Buscar

observação priorizando o conteúdo Leandro

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Campus de Medianeira
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 3
OBSERVAÇÕES PRIORIZANDO O CONTEÚDO ENSINADO
Professor Orientador na Utfpr: RODRIGO RUSHEL NUNES
Professor Supervisor de Campo: EDEMAR ANTÔNIO POSTAI
Estagiário: LEANDRO DILLMANN
Medianeira
2016
SUMÁRIO
	Introdução ---------------------------------------------------------------------------------------- 3
	Justificativa -------------------------------------------------------------------------------------- 3
	Objetivos ----------------------------------------------------------------------------------------- 3
	Fundamentação Teórica ------------------------------------------------------------------------ 3
	Metodologia -------------------------------------------------------------------------------------- 4
	Resultados e discussões ------------------------------------------------------------------------ 7
	Conclusão ---------------------------------------------------------------------------------------- 22
VII. Bibliografia -------------------------------------------------------------------------------------- 22
I. Introdução
Segundo CARVALHO (2012), a questão inicial e fundamental na formação de professores se refere ao conteúdo que ele vai ensinar, e essa questão, apesar de ser antiga, ainda provoca muitas discussões, principalmente quando se procura responder “qual o conteúdo deve ser ensinado ou por quê?
No ensino de ciências, a tendência atual é ensinar um conteúdo que possibilite o aluno entender os problemas do mundo atual. Assim, vários tópicos importantes no início do século XX e que reflitam a visão da educação voltada para o próprio conteúdo específico forma substituídos por tópicos que auxiliem o aluno a participar da sociedade em que ele está inserido.
Nas últimas décadas do século XX houve uma alteração significativa no conceito de “conteúdo escolar”. Essa modificação visava romper com um ensino centrado apenas na memorização mais ou menos repetitiva de fatos e na assimilação mais ou menos compreensível de conceito e sistemas conceituais (Coll, 1992). Coll propõe a ampliação do conceito de conteúdo escolar, que passa a incluir além da dimensão conceitual, as dimensões procedimental e atitudinal, e sugere que o professor planeje e desenvolva atividades de ensino que permitam que seus alunos trabalhem de forma inter-relacionada esses três aspectos do conteúdo.
As observações foram realizadas nas do professor Edemar Antônio Postai em turmas de 1º, 2° e 3° anos no Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva nos dias 09, 16, 23 e 30 de março e 06 de abril de 2016.
O Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva está situado Rua Santa Catarina, nº 1789, Centro na cidade de Medianeira, estado do Paraná.
II. Justificativa
Um grande desafio com o qual o aluno de um curso de licenciatura tem de lidar é unir prática e teoria. Se esse problema não for solucionado ou pelo menos reduzido durante a vida acadêmica do educando, essa dificuldade se refletirá na sua prática como professor. “Não é só frequentando um curso de graduação que um indivíduo se torna profissional. É, sobretudo, comprometendo-se profundamente como construtor de uma práxis que o profissional se forma” (FÁVERO, 1992, p.65). (1)
III. Objetivo
	Objetivo Geral
Observar aulas do ensino médio priorizando o conteúdo ensinado.
2. Objetivo específico
Analisar as aulas segundo os três aspectos de Coll: conceitual, procedimental e atitudinal. Descrevendo-os juntamente aos “problemas” propostos por Carvalho.
IV. Fundamentação teórica
Na observação priorizando o conteúdo ensinado é preciso criar condições para que o estagiário observe com mais detalhes o processo de ensino e aprendizagem, focalizando em particular o conhecimento transmitido, permite que esse aluno, futuro professor, faça uma crítica fundamentada ao ensino tradicional. (…) assim, o conceito de conteúdo curricular se amplia, passando a incluir, além da dimensão conceitual, as dimensões procedimental e atitudinal. (CARVALHO, 2012)(2)
V. Metodologia
Como a contextualização não é um conceito fácil de ser entendido e aplicado no dia a dia do ensino e da aprendizagem nas salas de aula, mas é muito importante na visão de educação proposta pelos documentos oficiais, vamos exemplificá-las nas três dimensões co conteúdo: conceitual, procedimental e atitudinal.
	O conceito de contextualização na dimensão do conteúdo conceitual
Se dá tanto pela interação com aspectos culturais de nossa sociedade como pelos conhecimentos adquiridos sobre como os alunos aprendem os conceitos que se pretende ensinar.
