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1 Instalações Elétricas Prediais e Fornecimento de Energia Elétrica

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Universidade Anhanguera-Uniderp 
Curso de Arquitetura e Urbanismo 
Instalações Elétricas e Especiais 
 
 
Profa. Ana Cláudia de Oliveira Pedro Andrêo 
1 
 
Instalações Elétricas Prediais 
 
O projeto de instalações elétricas e prediais é uma representação gráfica e escrita do que 
se pretende instalar na edificação, com todos os detalhes e a localização dos pontos de 
utilização (luz, tomadas, interruptores, comandos, passagem e trajeto dos condutores, 
dispositivos de manobra etc). 
Esse projeto, quando bem elaborado e corretamente dimensionado, gera significativa 
economia na aquisição de materiais e na execução das instalações, além de evitar o 
superdimensionamento (ou sub) de circuitos, disjuntores desarmados, falta de segurança 
nas instalações (incêndios, perda de equipamentos, choques elétricos) e dificuldade para 
a execução das instalações desconformes com as normas vigentes. 
O tempo gasto nessa etapa, de compatibilização do projeto arquitetônico com o de 
instalações elétricas, será recuperado na fase de execução, evitando: 
- desperdício de energia; 
- mau funcionamento dos equipamentos e aparelhos; 
- permitindo fácil operação e manutenção de toda a instalação. 
Para a elaboração dos projetos, deve ser consultada a concessionária de energia elétrica, 
que fixa os requisitos mínimos indispensáveis para a ligação das unidades 
consumidoras. 
Também devem ser consultadas as Normas Técnicas da ABNT, principalmente a NBR 
5410 (Instalações Elétricas de Baixa Tensão – Procedimentos), que contém prescrições 
relativas ao projeto, à execução, à verificação final da obra e à manutenção das 
instalações elétricas. 
 
 
Fornecimento de Energia Elétrica 
 
A concessionária estabelece diretrizes para o cálculo de demanda, dimensionamento de 
equipamentos e requisitos mínimos para os projetos, além de fixar as condições técnicas 
mínimas e uniformizar as condutas para o fornecimento de energia elétrica. 
Antes do início da obra, o construtor deve entrar em contato com a concessionária para 
tomar conhecimento dos detalhes e das normas aplicáveis ao seu caso, bem como das 
condições comerciais para a ligação e o pedido desta. 
O fornecimento é feito pelo ponto de entrega, até o qual a concessionária se obriga a 
fornecer energia elétrica, com participação nos investimentos necessários e 
responsabilizando-se pela execução dos serviços, sua operação e manutenção. 
Universidade Anhanguera-Uniderp 
Curso de Arquitetura e Urbanismo 
Instalações Elétricas e Especiais 
 
 
Profa. Ana Cláudia de Oliveira Pedro Andrêo 
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Rede de distribuição aérea: a localização física do ponto de entrega é o ponto de 
ancoragem do ramal de ligação aéreo na estrutura do cliente (poste particular, pontalete, 
fachada do prédio). 
Norma de Distribuição Unificada – NDU- 001 - “Fornecimento de Energia Elétrica em 
Tensão Secundária”, da Energisa, setembro/2014: 
O ponto de entrega de energia elétrica deverá situa-se no limite da via pública com o 
imóvel em que se localizar a unidade consumidora, ressalvados os seguintes casos: 
a) Havendo uma ou mais propriedades entre a via pública e o imóvel em que se localizar 
a unidade consumidora, o ponto de entrega situar-se-á no limite da via pública com a 
primeira propriedade. 
b) Em áreas servidas por rede aérea, havendo interesse do consumidor em ser atendido 
por ramal subterrâneo, o ponto de entrega situar-se-á na conexão deste ramal com a rede 
aérea. 
c) Tratando-se de condomínio, o ponto de entrega deverá situar-se no limite da via 
interna do condomínio com cada fração integrada do parcelamento. 
d) No caso de consumidor rural atendido por transformador exclusivo da 
Concessionária, o ponto de entrega corresponde às conexões dos condutores do ramal 
de entrada com as buchas de baixa tensão do transformador. Caso o transformador seja 
particular, o ponto de entrega será na conexão da chave-fusível de proteção do 
transformador e/ou ramal primário, com a rede de energia da Concessionária. 
 
