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APOSTILA_OAB_2_FASE_DIREITO_PENAL_ROGERI (1)

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APOSTILA – OAB 2 FASE 
DIREITO PENAL 
ROGÉRIO CURY 2 
 
RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE 
 
Observações Preliminares sobre a peça: “A peça em tela é utilizada quando a prisão em flagrante 
possui mácula. Há uma prisão em flagrante ilegal, contendo vícios ou irregularidades, tal como flagrante 
preparado, provocado dentre outras hipóteses”. 
Fundamentos Legais 
 O relaxamento de prisão em flagrante tem amparo de nossa Carta Política, em seu artigo 
5º, inciso LXV. 
Endereçamento 
 Da mesma forma que a Liberdade Provisória, esta peça é encaminhada a 1ª instância (a 
um Juiz de Direito Competente de uma Vara Criminal, ou a um Juiz Federal). 
 
Denominação do postulante 
 Também na mesma esteira da Liberdade Provisória, o indivíduo que ingressa – via 
procurador – com o pedido de Relaxamento de Prisão em Flagrante recebe a denominação de 
REQUERENTE. 
Prazo 
 Como na Liberdade Provisória, o pedido de Relaxamento de Prisão em Flagrante, não 
possui momento oportuno para ser requerido, podendo ser feito enquanto perdurar a situação de 
ilegalidade. 
Hipótese 
 Essa peça é utilizada em casos em que haja prisão em flagrante ilegal, ou seja, quando o 
auto e prisão em flagrante possuir irregularidades, como no caso em que a pessoa após cometer algum 
crime se apresenta espontaneamente e é presa em flagrante delito, ou então quando não é realizada a 
entrega de nota de culpa no prazo de 24 horas, após a prisão. 
Forma 
 Compõe-se de uma única peça, onde serão demonstradas as máculas existentes no auto de 
prisão em flagrante. Não se discute o mérito da causa. 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PENAL 
ROGÉRIO CURY 2 
 
Observações imprescindíveis 
 Caberá relaxamento de prisão em flagrante, em casos de prisão ilegal, ou seja, o auto de 
prisão em flagrante conterá vícios, como no caso do flagrante preparado, ou quando não é expedida e 
entregue ao indiciado sua nota de culpa, dentre outros. 
 A ilegalidade da prisão é imprescindível. A diferença desta peça para com a liberdade 
provisória é que no relaxamento o auto de prisão em flagrante a prisão é ilegal, já na liberdade provisória 
a prisão é legal, porém o preso possui os requisitos inerentes a concessão de tal liberdade. Atenção: 
PODEM SER CUMULADOS OS PEDIDOS DE RELAXAMENTO DE FLAGRANTE E LIBERDADE 
PROVISÓRIA, QUANDO, SIMULTANEAMENTE, HOUVER VÍCIO DO FLAGRANTE E 
ESTIVEREM AUSENTES OS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA. 
Casos práticos 
 
 A – preso em flagrante delito, não houve a expedição da nota de culpa. 
 B – policiais preparam o flagrante, vindo a autuar o indivíduo em flagrante delito. 
 
Modelo prático 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara Criminal da Comarca de _______________, 
Estado de São Paulo, 
(pular 2 linhas) 
 
Processo nº __/__ 
(pular 8 linhas) 
 
 ________, qualificado nos autos de prisão em flagrante em epígrafe, via 
de seu advogado e procurador que esta subscreve (procuração inclusa), vem, mui respeitosamente à Douta 
presença de Vossa Excelência, requerer RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, com 
fulcro no artigo 5º, inciso LXV, da Constituição Federal, pelos fatos e fundamentos que a seguir aduz: 
 (pular 1 linha) 
 DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE: 
 (pular 1 linha) 
 (especificar os motivos da prisão e os vícios do auto, tudo de acordo com 
os dados fornecidos pelo caso sorteado). 
 Do Direito – Ausência de situação flagrancial (ou Vício formal do 
flagrante) 
 
 
 
 
 
 
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 (pular 1 linha) 
 (especificar toda a matéria de direito, jurisprudência, Súmulas etc...) 
 REQUERIMENTO: 
 (pular 1 linha) 
 Assim sendo, requer: 
 Vista ao ilustre representante do Ministério Público; 
 A concessão do pedido, determinando o relaxamento da prisão ilegal 
noticiada; 
 A expedição do competente alvará de soltura, em favor do requerente. 
 Termos em que, 
 Pede deferimento. 
 (pular 2 linhas) 
 Local e data 
 (pular 2 linhas) 
 Advogado ______________ 
 O. A. B. / S. P. nº ________ 
 
 
 CASOS REFERENTES À MATÉRIA 
 
1 – Felício, de boa família, comerciante famozérrimo, com desconfiança que seu empregado de nome 
Carlão, estava subtraindo dinheiro do estabelecimento em que laborava, comunicou o fato à polícia e 
então juntos, decidiram preparar um flagrante. Alguns dias após, foi encontrado em poder do empregado 
notas de dinheiro previamente marcadas pelos milicianos e por Felício, sendo autuado em flagrante delito 
por infringir o disposto no artigo 168, § 1º, inciso III, do Código Penal. O representante do Ministério 
Público ofereceu denúncia, não sendo, até o momento, apreciada pelo Magistrado competente. 
Questão: Como advogado de Carlão, ingressar com a peça cabível em seu favor, justificando e dando a 
tramitação. 
 
 
2 – Kico, com 20 anos, morador da cidade de Kicolândia, em passeio na capital do Estado de Minas 
Gerais resolveu subtrair, mediante emprego de violência, à bicicleta de João, momento que foi 
surpreendido por policias, sendo encaminhado até o distrito policial mais próximo onde restou autuado 
em flagrante delito por infração ao artigo 157 do Código Penal. Quando da lavratura do auto de prisão em 
flagrante não foi entregue a nota de culpa. 
Questão: Elaborar a medida cabível, para realizar a libertação de Kico. 
 
 
 
 
 
 
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3 – Flúvio, trabalhador, com 19 anos de idade, passava um belo final de semana, na chácara de sua 
família, quando por volta das 23:00 hs, ouviu ruídos que vinham da porta dos fundos, momento em que se 
dirigiu em direção a tal local, munido de uma espingarda calibre 12, de propriedade de seu avô, quando se 
deparou com um vulto que vinha em sua direção, e que devido à escuridão não conseguia identificar. 
Após algumas tentativas em pedir para que tal pessoa se identificasse e com medo que era um ladrão 
perigoso, desferiu-lhe um tiro, que acabou por atingir a vítima, levando-a a óbito. Em seguida soube que a 
vítima era o caseiro da chácara, que era mudo. Imediatamente, Flúvio dirigiu-se à Delegacia de Polícia, 
comunicando o acontecido. Após a oitiva dos fatos, o Delegado de Polícia que lá se encontrava, prendeu-
o em flagrante pelo crime previsto no artigo 121 do Código Penal. 
Questão: Como advogado de Flúvio, elaborar a peça cabível para libertá-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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HABEAS CORPUS 
 
Observações preliminares sobre a peça: “O “habeas corpus” como a liberdade provisória e o 
relaxamento de prisão em flagrante, também não é alicerçado em um momento processual específico, 
podendo ser impetrado a qualquer momento. Tem cabimento quando o indivíduo sofre ou está na 
iminência de sofrer coação ilegal no seu direito ambulatorial.” 
 
