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FACULDADE DA CIDADE DO SALVADOR
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
JULIANA MONTEIRO PASSINHO
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS
Salvador
2013
JULIANA MONTEIRO PASSINHO
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS
Trabalho destinado à avaliação curricular da disciplina Administração da Produção, ministrada pelo Profº. Danilo Magalhães no Curso de Administração de Empresas.
Salvador
2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................03
AFINAL, O QUE É UM NOVO PRODUTO?...............................................................05
SUCESSO OU FRACASSO DE PRODUTOS NOVOS............................................ 06
FLUXO PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS.......................... 08
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS.......................... 13
CICLO DE VIDA DO PRODUTO................................................................................19
CONCLUSÃO.............................................................................................................21
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................22
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INTRODUÇÃO
O produto é o objeto principal da atividade de marketing. Pode ser definido também como tudo aquilo que pode ser colocado e vendido num mercado, e que é comprado tanto para ser utilizado e consumido quanto pra satisfazer a um “capricho” ou uma necessidade. Mas, se de um lado o produto satisfaz às necessidades dos consumidores; de outro, permite à empresa realizar seus lucros e para se operar uma estrutura de marketing de modo correto, é necessário compreender o que significa o produto e quais são suas diferenciações e classificações. Deve-se sempre considerar que ele mantém vínculos com uma série de atributos, como a embalagem, a marca, a qualidade, o estilo, o acondicionamento, a linha e a gama de produtos e o serviço ao consumidor. O produto nem sempre tem características físicas: pode ser um serviço ou uma ideia.
A aquisição de um bem depende das mais variadas motivações. A forma, as cores, o conteúdo tecnológico do produto, a simpatia pela marca e a suposta credibilidade da empresa que o produz são algumas das razões capazes de induzir à compra. O produto, portanto, consiste em um conjunto de características concretas e abstratas.
A geração de novas idéias para novos produtos tem sido crucial para a sobrevivência de muitas empresas ao longo dos anos. Se observarmos, por exemplo, o desenvolvimento do setor de transporte desde as carruagens até os jatos que atualmente cruzam os nossos céus, conclui-se que muitos desenvolvimentos ocorreram. Há empresas que dependem basicamente de um desenvolvimento tecnológico de ponta. É o exemplo das empresas japonesas e sua preocupação crescente em tornar determinados produtos obsoletos e com isso impedir a entrada da concorrência, e que buscam também através de novos hábitos e novas idéias atingir um número crescente de consumidores. Se verificarmos o que é feito no setor da eletrônica, poderemos observar que se tem evoluído muito rapidamente, e esse avanço tem gerado um sem número de oportunidades de novos empregos, além, evidentemente, de conduzir determinadas empresas a uma posição de destaque e liderança em seus mercados. 
A inovação é importante, mas produz riscos e muitas empresas, por não pretenderem corre-los, simplesmente não inovam. Umas se adaptam e outras se atem a reagir quando pressionadas à ação do meio ambiente. A adaptação com reação é uma interação neutra com relação ao ambiente e, da mesma forma, a interação é positiva quando reagimos com inovação. Quando a empresa não reage, não adapta e não inova, então essa interação é negativa. 
AFINAL, O QUE É UM NOVO PRODUTO?
Em um sentido restrito, o conceito de novo produto é óbvio: é aquele tecnologicamente novo, que não existia antes, mas agora existe. Mas, em um sentido mais amplo, um produto pode ser novo em um determinado mercado e não em outros. Na verdade, o que hoje pode surgir como sendo um produto novo nada mais é do que uma adaptação de uma antiga necessidade não satisfeita. Muito raramente as empresas brasileiras enfrentam o problema de precisar encorajar a geração de ideias para produtos novos. O que geralmente se faz é explorar as ideias de produtos já existentes em outros mercados, contudo nem sempre se tem o cuidado necessário para investigar se o novo produto se adapta às necessidades do consumidor brasileiro. Frequentemente se adotam todas as características do produto no exterior: qualificação técnica, embalagem, marca, publicidade ou o próprio rótulo.
