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Jurisdição voluntária: administração pública de interesses privados ou atividade jurisdicional?

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“Jurisdição voluntária: como administração pública de interesses privados ou como atividade jurisdicional? ”
	Há na doutrina tamanho debate e discordância sobre essa questão. Existe quem acredita que a jurisdição voluntária tem natureza administrativa e outros, que sua natureza é jurisdicional. 
Quem a vê com natureza administrativa afirma que: não há partes, há apenas interessados; não há processo, há apenas procedimento; não faz coisa julgada, só faz preclusão e o juiz age como administrador e não como substituto. A atividade do Poder Judiciário é vista como secundária, e possui função formal e materialmente administrativa, e organicamente judiciária.
	Já quem a vê com natureza jurisdicional, afirma que toda atividade jurisdicional é feita mediante o ajuizamento de uma ação. Se existindo a ação, existirá processo e nesse caso, jurisdição. Nessa visão, a Jurisdição voluntária e a Jurisdição contenciosa são vertentes da atividade do Estado exercida pelo Poder Judiciário. 
	A visão que encontra amparo majoritário pela doutrina é a que vê a jurisdição voluntária como administração pública de interesses privados. Isso porque não existe lide a ser resolvida nem a possibilidade de substitutividade, o magistrado insere-se entre as partes do negócio jurídico e não as substitui. Tal jurisdição não age jurisdicionalmente mas sim administrativamente, interferindo nos negócios jurídicos e preventivamente visando reprimir o ilícito

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