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DELITO NÃO TRANSUENTE: São aqueles que deixam vestígios. Ex: Homicídio, Estupro. Sempre que o ilícito penal deixar vestígios, será obrigatória a realização do exame de corpo de delito (CPP, art. 158)
	CRIME A DISTÂNCIA: são os crimes separados no espaço entre a ação e o resultado. Como por exemplo, um estelionato praticado no Brasil e consumado na Argentina (ou vice-versa). Nos termos do art. 6º do Código Penal, incide a lei brasileira, desde que: a) aqui tenham sido praticados todos ou alguns atos executórios (lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte), ou, b) aqui se tenha produzido o resultado do comportamento criminoso (bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado).
	CRIME A PRAZO: Ocorre quando a caracterização do crime ou de uma qualificadora depende do dercurso de determinado tempo (previsto em lei). A "apropriação de coisa achada" é crime previsto no art. 169, II do Código Penal, também denominado pela doutrina de CRIME A PRAZO.
	CRIME ANÃO: também conhecido como contravenção penal é “a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa.” Conforme o Art 1º da Lei de Introdução ao Código Penal e da Lei das Contravenções Penais.
	CRIME CONTINUADO: Delito em que o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma natureza e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro. (CP, Art. 71) Exemplo: A empregada que furta toda semana da carteira da patroa R$ 10,00. A rigor, cada vez que a empregada furta R$ 10,00 é considerado um crime de furto qualificado, pois, acrescenta-se o abuso de confiança entre a empregada e a patroa. O furto qualificado tem uma pena mínima de 2 anos, portanto, se ocorresse 50 crimes desta natureza, a empregada teria uma pena de 100 anos. Isso seria um tanto quanto injusto, pois quem mata uma pessoa tem pena mínima de 6 anos, enquanto que nesse caso ela teria uma pena de 100 anos. 
	CRIME CULPOSO: Quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Cp, Art. 18, II) Ex.: Dirigir embragado.
	CRIME DE AÇÃO MÚLTIPLA: O art. 122 do CP diz: “Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça”. Trata-se de um crime de ação múltipla (ou de conteúdo variado ou plurinuclear). É o crime que descreve várias condutas no mesmo artigo, ou seja, contém vários verbos como núcleos do tipo. 
	CRIME DE ATENTADO OU DE EMPREENDIMENTO: São os delitos que preveem, no tipo penal, a forma tentada equiparada à modalidade consumada. Ex.: art. 352 (“Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa”).
	CRIME DE CONCURSO NECESSÁRIO: Crime que exige a presença de duas ou mais pessoas para a realização penal. Exemplo: Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores: Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos.
10. CRIME DE FORMA LIVRE: São delitos de forma livre os que podem ser praticados de qualquer modo pelo agente, não havendo, no tipo penal, qualquer vínculo com o método. Ex.: apropriação indébita, infanticídio, lesão corporal, entre outros. 
11. CRIMES DE FORMA VINCULADA: São delitos de forma vinculada aqueles que somente podem ser cometidos através de fórmulas expressamente previstas no tipo penal, como demonstra o caso do curandeirismo (art. 284, I, II e III, do CP).
12. CRIME DE ÍMPETO: aquele em que a vontade delituosa é repentina, sem preceder deliberação. Ex.: homicídio cometido sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação, vez que a pessoa age repentinamente.
13. CRIME DE MÃO PRÓPRIA (ATUAÇÃO PESSOAL): É aquele que pode ser praticado somente pelo agente pessoalmente, não podendo utilizar-se de interposta pessoa (falso testemunho, adultério, prevaricação). Ex.: O desertor somente foge pelas próprias pernas.
14. CRIME DE RESULTADO CORTADO: aquele em que o agente visa a realizar um resultado posterior, porém, dispensável para a consumação do delito. Exemplo de delito de resultado cortado é a extorsão mediante sequestro como no Art. 159 do CP.: “Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate.”
15. CRIME DE TENDÊNCIA: São os crimes que condicionam a sua existência à intenção do sujeito. Nos delitos de tendência a ação encontra-se envolvida por determinado ânimo cuja ausência impossibilita a sua concepção. Ex.: Extorsão
16. CRIME DOLOSO: Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. (Art 18,I do CP) Ex.: Artigo 121 do C.P: Matar alguém.