Fundamentos Legais: 
 Art. 5º, inciso LXVIII da Constituição Federal c.c art. 647 a 667 do Código de Processo 
Penal ou art. 648, inciso ___ do CPP. 
 
Endereçamento: 
 Esta peça é dirigida sempre à autoridade competente, imediatamente, superior à 
autoridade que está cometendo ou na iminência de cometer coação ilegal. Ex: autoridade coatora sendo o 
delegado de polícia, o “habeas corpus” será dirigido à próxima autoridade superior, ou seja, o Juiz. Se a 
autoridade coatora for um Juiz de Direito dirigir-se-á o HC ao Desembargador Presidente do Tribunal de 
Justiça (segunda instância) e assim sucessivamente.Caso a autoridade apontada como coatora seja membro do Ministério Público que atue 
em primeira instância, o HC será endereçado à segunda instância, ou seja, para Tribunal. Assim, sendo 
MP Estadual ou do Distrito Federal, o HC será encaminha ao Presidente do TJ. Entretanto, sendo MP 
Federal, o HC será endereçado ao Presidente do TRF da respectiva região. 
 
Denominação do postulante: 
 A pessoa que está na iminência de sofrer ou que está sofrendo a coação 
(constrangimento) ilegal é denominada paciente. O indivíduo que impetra o HC recebe a denominação de 
impetrante. 
 
Prazo: 
 Não existe momento processual oportuno para a impetração de ordem de “habeas 
corpus”, pois basta haver coação ilegal ou sua iminência e, que não haja peça específica a ser proposta 
naquele momento. Assim, não há prazo para a impetração do HC, podendo ser antes ou após o trânsito em 
julgado. 
 Contudo, recomenda-se atenção para o fato de que havendo peça específica para o 
momento processual, esta deve ser elaborada, salvo se o indivíduo estiver preso ilegalmente, pois nesse 
 
 
 
 
 
 
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caso, mesmo havendo peça oportuna, para o momento, deve ser elaborado um HC, para que seja 
concedida sua liberdade. 
 
Hipótese: 
 Previsto em nossa Carta Política como um remédio garantidor da liberdade ambulatorial, 
cabível nas hipóteses previstas nos incisos do artigo 648 do CPP. 
 Em verdade, o HC é uma verdadeira ação impugnativa como a Revisão Criminal. Ocorre 
que o HC é ação impugnativa de caráter popular, onde qualquer do povo poderá propor-lo (inclusive um 
menor ou pessoa jurídica em favor de seus diretores) face existência ou a iminência de existência de 
coação ilegal contra liberdade do individuo. 
 
Forma: 
 Tal qual a liberdade provisória e o relaxamento de prisão em flagrante, o HC também é 
composto por uma única peça, que deve estar sempre carreada com documentos (cópia do auto de prisão 
em flagrante, documentos comprobatórios da coação ilegal ou da sua iminência). 
 
Observações imprescindíveis: 
 O HC é cabível sempre que alguém estiver na iminência ou sofrendo coação ilegal por 
parte de autoridade competente, denominada, neste caso, autoridade coatora. 
 O HC pode ser Liberatório ou Preventivo e deve ser endereçado, necessariamente, à 
autoridade superior à autoridade coatora. 
 O “corpo” do HC deve conter os dados do impetrante e paciente, como também da 
autoridade apontada como coatora. 
 O HC também pode ser impetrado pelo membro do Ministério Público. 
 Dentro de um caso concreto vislumbra-se a possibilidade de impetração de HC quando 
nele contiver: “foi expedido mandado de prisão”, “o processo está em andamento”, “o réu está na 
iminência de ser preso”, “o réu está preso há mais de cem dias e a instrução não foi concluída”. 
 Verificada a presença do fumus boni iuris e periculum in mora, o candidato deve elaborar 
HC com pedido de liminar e, apontar, durante a peça, onde estão no caso a fumaça do bom direito e o 
perigo na demora. 
 
Casos Práticos: 
A – Jorge, após cometer delito de furto, foi preso, permanecendo nesta situação há 108 dias, não sendo a 
instrução sequer iniciada até o momento. Requereu a libertação, o que lê fora negada. 
B – Sílvio, preso em flagrante por furto, requereu a fiança que fora negada pelo juiz da Vara Criminal de 
Guairá-PR. 
 
 
 
 
 
 
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Modelo Prático: 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de __________, Estado 
de São Paulo, 
ou 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Federal da Subsecção Judiciária de ______, do 
Estado de _______, 
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça, Seção 
Criminal, do Estado de São Paulo, 
ou 
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Regional Federal da 
____ Região, 
(pular 8 linhas) 
 O advogado________________________, brasileiro, solteiro, inscrito 
nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção de _______, sob o nº ____, com escritório 
profissional na rua ______________, nº______, na cidade de _____________, Estado de _________, 
vem, mui respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência, impetrar ordem de “habeas corpus”, 
com fulcro no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, c.c o artigo 648, inciso____, do Código 
de Processo Penal, em favor de ________________________ (qualificação do paciente), por estar 
sofrendo (ou estar na iminência de sofrer) coação ilegal, por determinação do Excelentíssimo Juiz de 
Direito da Vara Criminal da Comarca de _______________ (ou por determinação do Ilustríssimo Senhor 
Doutor Delegado de Polícia do __________ Distrito Policial, da cidade de ________________), 
expondo, para tanto o que segue: 
(pular 1 linha) 
 DOS FATOS: 
 (pular 1 linha) 
 DA COAÇÃO ILEGAL: 
 (pular 1 linha) 
 DO DIREITO: 
 (pular 1 linha) 
 CONSIDERAÇÕES DERRADEIRAS: 
 (pular 1 linha) 
 REQUERIMENTO: 
 (pular 1 linha) 
 Por tudo quanto foi exposto e em face da ilegalidade patente, requer seja 
concedida liminar, presentes que estão o fumus boni iuris e o periculum in mora para, liminarmente 
 
 
 
 
 
 
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determinar... Depois de prestadas as informações pela autoridade coatora, e do parecer do digníssimo 
membro do Ministério Publico, requer a concessão da presente ordem de “habeas corpus”, com a 
finalidade _______________________ , com fundamento no artigo ___ do ___________ , expedindo, 
para tal finalidade, o competente alvará de soltura (contramandado de prisão), em favor do paciente ora 
qualificado. 
 Nestes termos, 
 Pede deferimento. 
 (pular 2 linhas) 
 Local e data 
 (pular 2 linhas) 
 Advogado____________ 
 O . A . B . / __nº______ 
 
 
 
 
 
CASOS REFERENTES À MATÉRIA: 
 
1 – C lesionou de forma leve a pessoa de U. Após lavrado o termo circunstanciado, C ressarciu de forma 
integral U, sendo tal ato homologado pelo juiz de Direito. O representante do Ministério Público que atua 
perante a o Juizado Especial Criminal da Comarca de Colônia, mesmo sabendo do acordo, denuncia C, e 
o processo está em andamento. 
Questão: Como advogado, intentar a medida judicial cabível. 
 
