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LEI 12.850 13 Lei de combate as organizações criminosas comentada para concursos

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Prévia do material em texto

LEI DE ORGANIZAÇÕES CRIMINAIS LEI 12.850/ 2013 
COMENTADA POR ALLAN FRANCIS DA COSTA SALGADO 
ACESSE NOSSO CANAL: 
https://www.youtube.com/channel/UCaGmsBMAUlZadt0nUFa
aj2g 
Acesse a vídeo aula desta matéria: 
LEIS PENAIS 06 LEI DE COMBATE ÀS ORGANIZAÇÕES 
CRIMINOSAS parte 1 
https://www.youtube.com/watch?v=GSbp5Yutu3Q 
LEIS PENAIS 06 LEI DE COMBATE ÀS ORGANIZAÇÕES 
CRIMINOSAS parte 2 
https://youtu.be/AssNCS8c-zo 
LEIS PENAIS 06 LEI DE COMBATE ÀS ORGANIZAÇÕES 
CRIMINOSAS parte 3 
https://www.youtube.com/watch?v=yuJsG4r5nPU 
Pessoal no nosso canal ministramos o curso do novo cpc 
inteiramente gratuito e comentamos leis penais, informativos 
e passamos macetes de concursos. 
 
 A primeira lei que nasceu para tratar de organizações criminosas 
foi a lei 9034/95 
 
E o que ela fazia? 
 Ela anuncia em nosso ordenamento jurídico meios 
extraordinários para se investigar o que era organização criminosas. 
 
 Olha que interessante, ela nasce para tratar de forma 
excepcional as organizações criminosas, mas não definia o seu objeto, 
este foi o grande erro da lei. Não definia o que era uma Organização 
Criminosas. A DOUTRINA, foi buscar na Convenção de Palermo, a 
definição de organização criminosa, omitida involuntariamente pelo 
legislador. 
 Mas, esse não foi o único erro, ela citava o agente infiltrava, mas 
não estipulava quem poderia ser, os limites da infiltração e ademais os 
direitos dele. 
 Ela também admitia a delação premiada, mas não esclarece 
quais os requisitos, ela previa prêmios, como quebra de sigilo, dizendo 
que o juiz poderia fazer de ofício, o STF interviu e disse que não podia. 
 A lei 9034/95 foi muito aquém do que poderia, mas os 
operadores do direito utilizavam as duas ferramentas, tanto a lei 
9034/95, quanto a Convenção de Palermo, até que o STF, numa ação 
penal promovida pelo MP/SP, contra um casal que praticava lavagem 
de capitais, figurando como crime antecedente a Organização 
Criminosa, o STF disse que não poderia usar Tratado ou Convenção 
Internacional, para suprir lacuna interna, lacuna incriminadora. 
 ROGÉRIO SANCHES faz um acréscimo, para ele os Tratados 
internacionais são fontes formais e imediatas do direito penal e do 
processo penal, eles só não podem suprir lacuna incriminadora 
somente lei poder fazer isso. Só lei pode criar crime, só lei pode 
cominar pena. Para direito penal não incriminador. O Estatuto de Roma 
diz que os tratado internacionais somente podem ser utilizados para 
criar crime, em âmbito internacional. 
 Assim, não se trabalhou mais como a lei 9034/95,foi com este 
espírito que veio a lei 12.694/2012, nela o legislador avançou um 
pouco, menos de que deveria. 
RESUMINDO ATÉ AGORA: 
Organizações criminosas: Não há conceito legal de 
organizações criminosas na Lei 9034/95 e, em face disso, sua aplicação 
ficava restrita aos ilícitos praticados por quadrilha e associações 
criminosas. 
Em 2004, adveio o Decreto 5015/04, que ratificou no Brasil a 
Convenção de Palermo – Convenção das Nações Unidas contra o crime 
organizado transnacional. 
Esse decreto, em seu art. 2º, traz um conceito de organização 
criminosa: 
Artigo 2, Decreto 5015/2004 
Terminologia 
Para efeitos da presente Convenção, entende-se por: 
a) "Grupo criminoso organizado" - grupo estruturado de três ou mais 
pessoas, existente há algum tempo e atuando concertadamente com o 
propósito de cometer uma ou mais infrações graves ou enunciadas na 
presente Convenção, com a intenção de obter, direta ou indiretamente, 
um benefício econômico ou outro benefício material; 
 
A partir deste conceito, surgiu divergência na doutrina: 
1ª corrente: é possível extrair o conceito de organização 
criminosa do Decreto 5015/2004, para os fins de aplicação na lei de 
lavagem de capitais. Contudo, o art. 1º, inciso VII, da Lei 9613/98, 
que dispunha como um dos crimes antecedentes o de organizações 
criminosas, foi revogado pela Lei 12683/12. O STJ possui mais de um 
julgado reconhecendo essa possibilidade (HC 138.058); 
2ª corrente: o conceito de organizações criminosas não pode ser 
extraído da Convenção de Palermo, sob pena de violação ao princípio 
da legalidade (Lex populi). O STF encampou este entendimento no HC 
96.007/SP (1ª Turma) e ADI 4414 (pleno). Segundo o Supremo, 
convenções internacionais não podem funcionar como fonte formal de 
Direito Penal incriminador 
Em 2012, então, surge a Lei 12694/12 que, em seu art. 2º, passa 
a conceituar organizações criminosas: 
Art. 2o Lei 12694/12 Para os efeitos desta Lei, considera-se 
organização criminosa a associação, de 3 (três) ou mais pessoas, 
estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, 
ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou 
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de 
crimes cuja pena máxima seja igual ou superior a 4 (quatro) anos ou 
que sejam de caráter transnacional. 
 
