Buscar

Apostila Ciencias morfofuncionais PDF Educaçaõ Física

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 88 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 88 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 88 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Sumário 
SEÇÃO 1: A CÉLULA ........................................................................................ 5 
1.1 TEORIA CELULAR ................................................................................... 5 
1.2 CONSTITUIÇÃO DA CÉLULA .................................................................. 6 
Membrana celular ........................................................................................ 6 
Transporte ................................................................................................... 6 
Citoplasma ................................................................................................... 7 
Organelas .................................................................................................... 7 
Núcleo.......................................................................................................... 8 
1.3 REPRODUÇÃO CELULAR ....................................................................... 9 
Mitose .......................................................................................................... 9 
Meiose ....................................................................................................... 10 
SEÇÃO 2 - ANATOMIA HUMANA BÁSICA ..................................................... 11 
2.1 POSIÇÃO ANATÔMICA ......................................................................... 11 
2.2 PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO .......... 12 
2.3 EIXOS DO CORPO HUMANO ................................................................ 13 
2.4 TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO ..................................................... 14 
SEÇÃO 3 SISTEMA ESQUELÉTICO ............................................................... 16 
3.1 CONCEITO DE SISTEMA ESQUELÉTICO ............................................ 16 
3.2 FUNÇÕES DO SISTEMA ESQUELÉTICO: ............................................ 18 
3.3 DIVISÃO DO ESQUELETO .................................................................... 18 
3.4 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS ............................................................. 20 
Ossos Longos ............................................................................................ 20 
Ossos curtos .............................................................................................. 20 
Ossos planos (laminares): ......................................................................... 20 
Ossos Alongados ....................................................................................... 20 
Ossos pneumáticos ................................................................................... 20 
Ossos Irregulares ...................................................................................... 21 
Ossos Sesamóides .................................................................................... 21 
Ossos Suturais .......................................................................................... 21 
Acidentes Ósseos ...................................................................................... 21 
3.7 ESTRUTURAS ÓSSEAS DO ESQUELETO AXIAL ................................ 22 
Cabeça ...................................................................................................... 22 
COLUNA VERTEBRAL .............................................................................. 24 
TÓRAX ...................................................................................................... 27 
3.8 ESQUELETO APENDICULAR ................................................................ 29 
MEMBROS SUPERIORES ........................................................................ 29 
CINTURA PÉLVICA: ..................................................................................... 31 
3.10 MEMBRO INFERIOR: ........................................................................... 31 
3.11 SISTEMA ARTICULAR ......................................................................... 33 
CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES ................................................. 33 
SEÇÃO 4: SISTEMA MUSCULAR ................................................................... 40 
4.1 DEFINIÇÃO ............................................................................................. 40 
4.2 FUNÇÕES DOS MÚSCULOS ................................................................. 40 
4.3 TIPOS DE MÚSCULOS .......................................................................... 40 
4.4 CLASSIFICAÇÃO DOS MUSCÚLOS ..................................................... 41 
Quanto a situação: ..................................................................................... 41 
Quanto à forma: ......................................................................................... 41 
Quanto à disposição das fibras: ................................................................. 42 
Quanto a Origem e Inserção: ..................................................................... 42 
Quanto a função: ....................................................................................... 42 
Quanto a Nomenclatura: ............................................................................ 42 
4.4 COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MÚSCULOS ESTRIADOS ....... 42 
4.5 TIPOS DE CONTRAÇÃO: ...................................................................... 43 
4.6 COMPONENTES ANATÔMICOS DO TECIDO CONJUNTIVO .............. 44 
4.7 MÚSCULOS DO ESQUELETO AXIAL ................................................... 45 
MÚSCULOS DA CABEÇA, FACE E PESCOÇO. ...................................... 45 
MÚSCULO DO TÓRAX ............................................................................. 49 
MÚSCULOS DO ABDOME (REGIÃO ANTERIOR) ................................... 50 
MÚSCULOS DO DORSO (REGIÃO POSTERIOR) ................................... 52 
4.8 MÚSCULOS DO SISTEM APENDICULAR ............................................. 53 
MÚSCULOS DO OMBRO .......................................................................... 53 
MÚSCULOS DO BRAÇO .......................................................................... 55 
MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO ................................................................. 56 
MÚSCULOS DA PERNA ........................................................................... 58 
SEÇÃO 5 – SISTEMA CARDIOVASCULAR .................................................... 66 
5.1 DEFINIÇÃO ............................................................................................. 66 
5.2 CIRCULAÇÃO PULMONAR E SISTÊMICA ............................................ 66 
5.3 SANGUE ................................................................................................. 67 
5.4 CORAÇÃO .............................................................................................. 68 
Camadas da Parede Cardíaca .................................................................. 70 
CONFIGURAÇÃO INTERNA DO CORAÇÃO ........................................... 71 
CICLO CARDÍACO .................................................................................... 72 
VASCULARIZAÇÃO .................................................................................. 72 
5.5 VASOS SANGUÍNEOS ........................................................................... 74 
ESTRUTURA DOS VASOS ....................................................................... 75 
5.6 SISTEMA ARTERIAL .............................................................................. 75 
ARTÉRIAS DO CORAÇÃO ....................................................................... 76 
ARTÉRIAS DO PESCOÇO E DA CABEÇA ............................................... 77 
ARTÉRIAS DOS MEMBROS SUPERIORES ............................................ 77 
ARTÉRIAS DA REGIÃO DO TRONCO ..................................................... 78 
ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES ..............................................78 
5.7 SISTEMA VENOSO ................................................................................ 81 
VEIAS DO CORAÇÃO ............................................................................... 81 
VEIAS DO PESCOÇO E DA CABEÇA ...................................................... 82 
VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES .................................................... 82 
VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES ..................................................... 82 
 
 
SEÇÃO 1: A CÉLULA 
1.1 TEORIA CELULAR 
Com o avanço tecnológico foi permitido descobrir e conhecer 
profundamente a célula, através do microscópio. Fato que permitiu a elaboração 
da Teoria Celular, princípio unificador da biologia que determina os seguintes 
pontos: 
 A célula é a unidade básica da estrutura e função de todos os seres 
vivos. 
 Todos os seres vivos, independentemente da sua complexidade são 
constituídos por células 
 Nas células ocorrem reações químicas necessárias à manutenção da 
vida. 
 Todas as células são geradas a partir de células preexistentes, através 
de divisão celular (mitose ou meiose). 
 A célula é a unidade hereditária de todos os seres vivos, transmitindo as 
informações entre as gerações, pelo processo de divisão celular, 
permitindo a continuidade das espécies. 
 
Figura 1 – A Célula 
 
Fonte: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Celula_Eucariota_Animal_3(1).gif. 
Acesso em 13 abr. 2016. 
 
1.2 CONSTITUIÇÃO DA CÉLULA 
As células possuem 3 regiões: Membrana, Citoplasma e Núcleo. 
 
Membrana celular 
Bicamada lipídica e de proteínas que se combinam, delimitando a célula 
separando os componentes intracelulares e extracelulares. Tendo sua camada 
externa a característica hidrofílica e a parte interna a característica hidrofóbica. 
As proteínas servem de poros para passagem da água e de outras 
substâncias, de acordo com a necessidade da célula, determinando, portanto, o 
que é denominado permeabilidade seletiva. Função que permite o controle das 
substância que entram e saem dela. 
 
 Figura 2 - Membrana plasmática 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Membrana_plasm%C3%A1tica. Acesso em 
14 abr. 2016. 
 
Transporte 
As diversas substâncias que devem ser transportadas através da 
membrana o fazem basicamente por: 
 Osmose: difusão da água, através da membrana plasmática, do 
meio de menor concentração para o de maior concentração em 
soluto. Exemplos: entrada e saída de água em células. 
 Difusão simples: deslocamento de moléculas de uma zona de maior 
concentração para outra de menor concentração, ou seja, a favor do 
gradiente de concentração. Exemplo: passagem de gases e 
substâncias lipossolúveis para as células. 
 Transporte ativo: deslocamento de moléculas de uma zona de 
menor concentração para outra de maior concentração (contra o 
gradiente de concentração), utilizando energia neste processo 
(exemplo: bomba de sódio e potássio). 
 
Citoplasma 
Componente gelatinoso da célula, tendo como substância fundamental o 
citosol ou hialoplasma constituído por 90% de água, vários íons e moléculas 
orgânicas (aminoácidos, ácidos graxos, nucleotídeos e proteínas). 
No citoplasma estão mergulhadas as diversas organelas da célula e nele 
encontra-se uma rede tridimensional denominada citoesqueleto, que tem como 
função realizar a interligação e suporte das organelas celulares. 
 
Organelas 
São os órgãos das células que realizam funções vitais para a célula, 
abordaremos a seguir as principais 
 Retículo endoplasmático: rede de vesículas tubulares, que é dividida 
em: 
o Retículo endoplasmático rugoso: contém ribossomos 
aderidos às suas paredes, tornando-se responsável pela 
produção de proteínas na célula. 
o Retículo endoplasmático liso: que não possui ribossomos, 
sendo responsável pela produção de hormônios e lipídeos, 
além de inativar substâncias tóxicas. 
 Ribossomo: estrutura que acopla RNAm e aminoácidos na síntese 
de proteínas, a partir da informação genética do DNA. 
 Mitocôndrias: transforma energia contida nos alimentos e no 
oxigênio para as funções celulares, tendo como matéria-prima a 
glicose e o oxigênio, gerando o ATP (adenosina trifosfato), 
produzindo, concomitantemente calor e água. 
 Complexo de Golgi: vesículas achatadas e empilhadas que produz e 
acumula substâncias proteicas. 
 Lisossomo: produz enzimas que são utilizadas para digestão de 
materiais indesejáveis dentro da célula. 
 
Figura 3 – Citoplasma e Organelas 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_endomembranoso. Acesso em 14 
abr. 216. 
 
