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Barreira de contenção: EPI e EPC 1 Prof. Ma. Danieles Guimarães Oliveira Equipamentos de Proteção Individual - EPI 2 Equipamento de Proteção Individual (Portaria nº. 3.214 de 08/06/1978 - NR 6 - MTE) DEFINIÇÃO é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelos trabalhadores, destinados à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a sua saúde e segurança. EPI 3 São considerados EPI luvas jaleco máscaras faciais protetores faciais óculos de segurança touca pro pés creme protetor aventais calçados de proteção 4 EPI Proteção dos Membros Superiores 5 6 Porque usar? Barreira de proteção, prevenindo a contaminação das mãos ao manipular material infeccioso, tóxicos, calor excessivo e outros perigos; Diminuir o risco da transmissão de microorganismo de um paciente para outros; Luvas Luvas – Cont. Reduzir a probabilidade de que os microrganismos presentes nas mãos, sejam transmitidos para pacientes durante os procedimentos que envolvam o toque de membranas mucosas e pele não íntegra; no contato com diferentes pacientes, trocar SEMPRE as luvas; lavar as mãos ANTES e APÓS o uso de luvas. 7 8 Luvas - cont. usar luvas de látex SEMPRE que houver CHANCE DE CONTATO com sangue, fluídos corpóreos, dejetos, trabalho com microorganismos e animais de laboratório; ferimentos nas mãos devem ser cobertos, recomenda-se o uso de dois pares de luvas. Luvas O que não fazer usando luvas? NUNCA abrir portas, gavetas e atender telefone; NUNCA reutilizar as luvas; NÃO usar luvas fora da área de trabalho; NÃO comer, beber ou se coçar. Nota: Descartar as luvas de forma segura e correta. 9 Creme Protetor creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos, de acordo com a Portaria nº. 26, de 29/12/1994 - MTE. 10 EPI Proteção do Corpo 11 Jaleco Porque usar? Fornece uma barreira de proteção e reduz a transmissão de microorganismos Previne a contaminação das roupas Protege a pele da exposição à sangue, líquidos corpóreos, salpicos e derramamentos de materiais infecciosos. 12 Jaleco De uso constante em hospitais, laboratórios, industrias farmacêuticas, de alimentos, etc. Protege os trabalhadores da área de saúde e os pacientes Devem ser confeccionados em algodão ou fibra sintética (não inflamável) Devem ser retirados, e/ou substituídos quando contaminados ou sujos 13 Jaleco Uso do jaleco é PERMITIDO somente nas ÁREAS DE TRABALHO; NUNCA usar em REFEITÓRIOS, ÔNIBUS, ESCRITÓRIOS, BIBLIOTECAS, RUA, BANHEIROS, SALA DE AULA, dentre outros ambientes. NUNCA colocar no armário junto aos objetos pessoais Descontaminar antes de lavar (hipoclorito à 1%/30 min.) Determinadas situações de risco recomenda-se o uso de avental impermeável sob o jaleco; 14 Indumentárias correta correta incorreta 15 EPI Proteção da Face 16 Protetores e Máscaras Faciais São EPI’s que protegem a face e o aparelho respiratório, prevenindo contra agentes de risco físico, químico, biológico, radioativo, respingos, etc.; Tipos 1- protetor facial de uso constante; 2- máscara respiratória de uso constante; 3- máscara facial descartável. 17 1 2 3 Protetores e Máscaras Faciais Protetor Facial de uso constante é fabricado em policarbonato, pode substituir os óculos de proteção. usado como proteção contra impacto, salpicos, borrifos, etc. Máscara respiratória de uso constante pode proteger totalmente ou parcialmente a face contra vapores tóxicos que não ultrapassem 30 vezes o limite de exposição; 18 Máscara Facial descartável recobre parte do rosto, protegendo somente a boca e o nariz, contra partículas suspensas no ar (aerossóis) e alguns respingos. Poderá ou não conter filtro. a necessidade do uso de máscara e/ou protetor deverá ser avaliada pelo usuário, de acordo com os riscos aos quais estejam expostos. 