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Sistema de Ensino Presencial Conectado
HISTÓRIA
tendências pedagógicas
ATIVIDADE DE PRODUÇÃO TEXTUAL EM GRUPO
Governador Valadares
2015
ATIVIDADE DE PRODUÇÃO TEXTUAL EM GRUPO
Trabalho interdisciplinar apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral em todas as disciplinas do 2º semestre 2015.
Orientador: Prof..  Isabel Christina Picanco Montenegro, Cyndi Cabral
Governador Valadares
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................4
DESENVOLVIMENTO.........................................................................................5 
1. Tendências Pedagógicas Liberais...................................................................5
1.1. Tendência Liberal Tradicional.......................................................................5
1.2. Tendência Liberal Renovada Progressista...................................................6
1.3. Tendência Liberal Renovada Não-diretiva....................................................6
1.4. Tendência Liberal Tecnicista........................................................................7
2. Tendências Pedagógicas Progressistas..........................................................7
2.1. Tendência Progressista Libertadora.............................................................7
2.2. Tendência Progressista Libertária................................................................8
2.3. Tendência Progressista Crítico Social dos Conteúdos.................................8
CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................10
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................11
INTRODUÇÃO
O pretenso trabalho teve um emaranhado de posições, opiniões e argumentos críticos de suas diferentes vertentes e análises que tiveram como base as aulas teóricas, trabalhos em grupo, avaliações e a prática vivida e interpretada por cada um dos integrantes deste grupo. Foi levado em consideração o processo socio-histórico de cada tendência pedagógica. Sendo assim, exporemos de maneira sucinta a epoca e o seu desdobramento social, político e pedagógico que ainda hoje permeiam o sistema educacional de maneira direta ou indireta.
DESENVOLVIMENTO
1. Tendências Pedagógicas Liberais
As tendências Liberais, segundo Libâneo, tem na sua gênese o pressuposto Liberal de cunho individualista e primado no ideário Capitalista de perpetuação de classes vigentes - Dominantes na época, que constituiam a manutenção e aprimoramento do estado para o estado. Era uma educação voltada para este tipo de formação. Portanto, instiui-se então um modelo econômico concomitante com o estado. Onde a formação deste modelo inicia-se dentro da escola.
Nesse processo condicionante de aprendizado, Libâneo denuncia as desigualdades sociais. Ou seja, se na sociedade com o mesmo modelo acima citado, era nitida a diferença de classes, as desigualdades sociais, no âmbito pedagógico escolar não era diferente. O autor expõe assim, que a igualdade de oportunidades eram diferentes das condições vigentes, tanto na esfera escolar, quanto na esfera socio-cultural.
1.1. Tendência Liberal Tradicional
No Brasil este modelo pedagógico chegou em 1549 com os Jesuítas. Dando ênfase no modelo de ensino religioso, Manoel da Nóbrega foi quem inaugurou o plano de educação da época. A pedagogia Jesuítica foi institucionalizada a partir do RATIO STUDIORUM voltada para formação humanística e Cristã. Este método de ensino era repetitivo, decorativo, estimulando a competição e muitas vezes punitivo e castrador. Com a expulsão dos Jesuítas, Marques de Pombal defende uma educação laica. Porém com os mesmos pressupostos arcaicos liberais vigentes na época. O papel do Professor é o de preparar alunos para assumirem papéis na sociedade, desvinculando-os da realidade, pois os problemas reais e sociais não adentravam na sala de aula. O ensinante é o retentor da fala, daquilo que será ensinado, da atenção e os alunos são totalmente dependentes do seu professor.
1.2. Tendência Liberal Renovada Progressista
Segundo perspectivas teóricas, Libâneo em contrapartida ao processo de racionalização de ensino, agora na pedagogia liberal renovada progressista a abordagem inicia-se nos processos mentais e cognitivos de ensino. Onde o "aprender a aprender", é mais importante que o saber propriamente dito. No contexto histórico, O MANIFESTO DOS PIONEIROS da Escola Nova em 1932, trouxe para o Brasil um movimento de vanguarda que visava mudanças no processo de ensino como escola gratuita, laicidade, gratuidade e obrigação escolar.
O aluno é um ser considerado que constroi e recontroi a sua realidade, sendo o ambiente um meio estimulador apenas.
1.3. Tendência Liberal Renovada Não-diretiva
Nesta tendência, as questóes psicológicas e os solilóquios dos alunos devem ser a função da escola de trazer mudanças introspectivas para o aluno. Uma mudança individual, do próprio individuo para uma melhor adequação do mesmo na sociedade.
Segundo Carl Rogers, a escola é lugar de crescimento interior, onde o aluno primeiramente aprende tornar-se Pessoa, responsável de suas atitudes e obrigações. O professor é um facilitador, um intermediário onde a empatia deve ser a principal vinculação entre ambos. Portanto, resume-se que a função da escola tem um caráter mais terapêutico do que social ou de ensino.
1.4. Tendência Liberal Tecnicista
Lembrando o ideário da Revolução Industrial, onde o homem passa a ter funções concomitantes com a máquina - sendo confundido diversas vezes com a mesma. A mecanização do saber, as formas de preparar o indivíduo para o mercado de trabalho, o processo científico, a pesquisa, revelam uma objetividade da prática escolar. A racionalização de ensino e o método insurgem de maneira definitiva contra qualquer subjetividade, pois não há troca de informações. As respostas e os conhecimentos passam a ser objetivos, a luz da ciência. O ensino passa a ser condicionante através de reforçamentos de respostas que se queira obter, o ensino passa a ser previsivel. Estes mecanismos constantes explicitados por Skinner na sua Análise Comportamental, reforçam o modelo vigente capitalista e sua perpetuação junto ao estado.
