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onsu Após estudar este capftuloJ você estará apto a: ÔA1 ÔA2 ÔA3 ÔA4 ÔA5 ÔA6 Obter uma avaliação do vínculo do consumo com o valor e com a satisfação. Discutir a importância relativa da satisfação e do valor no comportamento do consumidor. Saber que outras emoções além da satisfação podem afetar o comportamento pós-consumo. Usar a não confirmação da expectativa, a equidade e as abordagens da teoria da distribuição para explicar as reações pós-consumo. Compreender os problemas em relação a medidas de satisfação comumente aplicadas. Descrever algumas formas como os consumidores descartam produtos. OA1 Consumo, Va or e Satisfação consumo está no núcleo do com- portamento do consumidor. Obvia- mente, o consumidor consome! Na verdade, pode-se dizer que toda a atividade humana foca alguma forma de consumo. Mesmo quando trabalhamos, consumimos tempo para que possamos ganhar dinheiro para consumirmos outras coisas! No processo de consumo, os consumidores usam o pro- duto, o serviço ou a experiência que foi selecionada. Por fim, os consumidores consomem produtos e rece- bem o valor em troca. O CONSUMO LEVA AO VALOR O importante papel do consumo torna-se evidente quando consideramos que sem consumo não há valor. Por consequência, o valor do consumo é diretamente derivado do consumo do produto.1 Anteriormente, definimos o consumo como o processo que converte o tempo, os bens, as ideias ou o serviço em valor. As experiências de consumo produzem valor utilitário e/ou hedônico. O processo básico de consumo que está no núcleo do EVC é apresentado novamente na Figura 14.1. CONSUMO E CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS Muitas questões acompanham serviços e experiências. Há importantes diferenças entre o consumo de bens duráveis e o consumo de bens não duráveis. Os bens duráveis são aqueles consumidos em longos períodos. Uma máquina de lavar louças é um bem durável. Os bens não duráveis são consumi- dos rapidamente. Refrige- rantes são bens não duráveis. o consumo de bens, processo de consumo processo em que os consumidores usam o produto, o serviço ou a experiência que foi selecionada bens duráveis bens que são consumidos ao longo de um período bens não duráveis bens que são consumidos rapidamente CAPITULO 14: CONSUMO PARA SATISFAÇÃO 283 frequência do consumo número de Especialmente para os bens não duráveis, vezes que um produto é os marqueteiros tentam consumido aumentar a frequência o máximo possível. A fre- quência do consumo refere-se ao número de vezes que um produto ou serviço é consumido em deter- minado período. As empresas de cartões de crédito estão tomando cada vez mais fácil para os clientes o uso do cartão nas compras. Visa e MasterCard já fo- ram considerados inapropriados para as compras de rotina, como compras de mantimentos. Hoje, no en- tanto, os consumidores os usam para todas as formas de compras. Os marqueteiros também tentam aumentar a quan- tidade de produtos consumidos por ocasião. Os que trabalham com refrigerantes aumentam gradualmente o tamanho desses produtos ao longo do tempo. Muitos estudantes podem se surpreender com a descoberta de que a garrafa de Coca-Cola era muito menor do que hoje- pesava cerca de 200 gramas. O formato de venda A estratégia da Pepsi encorajou um tamanho maior que o da garrafa de 200 gramas da Coca-Cola pelo mesmo preço. 284 PARTE 5: CONSUMO E AltM F\GUR~ 14.1 B, . de Consumo Processo asico Necessidade oese)o Troca Valor Consumo, avaliação pós-escolha. fldelldade. comportamento de compra repetido, descarte. da Pepsi era uma garrafa de cerca de 310 gramas pelo mesmo preço. Hoje os consumidores bebem urna gar- rafa de cerca de 620 gramas ou até de 1 litro inúmeras vezes por dia! Aos poucos, a indústria do refrigerante facilitou o aumento do tamanho normal das embala- gens desse produto. Serviços e experiências normalmente são classifica- dos como "não duráveis". Entretanto, alguns serviços são consumidos por períodos mais extensos. Consu- mimos seguro diariamente apesar de pagarmos os prê- mios periodicamente. As experiências são completadas quando o consumo para. No entanto, os marqueteiros desses produtos podem encorajar o consumo repetido por meio da oferta de ingressos para jogos, da associa- ção a clubes e de convites especiais para eventos. Ao encorajar o consumo crescente, esses marqueteiros podem alimentar o relacionamento com os clientes. SITUA ÕES E REAÇÕES DO CO SUMIDOR Como discutido anteriormente, as situações e as con- figurações de consumo têm um impacto significativo na experiência do consumidor. Os fatores temporais, as condições antecedentes e o ambiente físico são particu- larmente influentes na experiência de consumo. Como, o que e quando consumimos dependente muito do ambiente em que estamos. Para Melhor ou Para Pior cucos itens mate- riais são tão simbó- 1 • • I 114 ;g • I 1 ..J ' ••o J .. .. ~ autenticidade algo que é real e genuíno, que tem hístória ou tradição transferência de significado processo pelo qual o significado cultural é transferido para um produto e para um consumidor licos quanto o anel de casamento de diamante. O diamante é um símbolo de amor e comprometimento e provoca sentimentos de paixão, reaHzação ritmo de jogo de um é uma distração constante. Em alguns campos, a exigência é que um grupo de jogadores muito lentos pule um buraco. Fatores ambientais como esse influenciam quanto valor os consumidores rece- bem e quão satisfeitos ficam e entusiasmo na futura esposa. Os pesquisadores que estudam o consumidor observaram as vendas de anéis de diamante durante a recente crise econômica. Eles descobriram que embora a demanda para diamantes tivesse caído, o simbolismo dessa joia garantiu a venda do produto. ~claro que as pessoas continuam a se casar estando a economia boa ou não. Muitos consumidores não optaram pelos diamantes caros e buscaram alterna- . . , . tivas mais acess1ve1s. . ,. . com essa exper1enc1a. A demanda desse produto acentua a importância de seu simbolismo e do forte impacto que as emoções têm no consumo, mesmo durante tempos difíceis. As condições econômicas podem azedar, mas os diamantes mantêm seu significado. Quando se trata de casamento, os diamantes ainda são os melhores amigos de uma garota! CONSUMO, SIGNIFICADAO E TRANSFERENCIA Fontes: Sarbee,J. (2009). ·as Dlarnan:es São Eternos?'. G!obolf'orr 13 IT'aio 2009. conteüdo on-line als~ível em www.globalpost.com/ dhipatcb/aftrlca/090512/dlamonds-a ~-forev@r.htm. \.!orruhed. C. (2009). 'Now Cheaper, Are Diamonds St!I a Gl1rs Besrl'riend': Tlie rimes. • 1 abr 2009. 49, Greene, J (2006). "8J\Je Níle A Guy's Best FrierKI: Buslness'l\leek. 9 jun. 200!3. 39. A vida do consumidor está entrelaçada com o consumo. Os fãs de futebol norte-americano, por exemplo, gostam de fazer um tipo de almoço no estacionamento do estádio após as partidas e inúmeros produtos são essenciais para converter a ocasião em valor. Cerveja, hambúrgueres e pestinhas são comuns nos tailgates do centro-oeste. Na Louisiana, jambalaia, gumbo, cauda de jacaré e até uma banda cajun podem acompanhar a cerveja. Os produtos tornam-se artefatos que fazem parte de um ritual de tailgating. Sem eles, a experiência é menos autêntica. A autenticidade significa algo que é real e genuíno, que tem história ou tradição. 