Visando a aprendizagem dos alunos, a contextualização dos conteúdos conceituais está relacionada ao conhecimento do que os alunos trazem para as salas de aula. Pesquisas de campo da psicologia da aprendizagem mostraram que a aprendizagem de novos conteúdos se dá a partir do conhecimento que o indivíduo já possui. É importante que o professor, ao inciar uma nova sequência didática, leve me consideração o que os alunos já sabem e construa os novos saberes.
	O conceito de contextualização na dimensão do conteúdo procedimental
Na nova concepção de ensino proposta pelos documentos oficiais brasileiros, e também por muitos e importantes documentos internacionais, não se aceita mais transmitir para as próximas gerações currículos “fechados” compostos de conteúdos prontos e acabados. 
A contextualização do conteúdo procedimental se dá quando o ensino é orientado de modo a levar os estudantes a construir o conteúdo conceitual participando do processo de construção. Cria-se nesse caso a oportunidade de levar os alunos a aprender a argumentar e a exercitar a razão, em vez de fornecer-lhes respostas definitivas ou impor-lhes pontos de vista, transmitindo uma visão fachada do conteúdo.
Nos conteúdos procedimentais, é preciso diminuir a distância entre o professor ensinar e o aluno aprender. Na medida em que o professor abre suas aulas para os alunos pensarem e tomarem decisões, errando muitas vezes, mas acertando no final, com ou sem a ajuda do professor, o aluno vai aprendendo o processo de construção do conhecimento.
	O conceito de contextualização na dimensão do conteúdo atitudinal
Estão dentro do item de contextualização na dimensão atitudinal as atividades que levam os alunos à tomada de decisões fundamentadas e críticas sobre o desenvolvimento social. A aprendizagem moral, como aceitar o colega, ouvi-lo com respeito, são atitudes que precisam voltar ao dia a dia do convívio escolar. No ensino das ciências, são muito interessantes as atividades de discussão sociocientíficas que levam os alunos a discutir os problemas científicos que estão ocorrendo na sociedade. 
Para complementar e ajudar nas observações das aulas, Carvalhos propõe 11 “problemas”, porém iremos nos utilizar de, somente, 10, ficando o de número 8 fora da nossa análise.
	Problema 1
Procurar identificar nas falas do professor os três tipos de conteúdo propostos pelo PCN: conteúdos conceitual, procedimental e atitudinal.
Algumas perguntas podem ser feitas para auxiliar nessa análise: durante a aula, há situações levam os estudantes a refletir sobre os conceitos estudados? O professor mostra como conhecimento foi construído? Quantos conceitos em média foram apresentados na aula?
	Problema 2
Verificar como o professor buscou contextualizar o conteúdo a ser ensinado, relacionando-o com o desenvolvimento social, com os conhecimentos espontâneos dos alunos ou mesmo com a epistemologia do próprio conteúdo. Verificar se o professor propôs atividades que proporcionassem discussão entre os alunos para ter indicações sobre esses conhecimentos prévios. Outra forma de conhecer o que os alunos já sabem ou ouviram falar sobre o assunto é fazer perguntas diretas à classe.
	Problema 3
Analisar o conteúdo dos exercícios ou problemas dados, segundo os critérios a seguir, e discuta se com essa lista de exercícios será possível, em aula, alcançar os conteúdos processuais e atitudinais:
	É fechado, isto é, tem uma só resposta, ou aberto, não tem uma resposta padrão.
	É aplicação direta de fórmulas ou requer algum raciocínio.
	É apresentado antes um exercício padrão como modelo para os alunos seguirem.
	Para resolvê-lo, basta o conhecimento adquirido recentemente ou inclui conhecimentos anteriores ou mesmo de outras disciplinas.
	Problema 4
Assistir à uma aula de exercícios onde o professor propõe a aplicação da matéria ensinada. Determinar o grau de liberdade dos alunos.
Na área de ensino de ciências podemos caracterizar esse procedimento propondo alguns passos fundamentais: (1) o entendimento do enunciado do problema; (2) a discussão das hipóteses, das possíveis teorias relacionadas, etc.; (3) a resolução propriamente dita e (4) a análise dos resultados.
Para a análise do grau de liberdade do aluno propõe-se a seguinte tabela.
