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A História Completa da Eletrônica

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1.0 - A PRÉ-HISTÓRIA DA ELETRÔNICA 
Para efeitos de alocação histórica, a idade da Eletrônica teve início em 1837 com a invenção do 
telégrafo por Samuel Morse nos EUA. Em 1888, Heirich Hertz nota o 
fenômeno de produção de corrente alternada de alta freqüência que 
denominou ondas eletromagnéticas, mais tarde, ondas Hertzianas. Na 
mesma época o pesquisador francês Edouard Branly inventou um 
dispositivo denominado coesor, capaz de detectar as ondas 
Hertzianas. 
Em 1896, Guglielmo Marconi, um cientista italiano, usando um 
transmissor de centelha usado por Hertz agora acoplado a uma 
antena transmitiu ondas eletromagnéticas a uma distância de 3600 
m cuja detecção foi feita empregando-se de um dispositivo coesor . 
Em, 1906 nos EUA, H. A. Dundwoody e G.H.Pickard trabalhando 
simultaneamente na obtenção de um detector de ondas 
eletromagnéticas mais eficiente, descobriram a propriedade que certos 
cristais, como a galena, tinham em detectar as ondas Hertzianas desenvolvendo o famoso receptor conhecido 
como radio galena. 
 
Detector de Carburundun 1904 
 
 
 
2.0 - A VÁLVULA TERMIÔNICA 
 
Em 1879, Thomaz Alva Edison fazendo 
experiências com diversos tipos de 
filamentos para obtenção de uma 
lâmpada elétrica incandescente prática 
nota um fenômeno denominado de 
"Efeito Edison" 
 
Esquemático do Efeito Edison 
 
Réplica de uma das primeiras lâmpadas 
incandescente feitas por Edison. 
 
 
 
 
2.1 - O DIODO DE FLEMING 
 
 
Ilustração de uma válvula de Fleming 
 
 
 
2.2 - O TRIODO 
 
Dr. DeForest em 1905 
 
 
O Audion de Lee De Forest de 1907, apenas com 
uma placa (single win) e com filamento de 
tântalo. 
 
Por volta de 1907, o inventor americano Lee DeForest acrescentou um terceiro elemento ao dispositivo de Fleming. 
Era a grade que patenteou sob o nome de Audion, mais conhecido como válvula triodo. 
Entretanto, apesar do enorme potencial tecnológico da válvula Audion, sua aplicação não foi imediata. Inicialmente 
foi usada mais como detecção de ondas Hertzianas do que como um elemento de amplificação. 
A experiência de De Forest: 
 
1º - A idéia original do Audion usando a condutividade dos gases. Os dois eletrodos em 
uma chama foi o primeiro detector de ondas hertzianas. Daí o termo termiônica. 
 
 
2º - A primeira válvula Audion consistia de dois eletrodos em um meio gasoso. 
 
 
3º - A primeira válvula Audion. - Radio News 
 
 
 
 
2.2.1 – A FABRICAÇÃO DE UMA VÁVULA TRIODO 
 
O AUDION ou a válvula de três elementos - triodo - inventados por Lee 
de Forest em 1907 se torna o elemento mais flexível da eletrônica até 
a invenção do transistor em 1948. A fabricação de uma válvula 
termiônica requer o emprego de uma gama de materiais além de 
envolver diversos estágios de fabricação baseados em uma tecnologia 
desenvolvidas em pesquisas iniciadas a partir de 1913. Assim, 
CLAUDE PAILLARD, rádio amador de origem francesa, operando com 
o prefixo F2FO e profundo estudioso da termiônica, gentilmente brinda 
o visitante deste portal com um elucidativo vídeo feito em seu 
laboratório particular, mostrando de forma didática e objetiva as 
diversas fases da fabricação de uma válvula de três elementos ou 
triodo. 
O triodo tipo E feito pela Philips em 1917, semelhante 
em aspecto ao congênere francês TM cuja estrutura 
interna é descrita no vídeo. 
Fabricação de uma Válvula 
Por Claude Paillard 
AQUI VAI O VÍDEO DO YOUTUBE 
 
Como orientação ao visitante, o vídeo sobre a fabricação caseira de uma válvula triodo consiste de uma série de 
estágios em seqüência compreendendo: 
1- A FABRICAÇÃO DOS ELETRODOS, grade, placa e filamento ou catodo. 
2- FABRICAÇÃO DA HASTE DE VIDRO COMO SUPORTE DOS ELEMENTOS INTERNOS DA VÁLVULA 
3 - A MONTAGEM DOS TERMINAIS NA HASTE DE VIDRO 
4 - O BULBO DE VIDRO 
4.1 - O TUBO PARA EXAUSTÃO DO AR OU RAREFAÇÃO 
5 - A FIXAÇÃO DOS ELETRODOS: 
5.1 - O FILAMENTO 
5.2 - A PLACA E GRADE 
6 – O PROCESSO QUÍMICO LIMPEZA PARA DESCONTAMINAÇÃO DOS ELEMENTOS INTERNOS DA VÁLVULA 
ANTES DA RAREFAÇÃO OU EXTRAÇÃO DO AR 
7 - A MONTAGEM FINAL DO BULBO 
8 - INICIANDO A QUEIMA DA VÁLVULA - GETTER 
9 - A MONTAGEM DO SOQUETE 
10 - O PRIMEIRO TESTE PARA VERIFICAR O COMPORTAMENTO ELÉTRICO DA VÁLVULA 
11- A APLICAÇÃO 
11.1 - UM RECEPTOR MONO VÁLVULA 
11.2 - UM TRANSMISSOR 
12 - CLAUDE PAILLARD EM SEU LABORATÓRIO CASEIRO MOSTRANDO: 
12.1 - O PROCESSO DE EXAUSTÃO DO AR OU RAREFAÇÃO USADO NA FABRICAÇÃO DE UMA VÁLVULA0 
 
O VÁCUO NA FABRICAÇÃO DE VÁLVULAS 
 A BOMBA DE MERCÚRIO DE GAEDE 
Aos e estudar a evolução da válvula termiônica se nota a interdependência que existe entre os campos da 
eletricidade, calor e vácuo. Os estudos sobre o vácuo começaram com as experiências de Otto von Guericke na 
Alemanha seguido de vários outros estudiosos como Robert Boyle, Denis Papin, Swedenborg, Geissler, etc. 
Entretanto, a invenção da bomba de mercúrio de Gaede historicamente é um das inovações mais importante, uma 
vez que foi a primeira bomba de alto vácuo de ação rápida existente e desde então através do seu uso os físicos e 
engenheiros conseguiram fazer importantes descobertas dentre as quais se destaca o avanço na fabricação das 
primeiras válvulas. A bomba de vácuo de Gaede ou por mercúrio rotativo permitiu que a rarefação dos bulbos ou 
ampolas das válvulas fosse consideravelmente melhorada. Basicamente este tipo de aparelho consiste de um 
tambor de porcelana ou ferro de geometria complexa montado de forma a girar dentro de um cilindro. 
A bomba de Gaede é ilustrada no esquemático abaixo. 
 
Á direita, esquemático da bomba de Gaede, onde: 
B- mancal de mercúrio 
C- câmera com mercúrio 
D- carcaça 
H – orifício 
R- ampola ou bulbo a ser evacuado 
S- eixo provido com manivela de acionamento 
 
À direita, o principio de funcionamento de forma que quando o mercúrio é girado na câmera C, pressiona o ar 
retirando-o através de um tubo espiralado para a sua exaustão pela abertura (E) onde esta ligada uma bomba rotativa. 
 
A BOMBA PELO PRINCÍPIO DE CONDENSAÇÃO POR ATOMIZAÇÃO DE MERCÚRIO 
Outro tipo de bomba de vácuo usada originalmente por Irving Langmuir cujo principio de operação é conhecido 
como condensação por atomização de mercúrio, onde: 
A – reservatório de mercúrio 
B – tubulação pra passagem do vapor de mercúrio 
C- torre de condensação do vapor 
E – Tomada para acoplamento de bomba rotativa. 
R – ampola ou bulbo a ser evacuado. 
 
 
O TUBO GEISSLER USADO COMO UM TIPO DE MANÔMETRO IÔNICO. 
O tubo de descarga Geissler é usado como um tipo de manômetro eletrônico pois, através da passagem de uma 
corrente elétrica permite mostrar os diversos níveis de rarefação. 
 
O tubo Geissler 
 
Ilustração mostrando o aspecto da descarga elétrica em diferentes níveis de rarefação onde: 
A - descarga em forma espiralada entre os eletrodos 
B - descarga contínua com coloração intensa 
C - aparecimento de espaços escuros e diminuição da intensidade da coloração 
D - expansão total dos espaços escuros e diminuição da intensidade de coloração 
E - expansão total dos espaços escuros dentro do tubo. 
F - ausência de coloração no interior do tubo apresentando apenas uma auréola esverdeada. 
 
 
 
2.3 - A EVOLUÇÃO DA TERMIÔNICA 
Foi somente mais tarde e baseado nos trabalhos de pesquisadores como Fritz Lowestein, 
John Stones Stones e do Dr. H. D. Harold que o Audion pode ser usado como um elemento 
amplificador confiável. 
Assim, de 1913 à 1935 tem-se a idade do triodo. 
Baseado em inúmeras inovações tecnológicas, em 1926, B. Tellegen, trabalhando nos 
laboratórios da Philips na Holanda inventa o pentodo cuja principal característica era a 
introdução de uma grade a qual era montada entre a grade e o anodo, a qual foi 
denominadade supressor ou grade supressora. O pentodo foi uma solução prática para 
as dificuldades encontradas nos primeiros tetrodos operando como uma válvula 
amplificadora de resistência negativa causada pela emissão secundária do anodo, como 
os elétrons sendo atraídos pela grade positiva. 
No final dos anos trinta outras válvulas aparecem como por exemplo: as válvulas de feixe 
dirigido, tubos de raios catódicos, o tubo de sintonia ou olho mágico, as válvulas 
metálicas e as válvulas miniaturas (vide índice para informações complementares) 
(quando colocar o mouse sobre a imagem, ela será aumentada) 
 
 
Dr. Lee de Forest e a sua invenção a válvula Audion que 
revolucionou a eletrônica. Fotografia datada de maio de 1930 
e publicada na revista americana "Radio News". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VÁLVULAS DE ORIGEM AMERICANA E EUROPÉIA 
LEGENDA ORIGEM TIPO FABRICANTE DATA 
1 EUA DV-3 DEFOREST 1923 
2 EUA 101D W.ELECTRIC 1924 
3 EUA 24-A RCA 1929 
4 FRANÇA E SFR 1922 
5 INGLATERRA AC2/HL MAZDA VALVE 1928 
6 HOLANDA C-509 PHILIPS 1925 
7 HOLANDA KK2 PHILIPS 1933 
8 EUA UX 280 RCA 1927 
9 EUA UX-201-A RCA 1921 
 
 
Ilustração dos primeiros tipos de triodos 
comercializados nos EUA por volta dos anos vinte, 
da esquerda para a direita: 
Triodo de DeForest tipo DV5 
Triodo tipo 205D fabricado pela W. Electric 
Soquete para fixação da válvula. 
 