2 O con- sumo de coisas autênticas acrescenta valor ao consumo de experiências sintéticas, sobretudo quando o ambiente de consumo contém alto grau de simbolismo ou os con- sumidores estão muito envolvidos em alguma atividade. Os mesmos produtos, por exemplo, a cauda de jacaré frita, oferecem menos valorquando não contribuem para uma experiência de consumo autêntica. O ambiente desempenha o papel de influenciar o consumo proporcionando satisfação. Quando jogado- res de golfe jogam em um campo lotado, outros joga- dores determinam quão rápido se pode jogar. Embora a etiqueta permita que os jogadores mais rápidos ultra- passem os mais lentos no campo, a interferência no O valor depende de um pro- cesso chamado transferência de signjficado. Do ponto de vista utilitarista, o significado do consumo é simples. Os consumidores compram graxa para engraxar seus sapa- tos. Isso é fácil. O que não é simples é o componente hedônico do consumo. Aqui, os significados internos, incluindo o significado cultural, devem ser considerados. A transferência de significado começa com a cultura. O valor é bastante afetado pelo significado dos bens, serviços e experiências. Os marqueteiros trabalham para transferir ideais ou valores culturais a produtos por meio da propaganda e do boca a boca que ocorre entre os cons11midores. Se eles podem atribuir o tema para um produto - por exemplo, uma motocicleta -, o consumidor não apenas consome a motocicleta como também o significado ligado a ela. Por fim, o significado do produto toma-se uma parte importante da expe- riência de consumo. 3 A transferência de significado no processo de consumo é ilustrada na Figura 14.2. RESULTAJ)OS DO CONSUMO E EMOÇAO Os consumidores escolhem produtos, serviços e expe- riências que tenham valor de acordo com seus desejos e CAPITULO 14: CONSUMO PARA SATISFAÇÃO 285 esperança emoçáo fundamental evocada por avaliações antecipatórias positivas necessidades. Eles antecipam os bons resultados de suas escolhas ou, então, teriam feito outra escolha. Nos capí- tulos anteriores, destacamos como as emoções desempenham papéis-chave antes e durante o consumo. As fantasias, a diversão e os senti- mentos estão associados ao consumo e esses elementos estão intimamente ligados ao valor percebido. 4 Nessa parte do EVC, salientamos como as emoções do consumidor acabam influenciando os resultados do consumo. Esse processo começa com a antecipação. A esperança, por exemplo, é uma emoção fundamen- tal evocada por avaliações antecipatórias positivas. O consumidor antecipa um resultado que poderia trazer à tona uma situação melhor e, então, ele sente a espe- rança. Dessa forma, a esperança é o oposto do medo, que envolve a antecipação de um resultado negativo. 5 O consumidor antecipa 11m resultado que poderia trazer a tona uma situação melhor e, então, ele sente a esperança. Sentimentos como a esperança estão ligados a expec- tativas e, assim, desempenham um papel na criação de resultados de consumo. O consumo, o valor e a satisfação estão intima- mente ligados. Como já era de se esperar, os consumi- dores tendem a ficar mais satisfeitos com as trocas que Causas reladonadas, como o projeto Wounded Warriors, seba- seiam em sentimentos de esperança. Nesse caso, a esperança de que o envolvimento mostre que eles não foram esquecidos. 286 PARTE 5: CONSUMO E AltM 8, "' E -~ l FIGURA 14.2 'I!a~sf erência de S1gmficado no Consumo Significado definido culturalmente Produto, serviço, experiência Consumidor Fonre: IV'cCrad(en, G. (1986) ·cutru Acçounr of th · re a!ld <onStJm ~ . e Sr1Uctur11 and M Puon. A Theorerical Consumer Goods:.JoumafOfG ovcment of rheCulwrar M<Mnlng of onsumerResooJCh. 13 (1),71·84 são valiosas para eles, já que o valor está no coração das transações de marketing. As percepções de valor, portanto, influenciam diretamente a satisfação do con- sumidor. 6 O relacionamento entre o consumo, o valor e a satisfação é apresentado na Figura 14.3. No entanto, a ligação entre o valor e a satisfação está bem longe de ser perfeita, como veremos mais adiante. OA2 Valor e Satisfação atisfação é um componente central e, certamente, a maioria das companhias tenta satisfazer os clientes. Entretanto, a satisfação é a variável principal para marqueteiros e consumidores? Consi- dere a Figura 14.4. Ela mostra os índi- ces do INASC, o Índice Norte-Americano de Satisfação do Cliente, ou ACSI, em inglês. 7 Ele mostra o índice de satisfação em relação a muitas empresas grandes. Essa figura, em particular, mostra a satisfação em relação a companhias de varejo que operam nos Estados Unidos. E i FIGURA 14.3 V: l Satisfação àl Consumo, a or e E;' g IXl Satisfação Valor Fidelidade Inruces do IN .. - encanos ~, ____________ _ 85 80 a 7S o .o 70 6S 20<H 2005 2006 2007 2008 A satisfação é a variável principal para marqueteiros e consumidores? Observe que a Publix (uma grande cadeia de super- mercados da Flórida) teve o índice mais alto de satisfação do cliente durante todo o peóodo em que a Kohl's tam- bém pontuou bem mais alto no INASC do que a maioria dos varejistas. JCPenney, Dillard's, Target e Dollar Gene- ral têm índices de satisfação mais altos que o Walmart. O que isso significa? Algum varejista obteve mais sucesso do que o Walmart nos últimos anos? Como o INASC mostra, o Walmart dificilmente é líder em satisfação. Na verdade, de acordo com o INASC, os índices de satisfa- ção do Walmart são os menores de todos os varejistas listados. O que pode explicar isso? A resposta está no valor. Mesmo que o Walmart não ofereça uma alta satis- fação ao cliente, ele oferece liderança em relação a valor, espe<:ialmente a percepção de que o alto valor utilitário resulta das compras no Walmart. Assim, o histórico diz o o 1009 .• , Alvo •• a Dollar General lCPenny • Kohrs • Díllard's Sears Holdings e Army and Air Force Exchange Service (AAFES) • Walmart o Macy's D Pub/ix Scores By lndus1ry Ap~I ll n ............ ... 5J •t T1 R n 1' n • .. " 1'1'1' '' 1(.rAàb! n '' Observe o INASC para marcas de roupas famosas. Você concorda? 11 .. , t • IJI u a 11 li lb 1 Jt • 4 • • ' CAPITULO 14: CONSUMO PARA SATISFAÇÃO 287 """ &l ~ lil "C e: -e: _Q ... (,) 1ll .1il cn ~ Q) E .9 Ul :3 o &i (,) ·e: ~ < .g "' ~ o o satisfação do cliente emoção positiva e moderada que resulta de uma avaliaçáo favorável do consumo insatisfação do cliente emoção negatíva e moderada que resulta de uma avaliação não favorável do consumo que o Walmart deve conti- nuar a priorizar o valor em vez da satisfação. A importância do valor na experiência de consumo não pode ser exagerada. Na verdade, uma empresa existe para criar valor. 8 A Figura 14.3 mostra como o valor vem do processo de consumo e como esse valor, por sua vez, influencia a satisfação do cliente. Como afirmado no capítulo anterior e sugerido pelos índices do INASC, o valor é o coração do com- portamento do consumidor, portanto, pode ser pensado como a variável central da experiência de consumo.9 Se os marqueteiros algum dia encararem a decisão de pro- porcionar valor ou satisfação, o valor deve ser priori- zado porque, como ilustrado pelo INASC, as empresas o fazem bem mesmo quando não obtêm altos índices de satisfação. Contudo, a empresa que não proporcionar valor de alguma forma, não será bem-sucedida. O QUE É SATISFAÇÃO DO CLIENTE? A satisfação do cliente recebeu muita atenção dos pes- quisadores que estudam o consumidor e dos gerentes de marketing. Entretanto, as pessoas definem a satisfação de maneira diferente, como resultado, ela normalmente é confundida com inúmeros conceitos intimamente rela- cionados, como a qualidade e a dissonância cognitiva. Contudo, a satisfação é distinta desses conceitos. ,, - . . A satisfação do cliente e uma emoçao pos1t1va e moderada que resultade uma avaliação favorável do consumo. Diversos pontos distinguem a satisfação do cliente de outros conceitos importantes do compor- tamento do consumidor: • A satisfação do cliente é um fenômeno pós-consumo porque é uma reação a um resultado. • Como as outras emoções, a satisfação resulta de uma avaliação cognitiva. Algumas pessoas referem-se a essa avaliação como o julgamento da satisfação. • A satisfação é uma emoção relativamente moderada que não cria fortes reações comportamentais. Outras variáveis centrais do consumo, como expec- tativas, qualidade ou atitude, são mais relevantes em relação ao pré-consumo ou mesmo à pré-compra para explicar o comportamento do consumidor.10 Todavia, os gerentes consideram importante a satisfação do cliente porque o boca a boca, a compra repetida e, por fim, a fidelidade do consumidor correlacionam-se com os índi- 288 PARTE 5: CONSUMO E AltM ces de satisfação dele. Essas relações são discutidas em detalhes no próximo capítulo. O QUE É INSATISFAÇÃO DO CLIENTE? Lembre-se das informações sobre o processamento de informações do consumidor, em que os consumidores reagem de diferentes formas quando respondem a per- das e quando respondem a ganhos. Além do mais, há discussões sobre o fato de a baixa satisfação signifi- car ou não uma alta insatisfação do cliente. Por razões como essas, a teoria do comportamento do consumidor distingue a insatisfação da satisfação. Assim, a insatis- fação do cliente pode ser definida como uma reação afetiva negativa moderada que resulta de uma avalia- ção não favorável do consumo.11 Apesar da insatisfa- ção conceitualmente ser oposta à satisfação, o fato de que os consumidores reagem de maneira diferente aos contextos negativos significa que a insatisfação explica os comportamentos que a satisfação não pode explicar. 