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CCJ0019 1 (1) CONSTITUCIONAL PLANO DE AULA

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DIREITO CONSTITUCIONAL I - CCJ0019
Semana Aula: 1
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: CONSTITUCIONALISMO. CONCEITOS, 
ELEMENTOS E CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES.
Tema
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: CONSTITUCIONALISMO. CONCEITOS, 
ELEMENTOS E CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES.
.
Palavras-chave
Objetivos
o Compreender através do estudo da teoria da constituição, o 
conceito de Constituição, a idéia de supremacia constitucional, 
assim como os modelos constitucionais;
o Identificar as constituições dos diversos modelos estatais;
o Compreender os elementos que compõe a estrutura interna das 
constituições.
Estrutura de Conteúdo
1. Constitucionalismo
2. Conceito de constituição
3. Classificação das constituições
3.1. Quadro geral
3.2. Quanto ao conteúdo: constituições materiais, ou substanciais, e 
formais
3.3. Quanto à forma: constituições escritas e não escritas
3.4. Quanto ao modo de elaboração: constituições dogmáticas e históricas
3.5. Quanto à origem: constituições promulgadas (democráticas, 
populares) e outorgadas
3.6. Quanto à estabilidade: constituições imutáveis, rígidas, flexíveis e 
semi-rígidas
3.7. Quanto à sua extensão e finalidade: constituições analíticas 
(dirigentes) e sintéticas (negativas, garantias)
3.8. Constituição Federal de 1988
3.9. Outras classificações
Teoria da Constituição
Conceito de Direito Constitucional
O Direito Constitucional é um ramo do Direito Público responsável pelo 
estudo da organização do Poder Político, do Estado, da estrutura do 
Estado e dos Direitos Fundamentais que controlam o exercício e o abuso 
deste Poder. 
Constitucionalismo
Movimento jusfilosófico surgido no século XVIII com as revoluções liberais 
burguesas baseado na crença de que o poder político deve estar 
submetido à supremacia da lei, de uma Lei Maior, a Constituição escrita.
Constituição
Conceito de Constituição
A Constituição, segundo José Afonso da Silva, “consiste num sistema de 
normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regulam a forma do Estado, 
a forma de seu governo, o modo de aquisição e exercício do Poder, o 
estabelecimento de seus órgãos e os limites de sua atuação”.
Sendo assim, a Constituição é a norma jurídica suprema e basilar que 
estrutura juridicamente os limites de atuação e exercício de toda a nossa 
sociedade política.
Conceito Material
A Constituição material significa a reunião de todas as regras, estejam ou 
não estabelecidas em um único texto, que abordem a estrutura do Estado, 
a organização, as formas de atuação e limitação do Poder Político. Refere-
se ao que nós chamamos de normas materialmente constitucionais.
Conceito Formal
Constituição formal é a Constituição escrita, definindo-se como o conjunto 
de normas reunidas em um documento denominado Constituição e 
elaborado pelo Poder Constituinte Originário ou de Fato.
Para facilitar a sua compreensão, a Constituição formal é o conjunto de 
todas as normas que estão escritas na Constituição, sejam ou não de 
conteúdo tipicamente constitucional, como por exemplo, as normas 
previstas nos arts. 180 e 242, § 2o da CRFB/88. Por esta razão, temos 
normas materialmente constitucionais e formalmente constitucionais.
Tipologia Constitucional 
Pode-se classificar as constituições das seguintes maneiras. 
Quanto à Forma
Quanto à forma as Constituições podem ser classificadas de duas 
maneiras: Constituição escrita, ou seja, àquela codificada em um 
documento escrito; e a Constituição não escrita ou consuetudinária ou 
costumeira, que pode ser definida como o conjunto de leis, costumes e 
jurisprudências esparsos no tempo, em um determinado ordenamento 
jurídico, que tratem de tudo aquilo que seja considerado constitucional 
(forma de governo, estrutura do estado, direitos fundamentais etc).
Os constitucionalistas apontam como um grande exemplo deste tipo de 
Constituição a chamada “Constituição Inglesa”. Na verdade, a Inglaterra 
não possui um documento denominado Constituição, como é o caso do 
Brasil, e sim, um conjunto de normas feitas em diversos momentos da 
história pelo Parlamento inglês que tratam do que chamamos de normas 
materialmente constitucionais, ou seja, àquelas que abordam a estrutura e 
organização do Estado.
Quanto ao modo de elaboração
Quanto ao modo de elaboração as constituições podem ser classificadas 
em duas espécies: dogmáticas e históricas.
A constituição dogmática é aquela que se origina de forma escrita e 
sistemática, baseada em dogmas, ou seja, princípios e ideias 
incontestáveis existentes no momento de sua elaboração.
Já a constituição histórica, também denominada costumeira, é a que se 
origina através de uma evolução de ideias no tempo, produto dos usos e 
costumes de determinada sociedade, baseada na tradição de um povo. 
São constituições compostas de vários documentos e juridicamente não-
escritas.
Quanto à origem 
Quanto à origem há três formas de classificação:
Diz-se promulgada, popular ou democrática a Constituição que é elaborada 
através de uma Assembleia Nacional Constituinte, composta de 
representantes eleitos pelo povo para esta finalidade. Uma vez concluída a 
Constituição esta Assembleia se dissolve.