Núcleo 
Local onde se encontram o material genético responsável por toda 
atividade celular, e ele possui algumas estruturas importantes: 
 Nucléolo: local de fabrição do RNA (ácido riboxinucleico). 
 DNA: programa genético da célula, contido nos cromossomos da célula. 
O DNA é composto por 2 filamentos entrelaçados que formam uma 
espiral, através de combinações de quatro compostos (timina, adenina, 
guanina e citosina), fornecendo todas as informações do ser vivo. 
O RNA contém as informações genéticas que podem deixar o núcleo em 
direção ao citoplasma, para que sejam processadas pelas organelas, pois o 
DNA não pode deixar o núcleo. 
 
Figura 5 – Núcleo 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_celular. Acesso em 14 
abr. 2016. 
 
1.3 REPRODUÇÃO CELULAR 
Mitose 
Processo de reprodução celular que assegura a transferência da 
informação genética dos cromossomos à célula que se originará. Este processo 
ocorre em 4 fases: 
 1ª Fase – Prófase: formação dos cromossomos dentro do núcleo por 
enrolamento da substância nuclear, com os centríolos migrando para 
cada polo celular. 
 2ª Fase – Metáfase: desaparecimento da membrana nuclear, assim os 
cromossomos ficam no centro da célula, unidos ao fuso e cada um deles 
replicando-se em dois iguais. 
 3ª Fase – Anáfase: cromossomos da replicação separam-se e deslocam-
se para cada um dos polos do fuso, iniciando a divisão do citoplasma. 
 4ª Fase – Telófase: reaparece a membrana nuclear, formando-se dois 
núcleos com constituição idêntica, dando origem a duas células 
independentes. 
 
Meiose 
Duas divisões sucessivas mitóticas em que há redução para metade do 
número de cromossomos. Exemplo: a fecundação do óvulo pelo 
espermatozoide, formando uma nova célula com características tanto do gameta 
masculino quanto do gameta feminino. 
 
Figura 5 - Mitose e Meiose. 
 
Fonte: https://gl.wikipedia.org/wiki/Ciclo_celular. Acesso em 14 abr. 2016. 
SEÇÃO 2 - ANATOMIA HUMANA BÁSICA 
2.1 POSIÇÃO ANATÔMICA 
Por questões de padronização para descrição das peças anatômicas, 
para relatos de pesquisas, dentre outros objetivos, foi convencionada a posição 
anatômica, na qual o indivíduo está em pé com a face voltada para frente, olhar 
para o horizonte, membros superiores estendidos, com as palmas das mãos 
voltadas para frente, membros inferiores unidos, com a ponta dos pés orientadas 
para frente. 
 
Figura 1 – Posição Anatômica 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_muscular. Acesso em 13 abr. 
2016. 
 
2.2 PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO 
O corpo humano pode ser dividido em planos a partir da posição 
anatômica: 
1) Plano frontal: estende-se longitudinalmente, divide o corpo em um 
plano ventral ou anterior e um plano dorsal ou posterior. 
2) Plano sagital: estende-se verticalmente ao longo do corpo, divide o 
corpo em um plano lateral direito e um plano lateral esquerdo. 
3) Plano transversal: estende-se horizontalmente, divide o corpo em um 
plano cranial ou superior e um plano podálico ou inferior. 
 
Figura 2 – Planos Corporais 
 
Fonte: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_termos_t%C3%A9cnicos_de_anatomia. 
Acesso em 13 abr. 2016.2.3 EIXOS DO CORPO HUMANO 
O corpo humano é cruzado por eixo imaginários que orientam os movimentos 
corporais, eles cruzam perpendicularmente os planos. 
1) Eixo sagital: anteroposterior, cruzando o plano frontal. 
2) Eixo longitudinal: craniocaudal, cruzando o plano transversal. 
3) Eixo transversal: laterolateral, cruzando o plano sagital. 
 
Figura 3 – Eixos Corporais 
 
Fonte: http://seryoga.com.br/um-pouco-sobre-anatomia-e-fisiologia-aplicada-ao-
yoga/. Acesso em 13 abr. 2016. 
 
2.4 TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO 
Ainda na busca por padronização para relatos envolvendo a anatomia, 
alguns termos foram criados para facilitar o estudo e a descrição corporal. 
 Plano mediano: plano de secção imaginário que divide o corpo em 
metades direita e esquerda; 
 Linha mediana: linha imaginária que passa no meio do corpo (exemplo: 
umbigo e nariz estão na linha mediana); 
 Medial: estrutura próxima ao plano ou linha mediana (exemplo: dedo 
mínimo é medial em relação ao polegar); 
 Lateral: estruturas mais próximas do plano lateral direito ou esquerdo 
(exemplo: polegar é lateral em relação ao dedo mínimo); 
 Intermédio: estruturas localizadas entre o lateral e o medial (exemplo: 
artéria femoral em posição intermediária em relação à veia e o nervo 
femoral); 
 Palmar: estrutura relacionada à palma da mão; 
 Plantar: estrutura relacionada à planta do pé; 
 Superficial: mais próximo da superfície corporal; 
 Profundo: mais afastado da superfície corporal; 
 Interno: dentro de uma cavidade ou órgão; 
 Externo: fora de uma cavidade ou órgão; 
 Proximal: mais próximo da raiz do membro ou do centro do corpo; 
 Distal: mais distante do centro de corpo; 
 Superior: mais alto; 
 Inferior: mais baixo; 
 Ventral: refere-se à frente ou ao ventre; 
 Dorsal: refere-se ao dorso ou posterior; 
 Cranial: indica cabeça ou superior; 
 Caudal: indica cauda ou inferior. 
 
 
Figura 4 – Posição e Direção 
 
Fonte: COLICIGNO, 2008. 
 
 
SEÇÃO 3 SISTEMA ESQUELÉTICO 
 
3.1 CONCEITO DE SISTEMA ESQUELÉTICO 
 O sistema esquelético é formado por ossos e cartilagens. 
Aproximadamente 206 ossos consistem o sistema esquelético. 
Ossos: órgãos esbranquiçados, rígidos, que formam o esqueleto através 
da união entre eles; formado por tecido conjuntivo proveniente da mineralização 
(cálcio) da sua matriz óssea (fibras colágenas e proteoglicanas). Este tecido 
sofre um processo de remodelamento dinâmico que produz osso novo e degrada 
osso velho. Ele é composto por vários tecidos: 
o Tecido ósseo 
o Tecido cartilaginoso 
o Tecido conjuntivo denso 
o Tecido epitelial 
o Tecido adiposo 
o Tecido nervoso 
o Tecidos formadores de sangue 
Os ossos são irrigados pelos canais de Volkman (vasos sanguíneos 
maiores) e canais de Havers (vasos sanguíneos menores), e o tecido ósseo não 
apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido periósteo tem drenagem linfática. 
Dentro da matriz óssea existem lacunas que contêm células ósseas 
denominadas osteófitos, os quais possuem prolongamentos denominados 
canalículos, que formam conjuntamente com as lacunas uma rede em toda a 
massa de tecido mineralizado. 
Segue resumo das células ósseas: 
 Células osteogênicas: encontradas nos tecidos ósseos em contato 
com o endósteo e periósteo e respondem a um trauma como uma 
fratura, fornecendo células formadoras de osso (osteoblastos) e 
células destruidoras de ossos (osteoclastos). 
 Osteoblastos: células formadoras de osso que sintetizam e 
secretam substância fundamental desmineralizada e são 
abundantes em área de metabolismo elevado dentro do osso, tais 
como debaixo do periósteo e margeando a cavidade medular. 
 Osteócitos: células ósseas maduras derivadas dos osteoblastos 
que tinham secretado tecidos ósseos em torno de si próprios. 
Mantêm o tecido ósseo saudável secretando enzimas e influindo 
no conteúdo mineral ósseo (Imagem 04). 
 Osteoclastos: células multinucleares grandes que 
enzimaticamente decompõem o tecido ósseo, liberando cálcio, 
magnésio e outros minerais para o sangue. Estas células são 
importantes no crescimento, na moldagem e no repouso do osso. 
 Células de revestimento ósseo: derivados de osteoblastos ao longo 
da superfície da maioria dos ossos no esqueleto adulto. Pensa-se 
que essas células regulam o movimento de cálcio e do fosfato para 
dentro e para fora da matriz óssea. 
 A maioria dos ossos contém tecidos compacto e esponjoso. O tecido 
ósseo compacto e sua constituição são externamente muito duros e densos, com 
arranjos precisos de estruturas cilíndricas microscópicas paralelamente ao eixo 
do osso. Já o tecido ósseo esponjoso se localiza profundamente no tecido 
compacto e tem aspecto poroso. 
 
Figura 1 – Tecido Ósseo 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_%C3%B3sseo. Acesso em 13 
abr. 2016. 
 
Já a cartilagem é uma forma elástica de tecido conectivo semirrígido e 
não possui vascularização, sendo que a obtenção de oxigênio e nutrientes é 
realizada por difusão. 
 
3.2 FUNÇÕES DO SISTEMA ESQUELÉTICO: 
 Sustentação do organismo (apoio para o corpo) 
 Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro) 
 Base mecânica para o movimento 
 Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo) 
 Hematopoiética (suprimento contínuo de células sangüíneas novas) 
(COLICIGNO, 2008). 
 
