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1 APOSTILA DIREITO TRIBUTÁRIO

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Prof.ª. Evanilde dos Santos Carvalho
Direito tributário
É a disciplina jurídica dos tributos. É o ramo do direito público que reage as relações jurídicas entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado no que se refere à obtenção de receitas que correspondam ao conceito de tributos.
 Relações do direito tributário com outros ramos do direito
Direito constitucional: porque se a CF contém as bases do ordenamento jurídico, é nela que se encontra o próprio fundamento de validade do tributo
Direito administrativo: Porque a atuação do Estado, visando a arrecadação e fiscalização de tributos, opera-se por intermédio dos órgãos que compõe a administração pública
Direito civil: em todos os setores, nos contratos, nas relações de família, nas questões sucessórias, na propriedade
Direito do trabalho: o salário, aviso prévio, contribuição social
Direito comercial: as figuras dos tributos. Demonstrações financeiras e atos do comercio 
Direito penal: além de sancionar criminalmente os ilícitos, tributários considerados graves, fornece ao direito dos tributos em conjunto de princípios extremamente útil no campo das infrações e penalidades fiscais de caráter não delituoso
Conceito de tributos
 É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administradora plenamente vinculada (art.3º, CTN).
Classificação dos tributos
 Segundo o art. 3º do CTN, são espécies de tributo: o imposto, a taxa e a contribuição de melhoria.
 a) Imposto (art. 16 CTN)
 É o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
 
Classificação dos tributos
 b) Taxa
 São tributos cujo fato gerador é configurado por uma atuação estatal específica, requerível ao contribuinte, que pode se constituir:
 a) no exercício regular do poder de policia; 
 b) na prestação ao contribuinte, ou colocação à disposição deste, de serviço público especifico e divisível.
Classificação dos tributos
 O fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado. O Estado exerce determinada atividade e, por isso, cobra a taxa da pessoa a quem aproveita aquela atividade.
 B¹) Taxa de Polícia (art. 78 CTN)
 É cobrada em razão da atividade do estado, que verifica o cumprimento da exigências legais pertinentes e concede a licença, a autorização, o alvará, etc.
Classificação dos tributos
 B²) Taxa do serviço (art.77 CNT) 
 São considerados serviços:
 
 1) utilizados pelo contribuinte
 a) efetivamente, quando usufruído por ele a qualquer título; 
 b) potencialmente, quando sendo de utilização compulsória, sejam postos a sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.
Classificação dos tributos
São considerados serviços:
 2- específicos quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade pública.
 3- divisíveis, quando suscetíveis de utilização separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
Taxa e Preço Público
 A taxa é um tributo, portanto, objeto de uma obrigação instituída por lei, já o preço público é obrigação contratual. O preço é pois, obrigação assumida voluntariamente, ao contrário da taxa de serviço, que é imposta pela lei a todas as pessoas que se encontrem na situação de usuários de determinado serviço estatal.
 Ex: preço público = correio = voluntário 
 Podem ser: ex. taxa de luz/taxa de lixo = impositivos
Taxa e Preço Público
 a) serviços ínsitos à soberania, que ensejariam taxas somente pela utilização efetiva;
 b) serviços essenciais ao interesse público, cujo prestação é do interesse geral, e relação aos quais a taxa é cobrada quer o contribuinte se sirva da atividade, quer não.
 c) serviços públicos não essenciais, já fora do campo das taxas, que seriam remunerados por preços públicos.
 Contribuição de melhoria (art.81 e 82 CTN)
 Decorre de obras públicas. Esse tributo, conecta-se com determinada atuação estatal, qual seja, a realização de uma obra pública da qual decorra, para os proprietários de móveis adjacentes, uma valorização (ou melhoria) de suas propriedades.
 A contribuição se liga a uma atuação estatal que por reflexo se relaciona com o indivíduo (valorização de sua propriedade).
Outras figuras tributárias 
 - Pedágio
 O fato gerador do pedágio é a utilização da via pública e não a conservação desta. A utilização há de ser efetiva e não potencial (simples colocação da via à disposição)
 Não se pode dizer que o fato gerados seja o serviço (restauração) que o Poder Público execute, pois essa tarefa é meio (para manter a via utilizável) e não fim da atuação estatal.
Outras figuras tributárias
 - Pedágio 
 A vista disso, o pedágio diferencia-se da taxa de serviço. Esta se refere a um serviço prestado pelo Estado ao indivíduo ou posto à sua disposição. Com pedágio isso não ocorre; mesmo os reparos que a via pública demande não configuram “prestações” de serviço do Estado; a estrada que se restaura não é do contribuinte, é publica
Empréstimo compulsório
 
 Só pode ser criado pela União, em casos de guerra, eminência de guerra, calamidade pública e questões sociais.
 
Característica do Tributo 
Tributo é ser uma prestação pecuniária;
A exigência, a obrigatoriedade e a coação; 
A cobrança está calcada em Regras Fixas, leis anteriores à cobrança, o quanto, à forma e o prazo a ser cobrado. 
 Outras classificações de tributos
 TRIBUTOS FEDERAIS
1) Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros (II) 
2) Imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados (IE) 
3) Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR) 
4) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 
5) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) 
6) Imposto Territorial Rural (ITR) 
Sem regulamentação
7) Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) - previsto na Constituição, mas ainda falta regulamentação por lei complementar - Esse imposto não existe, de acordo com o Código tributário Nacional, não é passível de cobrança sem a devida regulamentação por Lei Complementar.
 