0A3 Outras Reações Pós-Consumo mbora as pessoas usem o termo satis- fação como um coloquialismo para tudo o que acontece após o consu- midor comprar algo, muitas outras coisas, incluindo emoções, também podem ocorrer após o consumo. Essa . - , perspectiva provoca outras importantes reaçoes pos- -consumo que podem ser esquecidas. Entre elas estão as emoções específicas, incluindo o prazer, o desgosto, a surpresa, a satisfação e até a raiva. Essas emoções estão muito mais ligadas ao comportamento porque, embora elas também sejam reações emocionais às avaliações, normalmente são muito mais fortes. Um consumidor bravo exibe um comportamento muito mais perceptível e persistente do que um consumi- dor um pouco insatisfeito. O consumidor bravo reclama, às vezes grita e, em casos extremos, toma inciativas de boicote contra a empresa que é alvo de sua raiva. Um con- sumidor um pouco insatisfeito pode não exibir nenhum sinal visível de irritação. A emoção específica vivida pelos consumidores vai determinar a sua reação com- portamental, como veremos no capítulo a seguir, quando abordaremos a reclamação mais detalhadamente. Ape- sar de discutirmos esses aspectos mais adiante, o que quer que aconteça após a compra seria negligência não incluir as possibilidades além da satisfação. Espero que Seja Verdadeiramente Verdadeiro! s marqueteiros desejam oferecer uma experiência teoria da não confirmação da expectativa propõe que os clientes usam as expectativas como um benchmark contra o qual as percepções do desempenho são julgadas; essa comparação é a base primária para a satisfação/ não satisfação autêntica como meio de criar mais valor. Isso significa que a experiência tem de ser real! Um restaurante que promete a experiência autêntica de um café não confirmação positiva de acordo com a abordagem de não confirmação de expectativas, trata-parisiense precisa oferecer um menu e uma decoração que cumpra com a promessa. O consumidor entra nessa experiência esperando viver algo especial, e não consumir um jantar requentado em um restaurante de estrada. Patê, Tavel (um vinho rosé francês) e um pão crocante podem atender a esperança e substituí-la pelo prazer. Muitas empresas na internet oferecem produtos de grife "autênticos" da Gucci, Prada, Louis Vuitton, Rolex etc. Contudo, as evidências sugerem que grande parte dos produtos de grife vendidos na internet é, na verdade, falsa. Imagine a reação pós-compra de um consumidor que fez recentemente um bom negócio comprando uma mochila da Louis Vuitton para sua noiva - eJe afirma que obteve 60% de desconto! Ele pode encher essa mochila com expectativas. Antes de dar à noiva, um amigo brinca:"Ei, isso aí é verdadeiro?~ Após alguns segundos de silêncio, ele acrescenta em um tom confortante:"Não se preocupe, vai funcionar mesmo se não for!~ A esperança pode se tornar ansiedade ou medo? Em que grau a satisfação dele será afetada pelo pensamento de que a mochila pode não ser autêntica? -se do estado em que as percepções do desempenho excedem as expectativas não confirmação negativa de acordo com a abordagem de não confirmação de expectativas, trata- -se do estado em que as percepções do desempenho ficam longe das expectatívas positiva leva à satisfação do cliente. A não confir- mação negativa ocorre quando as percepções Fonte 8oss, O L (2008). 'Provloing Autnentlc Customer E:xpene11ces VJelds Real llesuln'. Nucion~ Resrolllllfll N~.vs (25 fevJ, «>; Sn;ripf. S.A, P.Chati· dry. ao 10). "Country Mattefs. !:llecutJWs V.1eign ln on lhe Causes ano Counter 1V.easures of Counterfeit T1aoe'. Bu;mest HoflZOfls. 53. 30.)-314. 0A4 Teorias das Reações de Pós-Consumo NÃO CONFIRMAÇÃO DE EXPECTATIVAS teoria mais comumente aceita sobre a satisfação do cliente é a teoria da não confirmação de expectativas. O modelo básico da não confirmação propõe que os consumidores entram em uma experiência de consumo com expectativas cognitivas predeterminadas em relação ao desempenho de um produto. Essas expectativas são usa- das como um tipo de benchmark contra o qual as per- cepções do desempenho são julgadas. A não confirmação toma-se central na explica- ção da satisfação do cliente. A não confirmação posi- tiva ocorre quando as percepções do desempenho são mais positivas do que o esperado. A não confirmação do desempenho não atendem as expectativas, significando que o desempenho é menor do que o espe- rado. A não confirmação negativa leva à insatisfação. Finalmente, se as percepções do desempenho combina- rem exatamente com o que foi esperado, diz-se que a confirmação (às vezes mencionada como não confirma- ção neutra) ocorre. A abordagem da não confirmação de expectativas é mostrada na Figura 14.5. Quando junto, a não con- firmação representa a avaliação cognitiva que produz emoções pós-consumo, como a satisfação. Usando uma terminologia diferente, a não confirmação é o julga- mento da satisfação. As formas azuis representam as rea- ções pós-consumo; a forma verde representa uma reação pós-consumo afetiva ou emocional. As relações entre os conceitos são explicadas na seção a seguir. Expectativas As expectativas podem ser pensadas como crenças de pré-consumo em relação ao que vai ocorrer durante uma troca e/ou consumo de um produto. As expectativas do consumidor têm dois componentes: (1) a probabilidade CAPITULO 14: CONSUMO PARA SATISFAÇÃO 289 de que algo ocorra e (2) a avaliação da possível ocorrência.12 A Figura 14.5 revela que as expec- tativas também têm um impacto direto sobre a satisfação (linha pontilhada), independente do seu papel no processo de não confumação.13 FIGURA 14.5 Isso pode ocorrer quando o consumidor tem pouquíssimo envolvimento. Nesses casos, um pouco de esforço é colocado na avaliação da expectativa ou do desempenho, e a formação da satisfação é altamente impactada ape- nas pelas expectativas do consumidor. Em outras palavras,com pouco envolvimento, as expectativas altas estão diretamente asso- ciadas à satisfação crescente e as expectati- vas baixas estarão associadas diretamente à insatisfação crescente. O mesmo tipo de efeito pode ocorrer no caso de alto envolvimento. Nesses casos, a teoria do equilíbrio contribui e os consumidores podem ajustar suas reações automaticamente como uma forma de proteger a si mes- mos da percepção de ter feito uma má escolha. Quando os consumidores estão na semana do saco cheio, eles podem ficar tão ansiosos com o evento que bloqueiam algumas coisas ruins que aconteceram, de maneira que a reação de satisfação se ajuste às expectativas de pré- -consumo. Assim, sob condições de envolvimento muito alto ou muito baixo, as expectativas podem influenciar direta mente a satisfação. Como as expectativas influenciam a experiência da semana do saco cheio? Tipos de Expectativas Conforme a situação de consumo, os consumidores apresentam diferentes tipos de expectativas. • Expectativas Preditivas. Expectativas em relação ao que o consumidor pensa que vai realmente acontecer durante a experiência. 