3.3 DIVISÃO DO ESQUELETO 
 O esqueleto humano é divido em axial e apendicular: 
 Esqueleto axial: ossos da cabeça, pescoço e tronco (eixo do corpo) 
o Crânio: os ossos do crânio que formam a caixa encefálica, e os 
ossos da face que dão suporte aos olhos, ao nariz e formam o 
arcabouço ósseo da cavidade oral. 
o Ossículos da audição: três ossículos da audição (“ossos da 
orelha”) estão presentes na cavidade da orelha média em cada 
orelha e servem para transmitir impulsos sonoros. 
o Osso hioide: está localizado acima da laringe (“caixa da voz”) e 
debaixo da mandíbula. Sustenta a língua e auxilia na deglutição. 
o Coluna vertebral: consiste em vértebras isoladas separadas por 
discos intervertebrais cartilaginosos. 
o Caixa torácica: forma o arcabouço ósseo e cartilaginoso do tórax. 
Articula-se posteriormente com as vértebras torácicas e inclui os 
12 pares de costelas, o osso plano esterno e as cartilagens costais 
que ligam as costelas ao esterno. 
 Esqueleto apendicular: ossos dos membros superiores e inferiores. 
o Cíngulo do membro superior: pares de escápulas e de clavículas 
são os componentes apendiculares do cíngulo do membro 
superior, e o esterno é o componente axial. A principal função do 
cíngulo do membro superior é propiciar a fixação para os músculos 
que movimentam o braço e o antebraço. 
o Membros superiores: cada membro superior contém o úmero 
(proximal) no braço, ulna e rádio no antebraço, e os ossos carpais, 
ossos metacarpais e as falanges (ossos dos dedos) na mão. 
o Cíngulo do membro inferior: os dois ossos do quadril são os 
componentes apendiculares do cíngulo do membro inferior, e o 
sacro é o componente pela sínfise púbica e posteriormente pelo 
sacro. O cíngulo do membro inferior suporta o peso do corpo 
através da coluna vertebral e protege as vísceras do interior da 
cavidade pélvica. 
o Membro inferior: cada membro inferior contém o fêmur (proximal) 
da coxa, a tíbia e a fíbula na perna, os ossos tarsais, os ossos 
metatarsais e as falanges no pé. Além desses, a patela está 
localizada na face anterior da articulação do joelho, entre a coxa e 
a perna. 
A união entre os esqueletos axial e apendicular dá-se através das cinturas 
escapular e pélvica. 
 
Figura 2 - Divisão do esqueleto. 
 
Fonte: https://ca.wikipedia.org/wiki/Esquelet_hum%C3%A0. Acesso em 13 abr. 
2016. 
 
3.4 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS 
Ossos Longos 
Possuem comprimento maior que a largura e possuem um corpo e duas 
extremidades,são levemente encurvados característica que garante maior 
resistência através da absorção do estresse mecânico, melhorando a 
distribuição deste estresse. 
Suas diáfises são formadas por tecido ósseo compacto, caracterizada 
como a haste longa do osso e suas epífises possuem grande quantidade de 
tecido esponjoso, caracterizadas por possuírem extremidades alargadas, com 
uma fina camada de osso esponjoso que recobre a cartilagem. Como exemplo 
no corpo humano há o fêmur. E além delas observa-se também a metáfise que 
é a parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise. 
 
Ossos curtos 
 Possuem comprimento igual à largura, tendo na sua superfície uma fina 
camada de tecido ósseo compacto e o restante composto por osso esponjoso. 
Estes ossos estão presentes no carpo (mão) e no tarso (pé). 
 
Ossos planos (laminares): 
 Ossos finos compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo 
compacto, com camada de osso esponjoso entre elas. Eles possuem como 
função a proteção de órgãos essenciais e fornecem grandes áreas para 
inserções musculares. No corpo humano eles estão presentes no crânio. 
 
Ossos Alongados 
 São ossos longos mas achatados e se caracterizam por não possuírem 
um canal central. As costelas fazem parte desta classificação. 
 
Ossos pneumáticos 
 São ossos que possuem suas cavidades repletas de ar, apresentando 
pequeno peso em relação ao seu volume, como por exemplo, o osso esfenoide. 
 
Ossos Irregulares 
 Suas formas não permitem uma classificação nos grupos anteriores 
devido à sua complexidade geométrica, além disto, a quantidade de osso 
esponjoso e de osso compacto é variável, como por exemplo as vértebras da 
coluna vertebral. 
 
Ossos Sesamóides 
Ossos que estão inseridos no interior de um tendão, apresentam grande 
variação de tamanho e de número de pessoa para pessoa, nem sempre estão 
completamente ossificados e medem alguns milímetros de diâmetro, exceto a 
patela. 
 
Ossos Suturais 
 Ossos pequenos localizados no interior das articulações, denominadas 
suturas, sendo que seu número varia de pessoa para pessoa. 
 
Figura 3 – Tipos de Ossos 
 
Fonte: Van de Graaff (2003, p. 136). 
Acidentes Ósseos 
 
As principais proeminências são: 
 Cabeça: é uma projeção óssea articular esférica. 
 Côndilo: é uma massa óssea articular cilíndrica. 
 Cristas: é o termo usado para uma margem pronunciada. 
 Tuberosidade: é uma projeção óssea relativamente grande. 
 Tubérculo: é uma projeção óssea menor. 
 Linha: é uma pequena crista ou marca de um osso, causada pela força 
de tração de um músculo. 
 Espinha: é uma saliência em forma de espinho. 
 Trocânter: está localizada na epífise proximal do fêmur. 
 
As principais cavidades, depressões e reentrâncias são: 
 Sulco: é uma depressão linear. 
 Fossa: é uma depressão côncava. 
 Fóvea: fosso, escavação, pequena depressão. 
 
Os principais buracos, forames e canais são: 
 Forame: é um orifício circunscrito em um osso. 
 Meato: abertura, orifício de um conduto. 
 Óstio: orifício. 
 Canais: passagem tubular e relativamente estreita. sinônimo: conduto, 
duto. 
 Seio: depressão, cavidade ou espaço oco. 
 Hiato: fenda, abertura. 
 
 
3.7 ESTRUTURAS ÓSSEAS DO ESQUELETO AXIAL 
Cabeça 
Os ossos da cabeça podem ser divididos em ossos do crânio e ossos da 
face. O crânio tem 8 ossos, sendo 2 pares e 4 ímpares. Os ossos pares ou 
bilaterais são: parietais e temporais. Os ossos ímpares ou medianos são: frontal, 
etmóide, esfenóide e occipital. Estes ossos formam a caixa craniana e contêm 
o encéfalo em seu interior. 
A face tem 14 ossos, sendo 6 pares ou bilaterais e 2 ímpares. Os ossos 
pares ou bilaterais são: nasais, lacrimais, zigomáticos, maxilas, palatinos e 
conchas inferiores. Os ossos ímpares ou medianos são: mandíbula e vômer. 
Estes ossos formam o maciço facial que contém os órgãos dos sentidos. 
 
FACE EXTERNA 
Na face superior estão os ossos da calota craniana, compostos pelos 
ossos frontal, parietais e occipital. 
São encontrados os seguintes acidentes ósseos: 
 Sutura sagital situada entre os ossos parietais. 
 Sutura coronal situada entre o osso frontal e os parietais. 
 Sutura lambdóide situada entre os ossos parietais e o occipital. 
 Fontanela bregmática na junção das suturas coronária e sagital. 
 Fontanela lambdóide na junção da sutura sagital e lambdóide. 
Curiosidade: na criança, as fontanelas são maiores, porque os ossos 
ainda não se calcificaram totalmente. 
 
Figura 4 - Calota Craniana. 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
COLUNA VERTEBRAL 
A coluna vertebral forma o eixo axial do corpo humano, sustentando os 
movimentos dos membros e o peso corporal, sendo composta por 33 vértebras, 
sendo 24 móveis e 9 fixas e soldadas, distribuídas em 5 regiões (coluna cervical, 
coluna torácica, coluna lombar, sacro e cóccix): 
 7 vértebras cervicais 
 12 vértebras torácicas 
 5 vértebras lombares 
 5 vértebras sacrais (fundidas) 
 4 vértebras coccígeas (fundidas) 
Esta coluna possui curvaturas fisiológicas, que são divididas em 
curvaturas primárias (que são caracterizadas por serem côncavas para frente) e 
curvaturas secundárias (que são convexas para frente), sendo portanto: 
 Lordose Cervical (curvatura secundária) 
 Cifose Torácica (curvatura primária) 
 Lordose Lombar (curvatura secundária) 
 
Figura 5 - Coluna vertebral 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Coluna_vertebral. Acesso em 15 abr. 2016. 
As vértebras como elemento constituinte para a coluna vertebral possuem 
características fundamentais independentemente da região a qual está inserida: 
 Corpo da vértebra 
 Pedículo vertebral 
 Processos espinhosos 
 Processos transversos 
 Processos articulares: superior e inferior 
 Canal vertebral 
 Forame intervertebral 
A articulação entre as vértebras dá-se pelas facetas articulares das 
vértebras suprajacentes e subjacentes, pelos corpos vertebrais unidos pelo 
disco intervertebral e pelos ligamentos comum vertebral anterior, comum 
vertebral posterior, intertransversários, interespinhoso e amarelo. 
Conforme a região vertebral segue em sentido caudal, as vértebras ficam 
maiores e mais robustas. 
 
Figura 6 - Vértebras cervicais. 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9rtebra_cervical. Acesso em 15 abr. 
2016. 
 
O atlas não tem corpo vertebral e sim um arco anterior e um posterior 
(C1). O áxis tem na parte superior do corpo vertebral um dente denominado de 
processo odontóide (C2). O restante, possuem como características o processo 
transverso ter um orifício denominado forame transverso (C3 a C7). 
 
 
Figura 7 - Vértebras torácicas. 
 
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Vertebra. Acesso em 15 abr. 2016. 
 
As vértebras torácicas têm os processos espinhosos bem oblíquos e 
pontiagudos (T1 a T12). 
 
Figura 8 - Vértebras lombares. 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9rtebra_lombar. Acesso em 15 abr. 
2016 
 
As vértebras lombares têm os processos espinhosos acentuadamente 
horizontais e quadrados (L1 a L5). 
 
 
Figura 9 - Sacro. 
 