 Ela trouxe o conceito de organização criminosa, ela criou a 
possibilidade de formação de um colegiado no judiciário para julgar os 
crimes decorrentes das organizações criminosas. Alguns doutrinadores 
disseram que ela criou a figura do juiz sem rosto. 
ROGÉRIO SANCHES: Diz que isso não é juiz sem rosto, mas sim 
três juízes, para ele a Bolívia criou pois, não se sabia quem julgava. 
Infelizmente a Lei 12694/12 não tratou dos instrumentos 
extraordinários de investigação, estes continuaram na lei 9034/95 e de 
forma muito tímida. 
Foi a maior crítica da doutrina, pois ela não esclareceu estas 
ferramentas. 
 Em menos de uma ano veio a lei 12.850/2013, que já mostrou 
para que veio, ela redefiniu organizações criminosas. 
Art. 1o Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a 
investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais 
correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado. 
§ 1o Considera-se organização criminosa a associação de 4 
(quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada 
pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de 
obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, 
mediante a prática de infrações penais (DIGA-SE CRIME OU 
CONTRAVENÇÃO cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) 
anos, ou que sejam de caráter transnacional. 
§ 2o Esta Lei se aplica também: 
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção 
internacional quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha 
ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; 
II - às organizações terroristas internacionais, reconhecidas 
segundo as normas de direito internacional, por foro do qual o Brasil 
faça parte, cujos atos de suporte ao terrorismo, bem como os atos 
preparatórios ou de execução de atos terroristas, ocorram ou possam 
ocorrer em território nacional. 
Revogou-se expressamente a lei 9034/95, em seu artigo 26. 
A lei 12694/12 não foi revogada totalmente, só no que diz 
respeito a definição de organização criminosa, mas a aplicação do 
colegiado especial não foi tratada na nova lei. 
 
REQUISITOS DAS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS 
 
Lei 12.694/12 
 
 
LEI 12.850/13 
 Exigia no mínimo 3 
participantes. 
Exige no mínimo 4 participantes. 
DETALHE: Para não confrontar 
com o artigo 288 (antiga 
formação de quadrilha, agora 
associação criminosa, reduziu o 
número de integrantes desta 
para três1) 
 
Exigia estrutura ordenada e 
divisão de tarefas. 
 
Exige estrutura ordenada e 
divisão de tarefas ( Se não tiver a 
divisão de tarefas pode cair na 
associação criminosa 288) 
 
Objetivo de obter direta ou 
indiretamente vantagem dequalquer natureza. 
 
Objetivo de obter direta ou 
indiretamente vantagem de 
qualquer natureza. ( Se não tiver 
a busca de vantagem pode cair 
na associação criminosa.) 
 
 
1 Associação Criminosa: 
Associarem-se três ou mais pessoas para o fim específico de cometerem crimes. 
Pena: reclusão de 1 ( um) a 3 ( três) anos. 
Paragrafo único: 
A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou 
adolescente. 
Crime com penas maiores ou 
iguais a 4 anos. Ou infrações 
transnacionais, aqui não 
importa a pena. 
 
Infrações penais com penas 
superiores a quatro anos. 
Ou infrações transnacionais, aqui 
não importa a pena. 
 
 
 
Organização criminosa: 
Associação: União conjuntural, permanente ou não, mas sempre 
estruturalmente ordenada e assemelhada a um organismo 
empresarial, com demonstração de divisão de tarefas. 
Número mínimo de pessoas: 04, podendo nesse número, ser 
incluída criança ou adolescente, hipótese em que ocasionará um causa 
de aumento de pena prevista no artigo 2º, § 4º, da lei 12850/13. 
Vantagem: qualquer natureza –econômica, patrimonial, 
políticas, sexual, etc. 
Os agentes, para obtenção da vantagem, devem praticar crimes 
cuja pena máxima deve ser, superior a quatro anos. 
 
 
RESUMINDO AS CARACTERÍSTICAS: 
 Associação de 4 (quatro) ou mais pessoas 
 Estrutura ordenada ainda que 
informalmente 
 Divisão de tarefas 
 Finalidade: Obter qualquer vantagem direta ou 
indiretamente 
 Pela pratica de infrações penais cujas penas máximas 
sejam superiores a 4 (quatro) anos ou de caráter 
transnacional. 
 
Artigo 288: Associação criminosa, não pode ser confundida com 
organização criminosa, pois na última há que se ter um desenho 
estruturado de funções, de comandos, bem como divisão de tarefas. 
Artigo 288: Associarem-se 3 três ou mais pessoas, para o fim 
específico de cometer crimes: 
Pena: reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
 Parágrafo único: A pena aumenta-se até a metade se a 
associação é armada ou se houver a participação de criança ou 
adolescente. 
 
O artigo 288 ficará muitas vezes como subsidiário. 
Até o advento desta lei, organização criminosa não era crime, era 
uma forma de se praticar crime. 
Eu poderia ter um roubo praticado ou não na forma de 
organização criminosa. O que havia eram consequências penais, ex 
RDD, não aplicação do tráfico privilegiado. 
O que é organização criminosa terrorista? 
Lei n. 13260/2016 
Art. 1o 
§ 2o Esta Lei se aplica também: 
 
II às organizações terroristas, entendidas como aquelas 
voltadas para a prática dos atos de terrorismo legalmente 
definidos.” 
 
 
Art. 2o Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente 
ou por interposta pessoa, organização criminosa: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo 
das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas. 
Agora tem pena. 
 
Promover: colocar em evidência, destacar. 
Constituir: montar, organizar, estruturar. 
Integrar: Estar dentro ainda que não tenha exercido qualquer ato 
executório. 
A conclusão que se extrai é simples, a partir do momento em que 
estão presentes os requisitos do artigo 2, já temos um crime 
permanente ao qual se acrescentará as penas dos demais crimes 
praticados em concurso material. 
Trata-se de “novatio legis in pejus” irretroativa, regulando 
apenas os fatos cometidos a partir do dia 19/09/2013, vale dizer, com 
a superação da “vacatio legis” de 45 dias, levando em conta a 
publicação da lei do dia 05/08/13. 
 