Assim, gerar novas ideias para produzir produtos novos exige recursos, recursos financeiros, de criatividade, ou seja, de tecnologia. Esta por sua vez, exige investimentos na área de pesquisa e de desenvolvimento na busca de aplicações práticas no campo de negócios. Nem toda tecnologia desenvolvida pode ser aplicada para novos produtos, tanto que a indústria aeroespacial, considerada uma indústria de ponta, tem gerado uma serie de subsídios para a indústria eletrônica e mesma para a indústria aeronáutica; e nem tudo aquilo que é hoje domínio cientifico do homem tem uma exigibilidade no campo dos negócios. Isso ocorre em larga escala porque ainda vigora uma dicotomia entre as necessidades da população consumidora e os desenvolvimentos tecnológicos concebidos em laboratórios.
Na economia globalizada, desenvolver novos produtos é uma atividade cada vez mais importante. A competição exige das empresas o lançamento contínuo de novos produtos, para não perderem mercado para concorrentes mais agressivos. É também um desafio. 
SUCESSO OU FRACASSO DE PRODUTOS NOVOS
Por que os produtos falham? Pesquisas feitas pelo National Industrial Conference Board, em 1976, nos Estados Unidos mostram que a inadequação da análise de mercado respondeu por 32% (trinta e dois por cento) dos fracassos nos lançamentos de novos produtos; os defeitos corresponderam a 23% (vinte e três por cento) dos fracassos, seguidos dos altos custos de produção com 14% (quatorze por cento); sendo o tempo de lançamento muito longo, perdeu-se a oportunidade estratégica e esta abocanhou a fatia de 10% (dez por cento) e a reação da competição atingiu a margem dos 8%. Finalmente, a inadequação dos esforços de marketing em geral correspondeu a 13% (treze por cento) dos fracassos.
No mercado brasileiro, entre alguns insucessos de que se pode lembrar acha-se a sopa Campbells em lata. Esse produto foi um fracasso em razão, provavelmente, da falta de hábito do consumidor brasileiro. O chá Lipton, da divisão de Alimentos da Gessy Lever do Brasil quase constituiu um insucesso em seu lançamento, mas graças a um reposicionamento do produto através de uma pesquisa de uma campanha de publicidade, foi possível que ele realmente conquistasse uma parcela substancial do mercado de chá.
Em média, de cada dez ideias para novos produtos, apenas três são desenvolvidas e somente uma é lucrativa.
O motivo é simples. O sucesso de um produto depende de inúmeros fatores – da empatia com os consumidores, do surgimento de novos concorrentes, do domínio de novas tecnologias ou até do ambiente econômico. E muitos desses fatores não estão sob o controle da empresa.
Após o estudo de mais de 14 mil novos produtos, pesquisadores internacionais delinearam três elementos fundamentais para o sucesso de um produto:
Ser orientado pelo mercado: têm mais chances de sucesso os produtos que são especificados a partir de necessidades que se identifica no mercado. Em especial, são bem sucedidos os que surpreendem positivamente seus consumidores, oferecendo vantagens claras sobre os produtos concorrentes.
Planejamento e especificações prévias: em geral são mais bem sucedidos os produtos cuidadosamenteplanejados – viabilidade técnica e econômica do projeto, capital necessário para realizá-lo, como será produzido e com que equipamentos, qual será o argumento de venda, entre outros fatores. Além disso, os que foram bem especificados desde o início (que funções vão atender, tamanhos, potência, materiais e outros aspectos) têm mais chance de atingir mais plenamente seus objetivos.
Qualidade do desenvolvimento: são maiores as chances de sucesso quando a equipe responsável pelo projeto possui as qualificações necessárias para o desenvolvimento do produto e trabalha em cooperação com o pessoal da produção e do marketing.
FLUXO PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS
A introdução de um novo produto em um mercado deve seguir algumas etapas como:
1ª ETAPA: AVALIAÇÃO DO POSICIONAMENTO INTERNO E EXTERNO DA EMPRESA
Antes de um produto ser introduzido no mercado, a empresa deve auto-avaliar-se em termos de suas condições internas para que o novo produto venha efetivamente a constituir-se em uma vantagem para a organização. Alem disso, é interessante que o novo produto otimize a utilização dos recursos disponíveis e possa constituir-se em uma força a mais para a corporação em função do tipo de negócio em que ela opera. Essa etapa pode ser chamada de etapa da pesquisa da organização, pois o objetivo é identificar se as metas corporativas serão valorizadas ou não com o novo produto.
