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CARACTERÍSTICAS DO OBSERVADOR De acordo com Gil (1996), o sucesso de uma pesquisa depende de certas qualidades intelectuais e sociais do pesquisador, dentre as quais se destacam: - Conhecimento do assunto a ser pesquisado - Curiosidade - Criatividade - Integridade intelectual - Atitude autocorretiva - Sensibilidade social - Imaginação disciplinada - Perseverança e paciência - Confiança na experiência Ludke e André (2003), debruçando-se sobre os estudos etnográficos de Hall (1978), referem que um observador deve reunir, essencialmente, as seguintes características: - Capacidade de tolerar ambiguidades; - Ser capaz de trabalhar sob sua própria responsabilidade; - Deve inspirar confiança; - Deve ser pessoalmente comprometida, - Autodisciplinada, - Sensível a si mesmo e aos outros; - Maduro e consistente; - Capacidade de guardar informações confidenciais. Para além dessas qualidades pessoais, as autoras citadas consideram ser importante que o observador mostre seu envolvimento e comprometimento com as atividades e evitando tomar partido, ou seja, evitando ser identificar com um grupo particular. A observação sistemática possui objetivos específicos, padrões científicos e características marcadas pela intensidade, planejamento e ordenação. Para a sua concretização o observador deve possuir as seguintes qualidades: - Capacidade de percepção: é a capacidade de apreender os fenômenos. O ato de percepção apresenta aspectos objetivos e subjetivos. Os subjetivos são dinamizados pela experiência anterior, pelas emoções e sentimentos, pelas motivações, sistema de ação e pensamento. O observador deve ter a capacidade de controlar tanto os aspectos objetivos, como os subjetivos. - Capacidade de atenção: é a atenção que dirige, assegura e mantém a percepção. Permite que o observador se oriente de acordo com o foco conceptual. - Capacidade de memorização: esta capacidade envolve fixação, reprodução, reconhecimento e evocação de algo conhecido. O observador desenvolvê- la-á até certo grau, porquanto há fenômenos que emergem em determinada situação de observação e que ela não pode registrar no momento. - Capacidade de analisar: é a capacidade de segmentar o todo observado em partes significativas, organizando-as de forma a que as relações entre as partes existentes sejam adequadamente visualizadas. - Capacidade de generalizar: é a capacidade de chegar a afirmações categóricas, inferidas a partir da análise e interpretação dos dados. - Capacidade de comunicação: é a capacidade de equacionar os dados, organizando o relato de forma a que possa ser compreendido e utilizado por outras pessoas. REFERÊNCIAS GIL, António Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3ª edição. São Paulo, Editora Atlas, 1996. LUDKE, M.; ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. 6ª edição. São Paulo, Editora Pedagógica e Universitária (EPU), 2003.
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