 Outras classificações de tributos
IMPOSTOS ESTADUAIS
Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e prestação de Serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) 
Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 
Imposto sobre Transmissões Causa Mortis e Doações de Qualquer Bem ou Direito (ITCMD) 
 Outras classificações de tributos
IMPOSTOS MUNICIPAIS
Imposto sobre a Propriedade predial e Territorial Urbana (IPTU) 
Imposto sobre Transmissão inter vivos de Bens e Imóveis e de direitos reais a eles relativos (ITBI)- De acordo com o Artigo 156 da CF- Brasileira: só a transmissão onerosa, de Bens Imóveis como Compra e Venda, por aquisição e incorporação, e ainda a transmissão real de direito sobre imóvel, pertencem aos Municípios. 
Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS ou ISSQN). 
 Outras classificações de tributos
Tributo Fiscal, Extrafiscal e Parafiscal 
Tributo Fiscal = quando seu principal objetivo é a arrecadação de recursos financeiros para o Estado.
Tributo Parafiscal = quando seu objetivo é a arrecadação de recursos para o custeio de atividades que, em princípio, não integram funções própria do Estado, mas este as desenvolve por meio de entidades específicas (OAB, contribuição sindical, CRC)
 Outras classificações de tributos
Tributo Extrafiscal = quando seu principal objetivo é a interferência do domínio econômico, buscando um efeito diverso da simples arrecadação de recursos financeiros. 
Exemplo: IOF, IE, II, IPI (não visa somente a arrecadação). 
Pode ser direito ou indireto, por ser situação emergencial,não pode deixar a urgência para o próximo ano. 
 Outras classificações de tributos
Tributo Real ou Pessoal = se o tributo leva em considerações aspectos pessoais do contribuinte é pessoal, como o IR. Será real o tributo que ignorar os aspectos pessoais.
O tributo pessoal incide sobre uma riqueza ou uma situação ou um ato econômico, sem levar em conta a pessoa que possui a riqueza, a que se refere essa situação ou esse ato econômico. 
 Outras classificações de tributos
 Imposto Direto é o que grava a pessoa, a renda e o capital, arrecadado por meio de listas nominativas lançamentos e que recaem sobre certos fatos permanentes, periodicamente constatados. São devidos pelas mesmas pessoas que “de fato”, suportam o ônus do tributo.
Imposto Indireto é o que grava um ato, fato um objeto, cobrado em virtude de tarifas impessoais, e que recaem sobre certos fatos intermitentes, constatados dia-a-dia. São devidos por uma pessoa dita contribuinte de direito, mas suportados por outra (dita contribuinte de fato), ou seja o contribuinte de direito recolhe o tributo, mas repassa o respectivo encargo financeiro para o contribuinte de fato.
 Outras classificações de tributos
Tributo fixo e variável = chamam-se fixos os tributos cujo montante independe de maior ou menor dimensão econômica do fato gerador.
E variável ou proporcional, quando varia de acordo com o maior ou menor valor da operação tributária.
 Outras classificações de tributos
 Tributo Regressivo ou Progressivo
Regressivo = quando sua onerosidade de relativa cresce na razão inversa do crescimento da renda do contribuinte. Diz-se do imposto em que a alíquota diminui à proporção que os valores sobre os quais incide são maiores. Os tributos regressivos, como, por exemplo, os que incidem sobre o faturamento bruto, valor agregado ou movimentação financeira, são freqüentemente tratados como concentradores de renda e vilões. Mas, mesmo sendo tão ruins assim, nenhum país consegue se livrar deles e impor uma tributação considerada mais justa, exclusiva sobre o lucro das empresas ou sobre a renda dos ricos.
 Outras classificações de tributos
 Progressivo renda maior alíquota maior
 IPTU, IR
2) Regressivo renda maior alíquota menor
 Exemplos de espécies tributárias que incidem sobre o faturamento bruto: o PIS, a COFINS, o SIMPLES, o imposto de renda pessoa jurídica e contribuição social sobre o lucro com base no lucro presumido, etc. 
3) Proporcional independente da renda a alíquota é igual
 
