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CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES – UNIT PSICOLOGIA JULIA RIBEIRO LAVINIA GUIMARÃES RELATÓRIO SNIFFY MACEIÓ-AL 2015 JULIA RIBEIRO LAVINIA GUIMARÃES RELATÓRIO SNIFFY Relatório apresentado como requisito parcial de avaliação da disciplina processos psicológicos II, ministrada pelo prof. André Fermoseli, no 2º semestre de psicologia. MACEIÓ-AL 2015 SUMÁRIO 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................1 2 OBJETIVO...................................................................................................2 3 METODOLOGIA........................................................................................3 4 RESULTADO E DISCUSSÃO...................................................................5 5 CONCLUSÃO..............................................................................................8 6 REFERÊNCIAS..........................................................................................9 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Uma mãe ao tentar educar seu filho, tenta ensiná-lo, colocando-o de castigo, sendo assim está fazendo uso do condicionamento operante, pois se a criança ficar de castigo que é algo que ela não gosta, da próxima vez ela pensa em se comportar de maneira diferente daquela que a fez ficar no castigo, assim o comportamento da criança começa a se modelar e não irá tentar repetir o ato. Um reforço positivo indica a criança o que ela pode e deve fazer. Um elogio por ela ter se comportado por exemplo é um reforço para ela, um abraço ou algum pequeno presente leva a criança a repetir a ação positiva desejada. Um reforço negativo indica a criança o que ela não pode e nem deve fazer e o que deveria deixar de fazer para evitar o castigo. Extinção operante é a suspensão de uma consequência reforçadora anteriormente produzida por um comportamento. Tem como efeito o retorno da frequência do comportamento ao seu nível operante. Exemplo: Quando o controle remoto para de funcionar e não conseguimos mudar de canal. Extinção respondente é a diminuição gradual da força de um reflexo pela apresentação repetida do estímulo condicionado na ausência do estímulo incondicionado. Exemplo: Júlia já não liga mais para Arthur, pois ele ignora todas as ligações que ela faz para seu celular. A modelagem são os comportamentos apreendidos que surgem a partir dos reforços diferencial e sucessivo que ocasionam um novo comportamento. (Moreira & Medeiros,2007). Exemplo de modelagem em humanos: Pais e parentes reforçam o balbuciar dos bebês, exigindo cada vez mais sequências de sons mais parecidos com os sons das palavras da lingua que falam. 1 OBJETIVO Usando o programa Sniffy, temos como objetivo observar, entender e descrever como se dá o processo de aprendizagem nos animais, como podemos aplicar os resultados em seres humanos e quais as consequências, e como pode influenciar e até que ponto há relevância nos resultados obtidos para comportamentos dos seres racionais. O capitulo 3 teve como objetivo ensinar o Sniffy a associar o barulho da barra com a presença de comida no comedouro. No capitulo 4 o objetivo foi ensinar o Sniffy a pressionar a barra através do processo de modelagem por aproximações sucessivas e reforço diferencial. O objetivo no capitulo 5 foi verificar o que acontece com o Sniffy quando ele ganha conseqüências positivas, no caso uma pelota de comida, cada vez que ele se comporta pressionando a barra. E por fim o capitulo 6 teve como ojetivo observar, coletar e analisar o comportamento do Sniffy em processo de extinção operante (ausência de reforço). 2 METODOLOGIA O sujeito observado foi um rato da cor branca. E o mesmo tinha algumas caracteristicas comportamentais em comum com a dos seres humanos. Ao analisar o comportamento do rato temos uma base de como será o comportamento dos seres humanos em tais situações. Utilizamos como instrumento um programa chamado sniffy, onde simula um rato dentro de uma caixa com vários estímulos, retratando assim a caixa de condicionamento de skinner. As experiências foram realizadas em dupla, foi utilizado um relógio para marcar os 15 minutos, folhas para anotar os comportamentos do sujeito de acordo com o experimento e caneta. Entre os procedimentos realizados foram feitos: Observação do nível operante, Treino ao comedouro, Modelagem, Reforçamento Contínuo e Extinção. Após a conclusão das sessões experimentais, os resultados foram analisados, calculando a frequência total de cada comportamento, e a taxa foi dividida pelo tempo de duração dos experimentos. Com os dados coletados, foram realizados gráficos que demonstraram os diferentes níveis de comportamento obtidos em cada sessão. No capítulo 3 foi realizado o treinamento ao comedouro. O animal foi observado