Vale lembrar: Estamos diante de um tipo misto alternativo, 
plurinuclear, respondendo ao agente, ainda que pratique mais de um 
conduta prevista, por um só crime. 
Trata-se de crime comum, praticado por qualquer pessoa, 
inclusive por funcionário público. Na hipótese de funcionário público 
integrar organização criminosa e utilizar do seu cargo ou função para 
facilitar a atuação do grupo, poderá ser afastado cautelarmente pelo 
juiz, ter a pena majorada em razão da causa de aumento, além da 
perda automática do cargo ou função. 
Tutela a paz pública 
Consumação: 
A consumação se dá com a formação da organização criminosa, 
não sendo possível a tentativa. 
É crime permanente. TEORIA ADOTADA PELO STF ao decretar 
a prisão do Senador Delcídio do Amaral, além disso, entendeu-se que 
o crime era inafiançável, pois estão previstas as hipóteses de 
cabimento da preventiva. 
 Prazo prescricional: Somente se inicia com a cessação da 
permanência, enquanto estiver a organização criminosa em 
funcionamento, não se conta o prazo. 
ATENÇÃO: A lei também sem aplica 
Art. 1º § 2o Esta Lei se aplica também: 
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção 
internacional quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha 
ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; 
II - às organizações terroristas internacionais, reconhecidas 
segundo as normas de direito internacional, por foro do qual o Brasil 
faça parte, cujos atos de suporte ao terrorismo, bem como os atos 
preparatórios ou de execução de atos terroristas, ocorram ou possam 
ocorrer em território nacional. 
 
CRIME DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA: 
 
Art. 2o Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente 
ou por interposta pessoa, organização criminosa: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo 
das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas. 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer 
forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva 
organização criminosa. 
Segundo o STF este crime do § 1º artigo 2 é aplicado em 
concurso com o caput. Renato Brasileiro concorda. Foi o que o Delcídio 
fez segundo o STF. 
 Rogério Sanches diz que, não é possível, pois estariam 
obrigando-os a não produzir provas contra si mesmo. 
 
Esta infração penal é completamente autônomo, havendo a 
prática das infrações penais , haverá o concurso material de crimes.2 
 
2 Concurso Material 
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos 
ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de 
aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. 
O advogado que atuando como advogado orienta seu cliente não 
cai no § 1º, mas se ele tem uma missão dada pela OC, então incorrerá. 
 Outra pergunta: E se ele não embaraçou a investigação, 
mas começou a embaraçar a ação penal? Ele incorre nestas 
penas? 
Rogério Sanches: Diz que esta, pois o resultado final é o que 
importa. 
Para Rogério, o artigo quando fala de investigação, não esta 
restrito a inquérito, mas abrange apuração de crimes, o que ocorre, na 
instrução processual, pois o processo refaz em contraditório, o que foi 
colhido no inquérito. Para ele cabe uma interpretação extensiva ou 
teleológica do dispositivo. 
Bitencourt discorda. (pesquisar) Diz ele que a interpretação tem 
que ser restritiva. 
O STF vem trabalhando a interpretação extensiva nos casos de 
introdução de aparelho telefônico nos presídios, pois muitos indivíduos, 
são pegos levando, bateria, chip e carregadores, para ele não basta 
somente o aparelho, mas qualquer instrumento ou objeto capaz de 
fazer funcionar o aparelho. 
SUJEITO ATIVO: Tanto no caput, quanto no § 1º pode ser 
qualquer pessoa, pois se trata de infração comum, podendo inclusive 
ter no polo passivofuncionário público. 
Ambas as condutas são aberta, permitindo sua adequação 
através de inúmeros comportamentos que impeçam ou embaracem a 
investigação criminal. 
No caso do §1º a consumação se dá com a realização dos núcleos 
do tipo. Aqui é possível a forma tentada diferente do caput. 
 
§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não 
suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste 
Código. 
§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as 
que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais. 
Tratando-se de funcionário público, poderá ser afastado 
cautelarmente, ter a sua pena aumentada, bem como a perda 
automática do cargo ou função exercida. 
TUTELA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA 
Observe que somente há dois crimes nesta lei o do caput e do § 
1º. 
RECONHECIDA A RESPONSABILIDADE PENAL PELOS 
CRIMES DO ARTIGO 2 CAPUT OU § 1º RESTA AO JUIZ, PASSAR 
A FIXAÇÃO DA PENA OBSERVADO O SISTEMA TRIFÁSICO E O 
RESTANTE DO ARTIGO. 
 
O § 3º trouxe um caso em que a pena será agravada para o 
agente que exerce o comando da organização criminosa, mas o 
legislador não trouxe o quantum de aumento. 
 
§ 3o A pena é agravada (2ª fase da dosimetria) para quem 
exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, 
ainda que não pratique pessoalmente atos de execução. 
 
Este defeito é muito grande, pois não trouxe o mínimo que o juiz 
poderia aumentar, ele pode agravar mas não temos um patamar, 
critica-se a referida agravante, pois não há patamar para o 
agravamento 
CAUSA DE AUMENTO DE PENA: 
§ 2o As penas aumentam-se até a metade se na atuação da 
organização criminosa houver emprego de arma de fogo. 
 
É dispensável a apreensão do armamento posição do STF e STJ. 
 
§ 4o A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços): 
I - se há participação de criança ou adolescente; 
II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a 
organização criminosa dessa condição para a prática de infração penal; 
III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no 
todo ou em parte, ao exterior; 
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras 
organizações criminosas independentes; 
V- se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade 
da organização. 
 
 
Polêmica do § 5º 
§ 5o Se houver indícios suficientes de que o funcionário público 
integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu 
afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da 
remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou 
instrução processual. 
 
Afastamento cautelar: Aqui tem que ter o FBI e o PIM. 
O § 5º não fala em afastamento cautelar de mandato eletivo, 
diferente do § 6. 
ATENÇÃO: 
Aqui o efeito de perda do cargo, ou função é automático, como 
ocorre com a lei de tortura. 
§ 6o A condenação com trânsito em julgado acarretará ao 
funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato 
eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo 
prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena. 
 