A pesquisa de ideias para novos produtos deve levar em conta os cenários do ambiente interno, como recursos de produção, de matérias-primas, recursos financeiros e humanos, etc., e o cenário externo, constituído do ambiente tecnológico, econômico, político, legislativo e social, a fim de não se lançar em uma aventura empresarial de resultados duvidosos. Portanto, é preciso que o meio ambiente seja favorável ao lançamento do novo produto, ou ao menos não se constitua em um embaraço intransponível. Em suma, os passos dessa primeira etapa seriam:
Verificar se os novos produtos estão em consonância com os objetivos corporativos;
Realizar constantes sondagens acerca da situação de marketing da empresa;
Analisar as forças e os recursos da organização;
Caracterizar em que tipo de negócio a empresa está atuando e se o novo produto é consistente com o escopo do negócio, tanto em nível de produção como no nível de comercialização;
Especificar os critérios para a escolha do campo de negócios em que o novo produto pode ser posicionado;
Pesquisar um elenco de ideias para novos produtos;
Estabelecer o cenário onde o novo produto pode desenvolver-se selecionando as ideias de novos produtos para uma validação preliminar.
2ª ETAPA: PESQUISA DE VIABILIDADE
Essa etapa pode ser descrita da seguinte maneira:
Pesquisa de experimentação técnica:
Estabelecimento de especificações de desempenho;
Estudo de alternativas técnicas básicas;
Alternativa de manufatura;
Estimativa de tempo e custos para o desenvolvimento.
Pesquisa de mercado:
Características do mercado, tamanho e tendências;
Natureza da concorrência;
Especificações das características do produto para atender às necessidades de mercado;
Estratégias de colocação do produto baseadas na forma do produto, relação preço-qualidade e variáveis psicológicas.
Análise e integração de expectativas:
Tempo para o desenvolvimento e lançamento do produto;
Custos de desenvolvimento e produção em série;
Mão de obra necessária e disponível para desenvolver o projeto;
Potencialidade comercial do produto.
3ª ETAPA: DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO
Aqui estão inclusos o desenvolvimento técnico, a estimativa de custo de planejamento e produção do novo produto, bem como a previsão de mercado, os vários planos de marketing e a análise do ponto de equilíbrio. O fluxo desta etapa pode ser assim descrito:
Desenvolvimento técnico:
Construção de um protótipo do produto;
Teste de laboratório e de uso do produto;
Configuração preliminar do design do produto;
Planejamento e custo de produção:
Materiais necessários;
Mão de obra;
Equipamentos necessários á produção;
Espaços necessários à nova linha de produção.
Previsão de mercado:
Análise de demanda de mercado;
Análise de custos;
Análise de preço.
Composto de plano de marketing.
Análise de ponto de equilíbrio para a fabricação do produto.
4ª ETAPA: TESTE DE MARKETING
Nesta etapa o produto é colocado para teste em um mercado representativo do universo em que ele será comercializado normalmente.
Planejamento:
Seleção das áreas geográficas e dos tipos de clientes para o novo produto ser testado;
Estabelecimento de cronogramas e orçamentos para se avaliarem os resultados do teste.
Produção experimental para o teste de mercado.
Planejamento final da produção.
Execução do teste de mercado.
Análise e revisão:
Modificações no produto;
Modificações na embalagem;
Modificações no marketing do novo produto;
Modificações no preço;
Desempenho geral do teste em relação às previsões e aos parâmetros estabelecidos.
Planos finais para lançamento com orçamentos e responsabilidades estabelecidas.
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS
IDENTIFIQUE OPORTUNIDADES
As oportunidades estão por aí. Cada problema, cada sofrimento, cada desejo não atendido contém uma ou mais oportunidades para a criação de soluções. Para identificar oportunidades de desenvolvimento de produtos, o fundamental é ter uma atitude observadora e questionadora das coisas tais como elas se apresentam. 
IDENTIFIQUE E ANALISE TENDÊNCIAS DO MERCADO E DA SOCIEDADE
Este instrumento envolve identificar tendências que estão prevalecendo - ou, melhor ainda, surgindo agora - e imaginar formas de explorá-las. Por exemplo, uma tendência atual no Brasil é a redução do tamanho dos domicílios. Isso cria, por exemplo, a necessidade por eletrodomésticos menores e produtos alimentícios em embalagens menores. Você pode observar nos supermercados que várias empresas já estão explorando esta tendência.  Por outro lado, considere pensar grande: muito melhor do que seguir tendências já mapeadas é criar novas tendências. 