É aquele em que a alíquota é constante (igual/uniforme/fixa) e cujo resultado só aumenta à proporção em que aumenta o valor sobre o qual incide. É um tributo de alíquota inalterável, qualquer que seja o montante tributável ou a base tributária. 
 Outras classificações de tributos
Tributo seletivo e não seletivo
Seletivo = tem as suas alíquotas graduadas para onerar mais gradativamente os bens menos essenciais e mais brandamente os bens essenciais. Exemplo ICMS, IPI
Não-seletivo = abstraem essa preocupação 
 Outras classificações de tributos
Tributo monofásico e plurifásico 
 Se o tributo grava apenas uma das fases do processo produtivo, é monofásico. Exemplo:
 Se grava mais de uma fase do processo produtivo é plurifásico. 
 Exemplo de tributo plurifásico = é aquele que possui as chamadas incidências sucessivas. No Brasil atualmente são plurifásicos ICMS, IPI e a COFINS.
 Outras classificações de tributos
 Tributo cumulativo e não-cumulativo
 É a técnica de aplicação dos tributos multifásicos.
 Cumulativos = incidem em fases de circulação do bem, sem se computar ou sem se deduzir o valor que já incidiu nas fases anteriores. Diz-se de um tributo que incide em todas as etapas intermediárias dos processos produtivo e/ou de comercialização de determinado bem, inclusive sobre o próprio imposto/tributo anteriormente pago, da origem até o consumidor final, influindo na composição de seu custo e, em conseqüência, na fixação de seu preço de venda. 
 Não-cumulativo = é o tributo que, em cada fase, incide apenas sobre o valor que nela se agregou, ou grava todo o valor acumulado do bem, descontando-se o valor que já gravou as fases anteriores. Na etapa subseqüente dos processos produtivos e/ou de comercialização, não incide sobre o mesmo tributo pago/recolhido na etapa anterior. Exemplos: IPI e ICMS. 
 Outras classificações de tributos
Diz-se que é cumulativo o tributo que incide em mais de uma etapa de circulação de mercadorias sem que na posterior possa ser abatido ou compensado o montante pago na etapa anterior. Exemplos clássicos de tributos cumulativos: PIS, COFINS, CPMF. 
Os tributos não-cumulativos são aqueles cujo montante pago numa etapa de circulação de mercadoria pode ser abatido do montante devido em etapa seguinte. Exemplos brasileiros: ICMS e IPI. 
Observação: atualmente os tributos PIS e COFINS também podem ser não-cumulativos de acordo com a opção do contribuinte, se pelo regime de lucro real ou presumido. Base legal: art. 153, § 3º, II e art. 155, II, da Constituição Federal de 1988. 
 Outras classificações de tributos
Tributos que gravam a renda = IR e ISS
Tributos que gravam a circulação = ICMS
Tributos que gravam o patrimônio = IPVA e IPTU
 Outras classificações de tributos
IMPOSTO PROGRESSIVO – Diz-se do imposto em que a alíquota aumenta à proporção que os valores sobre os quais incide são maiores. Um exemplo disto é a Tabela do Imposto de Renda – Pessoa Física, cuja alíquota varia de 15 a 27,5%, conforme a renda.  
Competência tributaria
 É a aptidão para criar tributos que, União Estados, Distrito Federal e municípios têm, dentro de certos limites e obedecidos os critérios de partilha de competência estabelecido pela Constituição Federal determinando-se a partilha de competência.
Alíquota
 É o percentual ou valor fixo que será aplicado sobre a base de cálculo para o cálculo do valor de um tributo. 
 A alíquota será um percentual quando a base de cálculo for um valor econômico, e será um valor quando a base de cálculo for uma unidade não monetária. 
 As alíquotas em percentual são mais comuns em impostos e as alíquotas em valor ocorrem mais em tributos como empréstimo compulsório, taxas e contribuição de melhoria. 
Base de cálculo
 Base de cálculo é a grandeza econômica sobre a qual se aplica a alíquota para calcular a quantia a pagar.
 Por exemplo, na venda de imóveis, a base de cálculo do Imposto de Renda é a diferença entre o valor da venda e o valor declarado do imóvel na declaração anual de renda e patrimônio.
 No ICMS, a base de cálculo geralmente é o valor da venda da mercadoria (salvo disposição em contrário).
 Na Previdência Social, base de cálculo é o salário benefício e serve para a fixação dos valores das prestações asseguradas aos beneficiários. É a média aritmética de todo o período contributivo a partir de 1994. Antes desse período, se considerará as 80% maiores contribuições, corrigidas mês a mês.
Competência tributaria
 A partilha do produto da arrecadação, conferida pela Constituição Federal, de determinados tributos, instituídos por certo ente político, não é por este totalmente aprovado, mas partilhado com outros entes políticos.
 Ex: IPVA: 50% Estados; 50% munícipio 
Classificação da competência tributária
Privativa: A competência para criar impostos atribuída com exclusividade a este ou aquele ente político (Exemplo: ICMS, IPVA);
2) Residual atribuída à União: atinente aos outros impostos que podem ser instituídos pobre situações não previstas (art. 154,2,CF);
3) Comum referente a todos os entes políticos (Exemplo: Taxas e contribuição de melhorias).
 Limitações ao Poder de Tributar
 É o conjunto dos princípios e normas que disciplinam a competência tributária pela constituição Federal, que resguardam valores.
 As limitações do poder de tributar integram o conjunto de traços que demarcam o campo, o modo, a forma, e a intensidade de atuação do poder detributar.
 As limitações ao poder de tributar são:
 1) princípios constitucionais tributários;
 2) as imunidades tributárias.
Princípios Constitucionais Tributários
A competência tributária encontra limites na Constituição Federal (arts. 5º, II, 150 a 152 e no CTN (arts. 9º a 11).
1- Princípio da legalidade tributária (art. 150, I, CF)
 Nenhum tributo será criado, nem aumentado a não ser por lei. (Observação impostos extra fiscais podem ser criados modificados por meio de Decretos, medidas provisórias e normas complementares)
2- Princípio da irretroatividade da lei tributária (artigo 150, III, “a”, CF) A lei nova não se aplica aos fatos geradores já consumados (art. 105 do CTN).
Princípios Constitucionais Tributários
4- Princípio da isonomia ou igualdade tributaria (artigo 150, II, CF) é vedado instituir tratamento desigual entre contribuintes de situação equivalente (tratar iguais os e desiguais os desiguais, na medida de sua desigualdade).
5- Princípio da uniformidade (artigo 151, II, I, CF) é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Municípios, em detrimento de outro (uniformidade nacional).
Princípios Constitucionais Tributários
6- Princípio da capacidade contributiva (artigo 145, §1º, CF) nenhum tributo pode ser criado que vá além da capacidade contributiva.
7- Princípio da vedação de tributo confiscatório ou da proporcionalidade razoável (artigo 150, IV, CF) os Estados, Municípios e união não podem criar tributos com efeito de confisco. 
Princípios Constitucionais Tributários
8-Princípio da liberdade de tráfego (art. 150, V, CF e art. 9º do CTN) veda-se que o tributo tenha como hipótese de incidência o ir e vir dentro do território nacional. (admite-se o pedágio pelo uso das vias públicas por veículos automotores e o ICMS para circulação de mercadorias) 
9- Princípio da transparência dos impostos (art. 150, §5º, CF) o tributo deve ser bem esclarecido, com fato gerador claro e específico.
Princípios Constitucionais Tributários
10. Princípio da Imunidade Recíproca (art. 150. VI, “a” da CF e arts. 9º e s. do CTN) é vedado a União, aos Estados-membros, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, bem como sobre autarquias e fundações mantidas pelo Poder Público (naquilo que está vinculado às suas atividades essenciais).
Princípios Constitucionais Tributários
11. Princípio da anterioridade
Art. 150, III, “b” e “c” da CF
OBS: princípio da anualidade não existe no ordenamento.
 Tributo criado ou majorado em um exercício, só poderá ser exercido e exigido no ano seguinte, respeitado o intervalo mínimo de 90 dias. (Anterioridade nonagésima).
Lembrar que: Leis que reduzem ou extinguem tributos não respeitam a anterioridade (produzem efeitos imediatos)
Exceções - pela EC 42/2003 tem-se 3 grupos de exceções:
1) Cobrança imediata – imposto cobrado no dia seguinte (IOF, II, IE, IEG e empréstimo compulsório de calamidade pública ou guerra).
2) 90 dias – imposto cobrado no mesmo ano (IPI, contribuições previdenciárias – artigo195 CF – Cide/combustíveis e ICMS/combustíveis).
3) Ano seguinte – imposto cobrado no ano seguinte sem contar os noventa dias (IR, alterações na base de cálculo de IPTU e IPVA).
Princípios Constitucionais Tributários
Princípios e regras específicas de determinados impostos:
Princípios da não comutatividade (art. 153, §3º, II, 155, II § 2º, I, CF). O contribuinte de direito do imposto não deve suportar a carga tributária do imposto, é através do princípio da não-cumulatividade repassa este ônus ao consumidor final, contribuinte de fato. Exemplo: ICMS, IPI e Imposto Residual; na etapa subseqüente dos processos produtivos e/ou de comercialização, não incide sobre o mesmo tributo pago/recolhido na etapa anterior 
Princípio da seletividade em função da essencialidade (art. 153, §3º, 1, CF) sua função é variar a alíquota de acordo com a essencialidade do bem. Exemplos: IPI, ICMS
Princípios Constitucionais Tributários
Princípio da progressividade (art. 156, §1º C/C art. 182, §4º, 2, CF) ->Ex. IPTU progressivo. A alíquota cresce à medida que a base de cálculo aumenta.
Princípio tributário decorrente da ordem econômica (art. 170, IX, art. 172, art. 173, §1º, art. 174, art. 179, CF)
 Imunidades tributárias (art. 150, VI, à 152, CF)
 