Válvulas de origem européia e americanas. 
 
 
 
2.3.1 - UM CARIOCA POR TRAZ DA EVOLUÇÃO DA VÁLVULA 
TERMIÔNICA 
Arthur Rudolph Berthold Wehnelt nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, em 4 de abril de 
1871. Seu pai Berthold Wehnelt, um engenheiro naval, veio ao Brasil para auxiliar o 
desenvolvimento da navegação. Arthur Wehnelt voltou cedo para a Alemanha onde 
estudou física na universidade de Berlim e seguida na universidade de Erlangen 
quando recebeu seu doutorado permanecendo até 1906 onde publicou o seu 
famoso trabalho intitulado: "On the emission of negative ions from glowing metal 
compounds and related-phenomena", sobre a invenção do catodo revestido com 
óxido. Em 1906 passou a lecionar na universidade de Berlim. Em 1926, torna-se 
diretor do Instituto de Física. 
Wehnelt se dedicou a vários estudos. Dentre eles se destacam: descargas em gases 
rarefeitos, raios catódicos, raios-X, emissão foto elétrica bem como a termo 
condutividade de metais. 
Em 1903 durante uma experiência sobre a emissão de elétrons em corpos quentes, 
notou que ao aquecer um fio de platina, repentinamente à medida que os raios 
catódicos eram projetados de certa pequena seção do mesmo surgia um intenso 
brilho azul. 
A principio concluiu que isto poderia estar ligado a impurezas como óxidos 
metálicos oriundos do sistema de vácuo usado na rarefação dos tubos 
experimentais. 
Partindo desta histórica experiência, como um arguto e prático pesquisador, 
Wehnelt usando várias substâncias finalmente concluiu que óxidos de metais 
alcalinos terrosos eram aqueles que conseguiam emitir maior quantidade de elétrons. 
Surge assim um dos mais importantes aperfeiçoamentos da válvula termiônica, o catodo revestido com óxidos de 
bário, estrôncio e cálcio, um prático e copioso emissor de elétrons, mais conhecido como catodo de Wehnelt, que 
por mais de 75 anos foi universalmente empregado na fabricação de válvulas. 
Arthur Wehnelt faleceu em 15 de fevereiro de 1944 em Berlim, Alemanha. Sua invenção, o catodo de Wehnelt como 
é conhecido, foi um enorme legado à evolução da termiônica. 
CONSIDERAÇÕES SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO CATODO 
O catodo é uma parte essencial da válvula termiônica, pois fornece os elétrons necessários ao seu funcionamento. 
Quando lhe é aplicado o calor como forma de energia ocorre a emissão de elétrons. O método de aquecimento do 
catodo serve para caracterizar as suas duas formas, ou seja, o catodo por aquecimento direto, ou filamento-catodo 
consistindo de um fio condutor aquecido pela passagem da corrente elétrica; o catodo por aquecimento indireto, 
isto é, o catodo-calefador, aquecido por radiação ou condução onde o filamento é introduzido num pequeno cilindro 
metálico cuja superfície externa é revestida por um material adequado para produzir a emissão de elétrons. 
FORMA 
MATERIAL 
EMISSOR DE 
ELÉTRONS 
VANTAGENS DESVANTAGENS OBS. 
Filamento - 
catodo 
Tungstênio 
trefilado puro ou 
tântalo. 
- Boa estabilidade 
na emissão de 
elétrons 
- O metal sendo 
puro evita a 
contaminação de 
outras partes da 
válvula 
- Baixa eficiência na 
emissão de elétrons. 
-requer uma 
aprimorada 
montagem mecânica 
por trabalhar em 
temperaturas 
elevadas, acima de 
1700ºC, branco-
brilhante 
- Uma das formas mais 
antigas de catodo. 
- Por requere 
drenagem mínima de 
corrente são usados 
em válvulas 
alimentadas por 
baterias. 
(Fig 1) 
Filamento - 
catodo 
Tungstênio-toriado 
- eficiência na 
emissão de elétrons 
entre aquela do 
- relativo nível de 
contaminação uma 
vez que em certas 
- o fio metálico de 
tungstênio é submetido 
a um tratamento 
 
Arthur Wehnelt inventor do catodo 
revestido com óxidos 
catodo de 
tungstênio puro e 
com camada. 
menor temperatura 
de aquecimento 
1700ºC - amarelo 
vivo. 
condições o tório pode 
ativar outras partes 
da válvula, como a 
grade. 
- a emissão dos 
elétrons depende da 
conformação da 
camada de tório. 
especial, com de 
óxido de tório, o qual é 
então, reduzido a tório 
puro, formando uma 
camada mono 
molecular na 
superfície do metal 
base. 
(Fig. 2) 
Catodo filamento 
revestido 
Níquel puro ou 
liga de níquel 
- menor 
temperatura de 
aquecimento entre 
700 - 750ºC - 
vermelho tênue. 
- Maior eficiência 
na emissão de 
elétrons no vácuo 
podendo atingir 
100 mA/W 
- tende a gerar grande 
quantidade de gás. 
- Pode gerar 
contaminação de 
outras partes da 
válvula. 
- No catodo por 
aquecimento indireto é 
formado por um 
cilindro revestido com 
óxidos de terras raras, 
em cujo interior existe 
um filamento de 
tungstênio ou liga de 
tungstênio-
molibdednio. O 
cilindro é aquecido 
por condução e 
radiação pelo 
filamento. 
(Fig 3) 
- Originalmente a 
platina foi usada como 
metal base. 
- carbonatos de cálcio, 
bário ou estrôncio são 
reduzidos durante o 
processo de rarefação 
a óxidos e metal puro 
formando uma espessa 
camada sobre o metal 
base. 
(Fig 4) 
 
 
Fig 1 - Ilustração de um 
catodo de fase múltipla em 
tungstênio puro usada na 
fabricação de válvula de 
transmissão para operação 
em alta tensão. 
Fig 2 - Ilustração de um típico catodo em tungstênio-
toriado usado na fabricação de válvulas de transmissão. 
 
Fig. 3 - Ilustração de um catodo aquecido indiretamente. O 
filamento espiralado é circundado por finas telas recobertas com 
óxidos; para minimizar as perdas do aquecimento por radiação se 
emprega um sanduíche de grades de metal. 
Fig. 4 - Ilustração do catodo com filamentos revestido 
com óxidos provido com blindagem a qual permite 
aumentar a eficiência de emissão. 
 
Fig. 5 - A primeira válvula fabricada na Alemanha em 1911 usando o catodo recoberto por óxido para 
operação como um repetidor telefônico foi desenvolvido em conjunto por Robert Von Lieben, Eugene 
Reisz e Sigmund Strauss, daí originando a sua denominação como repetidor LSR. Logo em seguida as 
empresas AEG, Siemens e Halske, Felton & Guilleaume Carlswerk, A. G. e a Telefunken criaram um 
laboratório para a fabricação da válvula, conhecida como o “Lieben Konsortium”. Na ilustração à 
esquerda: o repetidor LSR e a direita o contratoonde foi estabelecido o referido consórcio. 
Cortesia da "Siemens Corporate Archives, Munich". 
 
 
 
 
 
3.0 - A RÁDIO DIFUSÃO 
 
 
 
 
 
3.1 - O TRANSMISSOR 
Nos primórdios, a radio-telegrafia usava os chamados transmissores de centelha, originalmente baseados na 
chamada de bobina de indução de Ruhmkorf. Com o rápido desenvolvimento da termoiônica, as primeiras válvulas 
de transmissão surgiram no mercado e, logo os transmissores se modernizaram, tornando possível a radiodifusão 
tal qual conhecemos hoje em dia. 
 
A bobina de Ruhmkorff fabricada no final do século XIX. 
 
O esquema da bobina de Ruhmkorff 
 
 
 
 
 
3.1.1 – INVENTORES E INOVADORES DA TRANSMISSÃO E 
RECEPÇÃO DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS 
A partir dos trabalhos de pesquisadores pioneiros como: Oersted, Henry, Faraday, Amperé, em 1864 J.C. Maxwell 
publica o seu trabalho: “Dynamical Theory of the Electro-Magnetic Field” demonstrando matematicamente a 
existência das ondas eletromagnéticas. (Fig. 1) 
 
Fig. 1 - Conjunto de equações diferenciais desenvolvidas por 
Maxwell baseado nos trabalhos de Ampère, Henry, Faraday bem 
como outros pesquisadores, que o levaram a prever as propriedades 
das ondas eletromagnéticas muito antes delas terem sido 
descobertas. 
(Technology Review) 
 
 
Logo em seguida, através dos seus estudos sobre o 
eletromagnetismo realizado na universidade de Kiel e de 
Bonn na Alemanha, Hertz consegue pela primeira vez 
provar experimentalmente a existência das ondas 
eletromagnéticas. 
 
Ilustração dos tipos de ressoadores originalmente usados por Hertz para 
demonstrar a existência das ondas eletromagnéticas. (Electronics) 
 
Heinrich Hertz 
Assim, desde estas históricas pesquisas foi aberto um novo horizonte para as telecomunicações donde 
participaram inúmeros inventores e inovadores. 
Dentre eles se destacam: 
Oliver Lodge 
Físico da universidade de Liverpool na Inglaterra, projetou em 1894 um sistema efetivo de recepção das ondas 
eletromagnéticas cuja principal inovação foi o emprego do coesor, originalmente inventado por E. Branly, no lugar 
da antena de Herts. (Fig. 3) 
Fig. 3 
Esquemático mostrando do principio de transmissão e recepção 
das ondas eletromagnéticas a longa distância no início do século 
XX. A bobina de indução é intermitentemente ligada e desligada 
pelo acionamento do manipulador telegráfico. As correntes 
oscilatórias produzidas pelo fagulhador excitam o coesor ou 
detector o tornando condutivo. Se o coesor for colocado em série 
com a bateria e um receptor telefônico este por sua vez 
reproduzira em sincronia a intermitência da corrente produzida 
pelo manipulador. 
 
a) Manipulador telegráfico 
 
b) O conjunto composto da bobina de indução e o fagulhador 
 
c) O coesor originalmente inventado por E. Branly 
 
d) O receptor telegráfico 
 
e) O telefone ou fone 
 
 
 
 
Clique aqui 
para ouvir a 
transmissão de 
um sinal SOS! 
 