19 EPI Proteção dos Olhos 20 Óculos de Proteção EPI que visa proteger e reduzir a incidência de contaminação das membranas mucosas dos olhos, contra salpicos, borrifos e impacto de objetos; Como devem ser? Material leve e rígido, cobrindo a área dos olhos e as laterais; Quando usá-los? Quando houver necessidade de proteção para os olhos e laterais contra os agentes de risco. 21 EPI Proteção da Cabeça 22 Touca EPI que visa proteger e reduzir a incidência de contaminação da cabeça, cabelos, etc. uso porque é uma barreira de proteção; para proteger o material manipulado contra a contaminação por cabelo humano; deve cobrir totalmente os cabelos e orelhas. 23 EPI Proteção dos Membros Inferiores 24 Botas Usar em áreas úmidas; NUNCA fora do ambiente de trabalho; Ser de borracha/couro e antiderrapante; Ser de cano longo ou curto. Calçado fechado Ser confortável, sem salto e antiderrapante, mantê- los sempre limpos e secos. 25 Propé usados em áreas limpas para prevenir a liberação de partículas; protege contra secreções, excreções e outros fluídos corpóreos; para procedimentos cirúrgicos; tipo e uso descartável - para áreas limpas plástico - para procedimentos cirúrgicos; 26 Equipamentos de Proteção Coletiva 27 EPC Equipamento de Proteção Coletiva - EPC (não existe legislação específica) Definição São equipamentos usados nos locais de trabalho, específicos para executar operações em ótimas condições de salubridade, minimizando a exposição dos profissionais aos riscos inerentes, reduzindo as conseqüências nos casos de acidente. 28 São considerados EPC chuveiro de emergência lava - olhos extintores de incêndio mangueira de incêndio capela de segurança química cabine de segurança biológica sprinkler luz ultra violeta 29 Chuveiro de Emergência usado em laboratórios químicos, deverá ter aproximadamente 30 cm de diâmetro, ser acionado por alavanca de mão, cotovelos ou joelhos sua instalação deverá ser em lugar de fácil e rápido acesso, com sinalização da área fazer a limpeza semanalmente 30 Lava – olhos Dispositivo formado por 2 pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a uma bacia metálica, cujo ângulo permite o direcionamento correto do jato de água na face e olhos. Pode fazer parte do chuveiro de emergência - tipo frasco de lavagem ocular. 31 Extintores de Incêndio Extintor de incêndio a base de água utiliza o CO2 como propulsor. usado em papel,tecidos, madeira e fibras Extintor de incêndio de CO2 em pó utiliza o CO2 em pó como base usado em líquidos, gases inflamáveis e fogo de origem elétrica Nota: Certificar os extintores a cada 6 meses. 32 Extintor de incêndio de pó seco usado em líquidos e gases inflamáveis, metais do grupo alcalino e fogo de origem elétrica; Extintor de incêndio de espuma usado para líquidos inflamáveis; não deve ser usado em fogo causado por eletricidade. 33 Mangueira de incêndio Para a seleção de uma mangueira devemos considerar: local de aplicação pressão de trabalho resistência à abrasão o modelo é padrão, o comprimento e a localização são fornecidas pelo Corpo de Bombeiros (Normas). 34 Sprinkler É o sistema de segurança que, através da elevação da temperatura, produz fortes borrifos de água no ambiente. Tambémé conhecido como borrifador de teto e chuveiro automático de extinção de incêndio. 35 Capela de Segurança Química - CSQ É uma unidade de contenção utilizada na manipulação de produtos químicos. Deve ser construída de forma aerodinâmica, de maneira que o fluxo de ar ambiental não cause turbulências e correntes, reduzindo assim o perigo de inalação e a contaminação do operador e do ambiente. 36 Cabine de Segurança Biológica - CBS Principal meio de contenção, usado como barreira primária para evitar a fuga de aerossóis para o ambiente. São equipamentos que possibilitam a proteção: Pessoal da área de saúde Meio ambiente Produtos ou pesquisas desenvolvidas Principal meio de contenção, usado como barreira primária para evitar a fuga de aerossóis para o ambiente. 