 É a qualidade da situação que não pode ser atingida pelo tributo, em razão de norma constitucional que, a vista de alguma especificidade pessoal ou material dessa situação, deixou-a fora do campo sobre que é autorizada a instituição fora do campo.
ISENÇÃO 
É a exclusão, sempre por lei, de parcela da hipótese de incidência, ou suporte fático da norma de tributação
- Constitui objeto de isenção a parcela que a lei retira dos fatos que realizam a hipótese de incidência da regra de tributação.
- Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva às taxas, às contribuições de melhoria e aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
ISENÇÃO 
Se não for concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo.
Para que se configure a isenção é necessário, antes haver a incidência para que, posteriormente, outra norma sobrevenha, isentando o pagamento daquele tributo.
 Imunidades tributárias (art. 150, VI, à 152, CF)
 A diferença entre imunidade e isenção está em que a primeira atua no plano da definição da competência e a segunda opera no plano do exercício da competência.
 Imunidades estão na Constituição:
 Limitações de alíquota (art. 153, §5º, e art. 155, §1º, IV, CF) 
 Limitações quanto a base de cálculo (art. 145, §2º, art.154, 1, CF)
 Limitações à concessão de isenções e benefícios (art. 155, §2º, XII, “g”)
 Aplicação retroativa da lei tributária 
 O aplicador da lei não pode, em regra, estender ao passado os efeitos da lei nova.
 
 Todavia, em matéria de sanção às infrações tributárias, o CTN. Manda aplicar retroativamente a lei nova, quando mais favorável ao acusado do que a lei vigente à época da ocorrência do fato. Prevalece a lei mais branda (art. 106, II CTN) 
Obrigação tributária
 É uma relação jurídica, que designa o vínculo que liga o devedor a uma prestação em proveito do credor. O FISCO. 
	Assim, o Fisco tem o direito de exigir essa prestação que o devedor está vinculado.
 A obrigação tributária, de acordo com a natureza da prestação que tenha por objeto, pode assumir as formas dar, fazer e não fazer.
 A obrigação tributária diz-se “ex lege” = por força da lei, que decorre da lei.
Obrigação tributária
Obrigação principal ( art. 113, §1º CTN)
"A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente." 
 A obrigação tributária principal, pagamento, deve ter seu fato gerador previsto em lei (aqui em sentido estrito). Na obrigação principal o contribuinte ou responsável vai ter de realizar algum tipo de pagamento, seja de tributo ou de penalidade pecuniária. 
Obrigação tributária
Obrigação acessória (art. 113, §2º CTN)
 Na obrigação acessória o contribuinte ou responsável apenas deve fazer ou deixar de fazer alguma coisa determinada na legislação tributária, assim por exemplo a obrigação de pagar o ISS - Imposto Sobre Serviços é uma obrigação principal, já a obrigação de emitir notas fiscais de serviço nas operações tributáveis é uma obrigação acessória.
 A obrigação acessória pode ser prevista na legislação tributária, ou seja, pode surgir de outras fontes tais como os decretos.
Fato gerador da obrigação tributária
 A obrigação tributária nasce de fato um previamente descrito, cuja ocorrência tem a aptidão, dada por lei, de gerar aquela obrigação.
 O fato gerador da obrigação tributária principal é a situação definida em lei como necessária e suficienteà sua ocorrência (art. 114 CTN).
Fato gerador da obrigação tributária
 
 Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigações principal (art. 115 CNT).
Elementos do fato gerador
Elementos subjetivos. 
a) Sujeito ativo: é a pessoas que é credora da obrigação tributária.
b) Sujeito passivo: é o devedor dessa obrigação.
Elementos do fato gerador
-Elemento valorizador ou quantificativo: base de cálculo e alíquota.
-Elemento espacial: o fato gerador do tributo é um acontecimento que ocorre em algum lugar.
- Elemento temporal: o fato ocorre no tempo. Se ocorrer antes ou depois da lei, será ou não aplicada à lei.
Fatos geradores instantâneos, periódicos e continuados 
 
 Fato gerador instantâneo: em um único ato ou contrato, ou operação realizada, que a cada vez que realizada no mundo real, implica a realização de um fato gerador. Repete-se tantas vezes quantas essas situações materiais se repetirem no tempo. A lei nova não poderá incidir, portanto, sobre os fatos geradores instantâneos. Ex: ITBI, IR retido na fonte, ICMS, imposto sobre importações. 
Fatos geradores instantâneos, periódicos e continuados
 
 Fato gerador periódico: sua realização se põe ao longo de um espaço de tempo, não ocorrem hoje ou amanhã, mas sim durante um longo período de tempo, ao término do qual se valorizam "n" fatos isolados que, somados, aperfeiçoam o fato gerador do tributo. Ex: Imposto sobre a renda.
 Fato gerador continuado: sua realização se dá de forma duradoura, e pode manter-se estável ao longo do tempo, a matéria tributável tende a permanecer, existindo hoje e amanhã. Ex: IPTU, IPVA. 
Momento da ocorrência do fato gerador (art. 116, 1, 2, CNT)
 Efeito do fato gerador
 O efeito é o que decorre da subsunção de qualquer fato à norma que o disciplina.
 