No que tange a perda do mandato eletivo, o STF decidiu que 
compete ao Congresso Nacional decidir sobre. 
§ 7o Se houver indícios de participação de policial nos crimes de 
que trata esta Lei, a Corregedoria de Polícia instaurará inquérito policial 
e comunicará ao Ministério Público, que designará membro para 
acompanhar o feito até a sua conclusão. 
 
NUCCI entende que quis a lei sepultar a investigação do MP. 
Rogério Sanches, dizia que mesmo quem era contra o MP investigar 
era a favor do MP investigar o policial, falta razoabilidade, pois esta é 
uma das situações em que há necessidade do MP investigar. 
 
MEIOS EXTRAORDINÁRIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA: 
 
Quanto ao artigo 3º não vou ler, e somente vou fazer uma 
observação, porque ele apenas elenca os meios, que nós iremos 
trabalhar em separado. 
Sobre a licitação para contratação de serviços técnicos 
especializados: 
A lei trouxe uma causa de dispensa de licitação para que não se 
fira o sigilo das investigações, houve um sopesamento entre o 
interesse das investigação e a competição na licitação. Acrescentados 
os parágrafos §1 e § 2º pela lei 13.097/15 COPIAR. 
 
COLABORAÇÃO PREMIADA: 
PRIMEIRO 
A lei fala em colaboração premiada, e fala de forma correta, 
porque eu não preciso delatar para colaborar com a investigação. 
Art. 4o O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o 
perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de 
liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha 
colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o 
processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais 
dos seguintes resultados: 
 
 Conceder o perdão judicial 
 Reduzir em até 2/3 
 Substituir por restritiva 
 
Art. 4o 
I - a identificação dos demais coautores e partícipes da 
organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; 
II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas 
da organização criminosa; 
III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades 
da organização criminosa; 
IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das 
infrações penais praticadas pela organização criminosa; 
V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física 
preservada. 
§ 1o Em qualquer caso, a concessão do benefício levará em 
conta a personalidade do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a 
gravidade e a repercussão social do fato criminoso e a eficácia da 
colaboração. 
 
Os incisos do artigo 4 são cumulativos, quanto mais colabora 
maior o prêmio. 
Artigo 4§ 1º 
O juiz aqui vai individualizar o prêmio dado na colaboração. Alei 
prevê a individualização do prêmio. 
 
§ 2o Considerando a relevância da colaboração prestada, o 
Ministério Público, a qualquer tempo, e o delegado de polícia, nos autos 
do inquérito policial, com a manifestação do Ministério Público, poderão 
requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial ao 
colaborador, ainda que esse benefício não tenha sido previsto na 
proposta inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do Decreto-Lei 
no 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal). 
 
OBSERVAÇÕES: 
1) O § 2º Deixa claro que quem vai trabalhar na colaboração é o 
delegado e o promotor. 
O juiz ficará equidistante. 
MP durante toda a instrução penal 
DELEGADO: somente no IP 
2) Tópico interessantes, pois tratando de perdão judicial, o artigo 
fala em aplicação do artigo 28 do CPP. 
 
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar 
a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de 
quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar 
improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou 
peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, 
designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá 
no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a 
atender. 
 
Ora parece que o legislador se equivocou aqui, pois se O MP pedir 
o perdão judicial, o juiz pode dar ou não, o perdão é judicial, não cabe 
remeter ao PGJ, é ilógica esta previsão de aplicação do artigo 28, pois 
repita-se o perdão é judicial. 
Tomemos como base o arquivamento do IP, se o promotor requer 
e o juiznão concorda, o PGJ pode ele mesmo oferecer a denúncia, 
designar outro promotor ou manter o arquivamento, a decisão esta a 
critério do PGJ que vinculará o juiz. 
Agora quanto ao perdão judicial não há possibilidade do PGJ 
mandar o juiz dar o perdão, é inconcebível. 
 
§ 3o O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, 
relativos ao colaborador, poderá ser suspenso por até 6 (seis) meses, 
prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas as medidas 
de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional. 
 
A suspensão ocorre, pois se aprofundará as investigações com 
os dados trazidos pelo colaborador. 
 
§ 4o Nas mesmas hipóteses do caput, o Ministério Público poderá 
deixar de oferecer denúncia se o colaborador: 
I - não for o líder da organização criminosa; 
II - for o primeiro a prestar efetiva colaboração nos termos deste 
artigo. 
 
Aqui nós temos caso de arquivamento do IP, para quem 
colaborou efetiva e voluntariamente com a investigação ou o processo, 
desde que, tenha alcançado algum ou alguns dos objetivos previstos 
nos incisos do caput. 
Então ele não pode ser o líder e tem que ser o primeiro a 
colaborar. 
 
§ 5o Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá 
ser reduzida até a metade ou será admitida a progressão de regime 
ainda que ausentes os requisitos objetivos. 
 
 
§ 6o O juiz não participará das negociações realizadas entre as 
partes para a formalização do acordo de colaboração, que ocorrerá 
entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor, com a 
manifestação do Ministério Público, ou, conforme o caso, entre o 
Ministério Público e o investigado ou acusado e seu defensor. 
§ 8o O juiz poderá recusar homologação à proposta que não 
atender aos requisitos legais, ou adequá-la ao caso concreto. 
§ 7o Realizado o acordo na forma do § 6o, o respectivo termo, 
acompanhado das declarações do colaborador e de cópia da 
investigação, será remetido ao juiz para homologação, o qual deverá 
verificar sua regularidade, legalidade e voluntariedade, podendo para 
este fim, sigilosamente, ouvir o colaborador, na presença de seu 
defensor. 
Art. 6o O termo de acordo da colaboração premiada deverá ser 
feito por escrito e conter: 
I - o relato da colaboração e seus possíveis resultados; 
II - as condições da proposta do Ministério Público ou do delegado 
de polícia; 
III - a declaração de aceitação do colaborador e de seu defensor; 
IV - as assinaturas do representante do Ministério Público ou do 
delegado de polícia, do colaborador e de seu defensor; 
V - a especificação das medidas de proteção ao colaborador e à 
sua família, quando necessário. 
 
