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A morte o tempo o porque

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A morte, para começar
Se não começarmos a pensar nós mesmos (não como uma idéia de outrem) sobre a finitude da vida, o livro e o documentário nos abrem os olhos (subjetivamente) para a única questão incontestável: A morte. O autor começa sua experiência no pensar (filosofar) a partir da descoberta da própria morte (aos 10 anos). Ele se vê dentro, imerso naquele pensamento de que é mortal, ele mesmo e não outro, e aquele pensamento é dele, diz respeito a ele mesmo. Podendo ser encarada também como uma visão alheia (de um diretor), é uma visão humana e filosófica de se pensar: será que eu sei/entendi a intolerância da morte? Enquanto ainda não nos sentimos ou nos percebemos partes de uma realidade, não pensamos e não nos comprometemos com esse único abstrato que se torna concreto.
Engraçado como um livro inicia suas questões filosóficas falando da morte, mas é muito mais “engraçado” como um filme onde todo ele “é morte” e nos prende, choca e revela, em quase todos os sentidos, a morte e a ambição pelo poder que se buscou em todo século XX. Poder esse que serviu apenas para a banalização da vida. Mas passamos do “Grande Século XX” e, nós mudamos? Começamos a pensar de verdade? Por exemplo, algumas instituições de ajuda só surgiram a partir da experiência pessoal de alguém com a doença, a discriminação, a morte de algum parente naquela situação especifica. Antes dela bater na nossa porta, não nos comprometemos e nem sequer pensamos. 
Ao longo do texto ele faz descobertas sobre a morte: é uma realidade; intransferível, insondável, inesperada, iminente, igualitária e imutável. A morte nos faz amadurecer, visto que as crianças se acham imortais e onipotentes. A certeza pessoal da morte nos humaniza. Seres humanos são mortais, tal como no grego, onde humano e mortal são a mesma palavra. Todas as tarefas e empenhos de nossa vida são formas de resistência à morte que sabemos inevitável. 
Todas aquelas mortes de “pessoas pequenas” que foram mostradas serve para pensar na finitude humana? “Pensar na condição humana a partir da perspectiva da morte (fim) nos remete a responsabilidades e comprometimentos comigo, com o outro e com o mundo.” Quando paramos para analisar que morremos todos os dias, todas as horas, todo o tempo, passamos a pensar, passamos a viver. Afinal de contas, como poderíamos viver se não existisse o morrer? Qual o sentido esse preceito traria ao seu humano?
Perdidos no tempo
Queremos supor que o tempo passa, mas na verdade, o tempo é sempre o mesmo, as pessoas que acham que o tempo esta passando mais rápido ou demorando, diante da situação que esta vivendo. Não existe tempo nem hora pra morrer, apenas morremos – o que nos iguala e individualiza. Mas a própria vida por si só não nos iguala? 
Hoje em dia você tem muitas atividades, faz mais de uma coisa num só momento, levando em consideração que descansamos poucas horas necessárias por causa das atividades excessivas durante o dia. O que transcorre e diminui incessantemente não é o tempo, mas exclusivamente “o nosso tempo”. Passando por esse pressuposto, não devemos nos preocupar com o passado e nem com o futuro, pois mesmo a vida sendo curta (do ponto de vista de finitude) nós temos que aproveitar cada minuto que a vida nos dá. Vivamos com um sentido, com um propósito, e não viver apenas por sobrevivência. 
Vivemos com um pé no passado, outro no futuro, mas devemos sentir a vida, pois ela é feita de começos e recomeços, onde tudo o que se acaba agora, existe um recomeço no futuro, basta apenas à gente se libertar do passado. Sempre pensamos no futuro – somos presos a ele – e indo em busca dessa idealização, me aproximo cada vez mais do que penso e determino como futuro sem pensar na morte como o único futuro certo. 
Ignorar a vida é morrer sem propósito; ignorar a morte é viver sem sentido. Afinal de contas, vivemos pra morrer e morremos pra viver. 
A vida sem por quê
O ser humano geralmente não é educado para pensar, e sim, condicionado para executar, comumente ri e faz piada sobre o que não conhece, vive automatizado, desligando pouco a pouco os seus “comandos” até o momento final: alguma coisa pressiona o “delete”. Diante do desconhecido, nos espantamos, nos assustamos, agredimos, ignoramos, ou, simplesmente rimos, expressando através dele (o riso), desdém, sarcasmo, ignorância, “patetice”.
Aí vem um “pro filósofo” e determina: “Vocês vão ter que aprender a pensar!”, e encharca as nossas massas encefálicas com Sêneca, Mulos, Judas (de si mesmos), Oswaldo Montenegro, Fernando Pessoa, querendo que a morte seja nossa conselheira, e porque se fala tanta merda afinal? Falamos o que pensamos, não é? Não é? 
E como se não bastasse, “o tal” quer que aprendamos a “pensar” na: CONDIÇÃO HUMANA A PARTIR DA SUA FINITUDE é demais! Bem, enfim, já diz o dito popular: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”, então vamos adiante, fazer o quê? “De cara”, filósofo tem que ser culto, senão não vai fazer a tarefinha básica: refletir sobre cultura e seus significados para nós (objetivo e subjetivo).
Vamos tentar compreender as bases:
1º – Atualmente o mundo é um enorme mosaico de descobertas, guerras, religiões, grupos de gente que falam a mesma língua, comem a mesma comida, dormem em lugares parecidos, e etc. Então, se filosofar é refletir sobre tudo isto, então não pode haver uma só forma de pensar, uma só filosofia, tem que ter uma para cada “pedrinha do mosaico”, e mais, misturando tudo, voltando a separar, no fim dá tudo certo.
2º - Estudar filosofia é interessante porque o esforço para filosofar é mais importante do que quem se esforça, e aí estudamos a filosofia de alguns que se esforçaram muito, como Aristóteles, por exemplo.
3º - Até os “bambambãs” dizem besteiras, por isso, precisamos do professor para nos ajudar a utilizarmos a filosofia dos “grandões” numa melhor compreensão da realidade em que vivemos.
4º – Precisamos aprender a perguntar, partindo do que sabemos para o que não sabemos, e fica nesse jogo de perguntas e respostas até conseguirmos entender nossas dúvidas e convicções. 
Entendendo essas bases corretamente, partimos para descobrir o sentido da vida: se formos bem comportados, teremos recompensa? Ou só sete palmos de terra na cara? Por que vivemos seguindo padrões sociais, éticos, morais? Vivemos assim, quando ajuizados, porque “dói menos”, experimenta agir fora desses padrões! Mas, é mais bonito dizer que vivemos “enquadrados” para “alcançar a plenitude da vida na brevidade do tempo”.
Na verdade, sabendo que vamos morrer, precisamos aprender a pensar no que fazer enquanto a morte não chega, ou melhor, enquanto não termina de chegar, afinal, “o pente da morte vai dia a dia penteando os cabelos da vida”, estaremos todos, carecas, mais cedo, ou mais tarde.
Barbara Maria
Izanilde Souza
Marcilene Ferreira
Maria do Socorro
Pedro Portela
Wilson Costa

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