 Ou seja, ocorreu o fato descrito na lei há incidência do tributo.
Incidência, Não- Incidência, imunidade e isenção
 Há incidência de tributo quando determinado fato, por enquadrar-se no modelo abstratamente previsto em lei, jurídica e irradia o efeito, também legalmente previsto, de dar nascimento a uma obrigação de recolher tributo.
 Todos os fatos que não têm a aptidão de gerar tributos compõem o campo da não- incidência de tributo. 
Incidência, Não- Incidência, imunidade e isenção
 A imunidade opera no plano da definição da competência. (art. 150, VI, CF)
 A isenção atua no plano da definição da incidência. (Leis)
Classificação das isenções 
 As isenções classificam-se sem objetivas (ou reais) e subjetivas (ou pessoas), consoante lei que as conceda tinha levado em conta peculiaridades da própria situação material.
 As isenções dizem-se regionais quando atingem apenas parte do território da entidade tributante.
 São setoriais as que contemplam determinado setor de atividade econômica.
 Isenções condicionais são as que dependem do cumprimento de certos requisitos. 
Contribuinte
 O contribuinte, pode ser identificado como a pessoa que realiza o fato gerador da obrigação tributária. Posto o fato, ele é atribuído a alguém, que o tenha realizado ou praticado. Essa pessoa é o contribuinte.
 O contribuinte seria o sujeito passivo direto, enquanto responsável seria o sujeito passivo indireto.
Responsável tributário
 É o sujeito passivo indireto, que nada mais é, do que um terceiro que é eleito devedor da obrigação tributária.
Capacidade tributária (art. 126 CNT)
 É a aptidão para assumir direito e obrigações.
 É a aptidão para ser sujeito passivo de obrigações tributárias.
 O representante legal é responsável tributário, por ações ou omissões, nos termos do art. 134 CNT, mas nessas situações, responde por dívida alheia e não própria.
Capacidade tributária (art. 126 CNT)
 As condições jurídicas particular não desqualifica, o cidadão que pratica o fato gerador, de sua obrigação tributária.
 A sociedade de fato ou sociedade irregular também estão sujeitas ao recolhimento de tributo por realizarem o fato gerador.
 Domicílio tributário (art. 127 CNT)
 As peculiaridade deste ou daquele tributo podem alterar a questão do domicílio fiscal de uma mesma pessoa.
 O domicílio é definido pelo lugar dos atos que tenham dado origem a obrigação.
Lançamento tributário
 É a forma que o fato tem de exigir o crédito pela situação realizada.
 A ocorrência do fato gerador dá nascimento à obrigação tributária. 
 
 Em diversas situações, embora ocorrido o fato gerador, a lei tributária não requer do sujeito passivo nenhum pagamento se e enquanto não houver, por parte do sujeito ativo, a prática de um específico ato jurídico, que se reflete num escrito formal, do qual se deve dar ciência ao sujeito passivo a fim de que este fique adstrito a, no prazo assimilado satisfazer o direito do credor, sob pena de serem desencadeados os procedimentos de contrição judicial.
Lançamento tributário
 Antes da consecução desse ato, embora nascida a obrigação tributária, esta está desprovida de exigibilidade.
 A esse ato do sujeito ativo dá-se o nome de lançamento.
 Noutras situações, a lei atribui ao sujeito passivo o dever de pagamento independentemente da prática do ato de lançamento pelo sujeito ativo 
 Conceito de lançamento (art. 142 CTN)
 É o registro necessário para que o sujeito ativo possa exercitar atos de cobrança do tributo, primeiro administrativamente e depois, se frustrada a cobrança administrativa por meio judicial, após a inscrição do tributo como dívida ativa.
 Inalterabilidade do lançamento	
 O lançamento notificado ao sujeito passivo vincula a autoridade que o efetuou, de modo que ele, em regra, não pode modificá-lo.
 Mas o lançamento é alterável nas situações prevista no artigo 149 CTN.
Modalidades de lançamento
 É quando o contribuinte presta declarações ao fisco e este analisa e cobra o credito.
Lançamento por declaração (artigo 147 CTN): a declaração configura uma obrigação acessória, que é formal ou instrumental do sujeito passivo.
 