 
Limites para fornecimento 
As edificações são enquadradas em função da carga instalada e demanda calculada. 
As classes de tensão residenciais podem ser mono, bi ou trifásica, de acordo com as 
necessidades, em função da carga total instalada na edificação. 
Carga total instalada: é a soma das potências nominais, em watts, de todos os 
aparelhos, equipamentos e lâmpadas utilizados na edificação. A potência pode ser em 
watts ou kW (1 kW = 1000 W). 
Após o cálculo da carga instalada, tem-se o tipo de atendimento que a concessionária irá 
fornecer. 
 
Universidade Anhanguera-Uniderp 
Curso de Arquitetura e Urbanismo 
Instalações Elétricas e Especiais 
 
 
Profa. Ana Cláudia de Oliveira Pedro Andrêo 
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Ligação Monofásica 
Consiste de dois fios (fase e neutro). 
Deve ser realizada para carga total instalada até 12 kW, para tensão de fornecimento 
127/220 V e, até 15 kW, para tensão de fornecimento 220/380 V. 
Nesse tipo de atendimento não se pode instalar aparelhos de raio X ou máquinas de 
solda a transformador. 
Para redes de distribuição onde o neutro não está disponível (não padronizada) a carga 
instalada máxima é de 25 kW, e o fornecimento será feito por sistema monofásico, dois 
fios, fase-fase. 
 
 
Ligação Bifásica 
Consistem de três fios (duas fases e um neutro). 
Deve ser realizada para carga total instalada acima de 12 kW até 25 kW, para tensão de 
fornecimento 127/220 V e, acima de 15 kW até 25 kW, para tensão de fornecimento 
220/380 V. 
Não é permitida a instalação de máquina de solda e transformador classe 127 V com 
mais de 2kVA ou da classe 220 V com mais de 10kVA ou aparelhos de raio X da classe 
de 220 V, com potência superior a 1500 W. 
 
 
Ligação Trifásica 
Consiste de quatro fios (três fases e um neutro). 
Deve ser realizada para carga total instalada acima de 25 até 75 kW, tanto para tensão 
de fornecimento 127/220 V quanto para 220/380 V. 
Não se pode instalar: máquinas de solda a transformador classe 127 V com mais de 2 
kVA, e da classe 220 V com mais de 10 kVA, além de máquina de solda trifásica com 
retificação em ponte com potência superior a 30 kVA. Também não são permitidos 
aparelhos de raio X da classe de 220 V com potência superior a 1500 W, ou trifásicos 
com potência superior a 20 kVA. 
Para aparelhos com potências superiores às vistas, devem ser efetuados estudos 
específicos para a ligação. 
Universidade Anhanguera-Uniderp 
Curso de Arquitetura e Urbanismo 
Instalações Elétricas e Especiais 
 
 
Profa. Ana Cláudia de Oliveira Pedro Andrêo 
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Ligações de Cargas Especiais 
Quando se tem aparelhos de flutuação brusca, como solda elétrica, motores com 
partidas frequentes, aparelhos de raio X, ou outros equipamentos que causam distúrbios 
de tensão ou corrente, trata-se como uma ligação de cargas especiais. 
O consumidor deverá contatar a concessionária antes da execução das instalações, 
fornecendo detalhes e dados técnicos para análise e orientações. 
 
Obs.: Se o cliente se enquadra no atendimento monofásico e desejar atendimento 
bifásico ou trifásico, pode ser atendido, mediante recolhimento de taxa adicional. 
 
 
Questões 
 
1) Diferencie as ligações mono, bi e trifásicas. 
 
2) Qual a importância de um bom projeto de instalação? 
 
 
 
Fonte: 
CARVALHO JUNIOR, Roberto de. Instalações elétricas e o projeto de arquitetura. 
6. ed. São Paulo: Blucher, 2015.

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