Tabela 1. Graus de liberdade intelectual professor-aluno em uma aula de exercícios
	
	Grau 1 de 
liberdade 
	Grau 2 de 
liberdade
	Grau 3 de 
liberdade
	Grau 4 de
liberdade
	Entendimento de enunciado
	Professor
	Professor
	Professor
	Aluno
	Discussão do problema
	Professor
	Aluno
	Aluno
	Aluno
	Resolução
	Aluno
	Aluno
	Aluno
	Aluno
	Análise dos resultados
	Professor
	Professor
	Aluno
	Aluno
	Problema 5
Assistir a uma aula experimental e analisar em relação ao conteúdo conceitual desenvolvido e à sua posição dentro da sequência didática: início, meio ou fim. É importante a análise do conteúdo conceitual proposto para essas aulas. Elas abrangem os principais conceitos e /ou leis da sequência didática?
Onde estão essas atividades experimentais dentro da sequência didática? No início, no meio ou no fim? Sua concepção mostra muito das concepções de ensino e aprendizagem do professor. Uma atividade no início mostra um professor preocupado com que seus alunos construam os conceitos principais que serão abordados, já essa atividade no final indica um professor que utiliza os experimentos para confirmar o que já foi exposto. Sua preocupação não é com os alunos, mas com o valor da sua exposição.
	Problema 6
Assistir uma aula experimental e determinar o grau de liberdade oferecido aos alunos pelo professor.
Existem inúmeros modos de produção do conhecimento científico, mas todos obedecem a etapas definidas. Citaremos um dos modos de produção com as seguintes etapas: (1) o problema a ser pesquisado; (2) as hipóteses levantadas para a solução; (3) a elaboração do plano de trabalho; (4) a obtenção de dados; (5) as conclusões. A partir dessas etapas, podemos estabelecer cinco graus de liberdade, como mostra a Tabela 2 a seguir.
Tabela 2. Graus de liberdade professor-aluno em aulas experimentais
	
	Grau I
	Grau II
	Grau III
	Grau IV
	Grau V
	Problema
	Professor
	Professor
	Professor
	Professor
	Aluno
	Hipóteses
	Professor
	Professor
	Professor
	Aluno
	Aluno
	Plano de trabalho
	Professor
	Professor
	Aluno
	Aluno
	Aluno
	Obtenção de dados
	Aluno
	Aluno
	Aluno
	Aluno
	Aluno
	Conclusões
	Professor
	Aluno
	Aluno
	Aluno
	Aluno
	Problema 7
Antes de observar a aula em que serão trabalhadas a história e a filosofia do conhecimento, procure conhecer o material didático que o professor utiliza para a preparação dessas aulas. Como os aspectos da história e da filosofia da ciência são apresentados nesse material didático?
É importante fazer uma análise prévia do material instrucional, com o objetivo de verificar se as atividades de história e filosofia estão criando condições para que os alunos percebam a construção do conhecimento como:
	uma construção histórica, humana e viva;
	aberta, isto é, sujeita a mudanças e reformulações;
	guiada por paradigmas que influenciam a observação e interpretação de certo fenômeno;
	não pontual, sendo um dos objetivos da ciência criar interações e relações entre teorias.
	Problema 8
Esse tópico do livro da Carvalho que também se refere a uma aula de história e filosofia não será abordado por nós nessas observações.
	Problema 9
Observar uma aula de um professor quando ele utiliza o PowerPoint para a aula teórica. Como estão os slides? Contém figuras e/ou animações ou são velhas transparências em outro formato? Qual é o comportamento da maioria dos alunos? Essa apresentação deu ensejoà interação professor/aluno?
	Problema 10
Observar como o professor faz uso de programas computacionais para o desenvolvimento do conteúdo programático. Observar com atenção o comportamento dos estudantes durante essas aulas.
	Problema 11
Quando o professor mandar os alunos fazerem pesquisas em sites para trabalhos em casa, observar as indicações que o professor oferece aos alunos para essa consulta. Observar também como é feita a correção e discussão desses trabalhos. Conversar com os alunos para saber como esses trabalhos são feitos.
É importante saber pesquisar na internet, e faz parte do papel do professor indicar os principais sites referente à sua disciplina, e também fundamental ensinar aos alunos a distinguirem os sites realmente interessantes daqueles que não apresentam valor. 
VI. Resultados e discussões
No 1° dia de observações, dia 09/03, cheguei no Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva por volta das 18:40, fui conversar com a diretora do colégio pois faltava acertar alguns detalhes em relação ao meu estágio, por isso não assisti a primeira aula. 