Fonte: https://it.wikipedia.org/wiki/Osso_sacro. Acesso em 15 abr. 2016. 
É o resultado da junção de 5 vértebras que se soldam entre si. Ele 
articula-se; superiormente com a 5a vértebra lombar (L5) onde forma o 
promontório, lateralmente com os ossos do quadril e inferiormente com o cóccix. 
O sacro e os dois ossos do quadril formam a pelve óssea. 
No sacro identificamos: 
 Face anterior ou pélvica: é lisa e côncava. 
 Face posterior ou dorsal: é irregular e apresenta as cristas sacrais. 
 Canal sacral: abertura superior do osso sacro. 
 Hiato sacral: abertura inferior do osso sacro. 
 Crista sacral (face posterior do sacro) 
Em ambas asfaces, notamos as presenças dos forames sacrais: 
anteriores e posteriores, por onde saem os nervos. 
O cóccix é um pequeno osso formado pela soldadura de 2 a 4 vértebras. 
 
TÓRAX 
A caixa torácica é formada: anteriormente pelo osso esterno. 
 Lateralmente pelas costelas. 
 Posteriormente com a coluna vertebral. 
 
Existem 12 pares de costelas que podem ser classificadas em: 
 7 pares verdadeiros 
 3 pares falsos 
 2 pares flutuantes 
 
Figura - 10 Tórax. 
 
Fonte: https://pixabay.com/pt/costela-gaiola-costelas-esqueleto-42420/. Acesso 
em 15 abr. 2016. 
Elas articulam-se anteriormente com o osso esterno e posteriormente 
com as vértebras. As costelas podem ser contadas de cima para baixo (a mais 
superior é a 1a costela e a ultima é a 12a costelas). As 7 primeiras, isto é, da 1a 
até a 7a são consideradas costelas verdadeiras por se articularem diretamente 
com o esterno. 
O espaço entre as costelas denomina-se espaço intercostal. As 3 costelas 
falsas (8ª a 10ª) se continuam anteriormente por cartilagens que vão até o osso 
esterno, estas cartilagens formam uma borda costal. As bordas costais, direita e 
esquerda formam o ângulo subcostal. As 2 costelas flutuantes (11ª e 12ª) 
articulam-se posteriormente com a coluna vertebral e anteriormente as suas 
extremidades são livres. 
 
ESTERNO 
 Está localizado na parte anterior do tórax e articula-se com as costelas através 
das cartilagens costais e com as clavículas. 
Está dividido em 3 partes: 
 Manúbrio 
 Corpo do esterno 
 Processo xifóide. 
 
3.8 ESQUELETO APENDICULAR 
 O esqueleto apendicular é composto pelos membros superiores e 
membros inferiores. 
 
MEMBROS SUPERIORES 
 Os membros superiores podem ser divididos em 4 partes: 
 Cintura escapular 
 Braço 
 Antebraço 
 Mão 
CINTURA ESCAPULAR 
A cintura escapular é formada pelo osso da escápula e clavícula, unindo 
o membro superior ao tronco. 
 
Figura 11 – Cintura Escapular 
 
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gray204b.png. Acesso em 15 
abr. 2016. 
BRAÇO 
 O braço é composto pelo osso do úmero, que é o maior e mais longo osso 
do membro superior. Articula-se com a escápula na articulação do ombro e com 
o rádio e a ulna na articulação do cotovelo. 
 
ANTEBRAÇO 
 O antebraço possui dois ossos principais, o rádio e a ulna. O rádio é o 
osso lateral do antebraço. É o mais curto dos dois ossos do antebraço. Articula-
se proximalmente com o úmero e a ulna e distalmente com os ossos do carpo e 
a ulna. Apresenta duas epífises e uma diáfise. 
 E a ulna é o osso medial do antebraço. Articula-se proximalmente com o 
úmero e o rádio e distalmente apenas com o rádio. É um osso longo que 
apresenta duas epífises e uma diáfise. 
 
Figura 12 – Ossos dos Membros Superiores 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ulna. Acesso em 15 abr. 2016. 
 
MÃO. 
A mão se divide em: carpo, metacarpo e falanges. Os ossos do Carpo são 
divididos em oito partes distribuídos em duas fileiras: proximal e distal. Na fileira 
proximal temos os ossos: Escáfoide, Semilunar, Piramidal e Pisiforme. E na 
fileira distal temos os ossos: Trapézio, Trapezóide, Capitato e Hamato. 
 
CINTURA PÉLVICA: 
A cintura pélvica é formada pelos ossos do quadril, pela fusão do ílio, ísquio 
e púbis. 
 
Figura 13 – Cintura Pélvica 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelve. Acesso em 15 abr. 2016. 
 
3.10 MEMBRO INFERIOR: 
Composto pelo fêmur que possui os seguintes acidentes ósseos: 
 Epífise proximal: 
o Cabeça do fêmur 
o Colo do fêmur 
 Epífise distal: 
o Côndilo medial e côndilo lateral 
o Epicôndilo medial e epicôndilo lateral 
Além disto, têm-se a patela, osso sesamóide que fica no tendão patelar, a 
tíbia e a fíbula que formam os ossos da perna. 
 Na tíbia observam-se os seguintes acidentes ósseos: 
 Epífise proximal: 
o Côndilo medial 
o Côndilo lateral 
o Tuberosidade tibial anterior 
 Epífise distal: 
o Maléolo medial 
o Incisura fibular 
Na fíbula têm-se os seguintes acidentes ósseos: 
 Epífise proximal 
o Cabeça da fíbula 
o Face articular da cabeça da fíbula 
 Epífise distal 
o Maléolo lateral 
Já no pé observa-se a seguinte distribuição: 
 Tarso: 
o Calcâneo 
o Tálus 
o Navicular 
o Cubóide 
o Cuneiforme medial 
o Cuneiforme intermédio 
o Cuneiforme lateral. 
 Metatarso: 5 ossos que unem os ossos do tarso às falanges, numeradas 
de 1 a 5 do hálux ao dedo mínimo. 
 Falanges: 14 ossos, sendo quatro dedos com 3 falanges (proximal, média 
e distal, com exceção do hálux que possui 2 falanges (proximal e distal). 
 
 
Figura 14– Ossos dos Membros Inferiores 
 
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Leg_bone. Acesso em 15 abr. 2016. 
 
3.11 SISTEMA ARTICULAR 
Os ossos “unem-se“ entre si para constituir o esqueleto, tendo como 
objetivo maior das articulações conferir aos ossos movimentos levados pela 
ação muscular. 
Acessoriamente podemos considerar que determinadas articulações são 
importantes no crescimento ósseo (cartilagem de crescimento). Por último, as 
articulações fornecem elasticidade e flexibilidade ao esqueleto. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES 
São vários os critérios adotados para se classificar as articulações do 
esqueleto. Uma maneira seria considerar o tipo de tecido interposto entre os 
ossos articulares. 
 Articulação fibrosa 
 Articulação cartilaginosa 
 Articulação sinovial. 
 
FIBROSAS 
As articulações fibrosas são exclusivas do esqueleto cefálico. Isto quer 
dizer que os ossos do “crânio” estão articulados através de um tecido conjuntivo 
fibroso, que além de colaborar no crescimento da cabeça, oferece também 
elasticidade. Num crânio de feto as suturas são mais amplas (mais separadas) 
porque são áreas provisórias de interconexões que sofrerão sinostoses 
(ossificação) com a idade. 
Fibrosas do tipo Suturas: 
Englobam quase todas as articulações entre os ossos do crânio, e se 
subdividem em: 
 Denteadas (serráteis). Exemplo: sutura interparietal. 
 Escamosas (biseladas). Exemplo: sutura parietotemporal. 
 Planas. Exemplo: sutura internasal. 
Classificação: 
 Quanto ao tecido interposto. Fibrosa 
 Quanto ao movimento. Imóvel ou sinartrose. 
 
Figura 15 – Articulação Fibrosa do Tipo Sutura 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Osso_parietal. Acesso em 15 abr. 2016. 
Fibrosas do tipo Gonfoses: 
Do Grego gonfos (prego). São articulações entre os dentes e suas 
cavidades naturais os alvéolos dentários. São articulações com pouco 
movimento e que normalmente não se calcificam com a idade. 
 
Fibrosa do tipo Sindesmoses 
São junturas fibrosas com uma quantidade maior de tecidos conjuntivos. 
Com maior grau de liberdade de movimentos. Exemplo; tíbio-fibular entre as 
extremidades distais da tíbia e da fíbula. 
Classificação: 
 Quanto ao tecido interposto. Fibrosa do tipo Sindesmose 
 Quanto ao movimento. Semimóvel ou Anfiartrose 
 
CARTILAGÍNEAS 
Nestas articulações, os ossos são interligados através de cartilagem 
hialina ou fibrosa. Em consequência disto classificamos as junturas 
cartilagíneas em: 
Cartilagíneas do tipo Sincondroses: 
Quer dizer “união” dos ossos através de cartilagem hialina. Estas junturas 
são também denominadas de “união provisória” (temporária). Isto é vale dizer 
que elas existem em determinadas fases da vida, e que depois se calcificam. 
Ex: sincondrose esfeno-occipital no jovem e sinostose esfeno-occipital no 
adulto. Estas junturas são importantes no crescimento das peças esqueléticas. 
Certos autores consideram nas sincondroses dois tipos: 
1. intra-óssea. Exemplo: união entre a epífise com a diáfise de um osso 
longo. 
2. inter-óssea. Exemplo: A união entre os ossos: ílio, ísquio e púbis. 
 
Figura 16 – Sincondrose 
 
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Costal_cartilage.Acesso em 15 abr. 2016. 
Cartilagíneas do tipo Sínfise 
Quer dizer união por meio de cartilagem fibrosa. Normalmente este tipo não 
sofre sinostose com o decorrer dos anos. As articulações sínfises dão ao 
esqueleto estabilidade e pequena liberdade de movimentos. Exemplos: sínfise 
púbica (da púbis) e sínfise intervertebral (coluna vertebral ). 
Classificação: 
 Quanto ao tecido interposto. Cartilagínea ou cartilaginosa. 
 Quanto ao movimento. Semi-móvel ou Anfiartrose 
 
Figura 17 – Sínfise Púbica 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADnfise. Acesso em 15 abr. 2016. 
 