Fig 4 - Réplica do fagulhador 
 
 
Fig 5 
 
Diagrama da estação de recepção de ondas eletromagnéticas 
desenvolvidas por Oliver Lodge em 1894 onde: 
a) Coesor ou detector 
b) Dispositivo para causar a de-coesão por percussão 
c) Bateria 
d) Relé 
e) Registrador 
 
 
Fig. 6 - Réplica do coesor originalmente inventado por E. Branly. 
 
Guglielmo Marconi 
Educado na Itália por tutores desde cedo 
desenvolveu um grande interesse pela 
Física e Química. No inicio da sua carreira 
melhorou o oscilador Hertziano construindo 
um aparelho de transmissão no qual através 
de uma antena elevada, o sinal era 
descarregado por um fagulhador ligado a 
terra. Logo em seguida introduziu diversas 
inovações no coesor usado por Lodge pelo 
encapsulamento em vácuo o seu particulado 
metálico bem como melhorando os 
respectivos terminais de contato. Em 1896 
mudou-se para a Inglaterra quando deu 
inicio as suas atividades técnicas e 
comerciais no que tange as transmissões 
das ondas eletromagnéticas a longa 
distância. Em 12 de dezembro de 1901, em 
sua estação situada em Newfoundland, 
Marconi conseguiu receber o histórico tênue sinal da letra “S” transmitido em código Morse oriundo do 
transmissor localizado há cerca de 1700 km na Inglaterra. 
 
 
Ernst F. W. Alexanderson 
Natural da Suécia se graduou como engenheiro mecânico e eletricista pela universidade real de Estocolmo. Mais 
tarde estudou com o professor Slabi em Berlim, quando logo em seguida decidiu emigrar para a América. Na 
qualidade de funcionário dos laboratórios da empresa General Electric, trabalhou sob a supervisão de Steimetz. 
Em 1904, foi designado pela companhia para supervisionar a fabricação de um grande alternador capaz de gerar 
freqüências à ordem de 100.000 ciclos feita por Reginald Fessenden, quando introduziu significativas 
modificações. Durante este estágio de desenvolvimento do alternador de alta freqüência, um dos seus principais 
trabalhos de Alexanderson foi desenvolver métodos para melhorar a modulação entre as elevadas correntes 
geradas no aparelho, com a diminuta energia requerida pela voz. Alexanderson é ainda responsável pela invenção 
do amplificador magnético e da antena de sintonia múltipla que aumentou consideravelmente a eficiência do seu 
padrão de radiação. 
 
 
Ilustração de uma estação de 
transmissão de radio freqüência 
usando alternador por volta do 
final da década de 1910. 
Alexanderson, trabalhando nos 
laboratórios da empresa General 
Electric, EUA, efetuou várias 
modificações para torná-lo cada 
vez mais funcional. Uma delas foi 
substituir a armadura de madeira 
por estrutura de ferro. 
 
Ilustração do rotor usado num alternador para geração de ondas eletromagnéticas nos meados da década de 1910. 
 
 
Curso para formação de telegrafistas no final da década de 1910. 
 
Reginald Fessenden 
Atuando como professor da universidade de Pittsburgh, em 1900 fez uma das primeiras demonstrações praticas 
sobre a transmissão da voz humana por meio das ondas eletromagnéticas a uma distância de 1600 metros 
usando duas antenas de 15 metros de altura cada. Partindo dos trabalhos pioneiros de Nikola Tesla sobre o 
alternador de alta freqüência, Fessenden acreditava que por meio deste aparelho podia transmitir sinais em 
código Morse através do Atlântico. O seu primeiro alternador de alta freqüência com capacidade de 10.000 ciclos 
foi fabricado sob suas especificações por Steimetz na companhia General Electric, em 1903. Neste mesmo ano 
desenvolve o detector eletrolítico de ondas eletromagnéticas, um dispositivo muito mais sensível do que o 
coesor de Branly. Em 1906 Fessenden transmitiu um programa de música usando um alternador de 80.000 ciclos 
cuja recepção foi confirmada por muitos operadores. Entretanto, foi somente muitos anos mais tarde que a sua 
teoria do emprego da transmissão de sinais por meio de onda contínua se tornou possível com o advento dos 
aperfeiçoamentos do alternador introduzidos por E. Alexanderson tornando, assim, sobremaneira superior ao 
primitivo sistema de fagulhamento. 
 
Vista interna da estação transmissora receptora desenvolvida por Fessenden. 
 
 
A estação receptora e transmissora de Fessenden em operação. 
 
H.J. Round 
Para melhorar a seletividade dos tênues sinais de radio freqüência, em 1911, inventou o circuito balanceado 
usando detector mineral. Na realidade consistia de dois detectores trabalhando em oposição de tal forma 
ajustada que enquanto um deles era sensível ao sinal o outro somente operava quando os distúrbios 
atmosféricos excediam o valor para o qual fora anteriormente ajustado. 
 
A.S.Popoff 
Como professor da universidade de Kronstadt na Rússia, em 1895 
aperfeiçoou o sistema de recepção de ondas eletromagnéticasinventado por 
Oliver Lodge. No sistema de Popoff o coesor ou detector de radio freqüência 
era protegido no rele de contato por bobinas de choque em todo circuito 
onde as ondas eram geradas pelo fagulhamento do transmissor. No lugar da 
Antena de Hertz Popoff usou um longo fio vertical isolado na sua parte 
superior e conectado a terra através do coesor na parte inferior. 
 
Alexander S. Popoff 
 
 
 
 
 
3.2 - O RECEPTOR 
O avanço do rádio deu-se logo com as primeiras transmissões radiofônicas ocorridas no início da década de 1920 
nos EUA. Nesta época centenas de ouvintes, muitas vezes incentivados pelas emissoras construíam os seus 
próprios receptores. A maioria destes primitivos receptores era do tipo a cristal, empregando como detector o 
sulfeto de chumbo ou galena. Com o advento da termoiônica começaram a surgir os receptores de uma só válvula, 
porém ainda precários, pois necessitavam, também, de fones de ouvido para a escuta. 
Quando, então, uma ou mais válvulas amplificadas foram usadas logo após o detector das ondas Hertzianas, 
determinando-se os chamados estágios do receptor, surgiram as mais diversas topologias de circuitos 
 
 
 
Esquemático mostrando um receptor de construção 
caseira 
 
 
 
 
 
3.3 - OS CIRCUITOS BÁSICOS 
Tanto o receptor a cristal como de uma só válvula não eram muito 
sensíveis para a detecção de sinais emitidos de longa distância. 
Desta maneira, logo surgiram no mercado os receptores de 
múltiplos estágios, usando de vários circuitos amplificadores com 
rádio freqüência sintonizada, conhecido como receptores RFS ou 
com rádio freqüência sintonizada. 
Apesar da sua melhor sensibilidade para detectar ondas de rádio, 
ainda apresentavam certas desvantagens principalmente quando 
do processo de sintonia de faixas de freqüência originando silvos 
e chiados indesejáveis. 
Em 1912, Edwin Howard Armstrong inventou um novo tipo de 
circuito denominado de circuito regenerativo ou de alimentação, 
no qual o Audion de DeForest revelou-se como um poderoso 
amplificador como, também, de um gerador de ondas 
eletromagnéticas. Estudando criteriosamente comportamento, Armstrong concluiu que parte da corrente de saída 
da placa da válvula podia ser alimentada de volta e sintonizada na sua grade e, desta maneira reforçando 
 
Ilustração do circuíto regenerativo inventado por 
Edwin Howard Armstrong 
 
sobremaneira a intensidade dos sinais captados indo para a grade. Os circuitos RFS e regenerativos foram um 
grande avanço efetuados na topologia de circuitos do receptor de rádio, geralmente operando na sintonia de 
freqüências baixas. Com o aumento das estações de rádio transmissoras, operando em freqüências acima de 10 
MHz, estes aparelhos não tinha condições de capta-las e sintoniza-las com precisão. No final da década de 1910, 
novamente Armstrong inventa um novo circuito agora denominado de superheterodino o qual era muito mais 
sensível que os anteriormente vistos e, sua finalidade básica era de amplificar e fornecer uma pré-seleção ao sinal 
captado. Muito mais seletivo como estável, o circuito superheterodino tornou-se desde então, a base para a 
fabricação de todos os tipos de receptores. 
A partir de 1930, a fabricação de receptores teve um rápido desenvolvimento. Em 1933 aparece no mercado um 
novo tipo de circuito denominado de modulação por freqüência ou FM como é mais conhecido. Inventado, também, 
pelo já então famoso Armstrong, a modulação por freqüência era um novo processo de eliminar o fenômeno da 
estática encontrado na transmissão convencional ou AM, modulação em amplitude. 
 
Ilustração do circuíto superheterodino 
inventado por Edwin Howard Armstrong em 
1920, onde: 
A - Sinal 
B - Oscilador 
C - Misturador 
D - Amplificador de frequência intermediria. 
E - Detector 
F - Amplificador de audio 
 
 
Esquemático ilustrando o circuíto de modulação em 
frequência ou FM o inventado por Edwin Howard 
Armstrong em 1933, onde: 
A = Sinal 
B = Oscilador 
C = Misturador 
D = Amplificador de frequencia intermediária 
E = Limitador 
F = Discriminador 
G = Detector 
 
 
 
 
3.4 - ARQUITETOS DO RÁDIO MODERNO 
Dentre os principais nomes que se destacaram no primoramento 
do moderno receptor tem-se: 
 
- Earnest Humphrey Scott 
Pioneiro na fabricação de receptores "state of art". 
- Edwin Howard Armstrong 
Inventor dos três principais tipos de circuitos, regenerativo, 
superheterodino e FM. 
 
