Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS DEFINIÇÃO Benefício fiscal conferido pela Constituição Federal; Expressa uma INCOMPETÊNCIA tributária; A Constituição trata a imunidade como uma “limitação ao Poder de Tributar” Regulamentação da imunidade se dá por via de lei complementar – art. 146, II, CF. O CTN a trata como “limitação da competência tributária” (arts. 9º 12 a 14, CTN). Titulares: contribuintes (garantia individual – cláusula pétrea). Alcança os impostos, taxas e contribuições sociais. FUNDAMENTOS A imunidade tem sempre um caráter extrafiscal, finalístico: defender a federação, incentivar e garantir os cultos religiosos (art. 5º, VI), prestigiar a democracia (art. 17), incentivar o terceiro setor em trabalhos filantrópicos em prol da educação e assistência social (arts. 197, 205), promover a cultura (art. 215), incentivar exportações, manter a capacidade contributiva (art. 145, §1º) Interpretação TELEOLÓGICA (finalística): procurar sempre a interpretação que melhor cumpra as finalidades da imunidade, possibilitando até mesmo uma interpretação extensiva (Súmulas do STF: 657, 724). Logo, NÃO se aplica o disposto no art. 111, CTN (válido apenas para os outros benefícios fiscais) IMUNIDADE E OUTRAS FORMAS DE DESONERAÇÃO TRIBUTÁRIA A imunidade não se confunde com as demais formas desonerativas de tributos: isenção, redução da base de cálculo, alíquota zero, não-incidência, crédito presumido, crédito-prêmio (art. 150, §6º). Será imunidade todo benefício fiscal conferido pela Constituição Federal. Não existe imunidade criada por lei infraconstitucional, assim como não existe “isenção” prevista pela Constituição Federal. A imunidade mexe na competência tributária, na medida em que torna incompetente a entidade federada para criar tributo sobre alguns fatos ou pessoas Nos demais benefícios fiscais, a competência tributária existe, mas a entidade federada dispensa, por lei, alguns fatos ou pessoas do seu pagamento (cuidado com o princípio da legalidade e isonomia). Isenção e anistia no CTN: causa de exclusão do crédito tributário (arts. 175 a 182, CTN). CF: art. 150, §6º. IMUNIDADE DE TAXAS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Imunidade de taxas: Art. 5º, XXXIV, LXXIII, LXXVI, LXXVII, CF. Imunidade de contribuições sociais: art. 149, §2º, I, e 195, §7º, CF. IMUNIDADE GENÉRICA DE IMPOSTOS Imunidade recíproca (artigo 150, VI, a): princípio federativo. Limites estabelecidos nos §§2º e 3º do art. 150; Imunidade dos templos de qualquer culto (150, VI, b): liberdade religiosa. Limites estabelecidos no §4º do art. 150; Imunidade dos partidos políticos (150, VI, c): liberdade partidária, democracia. Limites estabelecidos no §4º do art. 150; Imunidade dos sindicatos dos trabalhadores. Imunidade das entidades sem fins lucrativos atuantes no terceiro setor (150, VI, c): livre associação, incentivo à filantropia, ao terceiro setor, à seguridade social. Limites estabelecidos no §4º do art. 150. Imunidades dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão (150, VI, d): livre manifestação do pensamento, democracia, educação, direito à informação IMUNIDADES ESPECÍFICAS DE IMPOSTOS Além das imunidades genericamente concedidas, a Constituição prevê imunidade específica para alguns impostos. Arts. 153, §3º, III (IPI), §4º, II (ITR); 155, §2º, X (ICMS), §3º (energia elétrica, telecomunicações e derivados do petróleo, combustível e minerais), 156, §2º, I (ITBI), §3º, II (ISS), e 184, §5º (imóveis desapropriados para fins de reforma agrária).
Compartilhar