O juiz pode recusar a homologação § 8º. Se o juiz homologou ele 
esta vinculado 
OBS: Nem o MP, nem o delegado podem dar garantias de que 
será homologado. 
§ 9o Depois de homologado o acordo, o colaborador poderá, 
sempre acompanhado pelo seu defensor, ser ouvido pelo membro do 
Ministério Público ou pelo delegado de polícia responsável pelas 
investigações. 
§ 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que as 
provas autoincriminatórias produzidas pelo colaborador não poderão 
ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor. 
 
Mas o que não autoincriminar pode perfeitamente ser utilizado 
para investigar a organização criminosa. 
 
 
§ 11. A sentença apreciará os termos do acordo homologado e 
sua eficácia. 
§ 12. Ainda que beneficiado por perdão judicial ou não 
denunciado, o colaborador poderá ser ouvido em juízo a requerimento 
das partes ou por iniciativa da autoridade judicial. 
§ 13. Sempre que possível, o registro dos atos de colaboração 
será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, 
digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinados a obter 
maior fidelidade das informações. 
 
O § 14, já caiu em prova trazendo toda a redação do artigo e 
afirmando que a questão estava errada, o concurseiro concorda, 
porque, até então ele nunca tinha ouvido falar em recusa ao direito de 
silêncio. 
§ 14. Nos depoimentos que prestar, o colaborador renunciará, 
na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao 
compromisso legal de dizer a verdade. 
 
§ 15. Em todos os atos de negociação, confirmação e execução 
da colaboração, o colaborador deverá estar assistido por defensor. 
§ 16. Nenhuma sentença condenatória será proferida com 
fundamento apenas nas declarações de agente colaborador. 
 
Não basta delatar tem que provar, senão seria a palavra de um 
contra outro, o que permitiria vinganças, acusações inverídicas entre 
outras. Pessoal eu tive a oportunidade de ler trechos da delação do 
Delcídio do Amaral, em cada trecho, cada frase a indicação de uma 
prova. 
 
DIREITOS DO COLABORADOR: 
. 
Art. 5o São direitos do colaborador: 
I - usufruir das medidas de proteção previstas na legislação 
específica; 
II - ter nome, qualificação, imagem e demais informações 
pessoais preservados; 
III - ser conduzido, em juízo, separadamente dos demais 
coautores e partícipes; 
IV - participar das audiências sem contato visual com os outros 
acusados; 
V - não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação, 
nem ser fotografado ou filmado, sem sua prévia autorização por 
escrito; 
VI - cumprir pena em estabelecimento penal diverso dos demais 
corréus ou condenados. 
 
Art. 7o O pedido de homologação do acordo será sigilosamente 
distribuído, contendo apenas informações que não possam identificar 
o colaborador e o seu objeto. 
§ 1o As informações pormenorizadas da colaboração serão 
dirigidas diretamente ao juiz a que recair a distribuição, que decidirá 
no prazo de 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 2o O acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério 
Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das 
investigações, assegurando-se ao defensor, no interesse do 
representado, amplo acesso aos elementos de prova que digam 
respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente precedido de 
autorização judicial, ressalvados os referentes às diligências em 
andamento. 
§ 3o O acordo de colaboração premiada deixa de ser sigiloso 
assim que recebida a denúncia, observado o disposto no art. 5o 
 
GENTE esse artigo 7 vem trazer o que o Governo insiste em dizer 
de vazamento das investigações, tentando colocar o povo contra a 
Lava Jato. Ora a colaboração premiada corre em sigilo, mas depois de 
oferecida a denúncia, o acordo deixa de ser sigiloso, exceto se o 
colaborador quiser sua identidade preservada. 
O § 2º esta em consonância dom a súmula vinculante 14 do STF. 
Súmula Vinculante 14 
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso 
amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento 
investigatório realizado por órgão com competência de polícia 
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÃO CONTROLADA: 
 
A ação controlada, que estava prevista no inciso II do art. 2º da 
Lei n° 9.034/1995, também é conhecido como ação diferida, 
retardada, postergada, ação controlada ou interdição policial. 
Atualmente está previsto no inciso III do art. 3º e no art. 8º da Lei em 
estudo. 
Art. 8o Consiste a ação controlada em retardar a intervenção 
policial ou administrativa relativa à ação praticada por organização 
criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e 
acompanhamento para que a medida legal se concretizeno momento 
mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações. 
§ 1o O retardamento da intervenção policial ou administrativa 
será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, 
estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público. 
§ 2o A comunicação será sigilosamente distribuída de forma a 
não conter informações que possam indicar a operação a ser efetuada. 
§ 3o Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será 
restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como 
forma de garantir o êxito das investigações. 
§ 4º Ao término da diligência, elaborar-se-á auto circunstanciado 
acerca da ação controlada. 
Rege ainda o art. 9º da norma em comento: 
Art. 9o Se a ação controlada envolver transposição de fronteiras, 
o retardamento da intervenção policial ou administrativa somente 
poderá ocorrer com a cooperação das autoridades dos países que 
figurem como provável itinerário ou destino do investigado, de modo a 
reduzir os riscos de fuga e extravio do produto, objeto, instrumento ou 
proveito do crime. 
 