Quando a Constituição é outorgada, não há participação do povo em sua 
elaboração, posto ser ela imposta ao povo, sendo produto exclusivo do 
Governante que por si só, ou por terceira pessoa, impõe à sociedade um 
novo ordenamento jurídico e político. 
No Brasil as Constituições de 1891, 1934, 1946 e 1988 foram promulgadas 
e, as de 1824, 1937 e 1967 foram outorgadas.
Em relação a “Constituição de 1969” não a inserimos no rol das 
Constituições outorgadas, visto que formalmente ela foi uma emenda, 
Emenda Constitucional n. 1 à Constituição de 1967.
A terceira forma é a Constituição Bonapartista que se caracteriza por ser 
uma Constituição outorgada, na qual o ditador para dar-lhe uma feição 
legítima convoca um referendo popular para aprová-la.
Quanto à estabilidade
Quanto a este critério estamos preocupados em saber do processo 
legislativo para alteração das normas constitucionais. Sendo assim, a 
doutrina nos aponta que as constituições podem ser de cinco tipos:
1) Imutáveis – não contém a possibilidade de reforma de suas normas.
2) Superrígidas – esta é uma classificação que alguns doutrinadores 
dão à Constituição de 1988, visto que esta Constituição possui um 
núcleo duro em seu art. 60, parágrafo 4º, conhecido como cláusulas 
pétreas, que exigem um processo legislativo ainda mais rígido ou 
dificultoso para alteração destas normas estabelecidas como pétreas, 
pois não poderão ser abolidas ou restringidas, podendo somente sofrer 
alterações para serem ampliadas.
3) Rígidas – são as constituições que estabelecem que qualquer 
alteração de suas normas deverá passar por um processo legislativo 
mais dificultoso do que o processo legislativo ordinário. Em nossa 
Constituição esse processo encontra-se no art. 60.
4) Semi-rígidas ou Semi-flexíveis – são aquelas que estabelecem para 
alteração de um determinado grupo de suas normas um processo 
legislativo mais árduo e para reforma do outro grupo de suas normas 
um processo legislativo ordinário ou simples. Por exemplo: 
Constituição Imperial de 1824.
5) Flexíveis – são àquelas constituições que estabelecem para 
alteração de suas normas o mesmo processo legislativo previsto para 
as leis ordinárias. 
Quanto à Extensão
Quanto a este critério estamos preocupados em analisar o tamanho da 
Constituição. Sendo assim, as constituições podem ser:
1) Analíticas – quando possuem uma grande quantidade de artigos, 
que descrevem diversos assuntos ou,
2) Sintéticas – quando possuem poucos artigos que estabelecem 
princípios e normas gerais da estrutura do Estado. Por exemplo: 
Constituição Norte-americana de 1787 e a Constituição dosEstados 
Unidos do Brasil de 1891.
Quanto à Ideologia
Quanto à ideologia, a doutrina leva em conta a que sistema de produção 
econômica está atrelada a Constituição. Elas podem ser de dois tipos:
1) Ortodoxas – são aquelas atreladas a um única ideologia, por 
exemplo a Constituição da República da antiga URSS de 1977, que 
estabelecia o modelo socialista;
2) Heterodoxas ou Ecléticas – são aquelas que estabelecem mais de 
uma ideologia, como a Constituição de 1988, que possui valores 
capitalistas como a livre iniciativa e, valores socialistas, como a 
valorização do trabalho (art. 170 da CRFB/88).
Quanto à Finalidade
Quanto à finalidade a Constituição pode ser de três tipos:
1) de garantia – os grandes exemplos são as Constituições liberais 
burguesas que estabelecem liberdades públicas ou os chamados 
Direitos Fundamentais de 1ª geração como mecanismos de controle do 
poder estatal, como a Constituição Norte- americana de 1787.
2) de balanço – como grande exemplos podemos citar a Constituição 
do México de 1917 e a Constituição da República de Weimar de 1919, 
onde encontramos direitos sociais como também liberdade públicas, ou 
seja, direitos fundamentais individuais e direitos fundamentais sociais. 
Elas recebem esse nome porque procuram equilibrar os anseios 
burgueses e proletários;
3) dirigente – são aquelas que além de estabelecer direitos individuais 
e sociais que o Estado deveria alcançar, preveem normas conhecidas 
como programáticas (tipo de normas de eficácia limitada) que procuram 
fixar metas, programas, políticas públicas, como valores a serem 
perseguidos pelo ente estatal. Por exemplo: saúde para todos, moradia 
para todos. Como exemplo deste tipo de constituição temos a 
Constituição Brasileira de 1988 e a Portuguesa de 1976.
Classificação da Constituição Brasileira de 1988
A Constituição de 1988 é classificada da seguinte forma: formal, escrita, 
dogmática, promulgada, super rígida, analítica, heterodoxa e dirigente.
 
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso - Tema: Classificação das constituições
A Constituição de 1988 desenhou em seu texto um Estado de bem-estar social, 
consagrando princípios próprios do modelo liberal clássico de forma conjugada 
com outros, típicos do modelo socialista. Esse pluralismo principiológico se faz 
sentir ao longo de todo o texto constitucional, especialmente no art. 170, CRFB, 
que adota a livre iniciativa como princípio da ordem econômica, sem desprezar, 
no entanto, o papel do Estado na regulação do mercado. Considerando tal 
constatação, responda:
a) Como o pluralismo principiológico pode favorecer a estabilidade da 
CRFB/88?
b) Diante de tal característica, como a doutrina classificaria a CRFB/88?
Considerações Adicionais

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