290 PARTE 5: CONSUMO E AltM Expectativas Percepções do desempenho o rmaçao Não confirmação Satisfação Desempenho > fxp~tDtivas = + não • ExJJect.ativas > De con~IJllàçao da sa•;""-rin sempenho- • «>•o...,, - - nao confitrnação da insatisfação • Expectativas Normativas. Expectativas em relação ao que o consumidor acha que deveria acontecer con- siderando as experiências passadas com um produto • ou serviço. • Expectativas Ideais. Expectativas em relação ao que um consumidor realmente quer que aconteça durante uma experiência caso tudo seja ideal. • Expectativas Equitativas. Expectativas que o con- sumidor cria considerando o que ele pensa que de- veria acontecer, dado o nível de trabalho que coloca ' " . na exper1enc1a. Fonte de Expectativas Como os clientes criam as expectativas? Em outras palavras, quais são as fontes de informação que permi- tem que os consumidores criem expectativas? Na reali- dade, os consumidores criam expectativas com base em inúmeras fontes.14 A comunicação boca a boca é uma importante fonte de informações. Quando um amigo próximo lhe diz que um novo programa de televisão é bom, você provavelmente espera que isso seja verdade caso planeje assisti-lo. A experiência de um consumi- dor também influencia as expectativas. Se você vai a um dentista que foi cuidadoso e respeitou seus senti- mentos na primeira vez, você espera o mesmo tipo de tratamento na próxima. Promessas explícitas, como propagandas e promoções, também criam expectativas. Se uma empresa promete que vai entregar um pacote dentro de dois dias, a entrega em dois dias é exatamente o que você espera! Os fatores pessoais também influen- ciam as expectativas. Algumas pessoas simplesmente esperam mais dos produtos e serviços do que outras. Talvez você conheça alguém que espere que as refeições do restaurante sejam perfeitas ou que os voos cheguem a tempo em quaisquer condições. Aq.ui, os fatores pes- soais influenciam as expectativas que as pessoas têm em relação ao serviço. Confiança na Expectativa e Percepções do Desempenho A abordagem da não confirmação parece ser relati- vamente simples. No entanto, os processos por trás da abordagem podem ser complexos. Isso é especial- mente verdadeiro dado os papéis das percepções do desempenho, da confiança na expectativa e do "desvio de confirmação". Percepções do Desempenho Lembre-se de que a percepção desempenha um papel muito importante no comportamento do consumidor. "Percepção é realidade!,, Os marqueteiros estão cien- tes disso. A percepção influencia diretamente a maneira como o consumidor interage com o mundo. A percepção também é importante para os proces- sos de consumo e de pós-consumo. Como no caso das expectativas, as percepções do desempenho também podem influenciar diretamente a formação da satisfa- ção do consumidor independentemente do processo de não confirmação (linha pontilhada na Figura 14.5). Esse é o caso quando as expectativas são baixas. Se um consumidor comprar uma marca que ele sabe que é ruim, a expectativa provavelmente será baixa. Mesmo se essa baixa expectativa for atendida pela percepção do desempenho, o consumidor pode ficar insatisfeito. Da mesma forma, se o consumidor não tiver experiência anterior ou expectativa em relação a um produto (por exemplo, um novo produto), a percepção pode influen- ciar diretamente a satisfação.15 Os marqueteiros devem pensar duas vezes sobre criar expectativas entre os consumidores. Uma vez, a Domino's Pizza realçou a garantia de entrega de pizzas em 30 minutos. Os consumidores começaram a esperar esse desempenho de maneira tão intensa que ficavam muito insatisfeitos quando a expectativa não era aten- dida, tanto que os entregadores se arriscavam no per- curso tamanho era o esforço para cumprir o prazo. No final, a Domino's teve de cancelar a garantia para evi- tar a responsabilidade legal pelos acidentes provocados pelos entregadores que poderiam ser acusados de dirigir de maneira negligente em um esforço para obedecer ao prazo de entrega. Confiança nas Expectativas e Desvio de Confirmação Outra questão importante na teoria da satisfação é o grau em que os clientes estão seguros quanto às suas expectati- vas. Se um estranho disser a um consumidor que um filme é bom, o consumidor pode não ficar tão confiante nas expectativas. Entretanto, se um membro da família disser que aquele filme é bom, ele pode sentir muito mais con- fiança na expectativa de que o filme seja bom. A pesquisa indicou que quando as expec- tativas são mantidas com um forte grau de confiança, tanto a não confirmação como as percepções de desempe- nho afetam a satisfação. No entanto, quando as expecta- tivas não têm um forte grau de segurança, o desempenho percebido influencia bem mais a satisfação.16 As expectativas não só desempenham um papel importante na formação da satisfação como também afetam como os consumido- res veem as coisas. Em outras palavras, as expectativas podem afetar as percepções do desempenho.17 Imagine desvio de confirmação tendência em relação a expectativas para guiar as percepções do desempenho teoria da autopercepção afirma que os consumidores são motivados a agir de acordo com suas atitudes e comportamentos qualidade do serviço boa ou má qualidade geral do serviço frequentemente medida pela SERVQUAL SERVQUAL forma de medir a qualidade do serviço que captura a não confirmação das expectativas do serviço prestado ao consumidor um aluno que vai à aula pensando "Essa aula vai ser muito ruim!". Há uma tendência para uma expectativa como essa alterar a percepção dele em relação à expe- riência de aula. Se o aluno acha que vai ser ruim, ele pode procurar evidências que apoiem essa expectativa. O termo para explicar esse fenômeno é desvio de confir- mação. O desvio de confirmação trabalha em conjunto com a teoria de autopercepção. A teoria da autoper- cepção afirma que os consumidores são motivados a agir de acordo com suas atitudes e comportamentos. Aqui, os consumidores são motivados a perceber seu ambiente por meio das lentes de suas expectativas. A influência da confirmação das expectativas em relação às percepções é especialmente forte quando os consu- midores estão confiantes no que esperar. Expectativas e Qualidade do Serviço A qualidade do serviço pode ser pensada como a boa ou má qualidade geral do serviço prestado. Muitas vezes, a qualidade do serviço é discutida como a diferença entre as expectativas do consumidor em relação aos diferentes aspectos do serviço e o serviço entregue. Quando houver uma lacuna, por exemplo, no caso deum dentista que não é tão empático quanto ao tempo de espera do consumidor; as percepções de qualidade são diminuídas. Na verdade, a escala SERVQUAL, comumente aplicada para medir a qualidade do serviço, adota essa abordagem. Com base nessa perspectiva, a qualidade do serviço é uma aborda- gem de não confirmação.18 Talvez aconteça sem que se perceba, mas a qualidade do serviço toma-se o condutor principal da satisfação ou da insatisfação do cliente. Desejos e Satisfação Embora as expectativas desempenhem um papel maior na formação da satisfação, os desejos do consumidor CAPITULO 14: CONSUMO PARA SATISFAÇÃO 291 desejos nível de determínado beneffcío que vaf levar a um estado final valorizado teoria da equidade teoria segundo a qual as pessoas, em uma troca, comparam seu próprio nível de entradas e resultados com o de outras também são muito importan- tes. Os desejos são o nível de determinado benefício que vai levar a wn estado final valorizado. Pesquisas mostra- ram que os desejos impactam diretamente na satisfação, além da influência da não confirmação.19 Assim, o que os consumidores verdadeira- mente desejam, mais do que esperam, de um produto, t •A t ; ' t serviço ou exper1encia e milito unportante. Emoções, Significados e Satisfação Como discutido anteriormente, as emoções e o signi- ficado desempenham papéis importantes no consumo. Esses elementos também são uma parte importante da formação da satisfação. Uma experiência que produz emoções positivas é propícia para ser satisfatória. Se um consumidor está de mau humor quando vai a um restaurante, a satisfação geral com a experiência pro- vavelmente será afetada na direção congruente com o humor. Em outras palavras, o mau humor tende a criar insatisfação. Além do mais, o significado por trás da refeição também contribui para a satisfação. Tal- vez a refeição conte com uma pessoa querida, ou seja, uma refeição de negócios usada para selar um impor- tante acordo. Aqui, o significado da experiência do consumo afeta a satisfação geral com a refeição, inde- pendentemente das expectativas anteriores ou das per- cepções. Um estudo interpretativo com praticantes de ra~ing revelou que as emoções que as pessoas sentiram Como são as emoções dos praticantes de rafting relaciona- das ao valor que vivenciaram durante a atividade? 