Modalidades de lançamento
 Destina-se a registrar os dados fáticos que de acordo com a lei do tributo, sejam relevantes para a consecução, pela autoridade administrativa, do ato de lançamento se o declarante indica fatos verdadeiros, e não omitir fatos que deva declarar, a autoridade administrativa terá todos os elementos necessários à efetivação do lançamento. Exemplo: I.R. Retificação artigo 147, § 1º,2º, CTN (Exemplo: Imposto de Renda).
Modalidades de lançamento
- Lançamento de ofício (artigo 149, CTN): é adequado aos tributos que tem como fato gerador uma situação permanente, cujos dados constam dos cadastros fiscais, de modo que basta à autoridade a consulta aqueles registros para a realização do lançamento. Exemplo: IPTU, IPUA, a multa do auto de infração.
Modalidades de lançamento
- Lançamento por homologação (artigo 150 CTN): cuida-se de tributos que por sua natureza, tem o recolhimento exigido do devedor, independente de prévia manifestação do sujeito ativo, isto é, sem que o sujeito ativo deva lançar para tomar exigível a prestação pecuniária. Exemplo: ICMS, ISS, Confins, IPI.
Lançamento e arbitramento
 Reporta-se a declarações esclarecimentos ou documentos de duvidosa regularidade ou com omissões. Cabe o processo de arbitramento nos casos de desconfiança no valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, que deva ser considerado para cálculo do tributo.
 O arbitramento é instrumento de que a autoridade se pode valer para a descoberta de verdadeira base de cálculo de tributo, nos casos em que haja indícios de manipulação do preço ou valor para reduzir o tributo devido.
Efeitos do lançamento
 O lançamento é necessário para que o sujeito ativo possa exigir o reconhecimento de tributos, quando estes se sujeitam ao lançamento de ofício ou por declaração. 
 Nestas hipóteses, cabe à autoridade efetivar o lançamento antes de tomarqualquer providência tendente a cobrança do tributo. Assim, o efeito do lançamento é o de conferir exigibilidade à obrigação tributária.
 SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DA ORIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (ART. 151, CTN)
Pode ocorrer que o devedor de tributo fique temporariamente protegido contra atos de cobrança da autoridade administrativa em razão de alguma das causas de suspensão da exigibilidade da obrigação tributária.
Hipóteses de suspensão
Moratória: consiste na prorrogação para o cumprimento da obrigação (art. 152 a 155 do CTN) só em estado de calamidade pública.
Depósito do crédito tributário: não é pagamento é garantia que se dá ao suposto credor da obrigação tributária, em procedimento ou em ação judicial. Para garantir ao contribuinte que não lhe seja aplicada penalidade por não pagamento.
Hipóteses de suspensão
3. Reclamação e recursos administrativos: tem o efeito de suspender a exigibilidade do crédito tributário. Apresentada a reclamação ou recurso, aguarda-se a decisão de autoridade ou do tribunal administrativo a que caiba seu exame.
4. Liminar e tutela antecipada = só protela mas não é eficaz. Melhor é depósito em juízo, porque a sentença pode caçar a liminar.
5. Parcelamento = suspende a exigibilidade com o pedido de pagamento parcelado.
Hipóteses de suspensão
6. Concessão de liminar em mandado de segurança = precisa do “fumus bonis iuris” e do “periculum in mora” para suspender a exigência fiscal. 
EXTINÇÃO DA ORBIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (Art. 156 CTN)
Pagamento = é o modo natural de extinção da obrigação tributária.
Consignação em pagamento: é uma ação judicial que visa à proteção do direito que o sujeito passivo tem de pagar sua dívida e obter quitação, nos casos em que haja recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória, bem como na hipótese em que o recebimento seja subordinado ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal.
EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (Art. 156 CTN)
3. transação = acordo / compensação 
4. Remissão = perdão
5. Decadência e prescrição: se esgota o prazo dentro do qual o sujeito ativo deve lançar, diz-se que decaiu de seu direito, este se extingue pela decadência.
 Se o lançamento é feito, mas o sujeito ativo, à vista do inadimplemento do devedor, deixa transcorrer o lapso de tempo que tem para ajuizar a ação de cobrança sem promovê-la, dá-se a prescrição da ação. 
 O artigo 173, I, estabeleceu que o prazo de extinção do direito de lançar é de 5 anos.
 Exclusão do crédito tributário
 A anistia é uma categoria atinente aos ilícitos tributários. Tem 	que ver como as ações ou omissões que infringem prescrições normativas. Perdão da penalidade.
 A isenção compõe as regras de definição do campo de incidência do tributo. Benefício fiscal.
 Repetição do indébito tributário
 Quando ocorre a denúncia espontânea não se paga multa. 
 Na restituição (ou repetição) do indébito, não se cuida de tributo, mas de valores recolhidos, indevidamente.
 O direito à restituição do indébito se encontra fundamentado no princípio que veda o locupletamento sem causa (artigo 165 CTN).
 É irrelevante, para efeito do direito à restituição, a modalidade de pagamento.
Os impostos municipais
IPTU - Fato Gerador: é a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel (por natureza ou por acessão física) localizado na zona urbana do Município.
 - Contribuinte: é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil ou seu possuidor a qualquer título (desde que haja ânimo do dono).
 - Função: é predominantemente fiscal.
 - Base de cálculo: é o valor venal do imóvel.
 - Lançamento: de ofício
Os impostos Municipais
2. ITBI - Fato Gerador: é a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis (urbanos ou rurais), por natureza ou por acessão física.
 - Contribuinte: é a pessoa indicada na lei do Município competente (em regra, é o adquirente do imóvel).
 - Alíquotas: são fixadas nas leis ordinárias dos Municípios competentes. Por ora prevalece que não se admite a alíquota progressiva, por falta de previsão constitucional específica.
Os impostos Municipais
2. ITBI - Base de cálculo: é o valor renal do bem.
 - Lançamento: é feito por declaração; porém, pode ser de ofício nos casos de não recolhimento do valor devido ou recolhimento feito a menor.
 - Competência: do Município da situação do bem.
3. ISS – Fato gerador: é a prestação, por empresa ou profissional autônomo de serviços de qualquer natureza, enumerados em lei complementar de caráter nacional e na lei do Município (ou DF) credor, desde que tais serviços não estejam compreendidos na competência ICMS
Os impostos municipais
3. ISS - Contribuinte: é a empresa, ou trabalhador autônomo, que presta o serviço tributável.
 - Função: é predominantemente fiscal.
 - Alíquotas: são fixadas pelo Município competente para a instituição do imposto, mas a CF ou lei complementar federal podem fixar as alíquotas máximas e mínimas.