SINOVIAIS 
As junturas sinoviais se caracterizam pela maior liberdade de movimentos 
entre os ossos. São realmente as articulações que mais se movimentam. Isto 
em decorrência de uma série de elementos existentes: 
 Cavidade articular: é o espaço ou fenda existente entre os ossos da 
articulação. É limitado pelas cartilagens e pela cápsula. 
 Cartilagem articular: é o tecido cartilagíneo (hialino), que reveste as 
superfícies articulares dos ossos. É uma cartilagem remanescente do 
esqueleto cartilagíneo do embrião que normalmente não se calcifica. Tem 
um aspecto liso para facilitar os movimentos articulares. 
 Superfície articular: é a área do osso revestida pela cartilagem articular. 
É representada pelas bordas e pelas extremidades de contato dos ossos. 
 Cápsula articular: é o principal meio de conexão entre os ossos. Impede 
o afastamento anormal dos ossos durante os movimentos. Apresenta-se 
como uma joelheira (luva) em torno das extremidades ósseas fornecendo 
estabilidade e proteção aos componentes internos da articulação. É de 
natureza conjuntiva (tecido conjuntivo fibroso) constituída por duas 
partes: uma externa, mais fibrosa, mais resistente que atua como um 
verdadeiro ligamento, e outra interna, delgada, amplamente 
vascularizada (rica em vasos), denominada membrana sinovial. 
 Membrana sinovial: reveste a cápsula articular internamente, porém 
inexistente nas áreas de “atrito” (superfícies articulares). Esta apresenta 
uma série de pregas, as vilosidades sinoviais que participam na 
elaboração do líquido sinovial. 
 Liquido sinovial: é o líquido elaborado pela membrana sinovial que 
preenche a cavidade articular, lubrificando as cartilagens articulares. É de 
consistência viscosa que se espessa com o frio. Em temperatura normal 
atua como lubrificante facilitando os movimentos e impedindo o atrito dos 
ossos. Segundo alguns autores, a sinóvia teria uma participação na 
nutrição da cartilagem articular. 
 Discos e Meniscos: intra-articulares: são estruturas fibrocartilagíneas que 
se interpõem aos ossos articulares. Atuam como elementos de 
congruência (harmonia), entre superfícies ósseas discordantes. 
Participam também na facilitação dos movimentos e como coxins 
(amortecedores) na neutralização dos impactos. É denominado de disco 
quando total (circular), como na articulação (A.T.M.) temporomandibular 
e de menisco quando parcial (meia lua) como no joelho. Muitas vezes 
apresentam perfurações comunicando a cavidade supra com a 
inframeniscal. 
 Lábios ou Orlas: são estruturas fibrocartilaginosas que dispõem no 
contorno das superfícies articulares ampliando assim a superfície de 
recepção do osso. 
 Ligamentos: são elementos de conexão dos ossos articulares. De 
natureza fibrosa, resistente que reforçam a cápsula articular externa e 
internamente, daí denominados de extra e intra-articulares 
respectivamente. Estes ligamentos mantêm os ossos em contiguidade, 
impedindo a separação anormal dos ossos (luxação). 
Diversos são os critérios para a classificação das articulações sinoviais: 
 Classificação de acordo com o número de superfícies articulares 
o Simples: quando dois ossos se articulam. Exemplo interfalângica. 
o Composta: quando mais de dois ossos se articulam. Exemplo 
articulação do cotovelo; 
o Complexa: quando possui disco ou menisco intra-articulares 
separando a cavidade articular. 
 Exemplo: articulação do joelho e (ATM) articulação 
temporomandibular; 
 Classificação de acordo com número de eixos de movimento 
o Mono ou Uniaxial: quando possui apenas um eixo de movimento. 
Exemplo: articulação interfalângica; 
o Biaxial: quando possui dois eixos de movimento. Exemplo: 
articulação radiocárpica; 
o Triaxial: quando possui três eixos de movimento. Exemplo: 
coxofemoral. 
 Classificação de acordo com a forma das superfícies articulares: 
o Articulação plana: as superfícies articulares são planas ou 
ligeiramente abauladas, permitindo somente movimentos de 
deslizamento ou resvalo. Exemplo: articulação intercuneiformes; 
o Articulação gínglimo (dobradiça): as superfícies articulares unem-
se como as partes de uma dobradiça. Os movimentos são 
executados ao redor de um único eixo. Exemplo: articulação 
interfalângica; 
o Articulação condilar: as superfícies articulares de ambos os ossos 
são denominadas de côndilo, e são incongruentes, necessitando 
para a combinação de discos ou meniscos. Exemplos: articulação 
temporomandibular (ATM), e articulação do joelho; 
o Articulação elipsoide: as superfícies articulares são segmentos de 
elipse, uma convexa e outra côncava, e seus movimentos se 
fazem ao redor de dois eixos. Exemplo: articulação radiocárpica; 
o Articulação trocoide (em pivô): as superfícies articulares se 
encaixam mutuamente, sendo uma superfície de forma circular, ou 
em roda, e a outra, côncava, permitindo a rotação. É uniaxial. 
Exemplo: articulação radioulnar proximal; 
o Articulação selar: a superfície de um osso tem a forma de uma sela 
e a do outro de um cavaleiro. É biaxial. Exemplo: articulação 
trapézio-metacárpica do polegar; 
o Articulação esferoide: a superfície articular de um osso é uma 
esfera e a do outro um receptáculo. Exemplo: articulação 
coxofemoral. 
Das articulações somente as sinoviais permitem movimentos amplos sendo 
que as sínfises apresentam ligeiros ou diminutos movimentos de pressão e 
torção. São movimentos ativos aqueles que o próprio indivíduo pode realizar em 
suas articulações, e passivos, aqueles dependentes da ação da gravidade ou 
da intervenção de um examinador. 
 
Figura 18 – Articulação Sinovial 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Articula%C3%A7%C3%A3o. Acesso em 15 
abr. 2016. 
 
SEÇÃO 4: SISTEMA MUSCULAR 
 
4.1 DEFINIÇÃO 
 
Os músculos são estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais 
articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento, 
através de células especializadas chamadas fibras musculares, cuja energia 
latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. São capazes de 
transformar energia química em energia mecânica. 
 
4.2 FUNÇÕES DOS MÚSCULOS 
 
Dentre as principais funções dos músculos temos: 
 
 Produção dos movimentos corporais. 
 Estabilização das posições corporais. 
 Regulação do volume dos órgãos. 
 Movimento de substâncias dentro do corpo. 
 Produção de calor. 
 
4.3 TIPOS DE MÚSCULOS 
 
Existem três tipos de músculos no nosso sistema muscular. 
 Músculos Estriados Esqueléticos: Contraem-se por influência da 
nossa vontade, ou seja, são voluntários (ex. bíceps braquial). 
 Músculo Estriado-cardíaco: Contração forte, rápida, rítmica e 
involuntária (ex. contração do coração). 
 Músculo Liso: Possuem contração fraca, lenta e involuntária (ex. 
intestinos, ureteres, bexiga). 
 
Figura 1 – Tipos de Músculos 
 
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Illu_muscle_tissues.jpg. Acesso 
em 15 abr. 2016. 
 
 
4.4 CLASSIFICAÇÃO DOS MUSCÚLOS 
Quanto a situação: 
 Superficiais ou Cutâneos: estão logo abaixo da pele e apresentam no 
mínimo uma de suas inserções na camada profunda da derme. Estão 
localizados na cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região 
hipotenar). Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos que não apresentam 
inserções na camada profunda da derme, e na maioria das vezes, se 
inserem em ossos. Estão localizados abaixo da fáscia superficial. 
 
Quanto à forma: 
 Longos: São encontrados especialmente nos membros. Os mais 
superficiais são os mais longos, podendo passar duas ou mais 
articulações (ex. bíceps braquial). 
 
 Curtos: Encontram-se nas articulações cujos movimentos tem pouca 
amplitude, o que não exclui força nem especialização (ex. músculos da 
mão). 
 
 Largos: Caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas 
paredes das grandes cavidades (ex. diafragma). 
 
Quanto à disposição das fibras: 
 Reto: Paralelo à linha média. Ex: Reto abdominal. 
 Transverso: Perpendicular à linha média. Ex: Transverso abdominal. 
 Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: Oblíquo externo. 
 
Quanto a Origem e Inserção: 
 Quando se originam de mais de um tendão. Ex. Bíceps, Quadríceps. 
 
Quanto a função: 
 Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento 
específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um 
movimento desejado. 
 Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o 
agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo 
um movimento suave. 
 Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações 
para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. 
 Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir 
mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando 
move-se a parte distal. 
 
Quanto a Nomenclatura: 
 Ação: Extensor dos dedos. 
 Ação Associada à Forma: Pronador redondo e pronador quadrado 
 Ação Associada à Localização: Flexor superficial dos dedos. 
 Forma: Músculo Deltóide (letra grega delta) 
 Localização: Tibial anterior. 
 Número de Origem: Bíceps femoral e tríceps braquial. 
 
4.4 COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MÚSCULOS ESTRIADOS 
 Ventre Muscular é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras 
musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção 
carnosa). 
 Tendão é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e 
que serve para fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em 
cápsulas articulares. Possuem aspecto morfológico de fitas ou de 
cilindros. 
 Aponeurose é uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana 
que envolve grupos musculares. Geralmente apresenta-se em forma de 
lâminas ou em leques. 
 Bainhas Tendíneas são estruturas que formam pontes ou túneis entre as 
superfícies ósseas sobre as quais deslizam os tendões. Sua função é 
conter o tendão, permitindo-lhe um deslizamento fácil. 
 Bolsas Sinoviais são encontradas entre os músculos ou entre um músculo 
e um osso. São pequenas bolsas forradas por uma membrana serosa que 
possibilitam o deslizamento muscular. 
Figura 2 – Músculo 
 
Fonte: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Constituci%C3%B3n_de_un_m%C3%
BAsculo_esquel%C3%A9tico.jpg. Acesso em 15 abr. 2016. 
4.5 TIPOS DE CONTRAÇÃO: 
 Contração Concêntrica: o músculo se encurta e traciona outra estrutura, 
como um tendão, reduzindo o ângulo de uma articulação. 
 Contração Excêntrica: quando aumenta o comprimento total do músculo 
durante a contração. 
 Contração Isométrica: servem para estabilizar as articulações enquanto 
outras são movidas. Gera tensão muscular sem realizar movimentos. É 
responsável pela postura e sustentação de objetos em posição fixa. 
 