 
Edwin Howard Armstrong 
 
Louis Alan Hazeltine 
Professor do Steven Institute of Technology, EUA, 
desenvolveu o circuito conhecido como 
neutrodino. Hazeltine desenvolveu o circuito 
partindo de uma premissa puramente matemática 
considerando a válvula termiônica como um 
componente cujo desempenho deveria ser 
calculado e não simplesmente usado de forma 
experimental. 
No circuito neutrodino tanto a seção de rádio 
freqüência sintonizada como na amplificação do 
áudio possuía filtros anti-ruídos ou 
estabilizadores, conhecidos como “neutrodos”, 
os quais neutralizavam os indesejáveis ruídos ou 
silvos causados pela oscilação da válvula no 
circuito. Numa época em que a ciência do rádio 
estava ainda na sua infância o receptor usando o 
circuito neutrodino foi um enorme sucesso e, 
Hazeltine é considerado como um inventor cujas 
únicas ferramentas usadas foram o lápis e a régua 
de cálculo, permitindo assim que o receptor 
tornar-se imune aos indesejáveis silvos e ruídos. 
O termo "Neutrodino" foi originalmente cunhado 
por Willis H. Taylor, Jr. um participante do 
escritório Pennie - Davis - Marvin - Edmond 
advogados associados especializado em 
patentes. Originalmente o termo foi usado para 
que as chamados grupo independente de 
fabricantes de radio receptores, contornasse o 
problema surgido com litígio de patentes surgido 
com o trabalho de Hazeltine. No início, o grupo 
independente consistia basicamente os seguintes 
fabricantes: F.A.D Andrea (FADA), Freed-
Eisemann and Garod. O termo "Neutrodino", foi 
inserido como "trademark" tão logo os primeiros 
receptores foram lançado no mercado pela FADA em 1923. 
 
 
 
 
3.5 - A EVOLUÇÃO ILUSTRADA DO RECEPTOR 
 
 
A partir de 1920 o rádiorreceptor sofre uma rápida evolução tanto técnica, em função do aparecimento de novos 
circuitos elétricos, pois de um simples aparelho artesanal, montado com os mais rústicos tipos de componentes se 
torna agora um desejado eletrodoméstico, de forma que para produzi-lo, a indústria passa a empregar uma enorme 
gama de materiais além de desenvolver novos conceitos de fabricação. 
 
 
 
3.5.1 - OS PRIMEIROS RECEPTORES A CRISTAL 
 
Ilustração de um rádio operando com detector a cristal, 
o chamado rádio galena. Aparelho fabricado pela NORA 
na Alemanha por volta de 1920. Sua caixa de madeira era 
revestida em galalite um tipo primitivo de plástico. A 
bobina tipo plug in está à mostra 
 
 
Ilustração de um rádio a cristal tipo Novelty 
usando diodo de germânio como detector 
 
 
 
 
3.5.2 - OS RECEPTORES DO PERÍODO 1920 - 1924 
 
Rádio receptor regenerativo, de origem alemã 
feito pela companhia NORA, em 1923 
 
 
Detalhe de um rádio de fabricação caseira com 
circuito tipo rádio freqüência sintonizada . 
 
 
Um rádio receptor com circuito "Neutrodino" por volta de 1924. 
 
 
 
 
3.5.3 - OS RECEPTORES DO PERÍODO 1924 - 1930 
 
Receptor modelo OE 333 fabricado em 1926 pela 
companhia alemã LOWE operando com apenas uma 
válvula tipo 3NF. 
Esta válvula considerada o primeiro tipo de circuito 
integrado continha no seu invólucro três triodos, dois 
resistores de anodo, dois resistores de grade e dois 
capacitores de acoplamento. Este tipo de receptor 
usava apenas uma válvulapara diminuir os impostos 
cobrado pelo governo alemão logo apos a primeira 
guerra mundial. 
 
 
Receptor modelo 9W fabricado pela Telefunken em 
1927 na Alemanha usando circuito tipo Neutrodino 
com 6 válvulas operando nas faixas de frequências 
de 150 a 1500 khz. 
 
 
Rádio receptor modelo 40W, fabricando pela Cia Telefunken em 1929. 
Operando em corrente alternada de 115 V. nas freqüências de 140-
1400 kHz. Operava com o seguinte complemento de válvulas: RGN 
1154 - RENS 1204 - REN 1004 - REN 1159. 
 
 
 
3.5.4 - RECEPTORES DO PERÍODO 1930 - 1940 
 
Receptor marca Philco de origem americana 
fabricado em 1932, modelo 89, operando em 
corrente alternada. Seu gabinete feito em madeira 
envernizada representa o querido e amado rádio 
capelinha. 
 
 
Receptor alemão feito em grande escala no período 
de 1933 a 1938 e conhecido como Deutecher 
Kleinempfanger ou receptor alemão tipo pequeno. 
Fabricado por diversas companias, era usado pelo 
governo alemão para difundir a propaganda 
Nazista. Por este motivo era chamado de 
Volksempfanger ou rádio do povo. 
 
 
Receptor modelo VU6, feito pela Philips na 
Holanda, entre 1934 a 1936. 
 
 
 
3.5.5 - RECEPTORES DO PERÍODO 1940 - 1950 
 
Receptor modelo Philharmonic AM - FM 
operando com cerca de 33 válvulas, 
fabricado pela Scott nos EUA em 1940. 
Possuia grandes avanços tecnologicos 
incluindo faixa de frequência em FM de 88 
- 108 MHz. O modelo Philharmonic é 
atualmente considerado um rádio classico 
não sómente pelas suas qualidades 
tecnológicas como também de estética e 
acabamento. 
 
 
Receptor modêlo consolete fabricado pela 
Philips, Holanda no início dos anos 50. 
 
 
Rádio de cabeceira modelo Olympic 
fabricado nos EUA por volta de 1949 
para operação a rede elétrica. 
 
 
 
 
 
 
Receptor modelo 800B, marca Scott de 
origem americana, fabricado entre 1946 a 
1949. Consistia de três partes básicas, o 
tuner, a seção amplificadora e o conjunto 
de alto falantes. 
A seção de áudio com amplificador de alta 
fidelidade com saída de 20W em push pull 
usando tetrodo de potência tipo 6L6. 
Sonofletor de 15 polegadas 
tipo triaxial provido com o 
respectivo divisor de 
freqüências. 
 
 
 
4.0 - A EVOLUÇÃO DOS COMPONENTES ELETRÔNICOS 
 
 
Os equipamentos eletrônicos são construídos de 
componentes os quais são interligados formando os 
circuitos. Para efeitos descritivos os componentes podem 
ser subdivididos em: Passivos, eletrodinâmicos e ativos. 
 
 
 
4.1 - COMPONENTES PASSIVOS 
 
Neste grupo incluem-se os chamados componentes básicos como resistores e, 
os capacitores, os quais são definidos somente por alguns parâmetros elétricos 
como resistência, capacitância, tensão máxima e corrente. 
 
 
 
4.1.1 - O CAPACITOR 
O capacitor é um armazenador de energia de um circuito elétrico. Desde a sua gênese pode ser classificado em 
dois grupos ou seja o capacitor do tipo físico-químico e o eletromecânico. No primeiro grupo tem-se o capacitor 
de folha, de placa, eletrolítico e o de tântalo. No segundo têm-se capacitores variáveis. 
 
Ilustração de diversos tipos de condensadores 
eletrolíticos. 
 
 
Evolução ilustrada do capacitor variável 
A = Condensador variável de placa circular 
B = Capacitor variável ortométrico 1926. 
C = Capacitor variável de placa circular 1924 
D = moderno capacitor variável com várias seções. 
 
 
 
 
4.1.2 - O RESISTOR 
A evolução tecnológica do componente de caráter resistivo pode ser analisada considerando-se o 
resistor de valor fixo e o variável. Os primeiros resistores usados em eletrônica eram conhecidos 
como resistores de fio os quais consistiam de um enrolamento geralmente feito de materiais como o 
constantânio, ligas de cobre o qual era alojado sobre uma base de cerâmica. Por sua vez o resistor 
variável, também denominado de potenciômetro, uma vez que sua função era a divisão de tensão 
como por exemplo, o controle de volume de um rádio receptor. 
 
Diversos tipos de resistores fabricados de 1920 até 
1945 
 
 
Ilustração de diversos tipos de potenciômetros usados 
nas mais diversas aplicações eletrônicas. 
 
 
Em 1827 o Dr. George Simon Ohm 
demonstrou matematicamente a 
relação existente entre a resistência, a 
tensão e a corrente em circuitos 
elétricos. A lei de Ohm é fundamental 
em todos os cálculos de resistência. 
As pesquisas de Ohm foram 
publicadas na Alemanha em 1827. Em 
1860 o seu livro foi vertido para o 
francês por J.M. Gaugain com o título: 
Théorie Mathématique des Courants 
Électriques. A reprodução das páginas 
frontais e o prefácio do autor da edição 
francesa deste marco da história da 
ciência podem ser vista na seção 
Bibliografia Selecionada. 
 
 
 
4.2 - OS COMPONENTES ELETRODINÂMICOS 
Neste grupo tem-se o alto-falante e o transformador. 
 
 
Propaganda de um alto-falante em 1928 
 
 
 
 
4.2.1 - O TRANSFORMADOR 
No início os transformadores eram simples dispositivos 
eletromagnéticos, geralmente apresentando um baixo 
desempenho. O seu núcleo era feito de ferro doce, material este 
que permitia um elevado grau de magnetização ou indutância, 
empilhado em finas placas isoladas uma das outras para 
reduzir perdas. Estas perdas eram também conhecidas como 
correntes parasitas causadas pela corrente perpendicular ao 
campo magnético alternado no núcleo. A constante melhoria 
dos circuitos elétricos usados nos vários campos da Eletrônica 
como televisão , radiodifusão, áudio, etc. geralmente operando 
em altas freqüências exigiam cada vez mais melhores tipos de 
transformadores. Desta maneira um dos aspectos 
fundamentais para os eu desenvolvimento foi o aparecimento 
de novos materiais magnéticos como por exemplo a Ferrita, o 
Permalloy, o Alnico e o Ferroxcube. 
 
 
 
 
Matéria prima para fabricação de um transformador de saída de alta qualidade: fio de cobre para o enrolamento e a 
chapa de ferro silício grão orientado. 
 
 
 
4.2.2 - O ALTO-FALANTE 
Na sua infância era apenas um auricular ou fone de ouvido, vindo do telefone porem a necessidade de um 
dispositivo mais eficaz para a transformação da energia elétrica em acústica, reproduzindo fielmente os sons 
gravados ou amplificados, rapidamente levou ao desenvolvimento do alto-falante. 
 
Alto falante de tromba EUA 1926 
 
 
Esquema de alto-falante com armação 
 
 
Um primitivo tipo de auricular, ou fone de ouvido 
com impedância de 2000 Ohm de procedencia 
alemã. 
 
 
 
Alto falante Philips modelo 2007 armação 
balanceado 
feito em baquelite 
 
 
Alto falante de armação 
 
 
Alto falante Sferavox, EUA 1926 
 
 
 
Um dos primeiros tipos de alto falante dinâmico 
fabricado em 1931 pela Companhia Stewart 
Warner 
 
 
Alto falante de armação balanceada fabricado nos 
EUA por volta de 1927 pela Crosley 
 
 
 
 
 
4.3 - OS COMPONENTES ATIVOS 
 
Apesar da válvula termiônica já ter sido comentada 
anteriormente no que tange a sua gênese a seguir serão 
comentados aspectos considerando-se a válvula como um 
componente ativo usado nos processos de transmissão e 
retificação. 
 