OBSERVE PRODUTOS EXISTENTES SENDO UTILIZADOS	
Um instrumento bastante útil para a observação é identificar as etapas de uso de um produto e os problemas encontrados pelas pessoas (clientes) ao realizá-las. Kelley & Littman (2001), autores de A Arte da Inovação, chamam isso de "considerar o produto como um verbo, não um substantivo". Quase que de imediato, surgem possíveis soluções para os problemas, durante a própria execução do processo de observação. A observação permite ir muito além da simples pesquisa de mercado. Ela possibilita verdadeiros insights sobre necessidades que o cliente nem sonha em expressar e oportunidades escondidas.
IDENTIFIQUE E IMPLEMENTE AS IDÉIAS DOS CLIENTES
O Prof. Eric Von Hippel, do MIT (VON HIPPEL, 2005) é um dos precursores da ideia do cliente como inovador. É dele o termo lead user (usuário líder), que é o cliente que possui hoje as necessidades que serão gerais no mercado dentro algum tempo. Estes clientes podem ser ativamente identificados e consultados, ou, mesmo, envolvidos no processo de desenvolvimento de novos produtos, com grandes vantagens. Um exemplo de utilização dos lead users ocorre em algumas empresas usuárias de CAD (computer-aided design). Uma indústria que usa o CAD nos seus limites e mesmo além destes, numa determinada aplicação (modelagem geométrica de produtos estampados, por exemplo), é um usuário líder para a empresa que fornece o CAD. Ela se torna uma co-desenvolvedora do produto, que, posteriormente, pode ser aplicado por várias outras empresas. Pense: quem são, hoje, seus lead users? Como você poderia atendê-los melhor e, assim, criar sua próxima geração de produtos bem sucedidos? Quais são as modificaçõesque os usuários líderes fizeram nos produtos e que poderiam ser incorporadas nas futuras versões? Tome cuidado, entretanto, para oferecer vantagens reais a seus usuários líderes, agora parte de seu time de desenvolvimento, e não desrespeitar as questões de propriedade intelectual.
IDENTIFIQUE E ANALISE PRODUTOS EXISTENTES / CONCORRENTES (OU BENCHMARKING DE PRODUTO)
A identificação e análise de produtos existentes / concorrentes é essencial para implementar uma das principais regras do desenvolvimento de produto: não reinvente a roda! Analisando produtos existentes, você identifica ideias que podem ser utilizadas no seu produto, desde que respeitados os direitos de propriedade intelectual. Também reconhece aspectos deficientes, que podem resultar em vantagens do seu próprio produto, se você conseguir encontrar soluções melhores. Um caso particular da análise de produtos existentes / concorrentes é o uso das informações disponíveis em bancos de dados patentários. Nesses bancos de dados, crescentemente acessíveis pela internet, é possível encontrar produtos e processos que já caíram em domínio público ou que não foram patenteados no Brasil, permitindo sua livre exploração comercial no País. Ao utilizar o benchmarking de produto, esteja consciente de que os produtos aos quais temos acesso, seja nas lojas ou nos bancos de dados patentários, representam o passado. Um produto verdadeiramente novo, portanto, deve ser planejado para ir além dos benchmarks da indústria. Além disso, novamente, aqui, cabe o conselho: respeite as questões de propriedade intelectual.
OUÇA A VOZ DO CLIENTE
Aproxime-se dos clientes e dos potenciais clientes e escute. Ouça o que eles têm a dizer, quais as dificuldades que enfrentam. Cada dificuldade é uma potencial oportunidade de produto ou serviço. Entretanto, saiba que o cliente não vai contar para você, numa pesquisa, aquilo que ele considera como característica óbvia e obrigatória num produto (o retrovisor no lado do passageiro de um automóvel). Ele também não vai, na média, soltar a imaginação e imaginar grandes novidades (automóvel que não necessite de estepe). Em suma, a média dos clientes tende a ser conservadora e expressar desejos e expectativas que ele considera razoáveis para o novo produto. É responsabilidade dos desenvolvedores de produto identificar, por benchmarking, as características obrigatórias e, de formas criativas, as novidades e inovações.