e toda vez que estava proximo a barra era liberado uma pelota de comida, o procedimento foi feito por 15 vezes fazendo assim com que o mesmo associasse o barulho da barra com a presença de comida ao comedouro. O capítulo 4 teve como procedimento ensinar o animal a pressionar a barra através do processo de modelagem por aproximações sucessivas e reforço diferencial. Este processo foi realizado em diferentes etapas. Toda vez que o sniffy se aproximava da barra era liberado algumas pelotas de comida, posteriormente apenas quando ele a cheirava e por fim quando o mesmo levantava diante dela. Registrando sempre em cada procedimento a quantidade de comida liberada. Todo esse procedimento foi realizado com a finalidade de que o sniffy so receberia comida pressionando a barra. No capítulo 5 foi realizado o esquema de reforçamento contínuo. O animal foi observado durante 15 minutos a fim de saber todos os seus comportamentos minuto a minuto. Os comportamentos observados foram: farejar, andar, coçar, levantar, parar, virar, pressão a barra 3 e beber água. Após a observação foram tranferidos os resultados para a tabela do item 5.4 da apostila e em seguida efetuado os calculos da frequência total e a taxa de respostas que foram tranferidos para a tabela do excel. No capitulo 6 foi realizado a extinção operante. O animal foi observado durante o tempo de 15 minutos com a finalidade de verificar quantas pressão a barra o sniffy emitiria usando a seguinte legenda: X – pressão a barra e O – outros comportamentos. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Nível operante Taxa de resposta Farejar 6,6 Andar 8,13 Coçar 7,13 Levantar 2,86 Parar 1,06 Virar 3,4 Pressão à barra 0,46 Beber água 0,4 CRF Taxa de resposta Farejar 9,2 Andar 5,2 Coçar 1,6 Levantar 1,06 Parar 0,26 Virar 1,93 Pressão à barra 13,06 Beber água 0,26 Afigura referente ao esquema de reforçamento contínuo CRF, teve duraçao de 15 minutos, onde foi observado o comportamento: farejar, andar, coçar, levantar, parar, virar, pressão à barra e beber água. No CRF foi analisado um aumento significativo nas respostas de farejar e pressionar a barra, enquanto os demais comportamentos diminuiram a frequência das respostas. No nível operante os comportamentos que tiveram o maior índice de resposta foram: Andar, coçar e farejar. Os resultados destas taxas em NO: Andar = 8,13; Coçar= 7,13; Farejar= 6,6. E os resultados das taxas em CRF: Pressão à barra= 13,06; Farejar= 9,2. Concluindo que no reforçamento contínuo, elevou-se a taxa de pressão à barra por causa do estímulo incondicionado. 6 RPB CRF RPB EXTINÇÃO DO CRF 1 13 25 2 26 34 3 37 48 4 48 60 5 62 66 6 76 76 7 91 77 8 104 78 9 118 80 10 126 80 11 146 80 12 156 81 13 174 82 14 181 82 15 196 82 Na figura que representa a extinção do reforçamento contínuo, foi retirado o reforço, ou seja o rato deixou de ser reforçado com a comida todas as vezes que pressionava a barra. Foi possível observar que os primeiros minutos houve aumento nas respostas de pressão à barra, e nos últimos minutos foi notório a diminuição e até a extinção das respostas da pressão à barra. Foi observado que o rato ao longo dos 7 minutos diminuiu a frequência de pressão â barra, por causa da ausência do estímulo incondicionado (alimento), levando a extinção da resposta de pressão â barra. 7 CONCLUSÃO Conclui-se que por meio de estudos teóricos e práticos, comprovam-se hipóteses de que o comportamento pode ser alterado de acordo com o ambiente e seus reforços. Utilizou-se de circunstâncias experimentais controladas, no caso do presente trabalho, o programa Sniffy - o rato virtual, em que, a principio, observou-se o comportamento do rato sem interferência, porém privado de alimento, a fim de se fazer o registro. Em seguida passamos a manipular o ambiente e observar os efeitos sobre as variáveis dependentes, ou seja, mudanças no comportamento do rato. A partir da realização desta experiência, pudemos perceber a importância da utilização do programa sniffy pro, pois nos proporciona um conhecimento prático dos conceitos aprendidos em sala de aula. A importância é destacada pelos autores Eckerman e Tomanari: Sniffy Pro é uma ferramenta que proporciona ao campo da psicologia experimentar sensações semelhantes ás experiências realizadas em laboratórios em que se utilizam animais de verdade. Além de proporcionar sensações muito próximas da realidade, Sniffy é considerado por alguns como uma “alternativa ética ao uso de animais na prática de ensino”. (2003, p.164) 8 REFERÊNCIAS. MOREIRA, M.B, MEDEIROS, C.A.. Princípios Básicos de Análise de Comportamento. Porto Alegre: Editora Artmed 2007. TOMANARI, Gerson Yukio; ECKERMAN, David Alan. O rato sniffy vai á escola. 2. ed. São Paulo: Psicologia: Teoria e Pesquisa, 2003. 9
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