292 PARTE 5: CONSUMO E AltM ao consumir a experiência estavam relacionadas ao valor que vivenciaram durante a atividade.20 TEORIA DA EQUIDADE E SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR As percepções de justiça também podem ter um impacto na satisfação do cliente. A teoria da equidade propõe que, em uma troca, os consumidores comparam seu próprio nível de entradas e resultados, de maneira cog- nitiva, ao de outros.21 As trocas equitativas ocorrem quando esses níveis são iguais. Na equação: resultados A/entradas" ~ resultados8 /entradasB De acordo com a equação, contanto que as com- parações dos resultados com as entradas para o con- s11midor A sejam aproximadamente do mesmo nível para outros (por exemplo, uma empresa ou outro con- sumidor), a satisfação será afetada de maneira positiva. Assim, uma troca injusta pode ocorrer quando um con- sumidor acredita que uma empresa ou outro consumi- dor tirou vantagem dele ou quando outro consumidor foi tratado de maneira mais favorável. Quando um consumidor se propõe a comprar um computador, ele fará o máximo de esforço para compra.r o aparelho certo. Ele vai levar um tempo para visitar uma loja como a Best Buy, conversar com amigos sobre qual marca comprar, visitar sites como o Deli.com e pen- sar na melhor forma de financiar o aparelho. Ele con- sidera todas essas entradas antes da transação. O que ele, como consumidor, vai querer ao comprar o compu- tador? É claro, que ele quer um aparelho, mas também quer uma garantia, o contrato de serviço e talvez até a instalação. Esses aspectos representam os resultados. O vendedor de computadores leva um tempo para entender os desejos do cliente, a forma como ele usará o aparelho e para combinar os fatores com as caracterís- ticas do produto. Talvez o vendedor mostre esforço ao ouvir e procure no estoque da loja o produto mais apro- priado. Essas são as entradas do vendedor. Os resulta- dos do vendedor incluem um salário e a comissão ligada diretamente à venda. Quando os consumidores estão fazendo uma compra importante, eles não gostam de ser mal atendidos por um funcionário apático. Isso não seria justo, e as razões da saída para a entrada refleti- riam isso. As percepções de justiça afetam a satisfação, além de qualquer influência da não confirmação. Na verdade, os consumidores às vezes se sentem mais do que recompensados, talvez em uma tentativa de recupe- ração de um serviço, e eles retribuem com um alto nível de satisfação.22 A ideia de usem custo" poderia aumentar a percepção de equidade por parte do cliente ao criar a percepção de obter alga par nada em troca. Trata01entolnjusto Talvez com mais frequência, as percepções de equidade envolvem o tratamento injusto dispensado ao consumi- dor. Um cliente entra sozinho em um restaurante para almoçar e faz o pedido. Alguns minutos depois, um casal entra e senta-se à mesa ao lado do primeiro cliente. Eles fazem os pedidos. Após dez minutos, chega o pedido do casal e o primeiro cliente ainda está esperando. Para ele, isso parece injusto e é uma fonte de insatisfação. Os prestadores de serviço precisam estar muito atentos a como os clientes são tratados para manter a percep- ção de que todos são tratados da mesma forma, ou pelo menos de maneira justa. Consumidores Injustos Alguns consumidores tentam levar vantagem das situa- ções. Mesmo se o tratamento for injusto, se a injustiça estiver a favor do consumidor, ele pode ficar satisfeito. Alguns consumidores, ao enfrentar um pequeno contra- tempo, reclamam com tanta veemência que os gerentes tendem a ser excessivamente generosos como forma de acalmá-los. Outros consumidores podem perceber que o caixa cometeu um erro insignificante dando-lhes troco a mais e não corrigir o erro. Esses consumidores ficam satisfeitos porque o equihôrio da equidade os favorece. Contudo, essas ações podem ser desvantagens para os outros consumidores. TEORIA D8 ATRIBUI /lO E SATISFA AO DO CONSU IDOR Outra abordagem relacio- teoria de atribuição teoria segundo a qual os consumidores procuram a causa de determfnadas experiências de consumo ao chegar aos julgamentos de satisfação nada à satisfação pode ser encontrada na teoria de atri- buição. A teoria de atribuição foca a explicação do por que certos eventos ocorrem. Quando os consumidores selecionam e consomem produtos, eles são motivados a fazer atribuições como por que as coisas boas ou ruins acontecem. Os seres humanos são naturalmente curio- sos. Há três elementos principais para a abordagem da teoria da atribuição: local, controle e estabilidade.23 • Local. Julgamento de quem é responsável por um evento. Os consumidores podem designar o local para eles mesmos ou para uma entidade externa~ como um prestador de serviços. Um evento autoatri- buído ocorre quando o consumidor culpa a si mes- mo por um mau evento. Um consumidor pode dizer para si mesmo: "Demorei muito para fazer a troca de óleo. Não é surpresa meu motor ter explodido!". As causas autoatribuídas são referidas como atribuições internas. Se um evento for atribuído a um produto ou empresa, é feita uma atribuição externa. Um consu- midor pode dizer: "Troco o óleo regularmente! Não é minha culpa o motor ter explodido! A Chrysler ainda está transformando lixo! " . Esse tipo de atribuição da culpa em direção a uma entidade de marketing au- menta a insatisfação do cliente. • Controle. A extensão em que um resultado foi con- trolávelou não. Aqui, os consumidores se perguntam: "Essa empresa foi capaz de controlar esse evento?". Dois consumidores estão presos à noite no aeropor- to de Frankfurt, Alemanha, porque o aeroporto de destino, Dallas/Fort Worth, está sob neve. Um con- sumidor está enfure,cido (além da insatisfação) com a companhia aérea porque acredita que ela deveria ter equipamento para limpar o gelo da pista - mesmo na parte sudeste do país. O outro consumidor não está feliz com a situação, mas não culpa a companhia aérea porque ele entende que eventos climáticos são incontroláveis. Assim, a situação não afeta significa- tivamente seu processo de satisfação. • Estabilidade. Refere-se à probabilidade de um evento ocorrer novamente no futuro. Aqui, os consumidores se perguntam: "Será que acontecerá outro problema se eu comprar esse produto novamente?". Vamos vol- tar ao exemplo do aeroporto de Frankfurt. Se um con- sumidor recentemente ficou preso em Dallas por cau- sa de problemas climáticos em outras situações que não a da recente tempestade de gelo, ele naturalmente CAPITULO 14: CONSUMO PARA SATISFAÇÃO 293 A ideia de usem custo" poderia aumentar a percepção de equidade por parte do cliente ao criar a percepção de obter alga par nada em troca. Trata01entolnjusto Talvez com mais frequência, as percepções de equidade envolvem o tratamento injusto dispensado ao consumi- dor. Um cliente entra sozinho em um restaurante para almoçar e faz o pedido. Alguns minutos depois, um casal entra e senta-se