2 – C, famoso locutor de rodeio, através de notícia veiculada em vários jornais, difamou I, que é peão de 
rodeio. Este último após 8 meses da data do conhecimento da autoria do fato, promoveu ação penal contra 
C, ação esta que se encontra em trâmite. 
Questão: Como advogado de C, adote a medida cabível. 
 
3 – Anita encontra-se encarcerada em flagrante delito, sendo-lhe imputada pela autoridade policial do 1º 
DP a prática do crime de favorecimento à prostituição – Art. 229 CP - no local denominado Casa de 
Massagem, na Rua Bento Quirino, nesta capital, que foi inaugurada hoje. No local foram encontrados 
alguns casais praticando coito. Anita, que estava presente no local, é primária e não registra antecedentes 
criminais, além de não admitir ser a proprietária do local. Requereu a concessão de liberdade provisória 
que fora negada. 
 
 
 
 
 
 
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Questão: Requeira a soltura de Anita. 
 
4 – Beira Rio, preso em flagrante delito, por estar, segundo laudo vestibular, na posse de substância 
entorpecente conhecida como cocaína, foi denunciado como infrator do artigo 33 da Lei 11.343/06. O 
interrogatório judicial ainda não foi realizado. Carreou-se aosautos o laudo do exame laboratorial 
toxicológico, onde se verifica que o material apreendido deu resultado positivo para xilocaína em pó. Fora 
requerida a revogação de sua prisão, havendo o conseqüente indeferimento. 
Questão: Encontre a medida cabível para a soltura do suposto meliante. 
 
5 – Mélvio tentou atirar em Tício com revólver cujo cão havia sido desmontado pela própria vítima. Na 
denúncia a conduta de Mélvio foi capitulada no artigo 121, caput c.c o artigo 14, inciso II, ambos do CP. 
Dos autos consta o laudo sobre as condições da arma utilizada, comprovando a sua inidoneidade. Mélvio 
requereu a concessão de liberdade provisória, o que fora negado pela autoridade competente. 
Questão: Adotar a medida adotada em favor de Mélvio. 
 
6 – Luiz, brasileiro, casado, vendedor, nascido em 12/05/1926, foi denunciado por ter subtraído de Maria 
um relógio, uma aliança e uma pulseira de ouro, em 12/01/1991, na Rua Santos n. 900. O denunciado 
forjou que possuía uma arma. O juiz da 2ª Vara Criminal de Sorocaba-SP recebeu a denúncia em 
25/03/1995, e o réu foi interrogado em 18/03/1996. As testemunhas de acusação também foram ouvidas 
em 18/03/1996. As de defesa inquiridas em 25/04/1996. O defensor apresentou memoriais em 
10/05/1996. Em 25/05/1996 prolatou-se sentença condenando Luiz à pena de 4 anos de reclusão e 10 
dias–multa, por infração ao artigo 157, caput, do CP e, foi fixado o regime prisional fechado para início 
de cumprimento da pena, por ser um crime grave. O advogado do réu, homem distraído, perdeu o prazo 
para recorrer, e a sentença transitou em julgado para a defesa e acusação. Expediu-se mandado de prisão, 
e o réu está na iminência de ser preso. 
Questão: Defenda Luiz. 
 
 
RESPOSTA PRELIMINAR (ou) RESPOSTA POR ESCRITO 
(Do rito especial dos crimes afiançáveis de Funcionário público) 
 
Observações preliminares: É uma peça processual que só possui utilidade nos processos referentes aos 
crimes de responsabilidade dos funcionários públicos (artigos 513 e seguintes do Código de Processo 
Penal), salvo nos casos de excesso de exação e facilitação ao contrabando ou descaminho. 
 
Tramitação Inicial 
 
 
 
 
 
 
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 Oferecida a peça acusatória, antes mesmo de o juiz decidir a cerca do recebimento, deverá notificar o 
funcionário público, dando-lhe prazo de 15 dias, para oferecer sua defesa às acusações. Não fica o 
funcionário público obrigado a apresentar a resposta prévia, mas o juiz é obrigado a proceder determinada 
notificação dando-lhe um prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de nulidade. O fundamento legal deste 
prazo está no art. 514 do CPP. 
 
Procedimento Posterior 
 Após a notificação dada pelo juiz para que o funcionário público, caso este apresente sua resposta prévia, 
o juiz poderá seguir por dois caminhos: primeiro acolhe a resposta prévia, não recebe a peça acusatória, 
podendo neste caso o Ministério Público recorrer em sentido estrito apresentando a defesa apenas às 
contra-razões do recurso; já se o juiz não acolher a resposta prévia, receberá a peça acusatória, dando 
início ao processo e consequentemente determinando a citação do acusado. 
 
Forma/ Estrutura 
Compõe-se por um única peça, endereçada ao juiz, que deverá conter as razões do funcionário público a 
favor de sua defesa, instruída com documentos, se possível, sendo que no final deve ser requerido que 
NÃO receba a peça acusatória. 
 
Modelo Prático 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da _____ Vara Criminal da Comarca de ______ Santa 
Catarina, 
 Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ____ Vara Criminal da Seção Judiciária de ________, 
(pular 2 linhas) 
Autos nº___ 
(pular 8 linhas) 
 
 
 _________, já qualificado nos autos em epigrafe , através de seu advogado, no 
final assinado, vem mui respeitosamente, a ilustre presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 514 
do Código de Processo Penal, apresentar sua RESPOSTA PRELIMINAR, expondo e requerendo o 
quanto segue: 
(pular 1 linha) 
 DOS FATOS: 
 (pular 1 linha) 
 DA PRELIMINAR: 
 (pular 1 linha) 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA – OAB 2 FASE 
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ROGÉRIO CURY 2 
 
 DO DIRETO: 
 (pular 1 linha) 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
 (pular 1 linha) 
 
Requerimento/pedido 
 É, pois, a presente para requerer que Vossa Excelência não receba a exordial ou 
denúncia, julgando nos termos do art. 516 do Código de Processo Penal.... 
 Termos em que, 
 Pede e espera deferimento. 
 (pular 2 linhas) 
 Local e data 
 (pular 2 linhas) 
 Advogado____________ 
 O.A.B./ ____ nº__________ 
 
 
 
CASOS REFERENTES À MATÉRIA: 
 
1 – Tíssio, funcionário público federal, exerce cargo de diretor numa repartição, tendo como função 
fiscalizar a atuação dos subordinados. No dia 25 de maio de 2005, Tácio, funcionário público, colega e 
subordinado de Tíssio, cometeu infração administrativa, ou seja, não fez relatório exigido para um 
determinado caso concreto. Não houve responsabilização administrativa de Tácio, pois Tíssio não sabia 
da infração. Diante da omissão de Tíssio, foi oferecida denúncia, com base no artigo 320 do CP. A 
denúncia foi autuada pelo juiz, que notificou o acusado para responder. 
QUESTÃO: Como advogado de Tíssio, tome a medida cabível. 
 