Dia 09/03 – 1° Ano
Comecei a observação, então, no segundo horário, da aula da turma do 1° ano do ensino médio. 
O professor sem perder tempo começou sua aula passando no quadro o que seria o assunto da aula: Densidade.
Fez uma breve introdução ao tema onde utilizou o exemplo de um recipiente com água onde questionou os alunos sobre o que aconteceria se colocássemos uma bolinha de isopor e depois a mesma situação jogando uma pedra dentro do recipiente. Alguns alunos relacionaram a situação ao peso dos objetos, porém o professor explicou relacionando à densidade.
Em seguida o professor Edemar Postai informou aos alunos que iria passar um texto para os alunos copiarem. Alguns alunos acataram com desagrado o anúncio do professor. O professor passou então o texto no quadro e os alunos copiaram.
Em seguida o professor explicou o conteúdo do quadro e complementou com dois exercícios sobre densidade, chamando atenção às unidades de medidas utilizadas nos exercícios.
Analisando essa aula do professor Postai, notamos as seguintes características que se enquadram nos parâmetros da observação:
Problema 1: o professor trabalhou o conteúdo na dimensão conceitual relacionando densidade citando exemplos do cotidiano, coisas simples, fáceis de entender e visualizar, como largar uma bolina de isopor ou uma pedra num recipiente com água, e quando relaciona a unidade de volume citando um litro de refrigerante. No que diz respeito à dimensão de conceito procedimental o professor cita como foi construído o conceito de densidade: “A densidade é estudada em várias disciplinas, né! Química, física, biologia, matemática...houve então a necessidade de fazer uma organização dessa densidade, como eles tinham muita necessidade de estudar e aprofundar esta estrutura, eles analisaram o seguinte: - para você trabalhar com a densidade precisa de um objeto que tenha massa, e esse objeto que tem massa poderia ser lançado num recipiente que tem um volume, ok?! Então eles notaram que qualquer objeto que eles lançavam no recipiente, ou ia para o fundo se fosse mais denso, ou flutuava se fosse menos denso, ou se ele se igualava, ficava aonde? Um aluno responde: - No meio. Certo. O professor aqui tentou fazer uma relação entre a massa e o volume para se chegar à densidade.
Problema 2: o professor pegunta o que acontece ao jogarmos
uma bolinha de isopor num recipiente com água. Os alunos respondem que a bolinha irá boiar. O professor pergunta, porquê? Os alunos então respondem que é porque a bolinha de isopor é menos densa que a água. O professor então questiona o que acontece quando jogamos uma pedrinha dentro do recipiente com água, se o nível da água irá subir ou não e porquê? Os alunos então respondem que o nível da água irá subir, porque dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Nessa situação verificamos que o professor estava testando os conhecimentos prévios dos alunos antes de prosseguir com o conteúdo.
O professor encerrou a aula dizendo que o conteúdo da próxima aula será sobre Ponto de Fusão e Ponto de Ebulição.
Dia 09/03 – 3º Ano “A”
O professor começa sua aula passando no quadro o assunto que é: 
Estudo do Carbono – Postulados de Couper Kekulé. 
1° Postulado: o carbono é tetravalente
⇾ 4 ligações simplesmente
⇾ 2 ligações simples e 1 dupla
⇾ 2 ligações duplas
 ⇾ 1 ligação simples e 1 tripla
Dados:
* Grupo 5A: realiza 3 ligações: Nitrogênio
* Grupo 6A: realiza 2 ligações: Oxigênio
* Grupo 7A e Hidrogênio: realiza 1 ligação
Depois de dar um tempo para os alunos copiarem o conteúdo passado no quadro, o professor explicou e em seguida passou uns exercícios referentes à ligações de Carbono.
Problema 1: o conteúdo foi explicado de maneira tradicional, onde o professor é o detentor do conhecimento e o aluno um mero expectador. O conteúdo da maneira explicada pelo professor não teve nenhuma interação com aspectos culturais de nossa sociedade nem teve nada que relacionasse o conteúdo com o dia a dia dos alunos.
Dia 09/03 – 3º Ano “B”
Essa turma é mais tranquila do que a outra do 3° ano, tanto que o professor já está com o conteúdo mais adiantado. 
Ele corrige os exercícios que restaram da aula anterior de maneira bem rápida. 
Em seguida distribui umas tabelinhas da Hibridação do Carbono e Propriedades do Carbono (tabela 1) para os alunos colarem em seus cadernos e chamou a atenção aos alunos que desta tabela poderão ser tiradas 20 questões para prova. 