à mesa ao lado do primeiro cliente. Eles fazem os pedidos. Após dez minutos, chega o pedido do casal e o primeiro cliente ainda está esperando. Para ele, isso parece injusto e é uma fonte de insatisfação. Os prestadores de serviço precisam estar muito atentos a como os clientes são tratados para manter a percep- ção de que todos são tratados da mesma forma, ou pelo menos de maneira justa. Consumidores Injustos Alguns consumidores tentam levar vantagem das situa- ções. Mesmo se o tratamento for injusto, se a injustiça estiver a favor do consumidor, ele pode ficar satisfeito. Alguns consumidores, ao enfrentar um pequeno contra- tempo, reclamam com tanta veemência que os gerentes tendem a ser excessivamente generosos como forma de acalmá-los. Outros consumidores podem perceber que o caixa cometeu um erro insignificante dando-lhes troco a mais e não corrigir o erro. Esses consumidores ficam satisfeitos porque o equihôrio da equidade os favorece. Contudo, essas ações podem ser desvantagens para os outros consumidores. TEORIA D8 ATRIBUI /lO E SATISFA AO DO CONSU IDOR Outra abordagem relacio- teoria de atribuição teoria segundo a qual os consumidores procuram a causa de determfnadas experiências de consumo ao chegar aos julgamentos de satisfação nada à satisfação pode ser encontrada na teoria de atri- buição. A teoria de atribuição foca a explicação do por que certos eventos ocorrem. Quando os consumidores selecionam e consomem produtos, eles são motivados a fazer atribuições como por que as coisas boas ou ruins acontecem. Os seres humanos são naturalmente curio- sos. Há três elementos principais para a abordagem da teoria da atribuição: local, controle e estabilidade.23 • Local. Julgamento de quem é responsável por um evento. Os consumidores podem designar o local para eles mesmos ou para uma entidade externa~ como um prestador de serviços. Um evento autoatri- buído ocorre quando o consumidor culpa a si mes- mo por um mau evento. Um consumidor pode dizer para si mesmo: "Demorei muito para fazer a troca de óleo. Não é surpresa meu motor ter explodido!". As causas autoatribuídas são referidas como atribuições internas. Se um evento for atribuído a um produto ou empresa, é feita uma atribuição externa. Um consu- midor pode dizer: "Troco o óleo regularmente! Não é minha culpa o motor ter explodido! A Chrysler ainda está transformando lixo! " . Esse tipo de atribuição da culpa em direção a uma entidade de marketing au- menta a insatisfação do cliente. • Controle. A extensão em que um resultado foi con- trolável ou não. Aqui, os consumidores se perguntam: "Essa empresa foi capaz de controlar esse evento?". Dois consumidores estão presos à noite no aeropor- to de Frankfurt, Alemanha, porque o aeroporto de destino, Dallas/Fort Worth, está sob neve. Um con- sumidor está enfure,cido (além da insatisfação) com a companhia aérea porque acredita que ela deveria ter equipamento para limpar o gelo da pista - mesmo na parte sudeste do país. O outro consumidor não está feliz com a situação, mas não culpa a companhia aérea porque ele entende que eventos climáticos são incontroláveis. Assim, a situação não afeta significa- tivamente seu processo de satisfação. • Estabilidade. Refere-se à probabilidade de um evento ocorrer novamente no futuro. Aqui, os consumidores se perguntam: "Será que acontecerá outro problema se eu comprar esse produto novamente?". Vamos vol- tar ao exemplo do aeroporto de Frankfurt. Se um con- sumidor recentemente ficou preso em Dallas por cau- sa de problemas climáticos em outras situações que não a da recente tempestade de gelo, ele naturalmente CAPITULO 14: CONSUMO PARA SATISFAÇÃO 293 A ideia de usem custo" poderia aumentar a percepção de equidade por parte do cliente ao criar a percepção de obter alga par nada em troca. Trata01entolnjusto Talvez com mais frequência, as percepções de equidade envolvem o tratamento injusto dispensado ao consumi- dor. Um cliente entra sozinho em um restaurante para almoçar e faz o pedido. Alguns minutos depois, um casal entra e senta-se à mesa ao lado do primeiro cliente. Eles fazem os pedidos. Após dez minutos, chega o pedido do casal e o primeiro cliente ainda está esperando. Para ele, isso parece injusto e é uma fonte de insatisfação. Os prestadores de serviço precisam estar muito atentos a como os clientes são tratados para manter a percep- ção de que todos são tratados da mesma forma, ou pelo menos de maneira justa. Consumidores Injustos Alguns consumidores tentam levar vantagem das situa- ções. Mesmo se o tratamento for injusto, se a injustiça estiver a favor do consumidor, ele pode ficar satisfeito. Alguns consumidores, ao enfrentar um pequeno contra- tempo, reclamam com tanta veemência que os gerentes tendem a ser excessivamente generosos como forma de acalmá-los. Outros consumidores podem perceber que o caixa cometeu um erro insignificante dando-lhes troco a mais e não corrigir o erro. Esses consumidores ficam satisfeitos porque o equihôrio da equidade os favorece. Contudo, essas ações podem ser desvantagens para os outros consumidores. TEORIA D8 ATRIBUI /lO E SATISFA AO DO CONSU IDOR Outra abordagem relacio- teoria de atribuição teoria segundo a qual os consumidores procuram a causa de determfnadas experiências de consumo ao chegar aos julgamentos de satisfação nada à satisfação pode ser encontrada na teoria de atri- buição. A teoria de atribuição foca a explicação do por que certos eventos ocorrem. Quando os consumidores selecionam e consomem produtos, eles são motivados a fazer atribuições como por que as coisas boas ou ruins acontecem. Os seres humanos são naturalmente curio- sos. Há três elementos principais para a abordagem da teoria da atribuição: local, controle e estabilidade.23 • Local. Julgamento de quem é responsável por um evento. Os consumidores podem designar o local para eles mesmos ou para uma entidade externa~ como um prestador de serviços. Um evento autoatri- buído ocorre quando o consumidor culpa a si mes- mo por um mau evento. Um consumidor pode dizer para si mesmo: "Demorei muito para fazer a troca de óleo. Não é surpresa meu motor ter explodido!". As causas autoatribuídas são referidas como atribuições internas. Se um eventofor atribuído a um produto ou empresa, é feita uma atribuição externa. Um consu- midor pode dizer: "Troco o óleo regularmente! Não é minha culpa o motor ter explodido! A Chrysler ainda está transformando lixo! " . Esse tipo de atribuição da culpa em direção a uma entidade de marketing au- menta a insatisfação do cliente. • Controle. A extensão em que um resultado foi con- trolável ou não. Aqui, os consumidores se perguntam: "Essa empresa foi capaz de controlar esse evento?". Dois consumidores estão presos à noite no aeropor- to de Frankfurt, Alemanha, porque o aeroporto de destino, Dallas/Fort Worth, está sob neve. Um con- sumidor está enfure,cido (além da insatisfação) com a companhia aérea porque acredita que ela deveria ter equipamento para limpar o gelo da pista - mesmo na parte sudeste do país. O outro consumidor não está feliz com a situação, mas não culpa a companhia aérea porque ele entende que eventos climáticos são incontroláveis. Assim, a situação não afeta significa- tivamente seu processo de satisfação. • Estabilidade. Refere-se à probabilidade de um evento ocorrer novamente no futuro. Aqui, os consumidores se perguntam: "Será que acontecerá outro problema se eu comprar esse produto novamente?". Vamos vol- tar ao exemplo do aeroporto de Frankfurt. Se um con- sumidor recentemente ficou preso em Dallas por cau- sa de problemas climáticos em outras situações que não a da recente tempestade de gelo, ele naturalmente CAPITULO 14: CONSUMO PARA SATISFAÇÃO 293 dissonância cognjtiva sentimento desconfortável que ocorre quando um cliente ainda tem dúvidas sobre uma decisão que já ocorreu acredita que essa é uma si- tuação estável e sua sa tisfa- ção com a companhia aérea será