4.6 COMPONENTES ANATÔMICOS DO TECIDO CONJUNTIVO 
 Fáscia Superficial separa os músculos da pele. 
 Fáscia Muscular é uma lâmina ou faixa larga de tecido conjuntivo fibroso, 
que, abaixo da pele, circunda os músculos e outros órgãos do corpo. 
 Epimísio é a camada mais externa de tecido conjuntivo, circunda todo o 
músculo. 
 Perimísio circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares 
individuais, separando-as em feixes chamados fascículos. 
Os fascículos podem ser vistos a olho nu. 
 Endomísio é um fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no 
interior de cada fascículo e separa as fibras musculares individuais de 
seus vizinhos. 
 
Figura 3 – Tecido Conjuntivo 
 
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Illu_muscle_structure.jpg. 
Acesso em 15 abr. 2016. 
 
4.7 MÚSCULOS DO ESQUELETO AXIAL 
MÚSCULOS DA CABEÇA, FACE E PESCOÇO. 
 NOME DO MÚSCULO AÇÃO DO MÚSCULO 
Epicrânio Traciona para trás o couro cabeludo. 
Eleva as sobrancelhas e enruga. 
Eleva as sobrancelhas de um ou de ambos 
os lados. 
Temporoparietal Estica o couro cabeludo. 
Traciona para trás a pele das têmporas. 
Combina-se com o occipitofrontal para 
enrugar a fronte e ampliar os olhos 
(expressão de medo e horror). 
Orbicular do Olho Fechamento ativo das pálpebras. 
Prócero Traciona para baixo o ângulo medial da 
sobrancelha e origina as rugas transversais 
sobre a raiz do nariz. 
Nasal Dilatação do nariz. 
Levantador do Lábio 
Superior 
Levanta o lábio superior e leva-o um pouco 
para frente. 
Levantador do Lábio 
Superior e Asa do Nariz 
Dilata a narina e levanta o lábio superior. 
Levantador do ângulo da 
Boca 
Eleva o ângulo da boca e acentua o sulco 
nasolabial. 
Zigomático Maior Traciona o ângulo da boca para trás e para 
cima (risada). 
Zigomático Menor Auxilia na elevação do lábio superior e 
acentua o sulco nasolabial. 
Risório Retrai o ângulo da boca lateralmente (riso 
forçado). 
Depressor do Lábio Inferior Repuxa o lábio inferior diretamente para 
baixo e lateralmente (expressão de ironia). 
Depressor do Ângulo da 
Boca 
Deprime o ângulo da boca (expressão de 
tristeza). 
Mentoniano Eleva e projeta para fora o lábio superior e 
enruga a pele do queixo. 
Orbicular da Boca Fechamento direto dos lábios. 
Bucinador Deprime e comprime as bochechas contra a 
mandíbula e maxila. Importante para 
assobiar e soprar. 
Masseter Elevação (oclusão) da mandíbula. 
Platisma Traciona o lábio inferior e o ângulo bucal, 
abrindo parcialmente a boca (expressão de 
horror). Puxa a pele sobre a clavícula em 
direção à mandíbula. 
Esternocleidomastóideo Fixo Superiormente: Ação inspiratória 
 
Fixo Inferiormente: 
Contração Unilateral: Flexão, inclinação 
homolateral e rotação com a face virada 
para o lado oposto 
Contração Bilateral: Flexão da cabeça 
 
Escaleno anterior, médio e 
posterior. 
Anterior: Elevação da primeira costela e 
inclinação homolateral do pescoço - Ação 
inspiratória. 
Médio: Elevação da primeira costela e 
inclinação homolateral do pescoço - Ação 
inspiratória. 
Posterior: Elevação da segunda costela e 
inclinação homolateral do pescoço - Ação 
inspiratória. 
 
Figura 4 – Músculos da Face na Vista Anterior 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
Figura 5 – Músculos da Face na Vista Lateral 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
Figura 6 – Músculos do Pescoço na Vista Lateral 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
MÚSCULO DO TÓRAX 
 NOME DO 
MÚSCULO 
AÇÃO DO MÚSCULO 
Peitoral Maior Adução, rotação medial, flexão e flexão horizontal do 
ombro 
Peitoral Menor Fixo no Tórax: Depressão do ombro e rotação inferior da 
escápula 
Fixo na Escápula: Eleva as costelas (ação inspiratória) 
Serrátil Anterior Fixo na Escápula: Ação inspiratória 
Fixo nas Costelas: Rotação superior, abdução e 
depressão da escápula e propulsão do ombro 
Subclávio Depressão da clavícula e do ombro. 
Intercostais 
Externos 
Elevação das costelas (ação inspiratória). 
Intercostais 
Internos 
Depressão das costelas (ação expiratória). 
 
Figura 7 –Músculos do Tórax na Vista Anterior 
 
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
Figura 8 – Músculo Serrátil Anterior 
 
FONTE: http://www.auladeanatomia.com/sistemamuscular/torax.htm 
 
MÚSCULOS DO ABDOME (REGIÃO ANTERIOR) 
 NOME DO 
MÚSCULO 
AÇÃO DO MÚSCULO 
Reto Anterior 
do Abdome 
Aumento da pressão intra-abdominal (Expiração, Vômito, 
Defecação, Micção e no Parto). 
Fixo no Tórax: Retroversão da pelve. 
Fixo na Pelve: Flexão do tronco (+ ou - 30°). 
Oblíquo 
Externo do 
Abdome 
Contração Unilateral: Rotação com tórax girando para o 
lado oposto. 
Contração Bilateral: Flexão do tronco e aumento da 
pressão intra-abdominal. 
Oblíquo Interno 
do Abdome 
Contração Unilateral: Rotação com tórax girando para o 
lado oposto. 
Contração Bilateral: Flexão do tronco e aumento da 
pressão intra-abdominal. 
Rotação do tórax para o mesmo lado. 
Transverso do 
Abdome 
Aumento da pressão intra-abdominal e estabilização da 
coluna lombar. 
Diafragma Inspiratório, pois diminui a pressão interna da caixa 
torácica permitindo a entrada do ar nos pulmões, 
estabilização da coluna vertebral e expulsões (defecação, 
vômito, micção e parto). 
 
Figura 9 – Músculos do Tórax na Vista Anterior 
 
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
 
Figura 10 – Músculos Abdominais Profundos 
 
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
MÚSCULOS DO DORSO (REGIÃO POSTERIOR) 
 NOME DO 
MÚSCULO 
AÇÃO DO MÚSCULO 
Trapézio Fixo na Coluna: Elevação do ombro, adução das 
escápulas, rotação superior das escápulas e 
depressão de ombro. 
Fixo na Escápula: 
Contração Unilateral: Inclinação homolateral e 
rotação contralateral da cabeça. 
Contração Bilateral: Extensão da cabeça. 
Latíssimo do Dorso 
ou Grande dorsal 
Adução, extensão e rotação medial do braço. 
Depressão do ombro. 
Rombóide Adução e rotação inferior das escápulas e elevação 
do ombro 
Levantador da 
Escápula 
Elevação e adução da escápula. Inclinação e 
rotação homolateral da coluna cervical e extensão 
da cabeça. 
Serrátil Póstero-
Superior 
Elevação das primeiras costelas (ação inspiratória). 
Serrátil Póstero-
Inferior 
Depressão das últimas costelas (ação expiratória). 
Eretores da Espinha Extensão da coluna vertebral. 
 
Figura 11 – Músculos do Dorso na Vista Posterior 
 
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
4.8 MÚSCULOS DO SISTEM APENDICULAR 
MÚSCULOS DO OMBRO 
 MÚSCULO AÇÃO DO MÚSCULO 
Deltóide Abdução do braço. 
Auxilia nos movimentos de flexão, extensão, rotação lateral 
e medial, flexão e extensão horizontal do braço. 
Estabilização da articulação do ombro. 
Supra-
espinhal 
Abdução do braço. 
Infra-espinhal Rotação lateral do braço. 
Redondo 
Menor 
Rotação lateral e adução do braço. 
Redondo 
Maior 
Rotação medial, adução e extensão da articulação do 
ombro. 
Subescapular Rotação medial e adução do braço. 
 
Figura 12 – Músculos do Ombro na Vista Posterior 
 
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
 
Figura 13 – Músculos do Ombro na Vista Anterior 
 
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
MÚSCULOS DO BRAÇO 
 MÚSCULO AÇÃO DO MÚSCULO 
Bíceps Braquial Flexão de cotovelo / ombro e supinação do antebraço 
Braquial Anterior Flexão de cotovelo 
Coracobraquial Flexão e adução do braço 
Tríceps Braquial Extensão do cotovelo 
 
 
Figura 14 – Músculos do Braço 
 
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO 
 NOME DO MÚSCULO AÇÃO DO MÚSCULO 
Braquiorradial Flexão do cotovelo, pronação de antebraço e 
supinação até o ponto neutro. 
Supinador Supinação do antebraço. 
Extensor Radial Longo 
do Carpo 
Extensão do punho e abdução da mão (desvio 
radial). 
Extensor Radial Curto 
do Carpo 
Extensão do punho. 
Pronador Redondo Pronação do antebraço e auxiliar na flexão do 
cotovelo 
Flexores de punho e 
mão 
Flexão do antebraço, punho e dedos. 
Extensores de punho e 
mão 
Extensão do antebraço, punho e dedos. 
 