 
 
4.3.1 - A VÁLVULA DE TRANSMISSÃO 
Dentre os seus principais grupos, a válvula de recepção 
e a de transmissão, basicamente diferem quanto a sua 
operação posto que para a primeira o fator mais 
importante é a amplificação sem distorsão, enquanto que 
para a segunda, a sua potencia de saída. Desta maneira, 
a válvula de transmissão nada mais é do que uma válvula 
de recepção adaptada para manusear grandes potências 
e, portanto operando com elevada tensão de placa. 
 
 
 
Ilustração de algunstipos de válvulas 
usadas em transmissão: 
 
A = válvula 801A, triodo de potência tipo 
filamento de tungstênio toriado usada 
como amplificadora de alta frequência, 
osciladora, amplificadora de potência para 
rádio frequência. 
 
B = valvula tipo VT 154 
 
 
 
 
4.3.2 - A VÁLVULA RETIFICADORA 
Desde a sua invenção em 1904, a válvula de dois elementos ou diodo, para detectar sinais de rádio, logo, verificou-
se, também, a sua habilidade em retificar a corrente alternada. Na realidade o diodo é em essência um retificador. 
Entretanto, esta aplicação tanto de ordem prática como do próprio termo - diodo retificador - somente começou 
a ser usado em larga escala a partir de 1926, quando os primeiros rádio-receptores alimentados por corrente 
alternada substituíram aqueles operados por bateria. 
 
A = Válvula Tungar ou retificadora com gás argônio 
e catodo aquecido, com anodo de grafite, para 
operação em corrente de 5 A. 
B = Reguladora de tensão ou lâmpada de 
resistência operando com tensão entre 80 a 200 V 
e corrente de 220mA. 
 
 
Diversos tipos de válvulas retificadoras 
A = válvula 80 originalmente designada por UX280 foi 
uma das primeiras válvulas em usar filamento recoberto 
com óxidos. 
B = válvula 886A uma retificadora de meia onda a vapor 
de mercúrio. 
C = válvula 5Z3 lançada no mercado em 1933 para atender 
a demanda de uma retificadora mais potente, no caso 
operando com corrente de saída de 225mA para uma 
tensão de placa de 450V 
 
 
A esquerda Ilustração de um primitivo 
carregador de bateria operando com 
válvula retificadora a gás tipo Tungar 
para corrente de 2A fabricado pela GE 
nos EUA por volta de 1923. 
 
 
 
 
5.0 - A INTEGRAÇÃO DOS COMPONENTES - O CIRCUITO 
O desenvolvimento da Eletrônica somente foi 
possível devido a contínua interação entre os 
diversos componentes passivos como ativos, 
originando os chamados circuitos eletrônicos. 
Na topologia eletrônica, ou a técnica dos circuitos, 
estes são representados na forma de diagramas ou 
esquemas, nos quais os componentes passivos 
como ativos são identificados por convenções. 
 
 
 
 
 
5.1 - A ORIGEM DOS CIRCUITOS 
O atual e avançado estado tecnológico dos 
circuitos usados nas mais diversas aplicações 
como rádio, TV e os sistemas de 
processamento de dados, sem dúvida alguma 
teve a sua origem de poucas, porém, decisivas 
topologias, os chamados circuitos clássicos. 
 
 
 
5.2- OS CIRCUITOS CLÁSSICOS 
 
Por sua vez podem ser subdivididos como circuitos retificadores, osciladores, moduladores, amplificadores 
e controladores. 
 
 
 
 
5.2.1 - O CIRCUITO RETIFICADOR 
Para que se possa entender a importância do circuito retificador, torna-se 
necessário um rápido retrospecto sobre um dos primeiros processos de geração 
da energia elétrica, seja, aquele usando de reações químicas onde se tem as 
pilhas, os acumuladores e as baterias. 
O aproveitamento do processo de geração da energia elétrica em corrente 
contínua surgiu Entretanto, as pilhas e, posteriormente os acumuladores bem 
como as baterias, apesar de uma contínua evolução tecnológica, apresentavam 
ainda vários problemas técno- operacionais como a 
 
Circuíto retificador de meia onda no qual o capacitor é carregado para o pico máximo da tensão de 
linha. Neste circuíto a ondulação é grande . Uma ves que é usada apenas a parte positiva da 
senóide. Este circuíto é usado para os receptores para operação tanto em corrente alternada como 
contínua. 
 
Circuíto reftificador de onda completa, onde tanto a parte positiva como negativa da senóide são 
utilizadas. 
polarização e, mesmo a manutenção dos seus elementos constituintes, agora, 
também denominados de placas. Desta maneira, como era imperativo que tanto a 
válvula termiônica como posteriormente o transistor, para que pudessem operar 
como elementos amplificadores devessem ser alimentados em corrente contínua, 
surge, então no final dos anos 20 os chamados circuitos retificadores permitindo que a corrente alternada fosse 
transformada em corrente contínua. 
Desde então os aparelhos eletrônicos passam a ter um novo estágio compreendido pelo circuito de retificação, 
agora, denominado de fonte de alimentação. Nestes primeiros circuitos, usavam-se válvulas retificadores de alto 
vácuo ou a gás sendo que mais tarde forma substituídas pelos diodos semi-condutores. 
 
Ilustração da bateria secundária ou 
acumulador de M. Planté fabricada 
na França em 1860 
 
 
 
5.2.2 - O CIRCUITO OSCILADOR USANDO TRIODO 
 
Circuítos osciladores com tríodos desenvolvidos por: 
1 - E.H. Armstrong 
2 - Edwin Colpitts 
 
No início da década de 1910, vários engenheiros como Reginald Fessenden, H.J.Proud, desenvolveram o 
primeiro circuito oscilador usando a então incipiente válvula termiônica, o triodo. 
Desta forma aplicando-se uma realimentação positiva, com um triodo atuando como um gerador de energia, 
obtinha-se um sinal na freqüência de ressonância do seu circuito sintonizado, permitindo a emissão de ondas 
contínuas e, por conseguinte a comunicação em um único canal. Este tipo de circuito foi longamente 
aperfeiçoado por outros pesquisadores como E.H. Armstrong e E. Colpitts e R.V.L. Hartley. 
 
 
 
 
5.2.3 - O CIRCUITO MODULADOR DE CORRENTE CONSTANTE 
 
Circuíto modulador de corrente constante 
 
Inventado e, 1912 por R. A Heising. Conforme o esquemático o indutor L impede qualquer mudança de corrente 
nas placas das válvulas V1 e V2; o sinal modulado é aplicado para a placa do circuito oscilador de rádio 
freqüência, de forma que as variações de áudio-frequência na saída do modulador tendem a produzir variações 
semelhantes na corrente de placa do oscilador. 
 
 
 
 
5.2.4 - O CIRCUITO DE CONTROLE DE VOLUME AUTOMATICO 
 
Circuíto de controle automático de volume 
 
Mais conhecido no jargão eletrônico também, como AGC, este circuito originalmente desenvolvido pelo engenheiro 
americano Harold A. Wheeler, sendo um dos primeiros a usar das propriedades da realimentação negativa no 
controle automático do ganho de receptores de rádio. Este circuito, permite portanto, manter o volume de saída de 
áudio constante, independentemente da grande gama de níveis de sinais de rádio-frequência captados pelo 
receptor. 
 
 
5.2.5 - O CIRCUITO DE REALIMENTAÇÃO NEGATIVA 
 
Circuíto amplificador com realimentação negativa 
Mais conhecido no jargão eletrônico também, como AGC, este circuito originalmente desenvolvido pelo 
engenheiro americano Harold A. Wheeler, sendo um dos primeiros a usar das propriedades da realimentação 
negativa no controle automático do ganho de receptores de rádio. Este circuito, permite portanto, manter o 
volume de saída de áudio constante, independentemente da grande gama de níveis de sinais de rádio-frequência 
captados pelo receptor. 
 
 
 
5.2.6 - O CIRCUITO DE CONTROLE DE FREQUÊNCIA AUTOMÁTICO 
 
 
Desenvolvido em 1935 através das pesquisas de Charles Trevis e S.W. Seeley tornou possível a fácil sintonia dos 
sinais de FM captados e, assim, criando condições para a popularização do rádio em FM. 
 
 
 
5.3 - APLICAÇÕES ILUSTRADAS DOS CIRCUITOS CLÁSSICOS 
 
O complemento de válvulas do receptor modelo 2515 com 
a seta indicando a retificadora de alto vácuo tipo 506 cujas 
principais características eram: tensão de filamento de 4 
volts, 1A; tensão de placa 300 volt e corrente de saída 
0,75A 
 
 
Um dos primeiros rádios receptores para operação a rede 
elétrica de 110 ou 220V, CA, modelo 2515, fabricado em 
1930, pela Philips na Holanda. O aparelho com três 
válvulas empregava uma das primeiras retificadoras de 
alto vácuo tipo 506 indicada como a seta. 
 
 
Rádio receptor de coberturageral, modêlo GR-78 
fabricado pela Heath Co. em 1961 nos EUA. a seta do 
painel do receptor mostra o controle automático de 
volume 
 
 
Diagrama do amplificador modêlo 80AZ mostrado na 
linha pontilhada o enlace de realimentação negativa usada 
na topologia do circuíto 
 
 
O receptor portátil modelo Royal 3000-1, com 9 faixas de 
onda fabricado pela Zenith, EUA em 1963. O aparelho ja 
possuia uma faixa de onda para FM de 88 a 108MHz, e, 
provido também, com contrôle automático de frequência 
 
 
Detalhe do painel frontal do radio receptor modelo Royal 
3001-1 mostrando o controle automático de freqüência. 
 
 
Acima, amplificador de alta fidelidade, modelo 80AZ, 
fabricado em 1957 pela Fischer Company, EUA 
 
 
Diagrama de bloco do rádio receptor modelo GR-78 mostrando no quadrado pontilhado o circuito de controle automático de volume. 
 
 
 
6 - ASPECTOS PICTÓRICOS DOS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO EM 
ELETRICIDADE E ELETRÔNICA 
 
Quer em Eletricidade como em Eletrônica, as medidas quantitativas são fundamentais, como também essencial 
a sua precisão. 
Assim, considerando-se estes aspectos, os instrumentos de medidas elétricas foram desenvolvido ao longo dos 
anos para atender uma enorme gama de aplicações e, portanto, tornando-se sobremaneira importante o 
conhecimento da sua evolução tecnológica. 
 
