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ANTROPOLOGIA EVOLUCIONISTA

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Aluna Academica: Andrienne Veira Leão
Antropologia Evolucionista
A antropologia evolucionista que propunha uma única linha de desenvolvimento para a humanidade em geral e o racialismo, teoria que faz julgamentos de valor dos indivíduos a partir de características fenotípicas, eram dominantes até a primeira metade do século XX, quando Franz Boas, através de artigos e conferências analisados no presente texto, surge com críticas a essas teorias, propondo uma nova antropologia fundamentada no conceito de cultura como o mais importante para a diversidade humana, o relativismo metodológico, o método histórico e a necessidade de estudar cada cultura como uma cultura em si.
Marcada pela discussão evolucionista, a antropologia do Século XIX privilegiou o Darwinismo Social, que considerava a sociedade europeia da época como o apogeu de um processo evolucionário, em que as sociedades aborígenes eram tidas como exemplares "mais primitivos". Esta visão usava o conceito de “civilização” para classificar, julgar e, posteriormente, justificar o domínio de outros povos. Esta maneira de ver o mundo a partir do conceito civilizacional de superior, ignorando as diferenças em relação aos povos tidos como inferiores, recebe o nome de etnocentrismo. É a Visão Etnocêntrica, o conceito europeu do homem que se atribui o valor de “civilizado”, fazendo crer que os outros povos, como os das Ilhas da Oceania estavam “situados fora da história e da cultura”. Esta afirmação está muito presente nos escritos de Pauw e Hegel. Vale ressaltar que apesar da maior parte dos evolucionistas terem trabalhado em gabinetes, um dos mais conhecidos pensadores dessa corrente, Lewis Henry Morgan, tinha contato com diversas tribos do norte dos Estados Unidos. É absurdo creditar a autores dessa corrente uma compilações cegos das culturas humanas, isso seria uma simplificação enorme, ao mesmo tempo em que se deixaria de aproveitar esses estudos clássicos da antropologia.
A palavra Antropologia nos remete ao homem, nos mostra que ele é o objeto material de estudo. Em uma resposta mais "teológica"; a antropologia busca, através de reflexões, a verdade sobre a pessoa humana e o mundo; o ser humano criado à imagem de Deus num processo de evolução, dividido desde a origem pelo pecado em suas múltiplas relações e dimensões.
Como disciplina, compete a ela refletir sobre a superação do dualismo antropológico; a autonomia humana na pós-modernidade; identificar o ser humano como razão do plano da salvação, que não se confunde com a realização histórica e nem com o cerceamento da realidade humana; compreender o ser humano num processo de evolução, desde a perspectiva teológica; analisar o contexto cultural do ser humano desde suas divisões e responsabilidades, entre outros.
O Evolucionismo já era tratado desde a Antigüidade quando o livro de Gênesis tratava sobre a criação do homem e seu pecado original. Na antigüidade as teorias sobre evolução e futuro do homem e tratado na teoria do progresso circular. Já na Id. Media a questão da evolução e tratado em duas situações: o pessimismo e a teoria da evolução social em espiral
Os principais conceitos introduzidos pelos evolucionistas foram a cultura, sistema de parentesco, sobrevivência, aderençais, evolução cultural, religião, magia simpática, por contato, terminologia de parentesco, totemismo, clã, tribo, fatria, descendência patrilinear ou matrilinear e vários outros itens. Com isso vemos que o Evolucionismo tem suas falhas, porem tem seu lugar de destaque na Antropologia.
A antropologia evolucionista é uma das correntes da antropologia. Dominante até o início do século XX, tem como seus expoentes, Lewis Henry Morgan, Edward Burnett Tylor e James George Frazer. Partindo da observação de traços fundamentais em comum, essa linha interpretativa parte da suposição de uma história comum a toda humanidade.
As críticas de Franz Boas aos pressupostos teórico-metodológicos da antropologia evolucionista
A primeira crítica boasiana a tais pressupostos reside no fato de que a mentalidade humana não é algo uniforme e obedece a um conjunto determinado de leis, tampouco os são os possíveis caminhos para o desenvolvimento das sociedades:
As idéias não existem de forma idêntica por toda parte: elas variam. Tem-se acumulado material suficiente para mostrar que as causas dessas variações são tanto externas, isto é, baseadas no ambiente (…), quanto internas, isto é, fundadas sobre condições psicológicas. A influência dos fatores externos e internos corporifica um grupo de leis que governa o desenvolvimento da cultura. (BOAS, 2009, p. 27)
Como a mente humana é complexa e variada, também o são as instituições, invenções e descobertas criadas a partir dela. Boas não aceita o pressuposto teórico de que os mesmos fenômenos se desenvolvam da mesma maneira e a partir da mesma causa em todo lugar, afirmando que há uma multiplicidade de caminhos para que esses fenômenos possam se desenvolver.
Para o autor, antes de tomar os fenômenos humanos como unigênitos, deve-se primeiro considerar a comparabilidade do material. Para ele, é inconcebível comparar tribos completamente diferentes, que surgiram de forma díspar e supor que suas invenções se dão a partir da mesma causa. Antes, é preciso verificar se tais fenômenos não teriam se desenvolvido de maneira independente ou se teriam sido transmitidas de um povo a outro.

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