Figura 15 – Músculos do antebraço – Vista Anterior 
 
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
Figura 16 – Músculos do Antebraço – Vista Posterior 
 
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
MÚSCULOS DA PERNA 
MÚSCULOS DO QUADRIL 
 MÚSCULO AÇÃO DO MÚSCULO 
Glúteo máximo Extensão e rotação lateral do quadril 
Glúteo médio 
Abdução e rotação medial da coxa Glúteo mínimo 
Piriforme 
 
 
 
 
 
Figura 17 – Músculos do Quadril 
 
FONTE: NETTER, 2000. 
 
MÚSCULOS DA COXA ANTERIOR E LATERAL 
 NOME DO MÚSCULO AÇÃO DO MÚSCULO 
Tensor da fáscia lata Flexão, abdução e rotação medial do quadril e rotação lateral do joelho. 
Reto femoral Extensão do joelho e o reto femural realiza flexão 
do quadril. O vasto medial realiza rotação medial 
e o vasto lateral, rotação lateral. 
Vasto lateral 
Vasto intermédio 
Vasto medial 
Sartório Flexão, abdução e rotação lateral da coxa e flexão e rotação medial do joelho. 
 
 
 
Figura 18 – Músculos Anteriores da Coxa 
 
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
Figura 19 – Músculos Laterais da Coxa 
 
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
MÚSCULOS DA COXA MEDIAL 
 NOME DO MÚSCULO AÇÃO DO MÚSCULO 
Grácil Adução da coxa, flexão e rotação medial do joelho 
Adutor magno 
Adução da coxa Adutor longo 
Adutor curto 
 
 
Figura 20 – Músculos Mediais da Coxa 
 
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
MÚSCULOS DA COXA POSTERIOR 
 NOME DO MÚSCULO AÇÃO DO MÚSCULO 
Bíceps femoral Extensão do quadril, flexão do joelho 
e rotação lateral do joelho 
Semitendínoso Extensão do quadril, flexão e rotação 
medial do joelho Semimembranoso 
 
 
Figura 21 – Músculos Posteriores da Coxa 
 
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
MÚSCULOS DA PERNA ANTERIOR 
 NOME DO MÚSCULO AÇÃO DO MÚSCULO 
Tibial anterior Flexão dorsal e inversão do pé 
Tibial posterior 
Fibular longo Flexão plantar e eversão do pé 
Fibular curto 
 
 
Figura 22 – Músculos Anteriores da Perna 
 
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
 
MÚSCULOS DA PERNA POSTERIOR 
 NOME DO MÚSCULO AÇÃO DO MÚSCULO 
Gastrocnêmio lateral Flexão do joelho e flexão plantar do tornozelo Gastrocnêmio medial 
Sóleo Flexão plantar do tornozelo 
 
 
Figura 23 – Músculos da Perna Posterior 
 
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
MÚSCULOS DO PÉ 
 NOME DO MÚSCULO AÇÃO DO MÚSCULO 
Tensores dos dedos do pé Extensão dos dedos do pé 
Flexores dos dedos do pé Flexão dos dedos do pé 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEÇÃO 5 – SISTEMA CARDIOVASCULAR 
5.1 DEFINIÇÃO 
A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo 
e oxigênio às células. O sistema circulatório é um sistema fechado, sem 
comunicação com o exterior, constituído por tubos, que são chamados vasos, e 
por uma bomba percussora que tem como função impulsionar um líquido 
circulante de cor vermelha por toda a rede vascular. 
 O sistema cardiovascular consiste no sangue, no coração e nos vasos 
sanguíneos. Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar 
materiais com elas,ele deve ser constantemente, propelido ao longo dos vasos 
sanguíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de sangue por 
cerca de 100 mil quilômetros de vasos sanguíneos. 
 
5.2 CIRCULAÇÃO PULMONAR E SISTÊMICA 
Na pequena circulação a artéria pulmonar parte do ventrículo direito e se 
bifurca logo em artéria pulmonar direita e artéria pulmonar esquerda, que vão 
aos respectivos pulmões. Uma vez dentro dos pulmões, ambas se dividem em 
tantos ramos quantos são os lobos pulmonares; depois uma posterior subdivisão 
ao nível dos lóbulos pulmonares, estes se resolvem na rede pulmonar. 
A circulação pulmonar, também chamada de pequena circulação, tem seu 
inicio no ventrículo direito do coração através do tronco da artéria pulmonar, na 
sequencia passa pelos ramos das artérias pulmonares, arteríolas e capilares 
pulmonares até os alvéolos, local onde ocorre a hematose, ou seja, a troca do 
oxigênio em gás carbônico. Assim, podemos dizer que o sangue até aqui é 
chamado de venoso (possui maior concentração de gás carbônico) e a partir 
daqui o sangue é chamado de arterial, que possui maior concentração de 
oxigênio. Na sequencia temos as vênulas e veias pulmonares que desembocam 
no átrio esquerdo do coração. 
As paredes dos capilares são muito finas e os gases respiratórios podem 
atravessá-las facilmente: o oxigênio do ar pode assim passar dos ácinos 
pulmonares para o sangue; ao contrário, o anidrido carbônico abandona o 
sangue e entra nos ácinos pulmonares, para ser depois lançado para fora. Aos 
capilares fazem seguimento as vênulas que se reúnem entre si até formarem as 
veias pulmonares. Estas seguem o percurso das artérias e se lançam na aurícula 
esquerda. A artéria pulmonar contém sangue escuro, sobrecarregado de 
anidrido carbônico (sangue venoso). As veias pulmonares contêm, 
contrariamente, sangue que abandonou o anidrido carbônico e se carregou de 
oxigênio, tomando a cor vermelha (sangue arterial). 
Na grande circulação a aorta, ponto de início da grande circulação, parte 
do ventrículo esquerdo. Forma um grande arco, que se dirige para trás e para a 
esquerda, segue verticalmente para baixo, seguindo a coluna vertebral, 
atravessa depois o diafragma e penetra na cavidade abdominal. Ao fim do seu 
trajeto, a aorta se divide nas duas artérias ilíacas, que vão aos membros 
inferiores. Da aorta se destacam numerosos ramos que levam o sangue a várias 
regiões do organismo. Da aorta partem as artérias subclávias que vão aos 
membros superiores e as artérias carótidas que levam o sangue à cabeça. Da 
aorta torácica partem as artérias bronquiais, que vão aos brônquios e aos 
pulmões, as artérias do esôfago e as artérias intercostais. 
Já, o transporte do sangue com maior concentração de oxigênio do 
coração para o resto do corpo e retorno do sangue com maior concentração de 
gás carbônico e menor concentração de oxigênio de volta para o coração é 
chamada de circulação sistêmica ou grande circulação. A circulação sistêmica 
transporta o sangue para todas as partes do corpo, percorrendo uma distância 
muito maior pelo corpo em relação a circulação pulmonar. 
 
5.3 SANGUE 
As células de nosso organismo precisam constantemente de nutrientes 
para manutenção do seu processo vital, os quais são levados até elas pelo 
sangue. Estes elementos nutritivos são constituídos por proteínas, hidratos de 
carbono e gordura, desdobrados em suas moléculas elementares (protídeos, 
lipídeos e glicídios) e ainda sais minerais, água e vitaminas. 
Ao sangue cabe também a função de transportar oxigênio para as células, 
e servir de veículo para que elementos indesejáveis como gás carbônico, que 
deve ser expelido pelos pulmões, e ureia, que deve ser eliminado pelos rins. 
O sangue é composto por uma parte líquida, o plasma, constituído de 
substâncias nutritivas e elementos residuais das reações celulares. O plasma 
também possui uma parte organizada, os elementos figurados, que são os 
glóbulos sanguíneos e as plaquetas. 
Os glóbulos dividem-se em vermelhos e bancos. Os glóbulos vermelhos 
são as hemácias, células sem núcleo contendo hemoglobina, um pigmento 
vermelho do sangue responsável pelo transporte de oxigênio e de gás carbônico. 
Os glóbulos brancos são os leucócitos, verdadeiras células nucleadas, 
incumbidas da defesa do organismo. São eles: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, 
monócitos e linfócitos. 
 O trajeto do sangue pelo corpo, resumidamente, tem seu inicio nas 
artérias do coração, que se ramificam em arteríolas e finalizam nos capilares 
sanguíneos. Esses capilares se transformam em vênulas e ao aumentarem de 
calibre, passam a ser chamadas de veias, que levam o sangue de volta ao 
coração. 
 
5.4 CORAÇÃO 
O coração tem o formato de um cone, é oco, formado pelo músculos 
estriado cardíaco, ele fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da 
cavidade torácica, no mediastino, a massa de tecido que se estende do esterno 
à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 
de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. 
A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para 
baixo e para a esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a 
base, dirigida para trás, para cima e para a direita. 
 
Figura 1 – Coração 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o_humano. Acesso 
em 15 abr. 2016. 
Os limites do coração são: a superfície anterior fica logo abaixo do esterno 
e das costelas. A superfície inferior é a parte do coração que, em sua maior parte 
repousa sobre o diafragma, correspondendo a região entre o ápice e aborda 
direita. A borda direita está voltada para o pulmão direito e se estende da 
superfície inferior à base; a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, 
fica voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. Como 
limite superior encontra-se os grandes vasos do coração e posteriormente a 
traqueia, o esôfago e a artéria aorta descendente. 
 
Camadas da Parede Cardíaca 
A camada ou membrana que reveste e tem a função de proteger o 
coração é chamada de pericárdio. O pericárdio é dividido em duas partes: 
pericárdio fibroso, localizado mais superficial, mais resistente e denso e 
pericárdio seroso, localizado mais profundo, com um membrana mais fina e 
delicada que reveste o coração. 
 Figura 2 - Camadas da Parede Cardíaca. 
 