 - Base do cálculo: Para manter as empresas – preço do serviço; trabalho pessoal do contribuinte – o preço normalmente é fixo e determinado de acordo com a atividade desenvolvida.
 – Competência: em regra, do Município no qual o serviço é realizado.
Impostos dos Estados e do Distrito Federal
1. ITCMD - Fato gerador: incide sobra a transmissão de direitos, transmissão de bens móveis e imóveis.
 - Contribuinte: transmissão causa mortis - é o beneficiário do bem ou direito transmitido.
 - Função: é fiscal.
 - Alíquotas: são fixadas por cada um dos Estados e pelo DF
 - Base de cálculo: é fixada por lei da entidade competente para instituir o tributo.
Impostos dos Estados e do Distrito Federal
ITCMD – Competência: bens imóveis e respectivos diretos – Estado da situação do bem; bens móveis, títulos de crédito – local onde se processar o inventário ou arrolamento (na sucessão processada por escritura pública – é devido para o Estado do domicílio do transmissor, ainda que admitida a lavratura do ato em local diverso); doação de bens móveis, títulos de crédito – local onde o doador tiver seu domicílio.
Impostos dos Estados e do Distrito Federal
2. ICMS – operação: relação jurídica mercantil.
 - Circulação: é caracterizada pela troca da titularidade jurídica do bem em uma relação mercantil.
 - mercadoria: bem sujeito à mercancia.
 - Fato gerador: é aquele descrito na lei estadual ou distrital que instituir a mudança de titularidade de uma coisa móvel destinada ao comércio.
 - Função: é predominante fiscal.
Impostos dos Estados e do Distrito Federal
2. ICMS - Creditamento: é a compensação do que foi devido em cada operação anterior relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços.
 - Isenção: não há crédito presumido quando o imposto não incidiu sobre a operação anterior.
 - Base de cálculo: o montante do ICMS integra a base de cálculo do imposto.
¹ Venda financiada: o custo do financiamento está sujeito ao IOF.
² Venda em prestações (sem financiamento): a base de cálculo é o valor do preço final.
Impostos dos Estados e do Distrito Federal
2. ICMS - 3 descontos: se descontos sob condição, integram a base de cálculo; se incondicionados, não integram a base de cálculo.
 - 4 Operações com cartão de crédito: os encargos relativos ao financiamento não são considerados no cálculo do ICMS.
 - Alíquota: a CF faculta a seletividade em razão da essencialidade das mercadorias e dos serviços. As alíquotas interestaduais e de exportação são fixadas pelo Senado.
Impostos dos Estados e do Distrito Federal
2. ICMS - 5 Não incide ICMS no serviço dos provedores de acesso à internet (Súmula 334 do STJ).- 6 Não constitui fato gerador de ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte (Súmula 166 do STJ).
 - 7 Há incidência sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, mesmo que sem habitualidade e ainda quando se trata de bem destinado a consumo ou ativo fixo de estabelecimento, assim como sobre serviço importado do exterior.
Impostos dos Estados e do Distrito Federal
2. ICMS – 8 incide sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributaria dos Municípios.
 - 9 Não incide nas operações que destinem mercadorias (industrializadas ou não) para o exterior e também em relação aos serviços prestados a destinatários no exterior.
 Contribuinte: é qualquer pessoas física ou jurídica, que realize com habitualidade, ou em volume que caracterize intuito comercial, operação de circulação de mercadorias ou prestação de serviços descritas como fato gerador do imposto
Impostos dos Estados e do Distrito Federal
2. ICMS - Lançamento: por homologação.
 - Competência: em regra, pertence o destinatário da mercadoria em outro Estado.
 - Repasse: Vinte e cinco por cento do valor arrecadado será repassado aos Municípios do Estado onde a operação se realizou. 
3. IPVA – Fato gerador: é a propriedade de veículo automotor terrestre.
 - Contribuinte: é o proprietário do veiculo.
 - Competência: é devido ao Estado onde o contribuinte tem seu domicílio ou residência.
Impostos dos Estados e do Distrito Federal
3. IPVA – Base de cálculo: valor venal do veículo.
 - Alíquota: é fixada por lei estadual e pode ser diferenciada em função do tipo ou utilização do veículo, mas o percentual mínimo pode ser fixado pelo Senado Federal.
 - Lançamento: cabe à legislação estadual definir.
 - Função: primordialmente fiscal.
 - Imunidade: veículos das pessoas jurídicas de direito público, dos tempos de qualquer culto e das instituições de educação e assistência social.
 – Repasse: cinqüenta por cento do valor arrecadado deve ser repassado para o Município onde se deu i licenciamento. 
Impostos federais
1.Importação – Fato gerador: Tal imposto grava a introdução (permanência de forma definitiva), no território nacional, de bens procedentes de outros países.
 - Função: predominantemente extra fiscal.
 - O imposto costuma ser dividido nas seguintes categorias: a) geral ou autônoma; b) diferencial ou especial; c) convencional ou de reciprocidade.
 - Base do cálculo: alíquota específica dependendo da natureza da operação e do produto comercializado.
Impostos federais
1.Imposto de Importação – contribuinte:
 a) o importador ou quem a lei a ele equiparar; b) o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; c) o adquirente da mercadoria entrepostada.
 - Cálculo: os valores em moeda estrangeira devem ser convertidos em moeda nacional, à taxa de câmbio vigente no momento da entrada, no País, da mercadoria importada.
 - Institutos próprio da matéria alfandegária: 1) drawback; 2) A cláusula da nação mais favorecidas; 3) As uniões aduaneiras; 4) O colis postaux. 
 Regimes aduaneiros típicos previstos no regulamento Aduaneiro são: a Zona Franca de Manaus, a Loja Franca, o Depósito Afiançado, o Depósito Especial Alfandegário e o Depósito Franco.
Impostos federais
Impostos de importação – 1.1 Regimes aduaneiros típicos previstos no regulamento Aduaneiro são: a Zona Franca de Manaus, a Loja Franca, o Depósito Afiançado, o Depósito Especial Alfandegário e o Depósito Franco.
2. Imposto de exportação – Sua receita destina-se à formação de reservas monetárias.
 - Função: predominante extra fiscal.
 - Hipótese de incidência: incide sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados.
 - Fato gerador: a saída de produtos do território nacional.
 - Alíquotas: específica e ad volarem 
Impostos federais
2. Impostos de exportação – Base de cálculo: preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional.
 - Contribuinte: é o exportador (qualquer pessoa) que promova a saída do produto do território nacional, ou quem a lei a ele equiparar.
3. IPI – Função: é extra fiscal (é seletivo em razão da essencialidade do produto), em que pese sua importância arrecadatória.
 