 
 
 
 
 
 
PEDIDO DE EXPLICAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA – OAB 2 FASE 
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Observações preliminares sobre a peça: O Pedido de Explicações, como o próprio nome sugere, é um 
pedido elaborado anteriormente à ação penal, e versa sobre os delitos contra a honra, ou seja, calúnia, 
injúria e difamação. É uma medida de caráter facultativo, preliminar e preparatório de uma futura ação 
penal privada. 
 
Fundamentos Legais 
 Nos crimes previstos no Código Penal (calúnia, injúria e difamação) encontra respaldo no 
artigo 144 do mesmo diploma legal. Já nos casos dos mesmos crimes supra citados, porém cometidos 
através dos veículos de imprensa, incidia a Lei 5250/67 pela Lei de Imprensa. ENTRETANTO, O STF, 
DECLAROU TOTAL INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI EM QUESTÃO, INCLUSIVE JÁ 
RECONHECIDA NO 2ª FASE DO EXAME DA OAB/CESPE NO ANO DE 2010. 
 
Endereçamento 
 Tal pedido tem que ser distribuído a um Juiz de Direito ou a um Juiz Federal competente. 
 
Denominação do postulante 
 Os indivíduos que estão nos pólos do Pedido de Explicações são denominados 
INTERPELANTE / INTERPELADO ou REQUERENTE / REQUERIDO. 
 
Prazo 
 O Pedido de Explicações, não comporta prazo determinado, porém, é feito antes da ação 
penal, e não interrompe e nem suspende o prazo decadencial (6 meses) para o oferecimento da queixa-
crime. 
 
Hipótese 
 Vale salientar que tal peça é utilizada de forma preparatória para uma futura ação penal 
privada (queixa-crime), como nos crimes que afrontam a honra, a exemplo da calúnia, injúria e 
difamação. 
 
Forma 
 Tal pedido é composto por uma única peça, que pode vir alicerçada de documentos, ou 
seja, o Pedido de Explicações pode vir acompanhado de prova documental. 
Observações imprescindíveis 
 É peça comumente elaborada antes de uma ação penal privada, tratando-se de medida 
facultativa e preparatória para o oferecimento da sobredita ação penal. Trata dos delitos contra a honra. 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA – OAB 2FASE 
DIREITO PENAL 
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 O interpelado não é obrigado a responder ao Pedido de Explicações, que somente pode 
ser intentado pela pessoa que supõe ter sido ofendida em sua honra. Assim, a suposta vítima elabora a 
peça em questão, justamente para tentar produzir prova do crime contra a honra, que será anexada à 
queixa-crime. 
 Deve ficar consignado que o Pedido de Explicações é feito uma vez que o indivíduo ainda 
não possui prova suficiente de que fora vítima de um crime contra a sua honra, e assim, por meio da peça 
em pauta procura, em juízo, produzir a prova para sustentar um futuro oferecimento da ação penal 
privada. 
Casos práticos 
 
 A – A peça vai pedir para você propor medida preliminar, e que seu cliente achou-se 
ofendido por frases ambíguas, dúbias ou equívocas. 
 
Modelo Prático 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Egrégia ___ Vara Criminal da Comarca de 
___________, Estado de São Paulo, 
(pular 8 linhas) 
 
 ______, brasileiro, estado civil _______, profissão __________, portador 
do RG nº _______ e do CPF nº ________, residente e domiciliado à Rua ______________, nº __, via de 
seu advogado e procurador que esta subscreve (procuração inclusa), vem, respeitosamente à presença de 
Vossa Excelência, com fulcro no artigo 144 do Código Penal (ou artigo 25 da Lei 5.250/67), requer que 
se processe PEDIDO DE EXPLICAÇÕES, em face de ______, brasileiro, estado civil _____, profissão 
________, portador do RG nº _______, e do CPF nº ______, residente e domiciliado à Rua __________, 
nº __, pelas razões abaixo expostas:. (pular 1 linha) 
 DOS FATOS 
 (pular 1 linha) 
 O interpelado na data de, _________, do mês de ________ do corrente 
ano, proferiu frases equívocas, ambíguas e dúbias contra o interpelante. 
 (pular 1 linha) 
 Por seu turno, o interpelante sentiu-se ofendido, pois inferiu pela 
existência dos delitos de calúnia, injúria e difamação. 
 (pular 1 linha) 
 DO DIREITO: 
 (pular 1 linha) 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA – OAB 2 FASE 
DIREITO PENAL 
ROGÉRIO CURY 2 
 
 A respeito do assunto, nossos Pretórios assim se posicionam: 
 (pular 1 linha) 
 “Só tem cabimento o pedido, quando ocorrerem alusões ou frases das 
quais se possa inferir a existência de crimes contra a honra”(RT 519/402). 
 (pular 1 linha) 
 REQUERIMENTO: 
 (pular 1 linha) 
 Por tudo quanto foi exposto e inequivocamente demonstrado, requer a 
Vossa Excelência: 
 O Recebimento do presente pedido; 
 Que seja designado dia e hora para a realização de audiência, com a 
notificação do interpelado para que possa prestar as explicações necessárias, ou que as faça por escrito. 
 Derradeiramente, após tomadas as explicações ou certificada a recusa em 
prestá-las, requer a entrega dos autos. 
 (pular 1 linha) 
 Nestes termos, 
 Pede deferimento. 
 (pular 1 linha) 
 Local e data. 
 (pular 1 linha) 
 Advogado________ 
 O. A . B. / S. P. nº__ 
 
CASOS REFERENTES À MATÉRIA: 
 
1 – Tyson, por meio do jornal da cidade de Marília-PE, transcreveu frases equívocas, ambíguas e dúbias 
em desfavor de Maguila, tendo este último 38 anos de idade na data dos fatos e possuindo residência e 
emprego fixos. Por sua vez, Maguila sentiu-se ofendido, conseguindo, por si só, deduzir a existência do 
crime de calúnia. 
Questão: Aplique a medida preliminar cabível 
 
2 – Tora e Batente, amigos de longa data, um dia se separaram. Ocorre que Batente andou proferindo 
publicamente frases equívocas, ambíguas e dúbias contra a frágil pessoa de Tora, inferindo este pela 
existência dos crimes de calúnia, injúria e difamação, do que se julgou extremamente ofendido. 
Questão: Como advogado, aplique a medida preliminar que revista o caso em tela. 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA – OAB 2 FASE 
DIREITO PENAL 
ROGÉRIO CURY 2 
 
3 – Felix, residente na cidade de Porto Ferreira, casado e sem filhos, possuindo 50 anos de idade, andou 
pelos quatro cantos da cidade em que reside, proferindo frases equívocas, ambíguas e dúbias contra a 
pessoa de Guma, que é pescador profissional, dizendo até que sequer conseguiria pescar um peixe dentro 
de um aquário. Guma, sentindo-se profundamente ofendido, acha que foi vítima dos crimes contra a 
honra, e diz que tomará todas as providências cabíveis contra seu agressor verbal. 
Questão: Guma acaba de adentrar em seu escritório narrando-lhe os fatos e pedindo que ingresse com a 
medida cabível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUEIXA (QUEIXA-CRIME) 
 
Observações preliminares sobre a peça: Sempre que se falar em queixa, estamos tratando da petição 
inicial da ação penal privada, assim como a denúncia é a petição inicial da ação penal privada. 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA – OAB 2 FASE 
DIREITO PENAL 
ROGÉRIO CURY 2 
 
 
Endereçamento 
 A queixa-crime é necessariamente encaminhada à primeira instância, ou seja, a um juiz 
de direito ou juiz federal de uma Vara Criminal. 
 