37 Cabine de Segurança Biológica - CSB Funções Proteger o operador contra partículas e aerossóis emitidos na manipulação de materiais biológicos; Impedir a disseminação dos agentes infecciosos para o meio ambiente; Manter a área de trabalho livre de contaminação. 38 Filtro HEPA Alta Eficiência de Bloqueio de Partículas Contidas no Ar. Retém: 99,99% - partículas com diâmetro 0,3 µ (retendo bactérias, esporos,vírus, etc.) Remove: bactérias existentes no ar prevenindo as infecções pós operatórias de: Hospitais Centros cirúrgicos Quartos de hospitais 39 Luz Ultra Violeta ◘ São lâmpadas germicidas, cujo comprimento de onda é de 240 nm ◘ Seu uso em cabine de segurança biológica não deve exceder 15 minutos ◘ Utilizada para a esterilização de objetos médicos ◘ Tem efeito bactericida mantendo a assepsia de certos ambientes ◘ O tempo médio de uso é de 3.000 horas. 40 LIMPEZA DE ARTIGOS 41 Classificação dos procedimentos antimicrobianos ◙ limpeza ◙ desinfecção ◙ esterilização Limpeza Conjunto de ações para remoção de sujidades e detritos, com a finalidade de manter em estado de asseio as áreas e superfícies; 42 os métodos de limpeza são determinados: tipo de superfície quantidade e tipo de matéria orgânica presente propósito da área ou do material operações de limpeza, compreendem: escovação com água, sabão ou detergente líquido fricção e escovação manual limpeza automatizada. 43 Definições Antissepsia Procedimento através do qual os microorganismos, presentes em tecidos vivos, são destruídos ou eliminados após aplicação de agentes químicos ou físicos; Assepsia Conjunto de medidas que permitem afastar os germes patogênicos de determinado local ou objeto; Contaminação É a presença de qualquer tipo de microrganismo em superfícies, corpos ou objetos. 44 Classificação Artigos médico hospitalares com riscos potenciais de transmissão de infecções: Críticos Semi-críticos Não Críticos 45 Artigos críticos São artigos que penetram a pele, mucosas adjacentes, nos tecidos sub-epiteliais e sistema vascular. bisturi agulha fórceps laparoscópico artroscópico 46 Artigos semi-críticos Artigos destinados ao contato com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras: gastroscópio colonoscópio acessórios de ventiladores 47 Artigos não críticos Artigos que apenas entram em contato com a pele íntegra do paciente termômetro papagaio comadre oxímetro 48 DESCONTAMINAÇÃO Procedimento utilizado em artigos e superfícies contaminados por matéria orgânica: sangue pus secreções corpóreas para a destruição ou remoção (total ou parcial) de microorganismos patogênicos na forma vegetativa (não esporulada), antes de iniciar o processo de limpeza. Tem por objetivo proteger as pessoas que irão limpar os artigos. (Res. nº. 392 / 94 - SS/ SP). 49 Desinfecção Processo de destruição ou inibição do crescimento de microorganismos patogênicos não esporulados ou em estado vegetativo, existentes em superfícies inertes, mediante a aplicação de meios físicos ou químicos. 50 Meios físicos calor úmido autoclave calor seco estufa Meios de Desinfecção 51 Meios de Desinfecção Meios Químicos germicidas líquidos Álcool 70% - Hipoclorito de Sódio 1% Ácido Peracético 0,2% 52 Processos de desinfecção de artigos não críticos (papagaio, comadre) limpeza manual escova água morna detergente enzimático ultra-som limpeza mecânica máquinas lavadoras 53 Processos de desinfecção de artigos semi-críticos (gastroscópio) desinfecção física desinfecção química autoclave 127ºC (30’) glutaraldeido 2% (20 - 90’) ácido peracético 0,2% (10’) formaldeído 10% (30’) hipoclorito de sódio 1% (10‘) 54 Processos de desinfecção de artigos críticos (laparoscópico) desinfecção física p/artigos termorresistentes desinfecção química p/artigos termossensíveis autoclavação 121ºC /30’ com pré-vácuo glutaraldeído 2% (30’) ácido peracético 0,2% (1h) formaldeído 10% (30’) 55 ESTERILIZAÇÃO 56 Esterilização Processo de destruição ou eliminação total