Impostos federais
3. IPI – Fato gerador: é o desembaraço aduaneiro do produto de procedência estrangeira; a saída do produto industrializado do estabelecimento do importador, do industrial, do comerciante ou arrematante; a arrematação do produto apreendido ou abandonado levado a leilão.
 - Alíquotas: vão de zero a mais de 300,00%.
 - Base de cálculo: varia de acordo com a hipótese de incidência (produtos nacionais ou importados).
 O imposto não é cumulativo.
Impostos federais
3. IPI – Contribuinte: O importador ou que a lei a ele equiparar; o industrial ou quem a lei a ele equiparar; o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça a industriais ou a estes equiparados; o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
 - O valor do ICMS integra a base de cálculo do IPI.
 - Lançamento: é feito por homologação.
4. IOF – Função: extra fiscal.
 - Fato gerador: estão descritos no art. 63 do CTN
 - Bases de cálculo: estão definidos no art. 64 do CTN.
Impostos federais
4. IOF – Lançamento: por homologação.
 - Contribuintes: tomadores de crédito, os compradores de moeda e serviços, os segurados e adquirentes de títulos e valores mobiliários e os primeiros tomadores – pessoas físicas ou jurídicas – de créditos do Sistema Financeiro da Habilitação.
 - Responsáveis: pela cobrança do imposto e seu recolhimento ao Banco Central ou a quem este indicar: as instituições financeiras, o segurador ou instituições financeiras responsável pela cobrança do prêmio e as instituições autorizadas a realizar com câmbio e valores mobiliários.
Impostos federais
5. ITR – Função: extra fiscal.
 - Não incidência: sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei (entre 30 e 100 hectares), quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel.
 - Fato gerador: é a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona urbana do Município.
 - Contribuinte: se há propriedade plena – o proprietário; se os elementos da propriedade não estiverem reunidos sob o poder de uma só pessoa – aquele que detém o seu domínio útil ou a sua posse.
Impostos federais
5. ITR – Base de cálculo – é o valor fundiário do imóvel, o valor da terra nua, excluídas as instalações, construções e benfeitorias em geral.
 - Alíquota: deve observar o princípio da progressividade previsto na CF, analisando-se para tanto o grau de utilização da terra na exploração agrícola, florestal e pecuária, a produtividade da terra, área do imóvel rural etc.
 - Lançamento: é por homologação, ou auto lançamento. 
Imposto de Renda - IR
Competência: União
Função: Função fiscal
Fato gerador: é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda e proventos de qualquer natureza (artigo 43 CTN)
Disponibilidade econômica: é o efetivo recebimento de valores patrimoniais.
Imposto de Renda - IR
Disponibilidade Jurídica: é o crédito a esses valores sem que tenha ocorrido seu efetivo recebimento.
Alíquota: para pessoas físicas é fixada em dois percentuais (15% ou 27,5%). Para pessoas jurídicas a alíquota é proporcional.
Basede cálculo: para pessoas físicas, a renda. Para pessoa jurídica é o montante real, presumido ou arbitrado.
Imposto de Renda - IR
Lucro real: pode ser entendido como o acréscimo real do patrimônio de empresa, em determinado período, é o lucro líquido do exercício ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação tributária. Os descontos e abatimentos do salário, contas de luz, etc. (o que sobrar é o lucro líquido). 
Imposto de Renda - IR
- Lucro presumido: é o montante tributável, determinado pela aplicação de coeficientes legalmente definidos, sobre a receita bruta anual, conforme a natureza da atividade; a definição do coeficiente não pode ser feita pelo fisco discricionariamente. Não há descontos. Empresa presume quanto vai faturar.
Imposto de Renda - IR
Lucro arbitrado: será uma porcentagem da receita bruta, se esta for conhecida. Compete ao ministério da Fazenda fixar tal porcentual, levando em conta a natureza da atividade econômica do contribuinte. Não sendo conhecida, a autoridade poderá arbitrar o lucro.
Contribuinte: é o titular da disponibilidade econômica ou jurídica da renda ou proventos de qualquer natureza.
Lançamento: por declaração.
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA – MERCADORIAS ABRANGIDAS
Mercadorias Enquadradas a partir de Fevereiro/2008
Responsabilidade Tributária
Contribuinte 
Substituído
Providências
Estoques 
Deverá ser elaborada listagem do estoque existente no final do dia 31/03/2008, contendo os seguintes dados:
Código do Produto 
Descrição do Produto 
Unidade do Produto 
Quantidade do Produto 
Custo unitário do Produto (considerando a entrada mais recente)
Valor Total
NCM do Produto 
Providências
Estoques 
Esta listagem servirá para se calcular o ICMS da operação 
própria e das operações subsequentes que serão praticadas 
pelo contribuinte.
Este ICMS deverá ser recolhido até o dia 31/05/2008 (data 
prevista), e poderá ser parcelado, sem juros, em até 6 
parcelas.
O cálculo utilizado é o mesmo já demonstrado.
A listagem dos estoques deverá ser transmitida via internet à Secretaria da Fazenda, por layout por ela definido.
Além disso, o valor deve estar em consonância com a 
Movimentação fiscal da empresa.
A empresa que possuir saldo credor em 31/03/2008 poderá 
utilizá-lo para efetuar tal recolhimento.
Emissão de Notas Fiscais 
Verifique se seu software está apto a emitir as notas fiscais 
Como foram demonstradas.
Se sua empresa é usuária do ECF (Emissor de Cupom Fiscal), verifique o procedimento para se alterar a situação tributária, para evitar o cálculo do imposto sobre os produtos abrangidos.

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