Denominação do postulante 
 O indivíduo que oferece a peça em tela é denominado QUERELANTE, e o indivíduo 
contra quem se propôs a queixa recebe a denominação de QUERELADO. 
 
Prazo 
 O prazo para o oferecimento de queixa crime é decadencial, não havendo suspensão ou 
interrupção, e depende de certas hipóteses, senão vejamos: São 6 (seis) meses, contados a partir do 
conhecimento da autoria delitiva; ou então, 3 (três) meses, nos casos dos crimes de imprensa, contados a 
partir da publicação (veiculação) da notícia. O STF julgou inconstitucional da lei de imprensa. 
 
Hipótese 
 No caso de ação penal privada, é a peça que inaugura tal ação, sendo oferecida em juízo. 
Temos hipóteses de crimes que se procedem mediante queixa, contidas, por exemplo, nos artigos 163 e 
145 do CP. 
 Há também a hipótese da ação penal privada subsidiária da pública (artigo 29 do CPP e 
artigo 5º, LIX da CF), quando se trata de crime de ação penal pública, e o membro do Ministério Público 
perde o prazo para o oferecimento da denúncia, surge para a vítima a oportunidade do oferecimento da 
queixa-crime subsidiária, que terá o prazo decadencial de 6 meses contados da data em que o Ministério 
Público perde o prazo para o oferecimento da denúncia. 
 
Forma 
 Compõe-se de uma peça, que deve ser elaborada em conjunto com uma procuração 
específica, que trará uma síntese fática sobre o ocorrido. 
 Ademais, como a queixa-crime é uma petição inicial, deve ser realizada a qualificação 
das partes (querelante e querelado). 
Observações imprescindíveis 
 O requerimento da queixa deve conter, além de outras coisas mais, o pedido de 
condenação. 
 A queixa, apesar de peça única deve vir acompanhada de uma procuração específica, 
onde deve conter um breve relato dos fatos de deram corpo a peça que está sendo oferecida. 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA – OAB 2 FASE 
DIREITO PENAL 
ROGÉRIO CURY 2 
 
 Tem legitimidade para oferecer a queixa-crime, a vítima ou seu representante legal, além 
das pessoas elencadas no artigo 31 do CPP. 
 
Casos práticos 
 
 A – Fafá clama, há tempos, para todos ouvirem que sua cunhada “trabalha” na Casa de 
Prostituição denominada Relax, fato que é presenciado por diversos cidadãos. 
 
Modelo prático 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito ou Juiz Federal da Egrégia ___ Vara Criminal da Comarca 
ou Subsecção Judiciária de _____, Estado de São Paulo, 
(pular 8 linhas) 
 
 ________, brasileiro, estado civil ____, profissão ____, portador da 
Cédula de Identidade RG nº ____, e do CPF/MF nº ____, residente e domiciliado na Rua ______,nº ___, 
na cidade de ______, via de seu advogado e procurador que a esta subscreve (procuração específica 
inclusa), vem, mui respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência, oferecer QUEIXA-CRIME, 
nos moldes do art. 41 do Código Penal contra ______, brasileiro, estado civil ____, profissão ____, 
portado da Cédula de Identidade RG nº ____, e do CPF/MF nº ____, residente e domiciliado na Rua 
______, nº ___, na cidade de _______, pelos motivos que a seguir aduz: 
 (pular 1 linha) 
 OS FATOS: 
 (pular 1 linha) 
 (narre de forma ordeira os fatos ocorridos, inclusive citando o dispositivo 
legal infringido, pulando 1 linha de um parágrafo a outro) 
 REQUERIMENTO: 
 (pular 1 linha) 
 Por tudo quanto restou exposto e demonstrado, tendo o querelado 
infringido o artigo ___ do Código Penal, requer a Vossa Excelência: 
 Que a presente seja recebida; 
 Que se colha a manifestação do representante do “Parquet”; 
 A citação para o interrogatório e intimação para os demais atos 
processuais, até final julgamento, momento em que deverá ser condenado, observando-se o disposto no 
artigo 529 do Código de Direito Processual Penal; 
 Notificação das testemunhas, cujo rol segue abaixo. 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA – OAB 2 FASE 
DIREITO PENAL 
ROGÉRIO CURY 2 
 
 (pular 1 linha) 
 Nestes termos, 
 Pede deferimento. 
 (pular 2 linhas) 
 Local e data 
 (pular 2 linhas) 
 Advogado ______________ 
 O . A . B. / ____ nº _______ 
 
ROL DE TESTEMUNHAS: 
1 – nome, qualificação, endereço. 
2 – nome, qualificação, endereço. 
3 – nome, qualificação, endereço. 
 (pular 2 linhas) 
 
 Advogado ______________ 
 O.A.B. / ______. nº _______ 
 
 
PROCURAÇÃO ESPECÍFICA 
 (pular 8 linhas) 
 
 
 
 ____________, brasileiro, estado civil _____, profissão _____, portador 
da Cédula de Identidade RG nº _____, e do CPF/MF nº _____, residente e domiciliado na Rua ______, nº 
___, na cidade de _______, nomeia e constitui seu advogado e procurador o Dr. __________, brasileiro, 
estado civil _____, advogado, OAB/SP nº _____, com escritório profissional na Rua ______, nº ___, na 
cidade de _______, a quem confere todos os poderes, inclusive os da cláusula “ad judicia” e, 
especialmente para propor queixa-crime contra: _______, brasileiro, estado civil _____, profissão _____, 
portador da Cédula de Identidade RG nº _____, e do CPF/MF nº ______, residente e domiciliado na Rua 
______, nº ___, na cidade de _______, pelo fato a seguir: 
 (narrar os fatos com clareza e objetividade – breve relato dos fatos) 
 (pular 2 linhas) 
 Local e data 
 (pular 2 linhas) 
 
 
 
 
 
 
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 Assinatura do Cliente (Querelante) 
 
 
 
 CASOS REFERENTES À MATÉRIA: 
 
1 – Corla, com 23 anos de idade, solteira, manicure, é lindeira de Joana, que possui 30 anos de idade, é 
casada com Zé, e trabalha como doméstica, na residência de Ricardo. Ocorre que já há quase três meses, 
Corla vem falando para todos os vizinhos e demais pessoas que nas proximidades se encontram que sua 
vizinha pratica sexo com Ricardo e com todos os seus amigos, e que seu trabalho deveria ser na zona 
local. 
Questão: Como todos os vizinhos, e até mesmo outras pessoas ouviram o que Corla disse, Advogue para 
Joana tomando as providências cabíveis. 
 