17. CRIME EXAURIDO: Exaurimento corre em relação aos acontecimentos típicos posteriores à consumação do crime. Exemplo: a obtenção da vantagem ilícita na extorsão. No momento em que o agente constrange a vítima, o crime já se consuma. Quando o agente obtém a vantagem o crime está se exaurindo.
18. CRIME FALHO: É uma forma de tentativa na qual o agente esgota todo o caminho executório para o crime, de acordo com seu planejamento, mas não ocorre a consumação. O sujeito realiza uma conduta que objetivamente poderia causar um resultado lesivo. Por exemplo, que para matar seu desafeto são necessários apenas dois tiros e efetua os dois disparos, será o caso de tentativa perfeita, acabada ou crime falho.
19. CRIME HABITUAL: É aquele que somente se consuma através da prática reiterada e contínua de várias ações, traduzindo um estilo de vida indesejado pela lei penal. Logo, pune-se o conjunto de condutas habitualmente desenvolvidas e não somente uma delas, que é atípica.
20. CRIME IMPOSSÍVEL:  crime impossível é aquele que, pela ineficácia total do meio empregado ou pela improbidade absoluta do objeto material, é impossível de se consumar. “Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.” CP.
Ex: Tentar matar uma pessoa com um palito de dentes. Tentativa inadequada / inidônea / impossível / quase-crime.
21. CRIME MONOSSUBJETIVO: são os que podem ser cometidos por uma só pessoa. Exemplos: roubo, furto, homicídio, falsificação documental, evasão de divisas e etc.
22. CRIME PLURILOCAL: é aquele em que a conduta e o resultado ocorrem em locais distintos, mas ambos dentro do território de um mesmo país. Gera um conflito interno de competência, que no Brasil se resolve de acordo com o art. 70 do Código de Processo Penal .
Art. 70: A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. § 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução. § 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado. § 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
	
23. CRIME PLURISSUBJETIVO: É o crime de concurso necessário, isto é, aquele que por sua estrutura típica exige o concurso de, no mínimo, duas pessoas. A conduta dos participantes pode ser paralela (quadrilha), convergente (adultério e bigamia), ou divergente (rixa).
24. CRIME PRETERDOLOSO: praeter dolus que significa acima do dolo, além do dolo. Isso quer dizer que a ação do agente excedeu a vontade do agente. Exemplo: lesão corporal seguida de morte, aborto com morte, omissão de socorro com morte, abandono de incapazcom morte.
25. CRIME PROGRESSIVO: Ocorre quando o agente para alcançar um resultado mais grave, passa por uma conduta inicial que produz um efeito menos grave. Exemplo: Para ocorrer um furto tem como antecedente necessário a violação de domicílio ou o uso de documento falso pelo próprio autor da falsidade.
26. CRIME PUTATIVO: É quando a ilicitude do fato existe somente na imaginação do agente. O fato é atípico e, portanto, irrelevante para a ordem jurídico-penal. Não se confunde com o crime impossível. Ex.: Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
§ 1o Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.
§ 2o Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.
27. CRIME UNISSUBSISTENTE: Os delitos unissubsistentes são os que admitem a sua prática através de um único ato.
28. CRIME VAGO: São aqueles que não possuem sujeito passivo determinado, sendo este a coletividade, sem personalidade jurídica. São os casos da perturbação de cerimônia funerária (art. 209), da violação de sepultura (art. 210), entre outros.
29. CRIMES COMISSIVOS POR OMISSÃO: os comissivos por omissão são os delitos de ação, excepcionalmente praticados por omissão, restrita aos casos de quem tem o dever de impedir o resultado (art. 13, § 2.º – consultar o Cap. XIII, item 5.3);
30. CRIMES COMISSIVOS: Os delitos comissivos são os cometidos por intermédio de uma ação (ex.: estupro);
31. CRIMES DE DANO: Os delitos de dano são os que se consumam com a efetiva lesão a um bem jurídico tutelado. Trata-se da ocorrência de um prejuízo efetivo e perceptível pelos sentidos humanos.