Galvanoscópio vertical 
 
 
 
 
6.1 - A GÊNESE DOS INSTRUMENTOS 
 
Voltímetro de fabricação americana conhecido 
como relógio de bolso, para medir tensões em 
baterias usadas nos primeiros receptores de 
rádio por volta de 1926 
 
 
Miliamperímetro tipo "Cardan" fabricado na 
França no final de 1890 
 
Na realidade instrumento de medição elétrica tal se conhece atualmente sempre acompanhou o desenvolvimento 
científico. Desta maneira, o conceito da medição elétrica originou-se primeiramente com os trabalhos do 
físico Charles Coloumb que através do seu instrumento conhecido como balança de Coloumb estabelece as 
leis fundamentais da Eletricidade que posteriormente serviriam de base para aumentar o conhecimento sobre a 
relação entre a Eletricidade e o magnetismo a qual foi somente demonstrada em 1820 através das experiências 
do físico dinamarquês Oersted. 
As conseqüências da experiência de Oersted foram imediatas, pois desta forma ainda em 1820, Ampére mostra 
que em dois condutores paralelos quando percorridos por um corrente e, estando próximo um do outro, exercem 
entre si ações de repulsão e atração, de acordo com o sentido recíproco das duas correntes. Logo em seguida, 
Arago inventa o eletroímã fazendo passar uma corrente em um condutor enrolado em torno de um pequeno 
pedaço de ferro doce, bem como Faraday estuda os campos magnéticos produzidos por circuitos de diferentes 
formas. 
Por volta de 1823, Ampére construí o primeiro galvanômetro, termo este originado do nome do físico italiano Luigi 
Galvani. Com este aparelho pode-se então medir a intensidade da corrente Entretanto, é interessante notar que 
se os instrumentos de medição oriundos da evolução do eletromagnetismo foram importantes, o 
posterior desenvolvimento do osciloscópio, sem dúvida alguma foi a maior contribuição da Eletrônica no campo 
da medição dos parâmetros elétricos. O feixe eletrônico gerado no tubo de raios catódicos pode ser comparado 
ao ponteiro de um instrumento de medição clássico, porém agora, atuando como um indicador que segue as 
variações das quantidades medidas em velocidade quase que infinitas, além do que pode ser usado como um 
registrador. O moderno osciloscópio usado atualmente em pesquisa e desenvolvimento em todos os campos da 
eletrônica é uma evolução tecnológica oriunda do tubo de Braun, mais tarde chamado de tubos de raios catódicos 
existente de de 1897, muito antes do aparecimento da válvula termiônica. O tubo de Braun foi, também a origem 
do atual cinescópio, usado nos modernos televisores. 
 
 
 
 
6.2 - A EVOLUÇÃO PICTÓRICA DOS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 
 
A esquerda: Tubo de Crookes inventado pelo físico 
inglês William Crooks em 1870, permitia detectar a 
presença de eletrons rápidos. Este fluxo de elétrons 
originário do catodo mais tarde foi denominado de 
raios catódicos. 
A direita: Tubo de raios catódicos provido de sistema 
de deflexão eletrostática, fabricado nos USA no ínicio 
da década de 1940. 
 
 
Primitivo provador de válvula fabricado por volta de 
1925. 
 
 
Ponte para a medição de indutância, resistência e 
capacitância fabricada na Checoslováquia em 1930 
o primeiro osciloscópio comercial, introduzido pelos 
empresa Allen B. DuMont em 1930. As conexões para 
deflexão do feixe eletrônico eram feitas diretamente no 
tubo de raios catódicos. O consolo lateral atuava 
somente como uma fonte de alimentação de alta 
tensão. 
 
 
 
 
7.0 - A ORIGEM DA REPRODUÇÃO SONORA 
Desde a invenção do fonógrafo de Edison, a reprodução do som natural foi uma perene busca para os 
engenheiros. 
No início da eletrônica, as tênues modulações eram ouvidas através dos fones de ouvido. 
Com o advento da válvula, tinha-se então, um dispositivo para a amplificação das tênues correntes elétricas. 
A partir de 1920, a capacidade de amplificação dos sinais pela válvula foi aliada ao microfone, advindo da 
telefonia, e, portanto, originando os primeiros sistemas de reprodução sonora baseada no então incipiente 
cinema falado. 
 
 
O lançamento em 1928, pela Warner Brothers, EUA do 
primeiro filme sonoro, O cantor de Jazz 
 
A válvula amplificadora quando 
aliada ao microfone revolucionou a 
reprodução dos sons naturais. 
 
 
 
 
 
 
7.1 - O MICROFONE 
O microfone é uma palavra de etimologia grega significando: micro = pequeno e, fone = som. 
O microfone surgiu do transmissor telegráfico inventado simultaneamente por Elisha Gray e Alexander Graham 
Bell em 1876. 
 
Esquemático mostrando o transmissor 
telefônico inventado por Bell. 
 
 
O primeiro transmissor telefônico tipo 
magnético inventado por Bell, 
apresentado pelo inventor no instituto 
Essex , em fevereiro de 1877. 
 
 
Ilustração de um transmissor 
telefônico empregando eletro-imã 
inventado por Bell em 1876. 
 
 
 
 
 
 
7.1.1 - A EVOLUÇÃO ILUSTRADA DO MICROFONE 
 
 
 
 
 
O microfone de M Boudet de origem 
francesa tipo resistência variável. 
 
 
Microfone de uso militar tipo 
T-32, fabricado para as 
forças armadas americanas 
por volta de 1943. 
 
 
O microfone modelo 520, conhecido 
como green bullet, fabricado pela 
Shure, EUA no início de 1950. 
 
 
 
Um moderno microfone tipo 
condensador com padrão de resposta 
tipo cardióide fabricado pela AKG, 
Áustria. 
 
 
Microfone de alta impedância, série 
710, fabricado pela Shure Brothers, 
EUA, em 1953. 
 
 
O microfone de Paul Bert e 
D'Arsonval de origem francesa 
 
 
 
o receptor telefônico de Ader do tipo 
magneto-elétrico. A direita, corte 
esquemático do aparelho mostrando as 
bobinas e os bornes de ligação 
 
 
O microfone de velocidade, modelo V-
1, fabricado pela Electro Voice, EUA 
em 1953. 
 
 
Corte esquemático de um dos últimos 
tipos de transmissor telefônico 
 
 
 
 
 
7.2 - A VÁLVULA COMO ELEMENTO AMPLIFICADOR 
 
Originalmente desenvolvida para uso por radio-amadores 
em 1920, a válvula triodo denominada de Audion RAC3, 
fabricada pelo engenheiro americano Elman B. Mayers, 
mostrando os contatos de metal para sua fixação no 
circuito. 
Notar que esta válvula também leva o nome de Audion. No 
inicio da termiônica nos EUA, muitos foram os fabricantes 
de válvulas que importunaram DeForest com sua patente 
de 1907. Mayersfoi um deles e desenvolveu esta válvula 
para fins mais do rádio amadorismo do que para 
transmissão. Acontece que por volta de 1920 a toda 
poderosa RCA tomou conta deste mercado. O poderoso 
Sarnoff, diretor da RCA, através da justiça, mandou prender 
todos aqueles que não pagam licença para fabricar 
válvulas. Não deu outra, Mayers um ativo engenheiro 
montou sua fabrica cerca de 15 km da fronteira americana, 
no Canadá, e começou a vender suas válvulas por 
encomenda. Muitos seguiram os passos de Mayers, usando 
a mesma estratégia e foram denominados na história da 
termiônica como fabricantes independentes. 
 
 
 
Reprodução da página frontal do manual de instruções e montagem 
da válvula RAC3 
 
 
 
Elman B. Mayers inventor da válvula Audion RCA3, demonstra a 
sua lâmpada especial de quartzo-mercúrio, tipo luz fria com cerca 
de 3000 cp para aplicações em televisão por volta de 1932. 
Electronics 
 
 
 
 
7.2.1 - A AMPLIFICAÇÃO COM TRIODO 
A partir de 1913, a válvula sofre contínuas modificações. Novos materiais são usados na fabricação dos seus 
elementos estruturais. Assim têm-se catodos revestidos com óxidos, técnica esta desenvolvida por Wehnelt. 
O tungstênio e o óxido de bário são empregados nos filamentos culminado com o aparecimento do filamento de 
liga de tungstênio tório inventado por Langmuir em 1921. 
Surgia assim o triodo uma válvula com três elementos estruturais, ou seja, o catodo, a placa e, o terceiro eletrodo 
ou grade de controle ou simplesmente grade, responsável pelas suas propriedades de aplicação. 
Na amplificação com triodo, se aplica na grade uma alta tensão CC a qual não consome corrente apreciável. Os 
elétrons atraídos pela placa dependem agora do efeito combinado das polaridades da grade e da placa. Quando 
esta última é positiva, a tensão de grade se torna progressivamente mais negativa e, portanto, a placa se mostra 
menos receptiva em atrair elétrons; assim, a corrente de placa diminui. 
Entretanto, a medida que a grade se torna menos negativa, a placa atrai rapidamente os elétrons, aumentando a 
corrente anódina. Por conseguinte, quando a tensão de grade varia de acordo com um sinal, a corrente de placa 
também varia com o mesmo. Como uma pequena tensão aplicada à grade é capaz de controlar uma corrente de 
placa comparativamente elevada, o sinal é então amplificado pela válvula.Nesta fase de conhecimento do 
comportamento elétrico do triodo tem-se então o desenvolvimento dos primeiros circuitos amplificadores, como 
por exemplo o circuito de polarização negativa de grade, do conceito de transcondutância proposto pro van der 
Bilj, bem como dos gráficos ou curvas com as características anódinas ou de placa. O triodo foi usado largamente 
nos sistemas de reprodução sonora até os meados da década de 1930. 
 
 
Estrutura da válvula triodo 
 
 
Corte esquemático de uma válvula 
triodo mostrando os seus elementos 
estruturais. 
 