2 – Múrcio, separado judicialmente, presidente da Associação dos Médicos da cidade de Ribeirão Preto-
SP, teve sua honra afrontada por pessoas que são seus inimigos políticos. Tais pessoas são os também 
médicos, Drs. Adib e Dalilo que, usualmente fazem fortes críticas e restrições à sua gestão. Desta vez, 
citados oponentes enviaram uma circular a todos os outros associados, onde fizeram severas acusações à 
pessoa do então presidente. Dentre outras coisas, disseram que o Dr. Múrcio era safado e pilantra, e que 
habitualmente se apropriava de dinheiro que não era seu. 
Questão: Apresente a peça cabível para a defesa dos interesses de Múrcio. 
 
3 – Tácio, famoso comerciante da cidade de Ubarana-MT, vendeu a Roberto várias telhas, que no total 
perfizeram o montante de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais). Roberto pagou tal quantia no ato, 
porém com cheque que não tinha provisão de fundos. Tácio, arrependido de ter realizado tal negócio e 
com o dissabor de ser enganado, dirigiu até a Delegacia de Polícia de sua cidade, onde foi lavrado 
inquérito e enviado à Justiça. Após o período de 60 dias, Tácio não obteve nenhuma notícia, pois, 
providência alguma foi tomada. 
Questão: Advogue para Tácio e faça com que a justiça dê andamento ao feito. 
LIVRAMENTO CONDICIONAL 
 
Fundamento legal 
 Art. 83 e seguintes, do Código Penal, c.c. o art. 131 e seguintes da Lei 7210/84. 
 
Forma/Estrutura 
 
 
 
 
 
 
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É formada por uma única peça que, necessariamente deverá ser instruída com documentos, por exemplo, 
atestado de conduta e permanência carcerária, proposta de emprego, etc. 
Para quem endereçar? Deve ser sempre endereçado ao Juiz da Vara das Execuções Criminais, que 
também será o responsável pelo julgamento. 
 
Cabimento/Requisitos: 
 Somente em fase de execução penal, o que acarreta dizer que será apenas após o trânsito em julgado da 
sentença. Requisitos : 
- Condenação igual ou superior a 2 anos; 
- Que o condenado que estiver preso tenha cumprido mais de um terço da pena (regra); 
- No caso de condenado reincidente em crime doloso, o preso deve ter cumprido mais da metade da 
pena; 
- No caso do condenado em crime hediondo deve ter cumprido mais de dois terços da pena, desde que 
não seja reincidente específico. 
- Comprovação de bom comportamento carcerário, bom desempenho no trabalho e aptidão par prover a 
própria subsistência com atividade honesta; 
- Reparação do dano causado pelo delito, salvo demonstração de total impossibilidade de fazê-lo; 
- Crime praticado com violência ou grave ameaça contra a pessoa, deverá demonstrar que não voltará a 
delinqüir; 
- O preso deve preencher os requisitos objetivos e subjetivos. 
Poderá ainda ser determinada a realização de exame criminológico, conforme jurisprudência do STF e 
STJ (Súmula 439). 
Terminologia correta a ser utilizada: 
 REQUERENTE. 
 
Tramitação/Andamento: 
Determinado pedido é enviado ao juiz juntamente com os documentos, realização dos exames 
criminológicos, parecer do Conselho Penitenciário, parecer do MP, conclusão, decisão. 
Requisitos: o condenado preso deve ter bom comportamento carcerário, demonstrar certa aptidão para o 
trabalho, reparar o dano causado pelo crime ou demonstrar qual a impossibilidade de não fazê-lo. 
 
Observação imprescindível: 
 Nunca requeira o alvará de soltura, porque se o juiz deferir o livramento condicional determinará a 
realização de cerimônia e expedição de carteira. 
 Caso Prático 
 
 
 
 
 
 
 
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Artur foi condenado a cinco anos de reclusão pela prática do roubo, sendo que determinada decisão já 
transitou em julgado. Já cumpriu mais de um terço da pena preso, tem a seu favor um bom 
comportamento carcerário, não sendo reincidente, e ainda trabalhando internamente no presídio. 
Questão : adotar a medida judicial cabível para a soltura de Artur. 
 
 Modelo Prático 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara das Execuções Criminais da Comarca 
de_________, Estado de Minas Gerais, 
( pular 1 linha) 
Execução nº___ 
(pular 8 linhas) 
 ARTUR, qualificado nos autos da execução supra, através de seu 
advogado, que esta subscreve, vem, respeitosamenteà presença de Vossa Excelência, com fundamento no 
artigo 83 e seguintes do Código Penal, combinados com o art. 131 e seguintes da Lei 7.210/84 requerer 
LIVRAMENTO CONDICIONAL sendo que para tanto, expõe o quanto segue: 
(pular 1 linha) 
 O requerente foi condenado ao cumprimento de 5 anos de reclusão, 
pelo fato de ter sido provado ser ele o autor do crime de roubo, sendo que, tal decisão já transitou em 
julgado. 
(pular 1 linha) 
 Desta pena imposta, o réu já cumpriu um terço integralmente 
preso, fato este que pode ser verificado pelo cálculo de liquidação de pena às fls...., e certidão de 
permanência de permanência carcerária (doc. 2). 
(pular 1 linha) 
 Durante este período que esteve no cárcere, manteve bom 
comportamento e trabalhou internamente, fato este facilmente comprovado pela certidão de conduta 
carcerária (doc.2) 
(pular 1 linha) 
 Com relação aos antecedentes, certo que o requerente não é 
reincidente, segundo consta pela certidão de antecedentes criminais( doc. 03) 
(pular 1 linha) 
 Possui, devido a sua aptidão ao trabalho promessa de emprego para 
quando sair do presídio (doc.04), e comprova também que possui moradia certa (doc. 5). 
(pular 1 linha) 
 Desta forma, presentes os requisitos legais, requer a Vossa 
Excelência, após parecer do Conselho Penitenciário, e do ilustre representante do Ministério Público, a 
 
 
 
 
 
 
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ROGÉRIO CURY 2 
 
concessão do pedido de condicional, prosseguindo-se nas demais formalidades legais, com a expedição de 
carteira em favor do requerente. 
(pular 1 linha) 
 Nestes termos, 
 Pede e espera deferimento. 
(pular 2 linhas) 
 Local e data 
 (pular 2 linhas) 
 
 Advogado__________ 
 O.A.B./ ____ nº________ 
 
 
 
 
 CASOS REFERENTES Á MATÉRIA: 
 
1 – ANTUNES, primário, foi condenado ao cumprimento de pena de 6 (seis) anos de reclusão pela prática 
de homicídio simples. Já cumpriu mais de um terço da pena preso, detém bom comportamento carcerário, 
além de trabalhar internamente, aprendeu ofício, tendo inclusive, indenizado no cível o dano causado pelo 
crime e por fim não é reincidente. Questão: Como advogado de Antunes, o defenda requerendo que de 
direito. 
 
2- “ROGER”, fora condenado pela prática de homicídio qualificado. A pena aplicada foi de 12 (doze) 
anos de reclusão em regime fechado. Encontra-se recolhido na Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro. 
Não é reincidente. Em ação própria na esfera cível reparou o dano. 
Já cumpriu mais de 2/3 (dois terços) da pena imposta, sempre com excelente comportamento carcerário, 
aprendeu ofício e já tem emprego certo para quando estiver em liberdade. Questão: Como advogado de 
“ROGER” lance mão da medida cabível visando sua libertação. 
 