A lei que dispõe acerca da prevenção e repressão de ações 
praticadas por organizações criminosas estabeleceu a figura da ação 
controlada, o que significa que, em determinados casos, a autoridade 
policial poderá retardar a prisão em flagrante dos investigados, desde 
que os mantenha sob estrita e ininterrupta vigilância. 
A ação controlada deve ser concretizada no momento mais eficaz 
para a formação de provas e o fornecimento de informações. 
Por meio da imposição legal, a autoridade policial e seu agentes 
poderão retardar a prisão em flagrante quando estiverem diante de 
estado flagrancial de crimes praticados por organizações criminosas. 
Outro ponto a ser ressaltado é que não há necessidade de se 
saber o local da sede do grupo da organização criminosa para haver o 
flagrante retardado. 
Ainda aqui é importante lembrar que a ação controlada afasta a 
obrigatoriedade da prisão em flagrante realizada pelas autoridades e 
seus agentes, prevista no art. 301 do CPP, quando encontrarem 
alguém em flagrante delito. 
Pacelli (2013), ao referir-se à ação controlada, enxerga a 
possibilidade de apenas os agentes da polícia praticarem ações desse 
tipo como melhor aplicação para o disposto no art. 8º. 
“No entanto, pensamos que a norma contida no art. 8º da Lei 
12.850/13 destina-se ou deve destinar-se exclusivamente à autoridade 
policial, única apta e devidamente estruturada para a investigação das 
organizações criminosas, consoante, aliás, de atesta pela interpretação 
mais sistemática da lei objeto dessas considerações. A expressão 
‘intervenção administrativa’ contida no mencionado dispositivo legal, 
art. 8º, parece-nos mais um excesso legislativo que qualquer outra 
coisa.”. (PACELLI, Eugenio. 2013) 
 
 
 
A GRANDE DIFERENÇA COM A LEI 11314/06 
Não há necessidade de autorização judicial. Contudo, na Lei de 
Drogas, será exigida decisão judicial para se utilizar da chamada 
entrega vigiada, que é um meio de investigação que consiste 
basicamente no monitoramento das ações de traficantes de 
substâncias entorpecentes. 
 
O flagrante prorrogado não poderá ser confundido com outras 
modalidades de flagrante, tais como o provocado, esperado ou o 
forjado. 
 
 
 
 
 
Flagrante preparado ou provocado ou crime de ensaio ou 
delito putativo por obra do agente provocador: não possui 
previsão legal, uma vez que não é admitido como legítimo. Trata-se da 
hipótese em que terceiro (agente policial ou não) induz o infrator à 
prática criminosa, tomando as providências necessárias para impedir 
que a infração de consume. 
Requisitos: 
1- induzimento a prática do delito por agente policial ou 
interposta pessoa com finalidade de efetivação de prisão – agente 
provocador; 
 2- adoção de precauções para que o delito não se consume, 
configurando assim um crime impossível por ineficácia absoluta do 
meio; 
Consequências: trata-se de crime impossível por ineficácia 
absoluta do meio, que gera a ilegalidade da prisão, sujeitando ao 
relaxamento da constrição indevida. 
 
Súmula 145 do STF: não há crime quando a preparação do flagrante 
pela polícia torna impossível sua consumação. 
 
Atente-se, contudo, que caso as providências adotadas pelo 
agente provocador não sejam suficientes para impedir a consumação 
do delito, este restará consumado, podendo o agente ser preso em 
flagrante. 
Ex. Venda simulada de drogas: em relação ao verbo vender, 
trata-se de flagrante preparado. Porém, como o crime de tráfico de 
drogas é crime de ação múltipla e de conteúdo variado, nada impede 
que o agente seja preso e responda pelo crime de tráfico nas 
modalidades “trazer consigo” e “guardar”, desde que a posse da droga 
seja preexistente. 
 
Flagrante esperado: ao contrário do anterior, é espécie de 
prisão legal, em que a autoridade policial limita-se a aguardar o 
momento da prática do delito, sem qualquer induzimento (não há a 
presença do agente provocador). 
Para o professor Rogério Greco (MP/MG), também nesta hipótese 
haveria crime impossível. 
 
Flagrante prorrogado/retardado/diferido/ação 
controlada: consiste no retardamento da intervenção policial, para 
que se dê em momento mais oportuno sob o ponto de vista da colheita 
de provas. 
É espécie de flagrante previsto na lei do crime organizado (art. 
8º da lei), na lei de drogas (art. 53, III, Lei 11343/06) e na lei de 
lavagem de capitais (art. 4º, §4º, Lei 9613/98). 
Observação: na lei das organizações criminosas, a ação 
controlada não depende de autorização judicial (o que a levou ser 
conhecida como ação controlada descontrolada), ficando a critério da 
autoridade policial. 
Já na lei de drogas e na lei de lavagem de capitais será 
imprescindível a autorização judicial para o retardamento da atividade 
policial. 
Em todas as hipóteses de flagrante prorrogado, exige-se que a 
autoridade mantenha o agente criminoso sob constante observação, 
uma vez que a prisão continua obrigatória, sendo admitido somente o 
retardamento da sua efetivação. 
Flagrante forjado ou maquinado ou fabricado ou urdido: 
ocorre nas hipóteses em que é criada a prova de um crime inexistente. 
Trata-se de flagrante ilegal, devendo aquele que o forjou ser punido 
criminalmente por sua conduta. Tratando-se de agente público poderá 
responder também por abuso de poder. 
 
 
Diferença entre Entrega Vigiada e Ação Controlada 
 
A entrega vigiada pode ser definida como uma técnica de 
investigação pela qual a autoridade judicial permite que um 
carregamento de drogas enviado ocultamente em qualquer tipo de 
transporte possa chegar ao seu destino sem ser interceptado, a fim de 
se poder identificar o remetente, o destinatário e os demais 
participantes dessa manobra criminosa (JESUS, 2002). 
Tal modalidade de investigação está prevista no art. 53, II, da 
Lei de Drogas, in verbis: 
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos 
crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, 
mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os 
seguintes procedimentos investigatórios: 
 