32. CRIME DE DUPLA SUBJETIVIDADE PASSIVA: É aquele que tem, necessariamente, mais de um sujeito passivo, como é o caso do crime de violação de correspondência (art. 151), no qual o remetente e o destinatário são ofendidos.
33. CRIMES DE MERA CONDUTA: seriam os delitos de atividade que não comportariam a ocorrência de um resultado naturalístico, contentando-se unicamente em punir a conduta do agente (ex.: algumas formas de violação de domicílio e violação de correspondência).
34. CRIMES DE PERIGO: Os crimes de perigo são os que se contentam, para a consumação, com a mera probabilidade de haver um dano.
35. CRIMES DE PROGRESSÃO CRIMINOSA: Trata-se da evolução na vontade do agente, fazendo-o passar, embora num mesmo contexto, de um crime a outro, normalmente voltado contra o mesmo bem jurídico protegido. Ex.: Quer o agente lesionar a vítima; após um período, delibera matá-la. Então, será punido unicamente pelo fato mais grave.
36. CRIMES FORMAIS: É quando a sua consumação independe de um efetivo resultado externo como acontece com a calúnia, difamação e a injúria quando oral. (Arts. 138 a 140)
37. CRIMES INSTANTÂNEOS: Os delitos instantâneos são aqueles cuja consumação se dá com uma única conduta e não produzem um resultado prolongado no tempo. Assim, ainda que a ação possa ser arrastada no tempo, o resultado é sempre instantâneo (ex.: homicídio, furto, roubo).
38. CRIMES MATERIAIS: É crime de dano por excelência, no qual o evento lesivo se concretiza em um acontecimento destacado da ação. Há nesses ilícitos um evento externo à conduta para a sua consumação. Ex.: Homicídio, lesão corporal, danos e etc.
39. CRIMES MULTITUDINÁRIOS: é aquele praticado por multidões inflamadas pelo ódio, pela cólera, pelo desespero. Há uma presunção do vínculo psicológico entre a multidão delinqüente, de forma que todos que participaram, todos que se encontravam na multidão e que de alguma maneira, praticaram condutas, responderão pelo fato praticado. Ex: Linchamento
40. CRIMES OMISSIVOS: os omissivos são praticados através de uma abstenção (ex.: omissão de socorro).
41. CRIMES PERMANENTES: Os delitos permanentes são os que se consumam com uma única conduta, embora a situação antijurídica gerada se prolongue no tempo até quando queira o agente. Exemplo disso é o sequestro ou cárcere privado. Com a ação de tirar a liberdade da vítima, o delito está consumado, embora, enquanto esteja esta em cativeiro, por vontade do agente, continue o delito em franca realização. Outros exemplos: extorsão mediante sequestro, porte ilegal de arma e de substância entorpecente.
42. CRIMES PLURISSUBSISTENTE: os plurissubsistentes exigem vários atos, componentes de uma ação. Como exemplo de crime plurissubsistente pode-se mencionar o homicídio.
43. CRIMES PRÓPRIOS: são próprios os crimes que exigem sujeito ativo especial ou qualificado, isto é, somente podem ser praticados por determinadas pessoas.
44. DELITO TRANSEUNTE: São os crimes que não deixam vestígios. Ex.: Injúria, difamação e calúnia verbal (Arts. 138 a 140 do CP).
45. DELITOS DE TRANSCENDÊNCIA INTERNA:
BIBLIOGRAFIA
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal. 10. Rio de Janeiro Forense 2014 1 recurso online ISBN 978-85-309-5463-5.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2000.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal – Parte Geral. São Paulo: Saraiva, 2008.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988, São Paulo: Atlas, 2009.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Rio de Janeiro: Impetus, 2007.
GOMES, Luiz Flávio. Direito penal: parte geral: volume 2. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007.
MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal – Parte Geral. São Paulo: Atlas, 2003.
NORONHA, E. Magalhães. Direito Penal. São Paulo, 1991.
JESUS, Damásio Evangelista. Curso de Direito Penal. Saraiva: São Paulo, 2003
www.jus.com.br
DOTTI, René Ariel. Curso de direito penal: parte geral. São Paulo, Revista dos Tribunais, 2012.
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