 
Ilustração de uma curva com as características 
anódinas ou de placa de um triodo onde: 
Ia = corrente de anodo 
Va = tensão de anodo 
Vg tensão do catodo 
 
 
 
Vários tipos de triodos primitivos de origem americana: 
a)Tipo 205D fabricado pela WE em 1924 
b)Tipo UV 201-A usando filamento de tungstênio puro 
c)Tipo UX-201-A com filamento recoberto por óxido 
 
 
Vários tipos de triodos de origem européia, fabricados entre 
1920-1930: 
a) Tipo E424N, Philips usado como detector e amplificador 
b) Tipo REN 904, Telefunken semelhante ao tipo E424N 
c) Tipo A131, Philips usado em estágios de rádio-freqüência 
 
 
 
7.2.2 - AMPLIFICAÇÃO COM TETRODO 
O tetrodo ou válvula de 4 elementos, foi 
inventado para compensar um fenômeno 
inerente ao triodo conhecido como 
capacitância inter-eletródica. 
Este quarto elemento, denominado de grade 
secundária, era montado na estrutura da 
válvula entre a grade e a placa atuando como 
uma blindagem eletrostática entre ambos, bem 
como reduzindo a sua capacitância inter-
eletródica. 
Entretanto, esta configuração estrutural do 
tetrodo mudou o comportamento das 
características do anodo devido o efeito da 
emissão secundária que na realidade é 
causada pelo bombardeamento da grade pelos 
elétrons vindo do catodo. A proximidade deste 
eletrodo com a placa cria uma forte atração 
sobre os elétrons secundários, mormente se a 
tensão de placa for menor que aquela da grade. 
Este efeito diminui a corrente de placa 
limitando as variações das tensões anódicas 
permitidas ao tetrodo e assim, causando 
distorsões no sinal de saída. 
O tetrodo logo foi substituído por válvulas 
mais aprimoradas como o pentodo. 
 
 
Diversos tipos de tetrodos de origem americana, fabricados entre 1925-1933: 
a) Tipo 124 
b) Tipo 35 
c) Tipo 36 
 
 
Tetrodo de origem européia tipo A442 
usado em estágios de RF, fabricado pela 
Philips em 1928 
 
 
 
 
7.2.3 - AMPLIFICAÇÃO COM PENTODO 
Em 1926, B. Tellegan, trabalhando nos laboratórios da Philips, na Holanda inventa o 
pentodo, ou seja, uma válvula com um quinto eletrodo o qual era colocado entre a grade 
e a placa. Assim, denominado de grade supressora. Este novo arranjo estrutural permitiu 
atenuar os efeitos da emissão secundária encontrada no tetrodo, pois agrade 
supressora geralmente ligada ao catodo, devido ao seu potencial negativo com relação 
à placa retarda a velocidade dos elétrons fazendo que os retornem a placa e, portanto 
não mais influindo em suas características. 
Nos pentodos de potência, a supressora torna possível ainda se obter maior 
amplificação de saída com menor tensão excitadora de grade bem como de placa. Estas 
excepcionais características são devidas ao grande ciclo de tensão de placa, pois esta 
poderá ser tão reduzida ou mesmo menor ainda do que a tensão do "screen" sem 
contudo representar perda considerável sobre o rendimento ou ganho do sinal. 
 
 
Válvulas tipo pentodo de origem européia 
fabricadas pela Philips entre 1928-1935: 
a)tipo B433 primeira válvula tipo pentodo fabricada 
no mundo 
b)tipo AF-3 pentodo de um variável para RF com 
soquete tipo P 
 
 
Válvulas Pentodo fabricadas nos EUA entre 1928-
1935: 
a)type 51 
b)type 2 A5 
 
 
 
 
7.2.4 - A AMPLIFICAÇÃO DE POTÊNCIA COM VÁLVULAS DE FEIXE 
DE ELÉTRONS 
Nos primórdios da Eletrônica, inventores, engenheiros, cientistas e 
mesmos fabricantes se envolveram em constantes e longos 
processos jurídicos relativos a violação de direitos de fabricação 
como de patentes cobrindo não somente aparelhos, componentes, 
bem como circuitos eletrônicos. 
Assim, no campo da Termiônica não fugiu a regra e, por volta de 
1939, no intuito de evitar a violação de patentes que protegiam a 
válvula pentodo, fez com que alguns fabricantes após intensas 
pesquisas de laboratório lançassem no mercado a primeira válvula 
de potência por feixe de elétrons, mais conhecido como tetrodo por 
feixe dirigido. 
Na realidade, este tipo de válvula pode ter tanto a configuração 
estrutural de um tetrodo como de um pentodo e recebeu essa 
denominação por ser construída de forma que os elétrons circulem 
em feixes concentrados do catado através das grades até a placa. 
Assim, as principais diferenças entre esta válvula, quando 
comparada aos tetrodos e pentodos convencionais, residem no fato 
que nela os espaços entre as espiras das grades são alinhados, 
possui duas placas formadores de feixes e, geralmente o espaço 
entre a grade de blindagem e a placa maior. Como os espaços entre 
as grades encontram-se alinhados, poucos elétrons que colidem 
contra a grade de blindagem e, por conseguinte, a corrente anódina 
é maior que quando comparada aos pentodos. 
Neste tipo de válvula a emissão secundária é reduzida devido à carga espacial entre a grade de blindagem ea placa. 
A carga espacial é um fenômeno resultante da frenagem dos elétrons quando passam das grades de blindagem de 
elevado potencial para as placas onde o mesmo é menor. Assim, a carga espacial formada na frente da placa é 
suficiente para expulsar os elétrons secundários da mesma, emitidos como resultado da colisão dos elétrons 
primários. 
 
 
Ilustração das diversas variações da válvula de potência por feixe de 
elétrons tipo 6L6 de fabricação americana onde se tem da esquerda 
para direita: com bulbos de vidro tipo GC, G e metálico 
 
 
Ilustração da configuração estrutural de uma válvula 
de potência por feixe de elétrons 
 
 
 
Famosa válvula por feixe de elétrons tipo KT-66 fabricada 
na Inglaterra pela MO-Valve. 
 
 
7.3 - OS CIRCUITOS DE AMPLIFICAÇÃO 
Com a válvula atuando como um elemento de amplificação confiável o desenvolvimento de novos tipos de 
circuitos foi uma tarefa permanente para os engenheiros. Ao longo dos anos muitos foram os circuitos de 
amplificação que apareceram na literatura técnica dentre os quais os quais os mais representativos são: 
 
1913 - Circuito push-pull: 
Concebido por E. Colpitts, o qual basicamente é um circuito balanceado onde 
duas válvulas operaram em diversas classes de amplificação, por exemplo A, 
AB ou B, fornecendo grande potência de saída e, ao mesmo tempo, cancelando 
sobremaneira a distorsão. 
 
Esquema simplificado do circuito de 
saída de um amplificador 
convencional operando em push-pull. 
 
 
 
1927 - Circuito de realimentação negativa: 
Desenvolvido originalmente por H.S. Black, vide seção "os circuitos clássicos". 
 
1947 - Circuito ultralinear: 
D.T.N. Williamson, na Inglaterra, projetou este circuito para operação ultra-
linear. 
 
Esquema do circuito Williamson, usado 
em amplificadores de alta qualidade. 
 
 
1949 - O circuito push-pull simétrico: 
F.C. McIntosh patenteia um eficiente circuito de amplificação. Este circuito 
consiste basicamente de tetrodos de feixe dirigido operando em conjunto com 
um transformador de saída provido de enrolamento tipo bifilar onde as placas 
das válvulas estão em ligação cruzadas. 
 
O circuito desenvolvido por 
F.C.McIntosh. 
 
 
1950 - O circuito Hafler-Keroes: 
David Hafler e Herbert I. Keroes, desenvolveram uma configuração de 
amplificador ultralinear, no qual, o sinal da grade da válvula retorna para o 
transformador de saída em um ponto representado em 18,5% da impedância do 
enrolamento do primário. Este circuito representa um modo de operação 
intermediário, dando ao amplificador a potência de uma válvula pentodo e, a 
baixa impedância de saída de um triodo. 
 
Esquema ilustrando as ligações no 
transformador no circuito Hafler-
Keroes 
 
 
 
 
 
7.4 - OS HOMENS POR TRAZ DOS CIRCUITOS 
Muitos foram os inventores, engenheiros e cientistas que atuaram no desenvolvimento tecnológico da válvula 
não somente como elemento de amplificação bem como na própria topologia de circuitos. Dentre os quais e 
destacam: 
 
- Lee DeForest: 
Pai do rádio; inventou a válvula Audion, a base da Termiônica. 
 
- John Stone Stone: 
Físico americano, interessado em Eletrônica, foi um dos pioneiros dos primeiros receptores. Em 1912 ajudou a 
demonstrar a operação da válvula Audion como um elemento de amplificação para os engenheiros da American 
Telephone and Telegraph Company. 
 
- Irving Langmuir: 
Foi considerado o "Homem dos Materiais", um cientista altamente especializado na pesquisa de novos materiais. 
Em 1915, trabalhando nos laboratórios General Electric, desenvolveu o filamento de tungstênio toriado. Uma liga 
de tungstênio com 3% de tório que possui maior eficiência que o tungstênio puro. Este novo tipo de material foi 
usado para a fabricação de lâmpadas e válvulas. 
 
- Hendrik Johannes Van Der Bijl: 
Físico renomado, também conhecido como o mago da Termiônica. Suas pesquisas sobre a emissão de elétrons 
permitiram o desenvolvimento das características matemáticas da válvula. 
 
 
 
7.5 - A EMISSÃO FOTO-ELÉTRICA NA REPRODUÇÃO SONORA 
A emissão Termiônica é o processo empregado pelas válvulas, no qual os elétrons alcançam energia suficiente 
para liberarem da superfície do emissor por meio do calor. Da mesma forma, quando a luz atinge a superfície de 
certos materiais pode, também, ocorrer à emissão de elétrons, efeito este denominado de emissão fotoelétrica. 
O efeito fotoelétrico foi observado pela primeira vez em 1839, na França , por Alexander Edmond Becquerel, 
quando ao iluminar a junção de um eletrólito, notou que havia geração de uma pequena corrente elétrica. 
Entretanto, , este fenômeno foi realmente compreendido bem mais tarde. 
Por volta de 1920, a tecnologia de fabricação de válvulas estava bem mais avançada e, este conhecimento ajudou 
sobremaneira na elaboração de dispositivos usando o efeito fotoelétrico.Primeiramente foram desenvolvidos 
para a captação de sinais contidos nos fotogramas dos primeiros filmes falados, originando o que se conhece 
hoje em dia com trilha sonora. 
Estes dispositivos consistiam basicamente de uma placa metálica, ou catodo, e um segundo eletrodo, ambos 
montados no interior de um tubo de vidro revestido com material fotossensível. Quando este último for atingido 
por um feixe luminoso, os elétrons são deslocados e, ao mesmo tempo atraídos pelo segundo eletrodo ou anodo, 
devido o seu potencial positivo gerando, portanto, uma pequena corrente, proporcional ao nível de luz que atinge 
o foto-catodo. 
Devido a esta configuração, os primeiros dispositivos de emissão fotoelétrica foram chamados de foto-tubos e, 
como material foto sensível era usado o hidreto de potássio. 
Curiosamente, no cinema falado, onde o incipiente foto tubo foi usado primeiramente para a sincronização da 
imagem com o som pela leitura da chamada trilha sonora ótica, logo foi suplantado pela trilha sonora magnética 
devido a praticidade e qualidade desta ultima advinda da evolução da gravação magnética. 
 
a) No projetor uma fonte luminosa é 
aplicada sobre a trilha de som. As 
modulações são coletadas pela foto-
célula, cujos os sinais são amplificados 
e finalmente reproduzidos pelo alto-
falante. 
 