Imagem 1.Tabela de Hibridação fornecida aos alunos
O professor começou então a explicação da hibridação do hidrogênio utilizando a tabela 1.
Percebemos durante o decorrer desta aula do professor Postai, as seguintes características segundo os parâmetros da nossa observação sistematizada.
Problema 1: o professor não fez nenhuma relação do conteúdo ensinado com os aspectos culturais ou com os conhecimentos prévios adquiridos pelos alunos. A aula foi totalmente expositiva e direta. 
Dia 09/03 – 2° Ano “B”
Essa foi uma aula de exercícios, onde o professor fez antes uma breve revisão sobre o assunto da lista de exercícios: Ácidos, onde o professor cita: “Apareceu um H na frente, chama-se ácido, menos a água (H2O) que é um solvente”, e continua: “A aula de hoje será sobre Ionização. O que é ionização : É uma reação química que ocorre entre moléculas, produzindo íons que não existiam anteriormente.
Depois dessa introdução o professor já passa para os exercícios de ionização no quadro:
(1) HCl + H2O → H3O + Cl- 
(hidroxônio)
(2) H2SO4 + H2O → H3O + HSO4- (1ª parcial)
HSO4- + H2O → H3O + SO4-2 (2 parcial)
_________________________________________________________________________
H2SO4 + 2 H2O → 2 H3O + SO4-2 ( Total)
O professor explica o exercício e faz o seguinte comentário: “É importante saber fazer as parciais pois pode ser uma questão de vestibular, a resposta da 2ª parcial, por exemplo, pode ser pedida.”
Em seguida o professor passa mais um exercício:
- Resolvam:
H3PO4
O professor dá um tempo para os alunos resolverem andando pela sala para tirar as dúvidas que vão surgindo e em seguida passou mais 4 exercícios no mesmo estilo para os alunos fazerem. No final da aula resolveu os exercícios no quadro brando de forma rápida sem a participação dos alunos.
Analisando esta aula dada pelo professor Edemar Postai à turma do 2º ano “B”, notamos que:
Problema 1: a aula do professor Postai foi de forma direta, onde ele apresentou o conteúdo da aula sem fazer nenhuma relação com aspectos culturais, ou aspectos vividos no dia a dia dos alunos ao tratar do conceito Ácidos. 
Como a aula partiu logo para exercícios:
Problema 3: os exercícios são da forma fechada, onde são baseados em exercício padrão resolvido pelo professor.
Problema 4: Analisando a maneira como os exercícios são passados aos alunos verificamos um grau de liberdade 1 onde o professor passa o enunciado e faz o entendimento do enunciado; o mesmo lhes passa os caminhos a serem seguidos para a resolução; depois disso, sim, é permitido aos alunos a tentativa da resolução por si próprios, e por fim o professor faz a análise dos resultados resolvendo os exercícios no quadro.
Dia 16/03 – 3º ano “A”
Nessa noite as aulas foram de apenas 30 minutos devido ao protesto dos professores contra o governo do estado. E no dia seguinte seria realizada uma paralisação.
O professor começa sua aula passando o assunto da aula:
CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS
As cadeias carbônicas podem ser:
	Abertas ou acíclicas ou alifáticas
	Fechadas ou cíclicas
	Mistas
O professor Postai relembrou rapidamente o que foi visto na aula passada e explicou no quadro a classificação dos carbonos:
 
O professor continua a explicação: - Vamos para a primeira parte. Vamos explicar uma da cada vez. Escrevam lá:
E passou no quadro:
	Classificação das Cadeias Abertas
Normal: apresentam unicamente átomos de Carbonos primários, ou primários e secundários.
Ramificada: apresentam pelo menos um átomo de Carbono terceário ou quaternário, ou seja, apresentam ramificações.
	Fechadas ou Cíclicas
Homogêneas: apresentam apenas átomos de Carbono, ou seja, não apresentam heteroátomos (O, N) entre os carbonos.
Heterogêneas: apresentam pelo menos um heteroátomo (O, N) entre os carbonos. 
Ex.: C—C—O—C 
A análise desta, tendo como base os parâmetros ou problemas de Carvalho, são:
Problema 1: o professor explica bem o conteúdo de maneira clara e fácil de entender, porém, mais uma vez não há nenhuma relação do contextual com aspectos culturais ou do dia a dia dos alunos. 