3 - Marcos Abadia foi processado pelo MM. Juiz da 1a. Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de 
São Paulo, por ter sido pilhado, no dia 12 de janeiro de 2003, na posse de 1,2 quilo de substância 
entorpecente conhecida como cocaína. Regularmente processado, o réu foi condenado nas penas do art. 
12 da Lei 6368/76 (Lei vigente à época do fato), a três anos de reclusão, em regime integralmente 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA – OAB 2 FASE 
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fechado. O magistrado facultou ao réu o direito de recorrer em liberdade,força de ser primário, sem 
antecedentes e não ser participante de quadrilha ou bando. Intimado pessoalmente, o réu recorreu da 
decisão. O Tribunal Regional Federal, por acórdão de fls., confirmou a decisão condenatória. Com o 
trânsito em julgado, expediu o competente mandado de prisão. Preso o condenado, foi expedida guia de 
recolhimento, encontrando-se o réu preso há 2 anos na Penitenciária Estadual de Avaré, Estado de São 
Paulo. Nada ainda foi postulado em seu favor. Como advogado recém constituído de Marcos, postule em 
seu favor junto ao juízo competente. 
 
 REABILITAÇÃO CRIMINAL 
 
Observações Preliminares sobre a peça: " É uma peça especificamente utilizada para quem deseja 
limpar marcas do passado, assim como obter sigilo de seus antecedentes. 
 
Fundamentos Legais 
Art. 93, parágrafo único do Código Penal combinado com o art. 743 do Código de Processo Penal. 
 
Endereçamento 
Essa peça é encaminhada sempre para o juiz da condenação. 
 
Denominação do Postulante 
O indivíduo que ingressa -via procurador - com pedido de reabilitação criminal recebe a denominação de 
REQUERENTE. 
 
Prazo 
Prazo mínimo de dois anos após o cumprimento ou extinção da pena. 
 
Hipótese 
Necessário frisar, que essa peça é utilizada nos casos em que o indivíduo queira limpar as marcas do 
passado, em sua ficha de antecedentes, ou seja, obter sigilo de seus antecedentes. 
 
Forma 
Compõe-se, exclusivamente, por uma única peça, instruída com documentos comprobatórios. 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PENAL 
ROGÉRIO CURY 2 
 
Requisitos 
Deve existir a comprovação de domicilio no país , pelo prazo mínimo de 2 anos. 
O prazo de dois anos após o cumprimento ou extinção da pena, por algum motivo, também deve ser 
respeitado. 
O comportamento não só no âmbito público mais também no privado deve ser demonstrado. 
Deve existir ainda, uma prova da reparação do dano ou impossibilidade de o fazer, ou algum documento 
que demonstre a renúncia da vítima, ou novação da dívida. 
 
Observações imprescindíveis 
No caso de existir várias condenações, deve ser requerida uma reabilitação para cada condenação. 
Alguns efeitos da condenação são parcialmente suspensos. 
Na hipótese do pedido de reabilitação ser negado, admite-se recurso ou apelo, ou ainda, que se entre com 
um novo pedido de reabilitação, desde que instruído com novos documentos. 
Não devemos esquecer que o juiz ao deferir o pedido de reabilitação, recorre sempre de ofício. 
A função especifica da reabilitação é a de obter sigilo junto a ficha de antecedentes criminais. 
 
Caso prático 
Artur teve um passado tumultuado, a cerca de quinze anos atrás teve várias condenações por diversos 
crimes em diversas Varas Criminais De Ribeirão Preto, todas elas com extinção de punibilidade declarada 
a mais de seis anos. Hoje, já mais velho e maduro, Artur procura seu advogado para limpar sua folha de 
antecedentes. 
Indaga-se: qual a solução cabível para seu cliente neste caso. 
 
 
Modelo Prático 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de _________, 
Estado do Amazonas, 
( pular 8 linhas) 
 
 ARTUR, já qualificado nos autos do processo nº__/__, que 
tramitou perante esta Vara e respectivo Cartório, estando o feito já arquivado na caixa nº___, através de 
seu advogado, no final, assinado, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com 
fundamento no art. 93 e seguintes, do Código Penal, combinado com o art. 743 e seguintes, do Código de 
Processo Penal, requerer a REABILITAÇÃO CRIMINAL, expondo e requerendo o quanto se segue: 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA – OAB 2 FASE 
DIREITO PENAL 
ROGÉRIO CURY 2 
 
(pular 1 linha) 
 O requerente foi condenado, sendo que a decisão já transitou em 
julgado, sendo declarada extinta a punibilidade há mais de 6 (seis) anos, conforme vislumbra-se pela 
certidão em anexo (doc. 1). 
(pular 1 linha) 
 Durante este período supra mencionado, possuiu domicilio no país, 
fato este facilmente comprovado pelo contrato de locação em anexo (doc.2), assim como, demonstrou 
excelente comportamento público e privado, constatado pelas certidões e declarações (docs. 3/7) 
(pular 1 linha) 
 Derradeiramente, não podemos nos esquecer que ressarciuintegralmente o dano causado pelo crime, fato este comprovado por documento assinado pela própria 
vítima.(doc. 8) 
(pular 1 linha) 
 Desta maneira, requer: 
 O desarquivamento destes autos; 
 Vista ao ilustre representante do Ministério Público; 
 Concessão do Pedido de Reabilitação; 
 Conseqüente comunicação ao Instituto de Identificação e 
Estatística. 
 Nestes termos, 
 Pede e espera deferimento. 
(pular 2 linhas) 
 Local e data 
(pular 2 linhas) 
 Advogado_________ 
 O.A.B./ ____ nº______ 
 
 
 CASOS REFERENTES À MATÉRIA 
 
1 - Nenê hoje com 35 anos de idade, acerca de dez anos atrás teve um passado conturbado com duas 
condenações por furto na primeira Vara Criminal de Campinas-SP, todas elas com extinção de 
punibilidade declarada há mais de cinco anos. Preocupado com a possibilidade da empresa, onde trabalha 
descobrir, lhe procura, para atuar como seu advogado para que obter sigilo em seu registro de 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA – OAB 2 FASE 
DIREITO PENAL 
ROGÉRIO CURY 2 
 
antecedentes criminais. Nenê, informou que reparou integralmente os danos caudados pelos delitos, além 
de residir no mesmo endereço há mais de vinte anos, além de possuir com comportamento público e 
privado, conforme atestam os documentos que trouxe a seu escritório de advocacia. Questão: Elabore a 
medida cabível para o caso. 
 
2 - Zezé no período compreendido entre seus dezoito e vinte cinco anos praticou vários delitos na cidade 
de Brasília-DF, todas elas com extinção da punibilidade há 3 anos. Atualmente, mais responsável, pastor 
de uma igreja, e morando há mais de 2 anos em uma casa de aluguel, procura você tentando buscar uma 
saída para obter sigilo em sua folha de antecedentes criminais. Questão: Como advogado de Zezé, elabore 
a peça adequada para o caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVISÃO CRIMINAL 
 
Observações Preliminares sobre a peça: É utilizada apenas e tão somente após o trânsito em julgado de 
uma sentença condenatória. Para sua interposição, é necessário a existência de novas provas, novos 
fatos, depois do trânsito em julgado da sentença condenatória. 
 