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Pericardium. Acesso em 15 abr. 2016. 
O epicárdio corresponde a parte mais externa do coração. É um formado 
por um tecido seroso e fino, também pode ser chamada de camada visceral do 
pericárdio seroso. 
O Miocárdio corresponde a parte média da parede do coração. Apresenta 
na sua composição o músculo estriado cardíaco, responsável pelos batimentos 
cardíacos, que leva o sangue para os vasos sanguíneos. 
 E o endocárdio corresponde a parte mais interna do coração. Apresenta 
um tecido pavimentoso simples e fino sobre o tecido conjuntivo. Essa parte 
também é responsável por revestir as válvulas do coração. 
 
CONFIGURAÇÃO INTERNA DO CORAÇÃO 
O coração é composto por 4 câmaras. Essas câmaras correspondem aos 
dois átrios e aos dois ventrículos. Nos átrios, localizados na parte de cima do 
coração, chegam o sangue e nos ventrículos, situados abaixo, é o local onde o 
sangue é impulsionado para fora do coração. 
Existe ainda um fina camada chamada de septo interatrial, que divide o 
átrio direito do átrio esquerdo, assim como uma outra fina camada chamada 
septo interventricular separa o ventrículo direito do esquerdo. 
ÁTRIO DIREITO E ESQUERDO 
Nós possuímos dois átrios, um direito e um esquerdo. Estão situados 
acima e atrás do coração. O átrio direito recebe o sangue venoso da circulação 
sistêmica através da veia cava superior e inferior. Já o átrio esquerdo recebe o 
sangue arterial da circulação pulmonaratravés das 4 veias pulmonares. 
VENTRÍCULO DIREITO E ESQUERDO 
Os ventrículos também se apresentam em direito e esquerdo. Estão 
localizados na parte de baixo e da frente do coração. O ventrículo direito 
impulsiona o sangue venoso para a circulação pulmonar através da artéria 
pulmonar. E o ventrículo esquerdo leva o sangue arterial para a circulação 
sistêmica através da artéria aorta. 
VALVAS CARDIACAS 
 Cada átrio se comunica com o ventrículo do mesmo lado por meio de um 
orifício que possui uma estrutura chamada de valva. Um detalhe importante é 
que devemos estar atentos e não as confundir com o nome de válvulas. Essas 
estruturas são formadas por duas ou três partes, ou também chamadas de 
cúspides. São essas estruturas que possuem a função de impedir o refluxo do 
sangue, permitindo que a passagem do sangue seja apenas do átrio para o 
ventrículo e não o contrário. 
 No lado direito do coração, temos a valva tricúspide e no lado esquerdo 
temos a valva bicúspide. A valva bicúspide também é conhecida pelo nome de 
valva mitral. 
CICLO CARDÍACO 
O movimento ou a circulação do sangue ocorre pela contração do músculo 
cardíaco, evento chamado de sístole, que só existe por causa de uma 
composição de fibras especiais cuja principal função é de promover contrações 
regulares do miocárdio através da geração e condução de estímulos elétricos 
responsáveis pelo desencadeamento do processo em nível celular. 
Na maioria das pessoas, esse processo ocorre de modo ritmado numa 
media de 60 a 90 vezes por minuto, devido a um estimulo elétrico inicial gerado 
por um elemento desses sistema de fibras, como se fosse um marca-passo 
natural, também chamado de nó sinoatrial ou nó sinusal. Esse estímulo é gerado 
no átrio direito próximo a entrada da veia cava superior. Esse primeiro estímulo 
se propaga pelos átrios, provocando a contração atrial, ou seja, sístole atrial até 
chegar à outra estrutura chamada de nó atrioventricular, único local de 
passagem elétrica entre o átrio e o ventrículo. 
Do nó atrioventricular, o estimulo percorre o feixe atrioventricular, ou 
também chamado de feixe de His, que se divide em ramos direito e esquerdo. 
Os ramos direito e esquerdo ativam de forma organizada, todas as fibras 
musculares dos ventrículos, gerando a sístole ventricular, ou seja, temos a 
expulsam do sangue do coração para os vasos. 
Assim entendemos que enquanto ocorre a sístole ventricular os átrios 
estão em diástoles, em relaxamento, e vice-versa. 
Portanto na sístole é temos a contração do músculo cardíaco e na diástole 
temos o relaxamento do músculo cardíaco. 
 
VASCULARIZAÇÃO 
O coração é irrigado pela artéria coronária e pelo seio coronário. Da artéria 
coronária direita se originam duas artérias, a marginal direita e artéria 
interventricular posterior, que irão levar o sangue até a parte direita e posterior 
do coração. A artéria coronária esquerda atinge o sulco coronário passando por 
um ramo posterior ao tronco pulmonar do coração. 
Diversas veias que chegam até o coração coletam o sangue venoso, que 
tem seu início no ápice, passa pelo sulco interventricular anterior, continua no 
sulco coronário da esquerda no sentido para direita até a região diafragmática 
para chegar no átrio direito. 
 
Figura 3 – Vascularização 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o_humano. Acesso 
em 15 abr. 2016. 
5.5 VASOS SANGUÍNEOS 
Os vasos sanguíneos constituem uma rede de tubos ou vasos que são 
responsáveis por levar o sangue do coração até todos os tecidos do corpo e 
trazer de volta esse sangue para o coração. 
Para que isso ocorra existem o sistema arterial e o venoso. No sistema 
arterial temos vasos sanguíneos que partem do coração e chegam até os tecidos 
do corpo e se caracterizam por diminuir seu calibre à medida que se afastam do 
coração, sendo chamados de capilares. Já no sistema venoso ocorre o contrário 
e os vasos sanguíneos partem dos tecidos, através de capilares e vão 
aumentando seu calibre conforme se aproximam do coração. 
São justamente esses vasos sanguíneos que irão permitir que cheguem 
nutrientes até os diversos e diferentes tecidos do corpo humano, que através dos 
capilares permitem a absorção das substancias do sangue. Assim como esses 
capilares permitem a reabsorção do sangue em vênulas e veias que irão chegar 
de novo até o coração. Este sistema todo constitui na chamada circulação 
sanguínea. 
 ESTRUTURA DOS VASOS 
 É importante estudarmos as estruturas que compõe os vasos sanguíneos. 
Camadas Composição 
Camada ou 
túnica 
externa 
Composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta túnica 
encontramos pequenos filetes nervosos e vasculares que 
são destinados à inervação e a irrigação das artérias. 
Encontrada nas grandes artérias somente. 
Camada ou 
túnica média 
Composta por fibras musculares lisas e pequena quantidade 
de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das 
artérias do organismo. 
Camada ou 
túnica íntima 
Compostas por células endoteliais. 
 
 
 
Figura 4 - Estrutura dos vasos sanguíneos. 
 
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Tunica_externa. Acesso em 15 abr. 2016. 
 
5.6 SISTEMA ARTERIAL 
 Corresponde aos vasos sanguíneos que partem do coração e se dividem 
e irrigam todos os tecidos do ser humano. As principais artérias do coração são 
a do tronco pulmonar e da artéria aorta. 
 As artérias do tronco pulmonar constituem a circulação pulmonar. São as 
artérias que levam o sangue cheio de gás carbônico para os pulmões, e a artéria 
aorta constitui a circulação sistêmica e leva o sangue cheio de oxigênio para os 
tecidos do corpo. 
ARTÉRIAS DO CORAÇÃO 
 Sistema do tronco pulmonar; 
 Sistema da artéria aorta; 
 Artéria coronária direita e esquerda; e 
 Artérias da curva da aorta. 
 
 
Figura 5 - Artérias do coração. 
 
Fonte: disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o 
 
ARTÉRIAS DO PESCOÇO E DA CABEÇA 
 Artérias carótida comum direita e esquerda; e 
 Artérias vertebrais direita e esquerda. 
 
ARTÉRIAS DOS MEMBROS SUPERIORES 
ARTÉRIAS DISTRIBUIÇÃO 
Subclávia Pescoço e ombro (encéfalo e medula espinhal) 
Axilar Ombro, escápula, caixa torácica e úmero. 
Braquial Braço 
Radial Face lateral do antebraço, punho e mão. 
Ulnar Face medial do antebraço, punho e mão. 
Arco superficial palmar Palma da mão e dedos. 
Arco profundo palmar Palma da mão e dedos. 
 
ARTÉRIAS DA REGIÃO DO TRONCO 
ARTÉRIAS DISTRIBUIÇÃO 
Tronco 
celíaco 
Gástrica esquerda Estômago e esôfago 
Esplênica Pâncreas, estômago e omento maior 
Hepática 
comum 
Hepática própria Fígado, vesicular biliar e estômago. 
Gástrica direita Estômago 
Gastroduodenal Estômago, duodeno, pâncreas e omento maior 
Mesentérica Superior 
Pâncreas, intestino delgado, Intestino 
grosso (cólon ascendente e 
transverso). 
Mesentérica Inferior Intestino grosso (cólon transverso, descendente, sigmoide e reto). 
Renais Rins, glândulas supra-renais e ureteres. 
 
ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES 
ARTÉRIAS DISTRIBUIÇÃO 
Ilíaca comum Pelve, genitália externa e membros inferiores. 
Ilíaca interna Pelve, nádegas, genitália externa e coxa. 
Ilíaca externa Membros inferiores. 
Femoral Virilha e músculos da coxa. 
Poplítea Região posterior da perna, joelho, fêmur, patela e 
fíbula 
Tibial anterior Joelho, músculos anteriores da perna e tornozelo. 
Tibial posterior Músculos, ossos e articulações das pernas e dos pés. 
Fibular Músculos profundos da região posterior da perna, 
músculos fibulares, fíbula, tarso e face lateral do 
calcanhar. 
Dorsal do pé Músculos e articulações da face dorsal do pé. 
Plantar lateral Metatarsos e artelhos. 
Plantar medial Flexor curto dos dedos, adutor do hálux e dedos. 
 
 
Figura 6 – Sistema Circulatório 
 
Fonte: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vaso_sangu%C3%ADneo#/media/File:Circulatory_

Outros materiais