Problema 2: o professor contextualizou o conteúdo da aula relacionando com conhecimentos prévios dos alunos ao relembrar o conteúdo das aulas anteriores no início da aula.
Dia 16/03 – 2º ano “A”
O professor havia passado na última aula, segunda-feira, a qual não foi observada, um trabalho que todos deveriam ter em mãos, porém, muitos ainda não tinham e foram durante a aula buscá-lo no xerox.
O professor então explicou 2 exemplos e depois deixou os alunos fazerem, ajudando-os sempre que necessário.
O trabalho consiste numa lista de exercícios proposta pelo professor e foi a seguinte:
Imagem1: Lita de exercícios do 2 ano “A”
E junto com a lista de exercícios o professor forneceu a seguinte tabela como auxílio para a resolução dos exercícios.
Imagem 2: Tabela de ácidos
Analisando a lista de exercícios podemos chegar as seguintes conclusões dentro dos “problemas” propostos por Carvalho.
Problema 3: a lista de exercícios contém na sua maioria exercícios de assinalar, onde o aluno com o auxílio da tabela que o professor forneceu consegue resolver a lista toda. 
Os exercícios são da forma fechada, ou seja, tem só uma resposta padrão, não requer raciocínio, uma vez que as respostas são tiradas de uma tabela. O primeiro exercício, o professor fornece um exercício padrão como modelo, onde a primeira linha já vem completa. Nesse sentido, com essa lista de exercícios, não se consegue alcançar os conteúdos processuais e atitudinais, pois os alunos não são motivados a aprender a argumentar e a exercitar a razão, ou a tomar decisões fundamentais e críticas sobre o desenvolvimento social pois as respostas estão prontas numa tabela.
Problema 4 : sobre o grau
de liberdade dado aos alunos com esses exercícios, notamos um Grau 2 de liberdade, já que o professor estrutura a lista, permite que os alunos pensem por si pois ele dá um tempo para os mesmos tentarem resolver, mas sempre os ajuda quando eles o chamam ao ter alguma dúvida e por fim o professor faz a correção dos exercícios no quadro.
Dia 16/03 – 1° Ano
A aula nessa turma é sobre estados físicos da matéria abordando os ponto de fusão (PF) e ponto de ebulição (PE).
O professor começa a aula fazendo uma breve revisão do conteúdo iniciado na aula passada utilizando o quadro branco:
Sólido: PF > TP e PE > TP
Líquido: PF < TP e PE > TP
Gasoso: PF < TP e PE < TP
Onde:
TP = Temperatura Padrão
O professor explicou, utilizando PE, PF e TP, sem dizer o que realmente é e, a seguir, passa uma tabela com os valores dos pontos de fusão e ebulição de vários elementos e substâncias, para os alunos utilizarem na resolução de exercícios.
A seguir o professor Edemar Postai começou a resolução dos exercícios que havia passado na aula passada. 
O primeiro exercício pede para dizer em que estado estão alguns elementos como o O, Fe, Zn entre outros à temperatura padrão de 25ºC, relacionando a tabelinha passada pelo professor com a tabela Sólido, Líquido e Temperatura Padrão.
Os outros exercícios eram similares, onde mudava somente a Temperatura Padrão. Foi aí que surgiram as dúvidas dos alunos, onde as três temperaturas TP, PF e PE eram negativas. Aí os alunos se confundiram para saber qual temperatura era maior. 
O professor sugeriu então que os alunos colocassem os números no plano cartesiano que aí ficaria mais fácil de ver qual é maior. 
Como aula desse dia foi somente de 30 minutos rapidamente acabou a aula e não deu tempo para fazer mais nada.
Analisando esta aula do professor Postai, notamos o seguinte:
Problema 1: o assunto da aula era, de certa maneira, fácil de ser relacionado com o cotidiano dos alunos, mas o professor não o fez. Partiu para a explicação direta. Somente relembrou o que havia passado na aula anterior.
Problema 2: o professor não verificou os conhecimentos prévios dos alunos à respeito dos estados físico da matéria.
Dia 16/03 – 3º ano “B”
A aula dessa noite foi sobre classificação do Carbono.
O professor começou a aula passando no quadro branco:
Classificação do Carbono
	Primário: Carbono ligado apenas à um Carbono. Ex.: C --- C --- C
	Secundário: Carbono ligado à dois outros Carbonos. Ex.: C --- C --- C
	Terceário: Quando o Carbono aparece ligado à três outros Carbonos.