 Fundamentos Legais 
 Art. 621 do Código de Processo Penal 
 
 Endereçamento 
 Sempre dirigida ao Tribunal. 
1ª INSTÂNCIA – TRIBUNAL 2ª INSTÂNCIA 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA – OAB 2 FASE 
DIREITO PENAL 
ROGÉRIO CURY 2 
 
TRIBUNAL 2ª INST – TRIBUNAL 2ª INSTÂNCIA 
STJ – STJ 
STF – STF 
JECRIM – COLÉGIO RECURSAL JECRIM 
 Denominação do Postulante 
 O indivíduo que ingressa, via procurador, com a revisão criminal recebe a denominação de 
REVISIONANDO. 
 
 Prazo 
Diferentemente de outras peças processuais no âmbito penal, a revisão criminal não possui prazo 
determinado, podendo, inclusive, ser intentada após a morte do condenado ("in memorian"), porém, é 
importante não nos esquecermos que a revisão criminal só poderá ser intentada após o trânsito em julgado 
da sentença condenatória. 
 
 Hipótese 
 Importante reforçar a idéia de que a revisão criminal só pode ser intentada após o trânsito em julgado da 
sentença penal condenatória, desde que haja agora um fato novo ou uma prova nova da inocência do 
condenado. 
 
 Forma 
 É composta, exclusivamente, por uma única peça, devendo ser juntada a certidão de trânsito em julgado 
da sentença condenatória. 
 
 Observações imprescindíveis 
 É um recurso exclusivo da defesa, podendo afirmar, desta forma, que não há reforma para pior, ou seja, 
não existe "reformatio in pejus". 
A revisão criminal é o único meio capaz de limpar ou mesmo tirar o nome do réu do rol dos culpados, 
devendo ser interpretado como, meio para provar o erro judiciário. 
No pedido de revisão criminal, dentre outras coisas, deve ser requerido o direito a justa indenização que, 
depois de reconhecido na área criminal, na área civil só será determinado o seu valor. 
No caso da recusa do Tribunal em receber a revisão, admite-se agravo regimental. 
 
 Atenção 
 Se houver uma sentença condenatória com trânsito em julgado, 
o réu estando prestes a ser preso, surgindo novas provas, a opção deverá ser pelo "Habeas Corpus", 
fato este justificado pela prisão iminente. 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA – OAB 2 FASE 
DIREITO PENAL 
ROGÉRIO CURY 2 
 
Em hipótese alguma deve-se esquecer de juntar a certidão de trânsito em julgado da sentença 
condenatória. 
 
Caso Prático 
Artur, casado, caminhoneiro, foi condenado ao cumprimento de uma pena de 4 anos de reclusão, pelo 
crime de roubo. Ocorreu o trânsito em julgado. 
Tempos depois, foi preso em flagrante Alberto vulgo " kiwi", que tinha, inclusive, ordem de prisão 
decretada. Em seu interrogatório judicial, o mesmo confessou a prática de diversos delitos, dentre os 
quais, o crime na qual Artur foi condenado. Já tendo cumprido parte do período de prisão a que foi 
condenado, e estando de condicional, Artur tem conhecimento do fato ocorrido, através de familiares. 
Artur, então, procura na data de hoje, seu advogado, para que sejam tomadas as providências. Justifique e 
de a tramitação. 
 
Modelo Prático 
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Distrito 
Federal e Territórios, 
(pular 8 linhas) 
 
 Artur, brasileiro, casado, caminhoneiro, portador do RG 
nº___________, e CPF nº________, residente e domiciliado na rua ____, nº____, na cidade de ________, 
por seu advogado, no final assinado (procuração em anexo), vem mui respeitosamente perante esse 
Egrégio Tribunal, promover de conformidade com o art. 621 e seguintes do Código de Processo Penal, a 
competente REVISÃO CRIMINAL, pelos fatos e fundamentos abaixo elencados: 
(pular 1 linha) 
 O revisionando sofreu processo crime como incurso no art. 157 do 
Código Penal, autos nº____/__, que tramitou perante a Egrégia __Vara Criminal da Comarca de Barretos, 
tornando-se a sentença irrecorrível, conforme certidão de trânsito em julgado em anexo ( doc. 2) 
 (pular 1 linha) 
 Os autos encontram-se arquivados na caixa nº___/__, conforme 
mencionado na certidão supra mencionado. 
 (pular 1 linha) 
 Na data de __ /__ / ___, em razão de já ter cumprido mais de 1/3 
da pena imposta, e devido ao seu bom comportamento carcerário, obteve a suspensão condicional, em 
conformidade com a certidão fornecida ( doc. 3). 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA – OAB 2 FASE 
DIREITO PENAL 
ROGÉRIO CURY 2 
 
 (pular 1 linha) 
 DOS FATOS 
 (pular 1 linha) 
 DA PROVA NOVA 
 (pular 1 linha ) 
 O ora revisionando, em liberdade numa reunião com familiares, 
descobriu o seguinte fato: 
 (pular 1 linha) 
 Que em virtude, de uma prisão em flagrante , havia sido preso um 
indivíduo cujo o nome era Alberto que, entre outros delitos, confessou ser autor do crime pelo qual o 
revisionando foi responsabilizado 
 ( pular 1 linha ) 
 Determinada prova foi colhida nos autos do processo crime nº___ 
/__, que esta tramitando perante a Egrégia __ Vara Criminal da Comarca de ____, conforme vislumbra-
se com a leitura da certidão de todo o interrogatório fornecida, ora em anexo ( doc. 04 ). 
 OU 
 ( pular 1 linha). 
 DA INJUSTA CONDENAÇÃO 
 (pular 1 espaço) 
 Torna-se notória, portanto, o erro judiciário sofrido pelo 
revisionando, pois foi condenado por um crime que não cometeu. 
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Determinada situação lhe ocasionou prejuízos, não lhe restando outra maneira se não a revisional. 
 DO DIREITO APLICÁVEL À ESPÉCIE: 
 O Código de Processo Penal, em seu artigo 621, estabelece: 
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 " A revisão de processos findos será admitida: 
 III. quando após a sentença,se descobrirem novas provas de 
inocência do condenado..." (grifo nosso) 
 (pular 1 linha) 
 O acolhimento e provimento da presente revisão criminal, 
tornando-se sem eficácia a r. sentença condenatória, restabelecendo-se a primariedade, com a 
declaração de sua inocência. 
 (pular 1 linha ) 
 Outrossim, requer ainda que esse Egrégio Tribunal, de 
conformidade com o art. 630 do Código de Processo Penal, reconheça o direito a justa indenização. 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA – OAB 2 FASE 
DIREITO PENAL 
ROGÉRIO CURY 2 
 
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 Nestes termos, 
 Pede e espera deferimento. 
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 Local e data 
 (pular 2 linhas) 
 Advogado _________ 
 O.A.B. / ____. nº_____ 
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