2. Tendências Pedagógicas Progressistas
A partir de uma reinterpretação crítica das realidades sociais, pode-se compreender a Tendência Pedagógica Progressista. Ela parte do pressuposto contrário ao modelo econômico. Denuncia as mazelas das oportunidades de ensino e as desigualdades sociais. Institui a escola como mediadora entre individual e social, reinstituindo o aluno de maneira ativa, concreta da sua realidade social, resultando um saber re-elaborado e crítico.
2.1. Tendência Progressista Libertadora
Os movimentos de educação populares inicializado em 1960 por Paulo Freire, tem como marco inicial a educação "não-formal"
Se na educação tradicional, Libâneo relata que é uma educação bancária, e na Renovada temos uma educação formal domesticada que em nada contribuia para o despertar crítico social. A tendência Progressista Libertadora apareceia como terceiro viés, transformador que questiona concretamente as relações e a sociedade. Portanto, ela tem caráter estritamente político e transformador. Se antes o aluno saia da escola para emergir na sociedade e se deparar com uma outra realidade instituida pelo modelo Capitalista. Agora, o aluno é agente político e social dentro da sala de aula, participando de maneira ativa e direta na sociedade, intervindo e interagindo com seu próprio meio. O educador desce do seu pedestal e numa atitude humilde e conciliadora interage e tenta compreender o aluno dentroda sua esfera, da sua realidade.
2.2. Tendência Progressista Libertária
Segundo Libâneo, a escola parte da premissa de uma transforação aos alunos no sentido estritamente libertário. As matérias são postas, mas não exigidas. A liberdade do aluno, tanto para participar nos trabalhos ou aulas fica a critério do mesmo. 
A vivência grupal serviria como estimulação ao aluno. A escola Libertária não se permeia por caminhos prontos e impostos. Ela é a contrapartida de um sistema imposto históricamente e que impoe-se de modo autoritário. Ela está na vanguarda de todas teorias, pois, reformula e não se pauta em nenhuma norma instituida. Por isso a escola pode desempehar diversos papeis, desde o ambito político, como sindicatos, reuniões, movimentos, protestos, denuncias, cidadania, dentre outros.
2.3. Tendência Progressista Crítico Social dos Conteúdos
Esta Tendência traz a baia o caráter crítico social da escola em que a educação também interfere sobre a sociedade, também podendo intervir para a sua transformação. A escola passa a exercer o papel socio-histórico, contribuindo para a transforamção social. Libânio estabeleceu em 1980, o movimento de didática crítica e classificou as pedagogias em Liberais e Progressistas. No Brasil, foi Saviani quem instituiu a pedagogia histórico-crítica, sob influência da dialética do materialismo histórico. Nesse calabouço de informações, a educação é parte atuante da prática social, onde a prática e a dialética partem da premissa de professores e alunos. A escola passa a ser não mais mantenedora do modelo histórico perpetuado até os dias de hoje. A escola passa a ser cerne de decisões e conflitos inseridos na sociedade, onde seus agentes - alunos e professores, são coadjuvantes da transformação. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Gostariamos de deixar claro aqui, o nosso agradecimento e a maturação constatadas neste trabalho. O presente trabalho trouxe-nos um amadurecimento teórico e enriqueceu o nosso entendimento com relação a escola e seus processos históricos, sociais, econômicos, políticos. Detectamos uma rede interligada em cada uma das teorias propostas e estudadas. 
Notamos que há ainda nos dias de hoje, o modelo tradicional vigente em muitas instituições. Este pensamento arquetípico ainda está latente no pensamento da sociedade como um todo. O pensamento Liberal, em contrapartida, nos desvela das artimanhas impostas, onde as oportunidades se coadunam com as desigualdades sociais. E este ranso socio-histórico adentrou também na escola, e foi denunciado, exposto e criticado pelas tendências Progressistas na tentativa de tentar sanar as diferenças que se condicionaram não só na sociedade, mas também dentro das salas de aulas. 
Acreditamos que é preciso aplainar o terreno, é preciso mais algum tempo, quiçá gerações, para nos livrarmos deste modelo ainda arcaico, que não funciona mais, inchado e falido. É preciso debatermos e estudarmos que a escola que temos hoje, foi constituida e alicerçada com o modelo vigente e pelo estado, e que ambos possuem total influência na nossa educação até nos dias de hoje. Acreditamos que estamos neste entrecaminho, daquilo que foi herdado, e aquilo que queremos verdadeiramente. O campo de atuação para o profissional é vasto, há alunos que poderão precisar do modelo decorativo, para aprenderem. Outros, precisarão firmarem-se como Pessoa, segundo a tendência Progressista Renovada Não Diretiva de Rogers. Outro, com aptidões técnicistas para mecênica, mecatrônica, engenharia, precise da tendência tecnicista. 
O profissional deve permear e se sair bem em todas as tendências que aparecerem na sua frente. Mas, deve escolher e pautar-se apenas por uma apenas, a queal mais se identificou.
BIBLIOGRAFIA
 
EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DE LIBERDADE - PAULO FREIRE. EDITORA PAZ E TERRA – 1967
SAVIANI, DEMERVAL - ESCOLA E DEMOCRACIA. 4 EDIÇÃO. CORTEZ EDITORA.
LIBÂNEO, JOSE CARLOS - DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA - A PEDAGOGIA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS. 19 EDIÇÃO. EDITORA LOYOLA.