	Quaternários: Quando o Carbono aparece ligado à outros 4 Carbonos.
Depois disso o professor passou o seguinte exercicio aos alunos, onde eles deveriam identificar os Carbonos.
O professor dá alguns minutos para a turma tentar resolver o exercício e em seguida faz a correção dizendo que os alunos podem participar, porém sem ter muito êxito.
Após a resolução do exercício, o professor chegou a passar no quadro branco:
Classificação das Cadeias
E citou: - Antes analisávamos Carbono por Carbono, agora é as cadeias.
Porém a aula acabou antes que ele pudesse prosseguir.
Analisando mais essa aula do professor Postai utilizando os problemas propostos pela autora Carvalho, temos que:
Problema1: ao conceituar o conteúdo da aula, apesar do professor citar, o que foi visto na aula anterior não faz nenhuma relação com o cotidiano dos alunos ou com os aspectos culturais vividos em nossa sociedade. O conteúdo é passado de forma direta.
Problema 2: a contextualização feita pelo professor nesse assunto foi mesmo em relação ao desenvolvimento social e da epistemologia do próprio conteúdo.
Dia 23/03 – 3° Ano “A”
Esta foi uma aula onde o professor passou uma lista de exercícios para a turma. Porém, antes o professor passou uma revisão no quadro branco:
Cadeias Fechadas Alicíclicas ou Não-Aromáticas
Essas cadeias não constituem o anel benzênico. Elas são classificadas em:
	Homocíclicas: constituídas apenas por átomos de Carbono.
	Heterocíclicas: apresentam hetereoátomos (O,N) entre os Carbonos.
	Saturadas: os átomos de Carbonos são ligados entre si exclusivamente por ligações simples.
	Insaturadas: apresentam pelo menos dois átomos ligados por ligação dupla ou tripla.
O professor Edemar Postai começou a revisão em forma de perguntas para testar o conhecimento dos alunos.
A lista de exercícios é bem extensa como verificamos a seguir:
Por ser bastante extensa essa lista de exercícios ela foi posta em anexo e também ser acessada pelo link a seguir:
https://onedrive.live.com/redir?resid=8364E41BE1C8439F!1231&authkey=!ABuSZPfe4pTut7o&v=3&ithint=photo%2cjpg
Analisando essa aula do professor Postai onde ele passou a lista de exercícios pelos problemas propostos por Carvalho, podemos observar o seguinte:
Problema 3: apesar de os exercícios serem de múltipla escolha, muitos deles os alunos terão que rever os conteúdos passados anteriormente para conseguir resolvê-los precisando recorrer à pesquisa, o que poderá levar o aluno a aprender o processo de construção do conhecimento, situação que está ligada ao conceito de contextualização na dimensão do conteúdo procedimental.
Os exercícios na sua maioria são da forma fechada, onde só se tem uma resposta padrão, alguns deles, apesar de serem na sua maioria aplicação de fórmulas, requerem o raciocínio do aluno e para resolvê-los é necessário conhecimento adquirido em aulas anteriores.
Problema 4: nessa lista de exercícios notamos um grau de liberdade 1, segundo a Tabela 1 de grau de liberdade, onde o professor propõe os exercícios, o professor faz a discussão das hipóteses, das possíveis teorias relacionadas e fórmulas aplicáveis uma vez que ele resolve alguns exercícios de exemplo, a resolução depois é feita pelos alunos que poderão fazer em casa ou em sala de aula e por fim o professor faz a análise dos dados com a resolução da lista em sala de aula.
Dia 23/03 – 2º Ano “A”
Nessa aula, o professor fez a conferência de quem fez a lista de exercícios chamando os alunos um a um pelo número de chamada e dando visto nos cadernos. 
Alguns se apressam para resolver ou copiar do colega mais um ou dois exercícios. 
Quando o professor percebe uma aluna copiando, comenta: - Conseguiu né?! Como sempre, 5 anos copiando, aí chega na prova tira aquela m… de nota! 
Depois de dar visto nos cadernos o professor faz a correção da lista de exercícios no quadro branco.
Dia 23/03 – 1º Ano
O professor passa no quadro: 
Sólido: PF > TP e PE > TP
Líquido: PF < TP e PE > TP
Gasoso: PF < TP e PE < TP
A turma conversava muito e o professor chama atenção: - Chega de conversa agora.
O professor passou uma lista de exercícios aos alunos para resolução individual.