diminuída. No entanto, se outro consumidor nun- ca ficou preso em razão de problemas no aeropono de Dallas, sua satisfação com a companhia aérea prova- velmente não será afetada pela atual situação. A dissonância também é responsável pelos calafrios nos dias que antecedem um casamento. DISSONÂNCIA COGNITIVA Os consumidores também podem experimentar o que é conhecido como dissonância cognitiva, que segue uma compra ou uma grande decisão. Como discutido na abordagem da teoria do equilíbrio, os consumido- res preferem a consistência entre suas crenças. Quando confrontados com o conhecimento de que uma má deci- são pode ter sido feita, os consumidores experimentam a dissonância (literalmente "falta de acordo") entre o pensamento de que são bons tomadores de decisão e de que tomaram uma má decisão. A dissonância cogni- tiva refere-se às dúvidas permanentes sobre uma decisão que já foi tomada.24 Às vezes, a dissonância é conhecida como arrependimento do comprador. Um consumidor pode chegar à decisão de comprar uma casa e, então, experimentar o desconfono em razão da dúvida quando percebe que havia outras casas muito mais atrativas dis- poníveis além da que ele comprou. A dissonância cognitiva não ocorre em todas as decisões. Para os itens mais caros como automóveis ou casas, contudo, a dissonância é uma possibilidade real, se não uma probabilidade. A dissonância também é responsável pelos calafrios nos dias que antecedem um casamento. Essas são situações que naturalmente ocorrem na experiência da dissonância. O consumidor está mais propenso a vivenciar a verdadeira dissonân- cia seguida de uma compra quando existem as seguintes condições: 1. Ele está ciente de que há muitas alternativas atraentes que podem oferecer um valor relativo comparável ao produto e/ou à marca adquirida. 294 PARTE 5: CONSUMO E AltM 2. A decisão é difícil de reverter. 3. A decisão é mais importante e envolve risco. 4. O consumidor tem baixa autoconfiança. A dissonância entre as crenças dos consumidores que segue uma experiência de consumo pode ser bem desconfortável e gerar emoções negativas pós-consumo. Assim, é possível que os consumidores sejam motivados a diminuir esse desconforto. Além do mais, o marketing eficaz pode visar aos consumidores após a compra para reforçar as decisões deles para selecionar uma marca. Muitas universidades enviam automaticamente aos gra- duados revistas que elas patrocinam a fim de manter o relacionamento e reforçar a ideia de que ter escolhido aquela instituição foi de fato uma boa opção. Para atenuar os sentimentos de desconforto que seguem a compra, os consumidores podem se envolver em qualquer uma das atividades listadas na Figura 14.6. FIGURA 14.~ . RedU"·ão Estrategias P~ª Y da Dissonância • oevo\va o produto, se posslve\ • Reclame sobre a experiência - itiVaS sobre • Busque informaç~s po~ a alternativa se\et1ona • Busque informaç~S'àe a a\tetnativa não . • Minimile a importãnda percebida dadecisiO Dissonância Cognitiva e Satisfação Satisfação e dissonância cognitiva são tópicos intima- mente relacionados. A principal diferença entre os dois conceitos é que a satisfação geralmente é sentida após uma experiência de consumo e a dissonância pode ser vivenciada antes do consumo. Imediatamente após uma decisão, o consumidor pode pensar: "Deveria ter com- prado o outro!". A incerteza em relação aos eventos que podem ocorrer oferece a base para a dissonância.25 0As Questões de Medida da Satisfação/ nsansfação do Consumidor á muitas formas por meio das quais os marqueteiros medem a satisfação do consumidor. Três maneiras comuns utilizam medi- das diretas, pontuações diferentes e não confirmação. • Medida Global Direta. Simplesmente pede para que os client.es avaliem sua satisfação em uma escala como: Em que nível você classifica sua satisfação geral com a televisão? completamente insatisfeito insatisfeito D D satisfeito completamente satisfeito D D • Específico do Atributo. Avalia a satisfação de um cliente com base em diversos componentes, ou atri- butos, de um produto, serviço ou experiência, como: Quão satisfeito você esUí com o seguinte atributo da sua televisão? completamente insatisfeito Qualidade da imagem completamente satisfeito 1 2 3 4 5 • Não Confirmação. Compara a diferença entre as expectativas e as percepções do desempenho. Essa medida pode ser feita de forma direta e subjetiva, como:26 Em comparação às minhas expectativas, essa televi- - , sao e ... muito pior do que eu esperava 1 2 3 muito melhor do que eu esperava 4 5 MELHORANDO AS MEDIDAS DE SATISFAÇAO A satisfação é um dos conceitos mais comumente medi- dos no comportamento do consumidor, mas é também um dos mais difíceis de medir precisamente. A típica abordagem de satisfação de quatro opções, como mos- trado no exemplo de medida global direta, é bem pro- blemática na prática. Os problemas podem ser graves e limitam a habilidade de usar as classificações de satisfa- ção para explicar ou prever outros resultados incluindo se o consumidor vai ou não voltar. Considere que os marqueteiros medem mais fre- quentemente a satisfação entre os clientes existentes. Os clientes (consumidores) já haviam decidido fazer negócio. Então, um pop-up do site Amazon.com solicita para um cliente classificar a satisfação. Esse consumidor já deve ser favorável porque ele decidiu visitar o site Ama- zon.com e fazer compras enviesado à esquerda um número desproporcional de observações se formam na extremidade direita de uma escala, como quando a maioria das pessoas se diz satisfeita ou insatisfeita nele. Assim, ele já é favorável com relação à empresa. Dessa forma, mesmo sem saber o que aconteceu durante a visita, esperamos que o cliente relate alguns graus de satisfação. Na verdade, a típica resposta do consumidor para esse tipo de medida mostra que grande parte dos consumidores - 80% ou mais - escolhe "satisfeito" ou "completamentesatisfeito". Estatisticamente fa lando, esses dados são enviesados à esquerda, o que, nesse exemplo, significa que muitos consumidores indicaram que estão satisfeitos ou completamente satisfeitos com o produto ou serviço. Isso reflete a realidade ou a escala é inadequada na diferenciação real dos consumidores que vivenciam diferentes níveis de satisfação? A verdade é que ambas as possibilidades são verdadeiras de algum modo. Con- siderando uma perspectiva de medida, dando mais opções de resposta para os consumidores é possível aumentar a quantidade de variância exibida na medida da satisfação e, desse modo, aumentar sua utilidade na tentativa de usar a satisfação para prever e explicar outros comportamentos. Uma alternativa seria fazer os consumidores pontuarem sua satisfação em i1ma escala de O (sem satisfação) a 100 (satisfação completa). Os resultados vão mostrar uma pontuação típica da satis- fação acima da média de 50 pontos. As propriedades estatísticas são muito melhores, o que toma a medida bem mais útil. Ainda melhor, um pesquisador pode ter uma taxa de satisfação dos participantes com itens múl- tiplos de escala. A Figura 14.7 exibe uma forma melhorada de medir a satisfação do consumidor usando múltiplos itens de escala.27 A escala ameniza os problemas com a obliqui- dade e/ou desvio oferecendo escalas com mais pontos de resposta e diferentes formatos de resposta para cada item. A escala foca apenas a satisfaç.ão. Embora wn marqueteiro possa escolher medir apenas a satisfação, essa escala sugere que a insatisfação deve ser medida com sua própria escala. A escala de insatisfação pode ser formada pela substituição da palavra insatisfação por satisfação em cada um dos quatro itens. Mesmo se um total de oito itens for usado (quatro itens de satisfa- ção e quatro itens de insatisfação), o consumidor pode responder normalmente a esses itens em menos de um minuto. A questão de a insatisfação ser ou não maior CAPÍTULO 14: CONSUMO PARA SATISFAÇÃO 295 . . \ta /\\nines Sky Club recusa do consumidor qualquer coisa que não é mais necessária para que o consumo ocorra ou, em alguns casos, o bem real que não oferece mais valor para o consumidor . . m relação à expenênc1a no De completar esta pesquisa. Por favor, classi~que ~ua sa~~~~ ~emorar mais do (:\ue um minuto para . usando os seguintes itens. te durante sua estadia no mo você se sen )( na caixa que melhor descreve a forma co coloqueum . . · Delta /\irlines Sl<y Club. do que a baixa satisfação pode ser classificada estatisti- camente. Esse tópico fica para outro curso. , adia no Delta /\irlines S~ Club tagem em que você se sente satisfeít~ coPo::~::atisfação e l 00 = satisfaçao total. Indique a porcen d l 00 pontos, em que O = nem u 0A6 Descarte de Resíduos usando uma escala e º/o DECISÕES DE DESCARTE etapa final no consumo é o des- carte de qualquer refugo por parte do consumidoi: rda com a seguinte anrm~ão:. Delta Airlines Sky Club. Em qual extensão você conco tisfeito com minha expenência no Eu me sinto completamente sa A recusa do con- sumidor refere-se a qualquer coisa - _, . "' . que nao e mais necessarta para que o consumo ocorra ou, em alguns casos, trata-se do bem real que não oferece mais valor para o consumidor. Muitos consu- midores têm computadores velhos que não usam mais, porém ainda não o descartaram em razão de várias pre- ocupações, incluindo questões de segurança. De início, pode parecer um processo simples em que o consumi- dor simplesmente joga o lixo fora. Entretanto, inúmeras alternativas de descarte estão disponíveis. Elas incluem eliminação e reciclagem, conversão a outro uso, comer- cialização, doação ou revenda. 28 • Eliminação. Uma alternativa é simplesmente jogar fora os resíduos, incluindo os produtos não usados, embalagens e subprodutos. É claro que há preocupa- ções ambientais em relação a essa opção. De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (APA), aproximadamente 254 milhões tone- ladas de lixo municipal é gerado por ano, uma mé- dia de 2 kg de lixo por pessoa, por dia !29 M uitos marqueteiros passaram para as chamadas iniciativas de marketing ecológico, que visam ao uso de mate- 296 PARTE 5: CONSUMO E AltM rial de embalagem, o que reduz o impacto ambiental do lixo. • Reddagem. Reciclar produtos e embalagens usados é uma alternativa. A reciclagem reduz o lixo e gera matéria-prima para outros produtos. Os consumido- res podem comprar novos produtos feitos de mate- riais reciclados. • Conversão. Com criatividade, os consumidores po- dem converter produtos, ou embalagem de produtos, em novos itens. Muitas vezes os consumidores usam camisetas e meias velhas como trapos para lavar car- ros. Certamente, os consumidores conhecem muitos usos para os produtos usados! • Troca. Trocar produtos velhos por novos é uma opção. A indústria automotiva encora jou essa prá- tica por anos. Os consumidores dão muito dinhei- ro na aquisição de um novo automóvel ao comer- cializar um velho modelo . Até mesmo um carro que não funciona tem algum valor na forma de peças sobressalentes. ~ • Doação. É possível tam- um capítulo anterior, os bens ajudam a expressar um autoconceito do consumidor. A decisão de se sepa- rar de seus pertences pode, portanto, ser ~ bém doar produtos usa- -!!! lã dos para várias causas. ~ Óculos de sol, roupas e { (surpreendentemente) carros 8 geralmente são doados para ajudar 11 outros consumidores que não têm con- dições de adquirir novos produtos. bastante emocional, especialmente para consumidores mais velhos que colocam muito valor simbó- lico em vários produtos.31 Os fones • Revenda. Um dos métodos mais populares para des- carte permanente de produtos usados é simplesmente vendê-los. Brechós e mercados de pulga são formas comuns de descartar produtos. É claro que os recur- sos on-line, como eBay e Craigslist, também são bas- tante populares entre os consumidores. DESCARTE, EMO ÕES E sentimentos de apreço são coloca- dos em muitos bens, especialmente naqueles considerados herança de familia. A venda ou a doação deles pode levar os consumidores a se sentirem como se tivessem perdido urna parte deles mesmos. Em outras situações, os consumidores estão prontos para descartar aqueles produtos que trazem más lembranças ou aque- les que trazem sentimentos desconfortáveis sobre eles mesmos ou sobre seu passado. 32 Os consumidores frequentemente desenvolvem liga- ções emocionais com seus bens. Como discutido em Alguns consumidores relutam em se separar de seus bens. O termo packrat é usado para descrever urna pes- soa que mantém os bens que não Compra,Venda e Troca On-line o eBay.com ao Craigslist.com ao Kijiji.com, a compra, venda e comercialização on-line tornaram- -se um grande negócio. Antes os consumidores tinham apenas algumas opções quando queriam comprar, vender ou trocar itens usados; hoje a internet tornou o processo muito mais fácil. t claro que o fenômeno da internet, o eBay, tem sido há muito o benchmark da comercialização on-line mundial. O gigante da internet, que é bem conhecido por permitir que os consumidores leiloem seus pertences on-line, tem sido muito bem-sucedido. O concorrente Craigslist.com, que foca os anúncios de classifi- cados on-line, também experimentou um rápido crescimento. O site atualmente conta com mais de 90% do tráfico de listagem dos classificados on-line. Sem ficar atrás, o site da eBay, Kijiji.com, que também foca o anúncio de classificados on- -line, está se tornando um jogador importante nessa indústria em crescimento. Graças a sites como esses, os consumidores podem leíloar seus produtos, colocar anúncios de classificados on-line ou simplesmente navegar em busca de bons negócios.A facilidade e a disponibilidade desses sites estão mudando rapida- mente a forma como os consumidores compram e vendem bens e, por fim, como interagem uns com os outros. Fonte. Fowler, G. A. (2009). ºAuctlons Fade ln ellay's Bid fo< Growth; The Nolt Street Jo11ma! (on-iin(}, 26 ""ª'° 2009, A·, acessaco em 15 jun. 2009, MacM !Harn, D. (2009). •úaigslist fuels Onllne Oassi'leá-Ad Surge~ Bus1tl'ellV!'ffk (on-lmeJ, Nova Vock: 25 maio 2009. acessado em IS ;un. 2009, Dell, !<. (2008) 'eBay Slds foi Revitalization'. time (0t1-lioeJ. 1 72 (25), 22 dez. 2008, G l, acessado em IS jun. 2009 preenchem nenhuma necessidade utilitária ou hedônica e que não tem tempo para descartar os produtos. Os packrats costumam visitar brechós e mercados de pul- gas para adquirir produtos que não servem a nenhu- ma necessidade imediata.33 Apesar de o termo ser usado livremente, o com- portamento packrat pode ser associado com diver- sas condições psicológicas, incluindo o transtorno compulsivo obsessivo. CAPITULO 14: CONSUMO PARA SATISFAÇÃO 297 Ferramentas de Estudo 298 PARTE 5: CONSUMO E AltM Acesse www.cengage.eom.br/41tr para obter O Cartão de revisão do capítulo O Cartões de memória com revisão dos termos-chave O Questões de revisão para você se preparar para as provas O Jogo "Vença o Relógio" para dominar os conceitos e mais! O CCONS coloca uma enorme quantidade de auxílios nos estudos na palma de sua mão. Após ler esse capítulo, verifique esses recursos para uma ajuda futura : • Os cartões de Revisão, encontrados na Trilha, incluem todos os resultados de aprendizagem, os termos-chave e os sumários v isuais para cada capítulo. • Os cartões de Memória lhe dão formas adicionais de verificar sua compreensão dos principais conceitos do Comportamento do Consumidor. • Outras grandes ferramentas para ajudar-lhe na revisão incluem jogos interativos e quizzes. Vá até a página da Trilha do CCONS para conferir os inúmeros recursos que vão ajudá-lo nos estudos, independentemente do estilo de aprendizagem de que você mais gosta! Acesse www.cengage.eom.br/41tr. Os consumidores verdadeiramente fiéis -sao como ouro para a empresa. J t - 0510 0511 0512 0513 0514 0515 0516 0517 0518 0519 0520 0521 0522 0523 0524 0525 0526 0527 0528 0529
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