OUÇA A VOZ DO PRODUTO
Analise o produto existente e as possíveis modificações que ele poderia sofrer. Em suma, use a imaginação. Osborn (1953), o inventor do brainstorming, sugeriu o uso destas questões: é possível adaptar, modificar, substituir, adicionar, multiplicar, subtrair, dividir, rearranjar, inverter ou combinar? Alguém pode querer uma escova de dentes sem cerdas (subtrair)? Uma lapiseira com múltiplas pontas (multiplicar)? Um bebedouro que pode ser pendurado no teto (inverter)? Como se pode verificar a partir das idéias malucas acima, o uso da voz do produto envolve questionar produtos existentes, num primeiro momento e, então, buscar possíveis utilidades para os "produtos malucos" assim criados. 
 
DEFINA O PRODUTO
Uma vez que tenha sido identificada uma oportunidade de desenvolvimento de produto, é necessário partir para uma definição mais detalhada dos clientes e das suas expectativas em relação ao produto. 
OBTENHA UMA LISTA COM AS NECESSIDADES DOS CLIENTES
As necessidades dos clientes são desejos ou demandas, colocados de forma mais qualitativa que quantitativa e que expressam o que as diversas partes interessadas no produto (compradores, usuários, distribuidores, fabricantes) esperam do mesmo. Nesta lista, não podem deixar de ser considerados aspectos econômicos, ambientais, ergonômicos, de segurança, de estética e de durabilidade. 
OBTENHA UMA LISTA DE ESPECIFICAÇÕES DO PRODUTO
As especificações são os requisitos técnicos a serem atendidos pelo produto. São obtidos a partir da tradução das necessidades dos clientes em linguagem técnica e, também, de normas e outras restrições (inclusive de fabricação) que devem ser atendidas pelo produto. As especificações servirão não somente para orientar o desenvolvimento do produto, mas, para fornecer valores de referência para os testes a serem realizados no protótipo do produto.
 DEFINA O FUNCIONAMENTO BÁSICO DO PRODUTO
Este é o momento de definir, em linhas gerais, como o produto deverá funcionar. O novo produto terá princípios de funcionamento similares aos existentes, ou fará uso de novas tecnologias? Inovação tecnológica é importante, mas a inovação muitas vezes toma tempo até ser realmente aceita pela sociedade de consumo e se se pretende utilizar novas tecnologias, deve-se ter domínio suficiente das mesmas para viabilizar sua incorporação em novos produtos.
DEFINA O ESTILO DO PRODUTO
Ao lado da definição funcional do produto, é muito importante definir questões relacionadas ao estilo e ao significado do produto para os clientes. É necessário manter uma identidade visual já consagrada em versões anteriores do produto, de modo que o novo produto seja facilmente reconhecido? Similarmente, é necessário manter uma identidade de marca? Existe um padrão de estilo para a categoria de produto que se deseje manter, ou, pelo contrário, questionar com a nova proposta? Que mensagens o produto deve passar para o cliente (estabilidade, segurança, arrojo, aventura)?
CONCEBA O PRODUTO
Nesta etapa, considera-se que já existe uma ideia sobre o novo produto, bem como o conhecimento sólido sobre os potenciais clientes e suas necessidades, uma lista de especificações que o produto deverá atender e definições estilísticas. Agora, é preciso conceber (ou inventar) produto:
Detalhe as funções do produto
Gere alternativas para a execução das funções do produto
Combine as alternativas geradas
Escolha a alternativa que melhor atenda ao cliente
 
PROJETE O PRODUTO
Significa definir os aspectos visuais do produto, seu estilo, bem como sua parte estrutural e de funcionamento. 
PROTEJA O PRODUTO
O ideal é fazer um pedido de patentes antes de divulgar o novo produto. Quando a divulgação ocorre antes, isso pode inviabilizar a proteção por meio da patente, que é o título do Estado que garante a exclusividade na comercialização de determinado produto ou processo. 
LANCE O PRODUTO
Um evento é uma das melhores alternativas para o lançamento e a comunicação de um novo produto. 
CICLO DE VIDA DO PRODUTO
			
Os produtos, como todos os seres vivos, nascem, crescem, amadurecem e envelhecem, até o desaparecimento, que é a morte. Essas fases distintas da vida dos produtos são descritas como introdução ou fase pioneira, desenvolvimento ou expansão, maturidade ou estabilização e declínio.
Há, no entanto, produtos que atingem a maturidade e permanecem nesse estagio, sem entrarem em declínio. É o caso de alguns produtos alimentícios de origem animal, como salame, que existe como tal acerca de 400 anos.