 
Ilustração do principio de operação usado nos primeiros 
filmes falados: 
 
b) A trilha sonora 
No projetor a fonte luminosa é focalizada sobre a trilha 
sonora, cujas modulações excitam uma fotocélula de forma 
que os sinais gerados são amplificados e reproduzidos pelo 
alto-falante 
 
 
Diversos tipos de fotocélulas e foto-tubos de origem americana: 
 
a) Tipo 9A com dois anodos e sensibilidade de 10 micro Ampère/lumen 
b) Tipo 919, geralmente usado em fotômetros 
c) Tipo 918, foto-tubo a gás usado em projetores com sensibilidade de 10 micro Ampere/lumen 
d) Tipo CE-A26, foto-tubo a gás usado para equipamentos de reprodução sonora 
 
 
 
 
 
7.6 - A EVOLUÇÃO DA GRAVAÇÃO MAGNÉTICA 
A técnica para registrar, armazenar e reproduzir magneticamente os sons foi inventada em 1898 pelo dinamarquês 
Valdemar Poulsen denominado de telegrafone. O aparelho usava como meio de gravação um fio de aço. No início 
de 1920, Oberlim Smith desenvolve um processo que usava como material 
magnetizável limalha de ferro aplicada sobre uma base flexível. Logo em seguida 
E.Fritz Pfleumer obteve patente sob nº 500900, do Instituto Alemão de Patentes, 
para o processo de fabricação da fita magnética, que consistia em impregnar-se 
uma fita de papel com pó de ferro magnetizável dando origem ao Blaterfone. 
Entretanto, a fita magnética usando papel era bastante quebradiça de forma que em 
1933, as primeiras tentativas para usar um meio flexível capaz de suportar as 
tensões inerentes ao processo de gravação começam ser feita na Alemanha pela 
BASF. 
Baseadonestes desenvolvimentos, em 1935 surge o magnetofone originalmente 
fabricado pela AEG Telefunken onde o conjunto gravador fita consistia 
basicamente da cabeça magnética, tipo anular, que imprimia a orientação das 
partículas magnéticas fixadas em um suporte de material plástico, utilizando uma 
corrente de polarização. 
Entretanto, o preço do magnetofone era ainda alto de forma que foi somente após 
a segunda guerra mundial quando em 1946, A M. Poniatoff funda nos EUA a empresa AMPEX iniciando assim 
uma das primeiras linhas de produção em série de gravadores de fita. 
Nos anos subseqüentes a tecnologia da gravação magnética sofre grandes inovações culminando com o 
aparecimento do sistema cassete desenvolvido pela Philips na Holanda em 1965. Compacto de fácil manuseio o 
sistema cassete culminou com a popularização da gravação magnética. 
A partir de 1970 surgem diversos tipos de circuitos supressores e, novos materiais magnéticos, como o oxido 
de cromo, permitindo registros de níveis de sinais elevados com baixíssimas distorções e ruídos. 
 
Cronologia da evolução da fita magnética 
Ano Evento 
1932 Primeiras experiências para se desenvolver a produção industrial de fitas magnéticas. 
1934 As primeiras fitas magnéticas são apresentadas na exposição de rádio de Berlim. 
1936 
Orquestra sinfônica de Londres regida pelo maestro Sir Thomaz Beecham grava o primeiro concerto em 
fita magnética. 
1940 Braunmühl e Weber aprimoram a faixa dinâmica. 
1944 As primeiras fitas utilizando folha de PVC rígida denominado de Luvitherm. 
1950 Popularização do processo de gravação. 
 
 
Fotomicrografia mostrando a distribuição das 
partículas magnéticas usadas em uma 
moderna fita cassete. 
 
 
O principio da gravação magnética 
mostrando a ação das cabeças gravadoras e 
reprodutoras atuando sobre a fita 
 
 
Corte esquemático de uma fita magnética 
 
 
Esquemático mostrando o mecanismo de transporte de 
um gravador com as respectivas cabeças 
desmagnetizadoras, gravação e reprodução. 
 
 
Por volta de 1930 Eduard Schüller inventa 
a cabeça magnética anular 
 
 
Ilustração da evolução dos meios de gravação por processo 
magnético: 
a)arame ou fio metálico magnetizável 
b)fita magnética usando suporte de papel 
c)primeira fita magnética usando suporte de plástico 
d)fita magnética para reprodução monofônica 
e)idem porem em formato de 3 polegadas 
f)fita magnética estereofônica em 4 pistas 
 
 
Gravador de fio modelo 268-1 fabricado em 
1948 pela Webster, Chicago, EUA. 
 
Ilustração da fita cassete, fabricada em 
1965, pela Philips. 
 
 
Ilustração da evolução dos meios de gravação por processo 
magnético: 
 
A) Arame ou fio metálico magnetizável 
B) Fita magnética usando suporte de papel 
C) Primeira fita magnética usando suporte de plástico 
D) Fita magnética para reprodução monofônica 
E) Idem porem em formato de 3 polegadas 
F) Fita magnética estereofônica em 4 pistas 
 
 
 
 
7.7 - O DIFUSOR ACÚSTICO 
O som gravado e amplificado é, então reproduzido pelo alto-falante. Para 
melhorar o seu desempenho acústico foi desenvolvido o difusor, ou seja onde o 
alto-falante é agora acondicionado num invólucro mais conhecido como caixa 
acústica que obedecendo a parâmetros eletro-acústicos definidos. 
 
 
O difusor acústico (em corte), modelo 
Klipschorn desenvolvido nos EUA pelo 
engenheiro Paul Wilbur Klipsch por 
volta de 1940 e, fabricado até hoje. 
 
 
 
7.7.1 - A RESPOSTA DE FREQÜÊNCIA E OS TIPOS DE ALTO-
FALANTES 
Para a correta transferência das ondas sonoras no 
ambiente torna-se necessário conhecer a 
resposta de freqüência do alto falante. 
A resposta de freqüência é determinada 
aplicando-se ao alto-falante uma corrente 
alternada constante de freqüência variável e em 
seguida, medindo-se a tensão gerada num 
microfone posicionado a uma certa distância do 
mesmo. 
Desta forma obtém-se as chamadas curvas de 
resposta de freqüência geralmente feitas em salas 
anecóicas ou seja, uma câmara inerte, isenta de 
reflexões sonoras. 
 
 
 
 
A: Alto-falante para reprodução das baixas freqüências (woofer) e a sua respectiva curva de resposta de 
freqüência. 
B: Alto-falante para reprodução das médias freqüências (squawker) e a sua respectiva curva de resposta de 
freqüência. 
C: Alto-falante para reprodução das altas freqüências (tweeter) e a sua respectiva curva de resposta de 
freqüência. 
 
 
 
 
7.7.2 - A EVOLUÇÃO DO DIFUSOR ACÚSTICO 
A finalidade da caixa acústica além de suportar os alto-falantes tem a função de mantê-los em fase, ou seja, 
acusticamente alinhados de tal forma a permitir uma transição linear entre as diversas gamas de freqüência. 
Na realidade, estas são porções definidas do espectro de áudio, basicamente compreendendo as gamas de : 30-
100Hz, 500-5000 Hz e 5000-20000 Hz respectivamente para as faixas de baixa, média e alta freqüência as quais 
são ajustadas eletricamente por filtros de caráter passivo como ativo. 
Com o lançamento do primeiro filme sonoro, "O cantor de Jazz", pela Warner Brothers, EUA, em 1928, estabelece-
se os padrões técnicos básicos para a reprodução sonora em cinemas e auditórios, mais tarde estendendo-se 
para aplicações domésticas. 
 
Difusor acústico para reprodução de 
baixas freqüências tio corneta de 
acoplamento direto 
 
 
Para reprodução 
de baixas freqüência uma corneta 
deveria ter um comprimento de 10 
metros. Este inconveniente foi 
contornado pelos engenheiros 
dobrando-se a sua estrutura no 
 
O difusor acústico escantilhado é uma 
derivação mais compacta da corneta 
dobrada pois utiliza os cantos do 
ambiente para aumentar o tamanho 
efetivo da corneta. 
 
interior do difusor acústico de maneira 
a torna-la compacta. 
 
 
 
Ilustração do: 
A esquerda: - difusor acústico tipo 
plano infinito 
A direita: - difusor acústico tipo 
suspensão acústica 
Variações do difusor acústico tipo 
bass reflex mostrando o pórtico ou duto 
de sintonia. 
 
 
A - a corneta tipo direto 
B - a corneta radial setorial 
C - pequena corneta exponencial 
D - a corneta cônica 
E - a corneta radial multi-celular 
F - a corneta dobrada 
 
 
Ilustração do alto falante coaxial 
lançado no mercado americano em 
1943 pela firma 
Altec-Lansing 
 
 
 
 
 
7.7.3 - ASPECTOS ILUSTRADOS DO DIFUSOR ACÚSTICO 
Desde a sua origem, nos primeiros sistemas de 
reprodução sonora, usados em cinemas e 
auditórios, o difusor acústico sofreu rápidas e 
contínuas modificações conceituais, quer de caráter 
elétrico, acústico bem como estético. 
 
 
O difusor acústico tipo Hartsfield fabricado nos EUA na década de 1950 pela 
firma JBL. Desenvolvido da experiência adquirida pela empresa na sonorização 
de grandes ambientes. Difusor de grande eficiência, consistindo de alto-falante 
difusor de altas freqüências tipo corneta com padrão de dispersão horizontal e 
vertical de ordem de 140º x 45º e um transdutor para baixas freqüências de 15 
polegadas. Ambos montados em gabinete escantilhado. 
 
 
 
 
 
Em 1954, o engenheiro americano Edgard Villchur desenvolve um novo tipo de 
difusor acústico operando pelo princípio de suspensão acústica. O modelo AR-
1 consistia de um alto-falante de 12 polegadas para reprodução das baixas 
freqüências, acondicionado em uma caixa acústica perfeitamente selada e, 
geralmente usando em separado um corneta tipo eletrostática para a 
reprodução das médias e altas freqüências. 
 
 
 
Ilustração do difusor experimental operando pelo principio de suspensão 
acústica desenvolvido pelo engenheiro Edgard Villchur, por volta de 1954.

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