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HIDRÁULICA APLICADA Capítulo 1: CONCEITOS BÁSICOSCONCEITOS BÁSICOS Prof. Dr. John Kenedy de Araújo Equilíbrio Dinâmico Considere-se o escoamento de um fluido real, incompressível, em regime permanente, através de uma tubulação circular de diâmetro constante e área A. A As forças que atuam sobre o fluido são: z1 z2 x Q W ττττo A Fx1 Fx2 NR força de pressão• força de cisalhamento• força peso na direção x• Força de pressão A 1 1x F p A= 2 2x F p A= z1 z2 x Q A Fx1 Fx2 NR Força de cisalhamento A c oF PLτ= onde: perímetroP = z1 z2 x Q ττττo A NR Força peso na direção x A xW Wsenθ= 2 1z zsen L θ −= W z1 z2 x Q W A NR W Wγ γ= → = ∀ ∀ ( ) ( ) 2 1 2 1 então: x x W sen z zAL L W z z A γ θ γ γ = ∀ − = = − Wx 1 2 0 Para o equilíbrio dinâmico: 0xF p A p A PL Wsenτ θ= − − − =∑ ( ) ( ) 2 1como e , vem: z z sen W AL L θ γ−= = Equilíbrio Dinâmico ( ) ( )1 2 0 2 1 0 L p p A PL A z zτ γ− − − − = 01 2 1 2 desenvolvendo: p p P z z L A τ γ γ γ + − + = 1 2 1 2mas e onde: é a perda de carga é o raio hidráulico h h p p AH z z R P H R γ γ ∆ = + − + = ∆ = = Equilíbrio Dinâmico ( ) 0 Definindo como perda de carga unitária, h J m m H L R Jτ γ = ∆ = ( )2 No caso particular de conduto forçado circular: 4 4h D A DR P D pi pi = = = 0 04então: 4 L LH D D τ τ γ γ ∆ = = 2 2 2 0 0 0 comparando com a fórmula universal 4 2 8 8 L L V V fVH f f D D g τ τ ρ τ γ ρ ∆ = = → = → = Velocidade de atrito 02 8 8D D gγ ρ 0 * a relação 8 é conhecida como velocidade de atrito, fV u τ ρ = Aplicações em áreas como turbulências, distribuição de velocidades em condutos forçados, estabilidade hidráulica de fundo de canais, etc. Exemplo 1.1 Numa tubulação de 300 mm de diâmetro, água escoa em uma extensão de 300 m, ligando um ponto A na cota topográfica de 90,0 m, no qual a pressão interna é de 275 KN/m2, a um ponto B na cota topográfica de 75,0 m, no qual a pressão interna é de 345 KN/m2. Calcule a perda de carga entre A e B, o sentido do escoamento e a tensão de cisalhamento na parede do tubo. Se a vazão for igual a 0,14 m3/s, calcule o fator de atrito da tubulação e a velocidade de atrito. Exemplo 1.1 (solução) Diâmetro constante →→→→ Velocidade constante 2 constante 2 V g → NR zA zB e são paralelasLP LC então: será a diferença entre as H CP∆ Exemplo 1.1 (solução) 3 3 275 10 90,0 118,06 10 9,81 A A A A pCP z CP m γ = + ⋅ = + = ⋅ zA zB 3 3 345 10 75,0 110,20 10 9,81 B B B B pCP z CP m γ = + ⋅ = + = ⋅ NR Exemplo 1.1 (solução) como: o sentido do escoamento é de A para B A BCP CP> Aplicando Bernoulli entre A e B: A Bp pz z H+ = + + ∆ zA zB A B A B A B AB CP CP p p z z H γ γ + = + + ∆ ����� ����� 118,06 110,20 7,86ABH m m∆ = − = perda de cargaNR Exemplo 1.1 (solução) 3 4 mas 10 9,81 0.30 7,86 4 4 300 19,26 o o LH D D H L N τ γ γ τ τ ∆ = ∆ ⋅ ⋅ ⋅ = = ⋅ = zA zB 219,26o N mτ = * 3 19,26 mas: 0,139 10 o mu s τ ρ = = = velocidade de atritoNR Exemplo 1.1 (solução) 2 Equação Universal: 2 L VH f D g ∆ = 2 2 2 2 9,81 0.30 7,86 300 1,98 gD Hf LV ∆ ⋅ ⋅ ⋅ = = ⋅ zA zB fator de atrito 2 2300 1,98 0,039 LV f ⋅ = 0,039f = NR Exemplo 1.1 (solução) pA/γγγγ pB/γγγγ V2/2g Linha piezométrica, LP Linha de energia, LC Perda de carga, ∆H zA zB NR pB/γγγγ Trajetória Q Máquina hidráulica em uma tubulação e s e s Q Máquina hidráulica em uma tubulação A aplicação do princípio da conservação da energia, fornece:A aplicação do princípio da conservação da energia, fornece: onde: e são energias por unidade de peso do fluido em escoamento e é a energia fornecida pela bomba (sinal +) ou consumida pela turbina (sinal -) e máq s e s máq H e H H H e ± = e s Q Máquina hidráulica em uma tubulação ( ) ( ) Definição de potência: então: máq máq máq máq s e E e peso e Pot Qe t t t Pot Q H H γ γ γ ⋅ ⋅ ⋅∀ = = = = ∆ ∆ ∆ = ± − e s Q Máquina hidráulica em uma tubulação ( ) Para as bombas: s e Q H H QHPot γ γ η η − • = = ( ) Para as turbinas: e s uPot Q H H QHηγ ηγ• = − = e s Q Máquina hidráulica em uma tubulação ( ) ( )3Para e :Q m s H m Conversão: 1 1,36kW CV= ( ) ( ) ( ) ( ) 3Para e : 9,8 Para as bombas: Para as turbinas: 9,8 u Q m s H m QHPot kW Pot QH kW η η • = • = Bomba j m m j j mH Z Z H H Z Z H= − + ∆ + ∆ = − + ∆ Turbina u m j m j m jH Z Z H H Z Z H= − −∆ −∆ = − −∆ Exemplo 1.3 Considere um sistema de bombeamento como o da Figura 1.7, no qual uma bomba, com rendimento de 75%, recalca uma vazão de 15 L/s de água, do reservatório de montante, com nível d’água na cota 150,00 m, para o reservatório de jusante, com nível d’água na cota 200,00 m. As perdas de carga totais na tubulação de montante (sucção) e de jusante (recalque) são, respectivamente, ∆∆∆∆H = 0,56 m ejusante (recalque) são, respectivamente, ∆∆∆∆Hm = 0,56 m e ∆∆∆∆Hj = 17,92 m. Os diâmetros das tubulações de sucção e recalque são, respectivamente, 0,15 m e 0,10 m. O eixo da bomba está na cota geométrica 151,50 m. Determine: a) As cotas da linha de energia nas seções de entrada e saída da bomba; b) As cargas de pressão disponíveis no centro destas seções; c) A altura total de elevação e a potência fornecida pela bomba. Exemplo 1.3 (solução) 150,00 0,56 149,44m e m eZ H H H m= + ∆ → = − = a) Cota da linha de energia na linha de sucção: 200,00 17,92 217,92s j j sH Z H H m= + ∆ → = + = Cota da linha de energia na linha de recalque: s j j s 2 4Q QQ AV V A Dpi = → = =b) Velocidades médias: 2 2 4 0,015 0,85 0,15para 15 4 0,015 1,91 0,10 e s mV s LQ s mV s pi pi ⋅ = = ⋅ = → ⋅ = = ⋅ Exemplo 1.3 (solução) 2,097ep m γ = − Pressão na entrada da bomba: 2 2 2 0,85149,44 151,50 2 9,81 e e e e e p VH z g p γ γ = + + = − − ⋅ 2 2 2 1,91217,92 151,50 2 9,81 s s s s s p VH z g p γ γ = + + = − − ⋅ Pressão na saída da bomba: 2 9,81γ ⋅ 66,23sp m γ = Exemplo 1.3 (solução) 68,48H m= c) Altura total de elevação, H: Potência: 217,92 149,44s eH H H= − = − 9,8 9,8 0,015 68,48 0,75 QHPot η ⋅ ⋅ = = Potência: ( )13,42 18,25Pot kW CV=
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