionadas às ações dos empreendedores do século XXI. Questões como comportamentos, motivação, liderança, comunicação, planejamento e tomada de decisão precisam ser compatíveis e sinérgicas nas atitudes e busca de resultados pelo empreendedor.
Precisamos agir em prol de um equilíbrio correto entre esses e outros índices brasileiros, criando um país mais equilibrado, justo e bom para a maioria. Assim, a ação do empreendedor precisa estar “recheada” de SÓCIO-ECOEFICIÊNCIA.
Como esse termo não existe, é importante que o criemos!
Podemos pensar que se trata da obtenção de boas práticas e atitudes tanto na magnitude econômica, quanto na social e ambiental. São ações que sempre consideram essas três frentes. A eficiência econômica já é bastante conhecida e está balizada na ação que reflete em bons resultados financeiros. Portanto, não vamos nos fixar nelas.
Em termos de SÓCIO-EFICIÊNCIA, podemos pensar em termos de o empreendedor agir além de suas relações internas e de entorno, buscando com elas melhorar as condições de vida e de oportunidades de pessoas com as quais não tem relação direta ou ganhos diretos por essa melhoria.
Ou seja, aquilo que o empreendedor faz sem querer nada em troca, atingindo públicos que não sejam seus funcionários, clientes, parceiros, etc.
A magnitude ecológica – a ECO-EFICIÊNCIA – diz respeito a ações que irão contribuir para as melhorias de condições do planeta

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