de todos microorganismos nas formas vegetativa e esporulada, através de agentes físicos ou químicos. Processos mais usados: calor seco vapor úmido esterilização química radiações 57 Esterilização por calor seco é um processo lento e necessita de altas temperaturas, atua sobre todas as superfícies que não são penetradas pelo vapor. utiliza-se a estufa temperatura 160 ºC / 170ºC tempo 2 / 4 h 58 Esterilização por vapor úmido é um processo mais rápido, utiliza-se a autoclave e a esterilização total é efetuada a uma temperatura de: 121 ºC / 30 minutos 59 Esterilização por produtos químicos germicidas líquidos formaldeído10% (10h) glutaraldeído 2% (10h) gasosos óxido de etileno (2 a 7h) peróxido de hidrogênio. (75 min.) formaldeído 2% (3h) 60 Esterilização por radiação irradiação com raio gama – Cobalto 60 irradiação com raio beta – Iodo 131 Utilizadas para: irradiação de produtos destinados a transplantes e implantes; esterilização de preservativos masculinos e contraceptivos intra-uterinos; esterilização de materiais descartáveis (luvas, seringas, agulhas, gaze, máscaras cirúrgicas, etc.). 61 LIMPEZA DE AMBIENTES 62 Limpeza de Ambiente Hospitalar - Principais funções: preparar o ambiente hospitalar para suas atividades; manter a ordem do ambiente; conservar equipamentos e instalações. Classificação das áreas: críticas semi- críticas não- críticas 63 Áreas críticas Áreas onde há o maior número de pacientes, de procedimentos invasivos e portanto maior número de infecções CTI centros cirúrgicos berçários isolamentos laboratórios 64 Áreas semi – críticas Setores onde se encontram pacientes internados, mas o risco de infecção é menor. enfermarias ambulatórios banheiros Áreas não – críticas Setores onde não há risco de transmissão de doenças. almoxarifado secretaria escritório administração 65 tipos de limpeza no ambiente hospitalar Concorrente – quando o paciente está internado; Terminal – após alta, óbito ou transferência do paciente. 66 Principais produtos usados: 1 - hipoclorito de sódio a 1% Atividade microbiana bactérias vegetativas e esporuladas micobactérias fungos vírus Aplicações usado para desinfecção em geral de objetos e superfícies inanimados; 67 2 - álcool a 70% (etanol / isopropanol) atividade microbiana bactérias vegetativas micobactérias fungos vírus aplicação por fricção (3 vezes) 68 REFERÊNCIAS BRASIL. ANVISA. Portaria nº 122/DTN, de 29/11/1993. BRASIL. MS. Fundação Oswaldo Cruz. Núcleo de Biossegurança. Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. 2ª Edição. Rio de Janeiro, 2000. BRASIL. MTE. Ministério do Trabalho e Emprego Portaria nº 3.214, de 08/06/ 1978. Segurança e Saúde do Trabalhador. NR - 06. BRASIL. MTE. Ministério do Trabalho e Emprego Portaria nº 485, de 11/11/2005. NR 32. BRASIL. MTE. Ministério do Trabalho e Emprego Portaria nº 26, de 29/12/1994. Classifica os cremes protetores como Equipamento de Proteção Individual. 69 GLOSSÁRIO Propulsor – que transmite movimento a um mecanismo. Bactericida – que age na eliminação de bactérias. nm – nanômetro Vegetativa – forma normal de uma bactéria. Esporulada – invólucro mais espesso de uma bactéria. Oxímetro de pulso – dispositivo que mede indiretamente a quantidade de oxigênio no sangue de um paciente. Termorresistentes – que resiste a variação térmica. Termossensível – sensível a variação térmica. Pré – vácuo – quando o ar é removido pele formação de vácuo. 70 Abrasão – desgaste por atrito Fórceps – instrumento usado para retirada de um feto Laparoscópico – instrumento de visualização que é introduzido no abdômen para examinar os órgãos através do umbigo Artroscópico – instrumento usado para visualizar o interior de uma articulação Gastroscópio – instrumento destinado ao exame do estômago Colonoscópio – instrumento usado para examinar a parede do cólon (intestino grosso) GLOSSÁRIO 71
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