A fase pioneira: a fase de desenvolvimento de um novo produto é também chamada de pioneira. É caracterizada pela presença de poucas empresas concorrentes no mercado e como a produção é pequena, os custos de desenvolvimento do produto irão estabelecer um preço alto. Muitas empresas, ao contrario, adotam nessa fase a política de preço de penetração, com o objetivo de assegurar rápida participação de mercado. Essa política, adicionada aos custos de desenvolvimento e aos custos mercadológicos do lançamento do produto no mercado, acarreta baixa lucratividade nessa fase.
A fase de expansão: inicia-se quando a demanda para o novo produto começa a crescer rapidamente. Os consumidores inovadores que adotam o produto ainda em sua fase pioneira, ao repetirem suas compras, estimulam outros a comprarem. O mercado passa a expandir-se rapidamente, e com isso há um estímulo ao crescimento do número de concorrentes do produto. A entrada da concorrência força os preços praticadospara baixo. Com o aumento de vendas, surge a economia de escala de produção, que reduz os custos de fabricação com base na chamada curva de experiência, e com isso o lucro aumenta.
A fase de estabilização: o número de consumidores e o volume de compras estabilizam- se. Isso desestimula a concorrência, sobretudo a predatória, que se estabeleceu para tirar vantagens de um mercado em expansão. Os preços continuam a cair, numa tentativa de se manter mercado. O lucro também cai.
A fase de declínio: as preferências do consumidor se alteram, surgem novas tecnologias de produto no mercado, é a fase do declínio. Com a entrada de novos produtos no mercado, restam poucos concorrentes nessa fase. Os preços se estabilizam em níveis baixos. Os consumidores leais continuam comprando, mas graças a um esforço promocional intenso. Os lucros diminuem e deixam de constituir uma atratividade a fabricação desse produto. Surgem novas oportunidades de investimento em novos produtos.
CONCLUSÃO
Este trabalho buscou apresentar como se dá todo o processo/fluxo de desenvolvimento de novos produtos, pois, como já explicitado, a geração de novas ideias para novos produtos tem sido crucial para a sobrevivência de muitas empresas ao longo dos anos.  Movimentos de aumento da concorrência, rápidas mudanças tecnológicas, diminuição do ciclo de vida dos produtos e maior exigência por parte dos consumidores exigem das empresas agilidade, produtividade e alta qualidade que dependem necessariamente da eficiência e eficácia da empresa neste processo. Desse modo, é por si só um  desafio gerenciar as incertezas envolvidas num  processo de desenvolvimento de produto, cujas decisões de maior impacto têm que ser tomadas no momento em que existe um maior número de alternativas e graus de incerteza.
Os especialistas apontam que a inovação é um dos poucos diferenciais competitivos ainda existentes e da qual as organizações podem lançar mão a qualquer tempo, contudo a tarefa de manutenção da imagem de inovadora que essas mesmas entidades tenham o interesse de sustentar não é tão simples, uma vez que, do ponto de vista do mercado, um produto ou serviço é aquilo que o consumidor entende ser capaz de satisfazer uma necessidade, seja ela material ou não. Aprendemos também que inovar envolve riscos, entretanto o administrador, visando garantir a longevidade da empresa, tem que estar disposto e preparado para corre-los, pois empresa que não inova, simplesmente se adapta ou tende a reagir quando pressionada à ação do meio ambiente. Ainda nesse contexto, vimos também que a adaptação com reação é uma interação neutra com relação ao mercado e, da mesma forma, a interação é positiva quando reagimos com inovação. 
Quando a empresa não reage, não se adapta e não inova, essa interação com o mercado é negativa. Tal procedimento, levando em conta o conceito básico de mercado - local onde agentes econômicos procedem á troca de bens por uma unidade monetária ou outros bens, se constitui, em pouca inteligência gerencial. Não é possível levar adiante as práticas de marketing sem interação com o mesmo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.decarvalho.eng.br/manualdedp.html acesso em 10/10/13.
http://www.designbrasil.org.br/designnapratica/como-desenvolver-um-produto#.Ulbc0NKvWXw Acesso em 10/10/13.
http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_S0034-75901962000400008.pdf Acesso em 13/10/13.
COBRA, Marcos. Administração de Marketing, Atlas, 2011.
Curso Profissionais Globo - Marketing, Globo, 13º Fascículo, 1990.

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