 [...]II – a não atuação policial sobre os portadores de drogas, 
seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua 
produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade 
de identificar e responsabilizar maior número de integrantes de 
operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível. 
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a 
autorização será concedida desde que sejam conhecidos o itinerárioprovável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores. 
Capítulo V – Lei nº 12.850/2013 – Nova Lei de Combate ao Crime 
Organizado 
Nota‑se que a entrega vigiada tem por objetivo identificar e 
responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e 
distribuição de drogas, enquanto na ação controlada a finalidade é de 
reunir maior número de provas contra membros de organizações 
criminosas. 
A entrega vigiada não está prevista na Nova Lei de Combate ao 
Crime Organizado. 
A entrega vigiada necessita de autorização judicial, o que não 
ocorria no flagrante prorrogado, até a edição da Lei n° 12.850/2013. 
Assim decidiu o STJ: 
Pretende-se afastar, por falta de prévia manifestação do MP, a 
decisão que deferiu a busca e apreensão em sede de investigação 
requerida pela autoridade policial, bem como reconhecer a ilegalidade 
do ato praticado pela polícia, que “acompanhou” o veículo utilizado 
para o transporte de quase meia tonelada de cocaína, retardando a 
abordagem. Quanto ao primeiro tema, vê-se que não há dispositivo 
legal a determinar obrigatoriamente que aquela medida seja precedida 
da anuência do membro do Parquet. Ademais, a preterição de vista ao 
MP deu-se em razão da urgência da medida, bem como da ausência, 
naquele momento, do representante do MP designado para atuar na 
vara em questão. Já quanto à segunda questão, a ação policial 
controlada (art. 2º, II, da Lei nº 9.034/1995) não se condiciona à 
prévia permissão da autoridade judiciária, o que legitima o policial a 
retardar sua atuação com o fim de buscar o momento mais eficaz para 
a formação de provas e fornecimento de informações”. (HC nº 
119.205-MS, Rel. Min. Jorge Mussi, 5ª Turma, julg. em 29/9/2009) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Da Infiltração de Agentes 
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de 
investigação, representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo 
Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia 
quando solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de 
circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que 
estabelecerá seus limites. 
§ 1o Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz 
competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público. 
§ 2o Será admitida a infiltração se houver indícios de infração 
penal de que trata o art. 1o e se a prova não puder ser produzida por 
outros meios disponíveis. SUBSIDIARIEDADE 
§ 3o A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) 
meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que comprovada 
sua necessidade. PRAZO EM REGRA DE SEIS MESES, MAS ADMITIDA 
SUCESSIVAS PRORROGAÇÕES. 
§ 4o Findo o prazo previsto no § 3o, o relatório circunstanciado 
será apresentado ao juiz competente, que imediatamente cientificará 
o Ministério Público. 
§ 5o No curso do inquérito policial, o delegado de polícia poderá 
determinar aos seus agentes, e o Ministério Público poderá requisitar, 
a qualquer tempo, relatório da atividade de infiltração. 
Art. 11. O requerimento do Ministério Público ou a representação 
do delegado de polícia para a infiltração de agentes conterão a 
demonstração da necessidade da medida, o alcance das tarefas dos 
agentes e, quando possível, os nomes ou apelidos das pessoas 
investigadas e o local da infiltração. 
Art. 12. O pedido de infiltração será sigilosamente distribuído, 
de forma a não conter informações que possam indicar a operação a 
ser efetivada ou identificar o agente que será infiltrado. 
§ 1o As informações quanto à necessidade da operação de 
infiltração serão dirigidas diretamente ao juiz competente, que decidirá 
no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, após manifestação do Ministério 
Público na hipótese de representação do delegado de polícia, devendo-
se adotar as medidas necessárias para o êxito das investigações e a 
segurança do agente infiltrado. 
§ 2o Os autos contendo as informações da operação de infiltração 
acompanharão a denúncia do Ministério Público, quando serão 
disponibilizados à defesa, assegurando-se a preservação da identidade 
do agente. 
§ 3o Havendo indícios seguros de que o agente infiltrado sofre 
risco iminente, a operação será sustada mediante requisição do 
Ministério Público ou pelo delegado de polícia, dando-se imediata 
ciência ao Ministério Público e à autoridade judicial. 
Art. 13. O agente que não guardar, em sua atuação, a devida 
proporcionalidade com a finalidade da investigação, responderá pelos 
excessos praticados. 
Parágrafo único. Não é punível, no âmbito da infiltração, a 
prática de crime pelo agente infiltrado no curso da investigação, 
quando inexigível conduta diversa.EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE 
Quanto a excludente de culpabilidade existe posição divergente, 
a exemplo a posição de Cabette (2013) que afirma que a excludente 
de culpabilidade prevista na lei é um instituto sem razoabilidade e 
proporcionalidade, por entender ser “impossível regular com precisão 
os limites da atuação do agente infiltrado”. 
E para defender seu posicionamento, o autor utiliza a teoria da 
“exemplaridade pública” de Javier Gomá, no qual há intrínseco ao 
comportamento do agente público um “imperativo de exemplaridade”, 
esse agente estaria obrigado dessa maneira a agir sempre com 
honestidade e decoro, sendo exemplo de cidadão. Além disso, o 
mesmo autor traz como referência Zaffaroni e Batista: 
“O mínimo que se pode entender é que a dicção legal é 
inadequada e deve ser objeto de uma releitura doutrinária. Na verdade 
as condutas aparentemente criminosas perpetradas pelo agente 
infiltrado, dentro de uma proporcionalidade e, portanto, permitidas e 
até mesmo incentivadas pela legislação respectiva, configuram aquilo 
que Zaffaroni e Batista denominam de ‘atipicidade conglobante’, a 
afastar, desde logo a tipicidade da conduta e não a reconhecer mera 
excludente da culpabilidade. Do contrário, a paga social do agente 
infiltrado pelo arriscar da própria vida, seria sua insegurança perpétua 
e, para além disso, seu reconhecimento pelo Estado como um 
criminoso que somente não seria punível! Simbólica e moralmente isso 
é um reconhecimento mais do que claro de que o instituto é uma 
aberração”. (CABETTE, Eduardo Luiz Santos. 2013) 
Essa posição acerca do comportamento do agente infiltrado é de 
ao invés de afastar a sua culpabilidade pela inexigibilidade de conduta 
diversa, utilizar-se da exclusão de tipicidade como solução para o 
conflito dos limites da ação dele, por entender que a tipicidade 
conglobante (antinormatividade) não está presente na conduta para a 
possibilidade de inserir a conduta do agente em algum tipo penal, seja 
homicídio, estupro, estelionato, entre outros. Segundo Greco (2013, v. 
I, p. 157), “a tipicidade conglobante surge quando comprovado, no 
caso concreto, que a conduta praticada pelo agente é considerada 
antinormativa, isto é, contrária a norma penal, e não imposta ou 
fomentada por ela”. 
 
Art. 14. São direitos do agente: 
I - recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada; 
II - ter sua identidade alterada, aplicando-se, no que couber, o 
disposto no art. 9o da Lei no 9.807, de 13 de julho de 1999, bem como 
usufruir das medidas de proteção a testemunhas; 
III - ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e 
demais informações pessoais preservadas durante a investigação e o 
processo criminal, salvo se houver decisão judicial em contrário; 
IV - não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou 
filmado pelos meios de comunicação, sem sua prévia autorização por 
escrito. 
 
 
 
No passado, a infiltração de agentes estava prevista noinciso V 
do art. 2º da revogada Lei nº 9.034/1995. 
Infiltração quer dizer, segundo Cobra (1997), 
[...] o trabalho de agente de polícia consistente na sua introdução 
em determinado meio, sem que sua real atividade seja conhecida, para 
nele trabalhar ou viver, temporariamente, como parte integrante do 
ambiente, com a finalidade de descobrir ou apurar alguma coisa. 
Continua não sendo possível a infiltração de particulares em 
organizações criminosas. 
A Lei n° 12.850/2013 passou a regular a atuação do agente 
infiltrado quando inserido no seio de uma organização criminosa. A Lei 
nº 9.034/1995 não previa seu modo de atuação, muito menos se ele 
poderia praticar delitos para preservar sua verdadeira identidade. 
Permite a lei que, mediante autorização judicial, venham a atuar 
como agentes infiltrados apenas os agentes de polícia, não havendo 
menção aos chamados agentes de inteligência. 
Assim, a lei não permite que venham a atuar como agentes 
infiltrados os membros do Ministério Público, agentes da Polícia 
Rodoviária Federal, ou, ainda, os presos que venham a colaborar para 
o desmantelamento da organização criminosa. 
 
Do Acesso a Registros, Dados Cadastrais, Documentos 
e Informações 
 
 
Art. 15. O delegado de polícia e o Ministério Público terão acesso, 
independentemente de autorização judicial, apenas aos dados 
cadastrais do investigado que informem exclusivamente a qualificação 
pessoal, a filiação e o endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, 
empresas telefônicas, instituições financeiras, provedores de internet 
e administradoras de cartão de crédito. 
Art. 16. As empresas de transporte possibilitarão, pelo prazo de 
5 (cinco) anos, acesso direto e permanente do juiz, do Ministério 
Público ou do delegado de polícia aos bancos de dados de reservas e 
registro de viagens. 
Art. 17. As concessionárias de telefonia fixa ou móvel manterão, 
pelo prazo de 5 (cinco) anos, à disposição das autoridades 
mencionadas no art. 15, registros de identificação dos números dos 
terminais de origem e de destino das ligações telefônicas 
internacionais, interurbanas e locais. 
 
Dos Crimes Ocorridos na Investigação e na Obtenção da 
Prova 
 
 
Art. 18. Revelar a identidade, fotografar ou filmar o colaborador, 
sem sua prévia autorização por escrito: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
Art. 19. Imputar falsamente, sob pretexto de colaboração com 
a Justiça, a prática de infração penal a pessoa que sabe ser inocente, 
ou revelar informações sobre a estrutura de organização criminosa que 
sabe inverídicas: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Art. 20. Descumprir determinação de sigilo das investigações 
que envolvam a ação controlada e a infiltração de agentes: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Art. 21. Recusar ou omitir dados cadastrais, registros, 
documentos e informações requisitadas pelo juiz, Ministério Público ou 
delegado de polícia, no curso de investigação ou do processo: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem, de forma 
indevida, se apossa, propala, divulga ou faz uso dos dados cadastrais 
de que trata esta Lei. 
 
 
 
 
Art. 22. Os crimes previstos nesta Lei e as infrações penais 
conexas serão apurados mediante procedimento ordinário previsto no 
Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo 
Penal), observado o disposto no parágrafo único deste artigo. 
Parágrafo único. A instrução criminal deverá ser encerrada em 
prazo razoável, o qual não poderá exceder a 120 (cento e vinte) dias 
quando o réu estiver preso, prorrogáveis em até igual período, por 
decisão fundamentada, devidamente motivada pela complexidade da 
causa ou por fato procrastinatório atribuível ao réu. 
Art. 23. O sigilo da investigação poderá ser decretado pela 
autoridade judicial competente, para garantia da celeridade e da 
eficácia das diligências investigatórias, assegurando-se ao defensor, no 
interesse do representado, amplo acesso aos elementos de prova que 
digam respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente 
precedido de autorização judicial, ressalvados os referentes às 
diligências em andamento. 
Parágrafo único. Determinado o depoimento do investigado, seu 
defensor terá assegurada a prévia vista dos autos, ainda que 
classificados como sigilosos, no prazo mínimo de 3 (três) dias que 
antecedem ao ato, podendo ser ampliado, a critério da autoridade 
responsável pela investigação. 
 
“Associação Criminosa 
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim 
específico de cometer crimes: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a 
associação é armada ou se houver a participação de criança ou 
adolescente.” (NR) 
Art. 25. O art. 342 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro 
de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com a seguinte redação: 
“Art. 342. 
................................................................................... 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
.........................................................................................
.........” (NR) 
Art. 26. Revoga-se a Lei no 9.034, de 3 de maio de 1995.

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