Um aluno perguntou se poderia pegar o livro. O professor respondeu que o livro não iria mudar muito pois tinha tudo no caderno, mas que se quisesse o aluno poderia pegar o livro.
O professor Postai não costuma utilizar o livro como recurso didático.
A turma começou então a resolução da lista de exercícios e o professor ajudava-os conforme os alunos solicitavam.
Alista de exercícios é a seguinte: 
Figura 4: Lista de exercícios – 1º Ano
Analisando esta aula de exercícios do professor Postai pelos problemas citados por Cavalho, temos:
Problema 3: alguns exercícios relacionam com fatos da natureza ou do cotidiano dos alunos,o que nos remetes aos conteúdos procedimentais. Alguns exercícios são na forma aberta, onde não tem uma resposta padrão e requer algum raciocínio por parte do aluno, necessitando conhecimentos anteriores.
Problema 4: mais uma vez o grau de liberdade dado aos alunos fica na ordem 1, onde o professor elabora o problema e faz a discussão mostrando os caminhos para a resolução, o aluno resolve e por último o professor faz a análise dos resultados fazendo a correção da lista de exercícios no quadro.
Dia 23/03 – 3º ano “B”
O professor começa aula passando no quadro
branco:
Polinucleares:
	Condensados: os anéis possuem átomos de C comum. Ex.: 
	Isolados: os anéis não possuem átomos em comum. Ex.: 
Cadeias Fechadas Acíclicas ou Não Aromáticas
Essas cadeias não constituem o anel benzeno.
	Hemocíclicas: apresentam apenas carbonos entre carbonos
	Heterocíclicas: apresentam pelo menos um heteroátomo entre os carbonos.
	Saturadas: apresenta apenas ligações simples entre os carbonos.
	Insaturadas: apresentam pelo menos uma ligação dupla ou tripla.
O professor distribui os trabalhos para a turma, que é pago por cada aluno, nesse caso R$ 1,50 por 5 páginas de exercícios, e em seguida começa a explicação da revisão no quadro. 
O professor Edemar Postai resolve as três primeiras questões no quadro, sempre perguntando aos alunos para que os alunos participem e em seguida deixa-os fazerem sozinhos, ajudando-os sempre que necessário.
Dia 23/03 – 2° Ano “B”
O professor chamou pelo número da chamada os alunos para ver quem fez a lista de exercícios e em seguida faz a correção do trabalho no quadro branco.
Dia 30/03 – 3° Ano
Esta aula foi de resolução da lista de exercícios, onde o professor deixa os alunos resolvendo os exercícios e os ajuda conforme os mesmos solicitam.
O professor alertou que a próxima semana é a última para acabarem a resolução da lista.
Dia 06/04 
Neste dia eu não fiz observação porque estava de atestado médico.
Dia 13/04 
Nesse dia as aulas foram todas de resolução das listas de exercícios ou aplicação de prova e não houve nada de relevante a apontar dentro da metodologia proposta para a observação.
Conclusão
Analisando as aulas de química do ensino médio noturno da Colégio Costa e Silva pôde-se constatar que o professor Ademar Postai utiliza uma metodologia bastante tradicional e apesar de suas aulas não serem ruins, no meu ponto de vista, são dadas de maneria muito direta, sem fazer um elo entre a teoria e a prática, ou seja, sem mostrar aos alunos onde são encontradas ou onde acontecem as reações ou substâncias abordadas durante as aulas. Raramente os temas das aulas são relacionadas com o cotidiano dos alunos. 
O professor não utilizou em nenhuma aula assistida por mim recursos didáticos além do quadro branco e não foi dada nenhuma aula prática.
Os exercícios propostos pelo professor na sua maioria são de múltipla escolha, onde os alunos conseguem resolver normalmente sem muita dificuldade, pois o professor fornece sempre que possível tabelas prontas onde os alunos buscam os dados e resposta das questões. Dentre esses exercícios, existem também e alguns onde o enunciado trata de questões comuns do dia a dia e outros onde os alunos precisam raciocinar, buscar conhecimentos anteriores para chegar a resolução.
Bibliografia
	http://educador.brasilescola.uol.com.br/politica-educacional/importancia-estagio-supervisionado-nos-cursos-licenciatura.htm
	CARVALHO, A. M. P., Os estágios nos Cursos de Licenciatura.(Coleção Ideias em Ação) São Paulo, 2012

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais