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* ANÁLISE FUNCIONAL: CONCEITO E APLICAÇÃO NA CLÍNICA COMPORTAMENTAL Clínica Comportamental Prof.: Arion Carlos Ribeiro Univix – Faculdade Salesiana * ANÁLISE FUNCIONAL: Avaliação funcional na clínica – A análise de contingências * CONCEITO DE ANÁLISE FUNCIONAL Identificar relações de dependências entre: 1 – As respostas dos organismos, 2 – O contexto em que estas respostas ocorrem (as condições antecedentes), 3 – Seus efeitos no mundo (eventos conseqüentes), 4 – Operações motivadoras As inter-relações entre elas são as contingências de reforço. * OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL 1 – Identificar comportamentos alvo e as condições que o mantém (queixas) 2 – Determinar intervenções apropriadas 3 – Monitorar o progresso da intervenção 4 – Auxiliar na avaliação do grau de eficácia e efetividade da intervenção * ETAPAS DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL 1 – Identificação das características dos clientes em hierarquia de importância clínica 1.1 – Informações gerais da vida do cliente (presentes e passadas) 1.2 – queixas clínicas e eventos relacionados a ela 2 – Organização das características em princípios comportamentais 2.1 – Identificação de contingências operantes e respondentes em operação * ETAPAS DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL 3 – Planejamento da intervenção 3.1 – Ações com vistas a mudar as relações comportamentais identificadas 4 – Implementação da intervenção 4.1 – Atuação clinica por diferentes processos: reforçamento diferencial, modelação, instrução, ensaio comportamental, DS entre outros. 5 – Avaliação de resultados 5.1 – Análise dos resultados das ações, da manutenção e generalização das ações. * ELEMENTOS DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL 1 – identificar as respostas envolvidas na queixa do cliente 2 – descrições dos excessos, déficits, reservas comportamentais e comportamentos interferentes 3 – Levantar hipóteses, principalmente através das regularidades comportamentais descritas, sobre os processos comportamentais envolvidos 3.1 – Reforçamento, punição, extinção (conseqüentes) 3.2 – Discriminação, operação motivadora, equivalência de estímulos, regras e auto-regras (antecedentes). * ESTRATÉGIAS PARA IDENTIFICAR ESTES ELEMENTOS 1 – Perguntas sobre as condições antecedentes e conseqüentes . O que acontece quando você faz isso? . Como você se sente depois que você age desta maneira? . Quando você se comporta desta maneira? . O que você acha que te leva a agir ou pensar desta maneira? . Como você estava se sentindo antes de fazer isso? * ESTRATÉGIAS PARA IDENTIFICAR ESTES ELEMENTOS 2 – observações das interações terapêuticas e nas regularidades dos relatos do cliente 3 – Outras estratégias: escalas, questionários, desenhos, histórias, trechos de músicas, filmes, 3 - O terapeuta pode utilizar de outros recursos para acessar essas contingências: sonhos, fantasias, poemas ou músicas que possam funcionar como Sds para evocar eventos na história passada. * ELEMENTOS COMPLEMENTARES NO PLANEJAMENTO A ênfase da avaliação funcional é molecular – focada sobre efeitos específicos e momentâneos das variáveis ambientais sobre as classes de respostas. No entanto, a Avaliação funcional deve ser ampliada com: 1 – História de desenvolvimento dos comportamentos alvo (queixas) – História clínica. 2 – História de vida não relacionada diretamente a queixa. 3 – Análise molar do funcionamento do cliente * MICROANÁLISE X MACROANÁLISE Envolve micro e macro análises: 1 - “muito raramente a problemática do cliente nos aparece circunscrita a um ‘sintoma’ específico. Pelo contrário, na maioria dos casos, assiste-se a uma coerência histórica e funcional na organização do repertório comportamental do cliente. 2 - O objetivo da macro análise funcional é o de proceder um levantamento geral dos vários problemas e da história das aprendizagens do cliente, de modo a possibilitar o esclarecimento funcional entre as várias áreas de seu funcionamento.” 3 - A micro análise consiste no estudo das diversas relações contingenciais responsáveis pela manutenção de um determinado problema. * CONSIDERAÇÕES FINAIS 1 - A AF é o instrumento básico de trabalho de qualquer analista de comportamento. 2 - Sua tarefa é identificar as contingências que estão em operação. 3 - Mudanças no comportamento só se dão quando ocorrem mudanças nas contingências. 4 - É fundamental para levantar dados corretos e necessários para o processo terapêutico. * CONSIDERAÇÕES FINAIS 5 - O comportamento do cliente tem uma função, cabe ao terapeuta descobrir porque (em que contingências) este comportamento se instalou e como ele se mantém. 6 - Para conduzir uma avaliação funcional no contexto terapêutico encontramos diversas dificuldades: a história passada é levantada por meio do relato verbal, embora às vezes seja difícil analisar a aquisição do padrão comportamental pois o cliente pode ter dificuldades de se lembrar ou se esquivar de falar de situações passadas por serem aversivas. * CONSIDERAÇÕES FINAIS 7 - Na clínica a avaliação funcional envolve três momentos da vida do cliente: sua história passada, seu comportamento atual e sua relação com o terapeuta. 8 - A avaliação funcional acompanha o terapeuta desde o início do processo – no levantamento das hipóteses, durante o processo – orientando a observação do comportamento do cliente na sessão e seus relatos sobre o que acontece fora dela e no final do processo – no planejamento e generalização das mudanças comportamentais obtidas. * Análise ou avaliação funcional do comportamento Identificação das relações entre eventos ambientais e as ações do organismo * A análise funcional A análise funcional não é um conceito restrito apenas à realidade clínica. Qualquer contexto comportamental pode estar sujeito a análise funcional. O texto presente utiliza um esquema visual para elucidação de uma análise funcional de caso clínico. * A análise funcional de contingências Skinner definiu as variáveis necessárias dentro da formulação de uma análise; A ocasião em que a resposta ocorreu; A própria resposta; As conseqüências reforçadoras. * Contingências... Contingência é o termo central para a conceituação da análise funcional. As contingências podem ser reconhecidas como as inter-relações entre os eventos ambientais e comportamentais. “Interpretar um comportamento significa compreender sua função” * A análise funcional Características: São + probabilísticas do que deterministas; São transitórias e podem variar com o tempo; São não excludentes (cabe a análise de mais variáveis); Eventos encobertos entram na análise funcional de maneiras distintas: comportamento-alvo, antecedente ou conseqüentes; Há dificuldade de comprovação * Contingências... A análise funcional sempre apresenta uma dificuldade: o imenso número de variáveis. Que garantia temos que levamos em conta as variáveis mais relevantes? O estudo funcional da própria relação terapêutica e dos procedimentos adotados (resistência do cliente, faltas...) * Apresentação da A F: é relevante? A estruturação ou apresentação da análise funcional pode ajudar ou dificultar a tarefa de compreensão do cliente; Sem o treino de esquematização funcional de um caso, fica difícil a tarefa de compreensão da problemática clínica. * Descrição do caso: Pág. 47 à 49. Multi-determinação em análise funcional. * Apresentação em quadros * Apresentação em quadros * Apresentação em quadros * Apresentação em quadros * Apresentação em quadros * Apresentação em quadros * Considerações finais Considera-se que, as principais variáveis relacionadas à ocorrência de um conjunto de comportamentos apresentados por Ana e descritos por outros profissionais sob o título único de depressão, parecem ser: perda de reforçadores positivos importantes após se casar; não substituição dos reforçadores perdidos por outros; muitos comportamentos mantidos por reforço negativo. Com a baixa taxa de respostas apresentadas pela cliente, a probabilidade de obtenção de reforços positivos contingentes ao seu comportamento fica também reduzida. Aquele seria o comportamento mais provável de ser apresentado por aquele indivíduo, dadas as contingências envolvidas (Banaco, 1997). As intervenções propostas devem, necessariamente, relacionar-se a tentativas de mudanças em variáveis independentes (variáveis funcionais antecedentes ou conseqüentes) de forma a produzir mudanças na variável dependente (comportamento). (COSTA & MARINHO, 2002) * Referências: Leonardi, Jan Luiz, Borges, Nicodemos B. e Cassas, Fernando A. Avaliação funcional como ferramenta norteadora da pratica clínica. In Borges, Nicodemos B. Cassas, Fernando A. e colaboradores. Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto alegre: Artmed. 2012. Capítulo 10. Páginas 105 a 109. COSTA, Silvana Elisa Gonçalves de Campos e MARINHO, Maria Luiza. Um modelo de apresentação de análise funcional. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v19n3/a05v19n3.pdf Meyer, Sonia. Análise funcional do comportamento. In Costa, C. E., Luiza, J. C., & Sant' Anna, H. H. N. (org.). (2003). Primeiros passos em análise do comportamento e cognição. São Paulo: ESETec. 75 a 91.
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