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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CAMPUS GOVERNADOR VALADARES CURSO DE MEDICINA DEPARTAMENTO BASICO-AREA DE SAUDE HISTOLOGIA Jairo de Faria Paiva Jr. Discente de Medicina Histologia do Sistema Reprodutor Masculino - RESUMO Os órgãos do sistema genital masculino são os testículos (gônadas masculinas), um sistema de vias (túbulos retos, rede testicular, ductos eferentes, epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculador, uretra), as glândulas sexuais acessórias (próstata, glândula bulbouretral e vesículas seminais) e diversas estruturas de suporte, incluindo o escroto e o pênis. Os testículos (gônadas masculinas) produzem esperma e secretam hormônios (testosterona). O sistema de ductos transporta e armazena esperma, auxiliando na maturação e o conduz para o exterior. O sêmen contém esperma mais as secreções das glândulas sexuais acessórias. COMPONTENTES DO S.R.M. GÔNADAS o Testículos VIAS GENITAIS o Intratesticulares Túbulos retos Rede testicular o Extratesticulares Ductos eferentes Epidídimo Ducto deferente Ducto ejaculador Uretra (p. pélvica e p. peniana) GLÂNDULAS ANEXAS o Próstata o Vesículas seminais o Glândulas bulbouretrais ÓRGÃO COPULADOR o Pênis TESTÍCULOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CAMPUS GOVERNADOR VALADARES CURSO DE MEDICINA DEPARTAMENTO BASICO-AREA DE SAUDE HISTOLOGIA Jairo de Faria Paiva Jr. Discente de Medicina FUNÇÃO o Produção de espermatozoides o Produção hormônios sexual masculino (testosterona) Contidos dentro do escroto (bolsa escrotal) por que devem manter temperatura mais baixa que a do corpo. Contém cerca de 250 lóbulos repletos de túbulos seminíferos enovelados. O estroma de tecido conjuntivo que circunda os túbulos, dentro de cada lóbulo, possui células de Leydig (cels. Intersticiais). HISTOLOGIA DOS TESTÍCULOS o ALBUGÍNEA TESTICULAR: camada de TC denso que se espessa para formar o MEDIASTINO testicular. o Vários SEPTOS CONJUNTIVOS incompletos separam os testículos em lóbulos. o O ESTROMA INTERSTICIAL é formado por CÉLULAS DE LEYDIG. o CÉLULAS DE LEYDIG Globosas, poligonais e bem coradas. Núcleo grande e arredondado. Secretam testosterona: No embrião: desenvolvimento das gônadas no feto; Na puberdade: início da produção dos spz, secreção das glândulas sexuais acessórias e desenvolvimento das características sexuais secundárias; No adulto: manutenção das espermatogênese, das características sexuais secundárias e das glândulas sexuais acessórias. Presentes no estroma intersticial. Possuem REL desenvolvido, gotículas lipídicas e cristais proteicos. TÚBULOS SEMINÍFEROS Túbulos de produção de espermatozoides. Envolvidos por um epitélio seminífero, epitélio estratificado complexo, composto pelas células de Sertoli e células espermatogênicas. o CÉLULAS DE SERTOLI Células colunares, com extensos prolongamentos apicais e laterais. Repousam sobre a lâmina basal. Circundam as células espermatogênicas adjacentes, preenchendo o espaço entre elas. Fornecem sustentação e organização ao epitélio seminífero e auxiliam na troca de nutrientes e metabólitos dos espermatócitos, espermátides e espermatozóides. Suas junções gap formam a barreira hematotesticular, responsável por proteger as células espermatogênicas de ataques autoimunes (porque são muito indiferenciadas). UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CAMPUS GOVERNADOR VALADARES CURSO DE MEDICINA DEPARTAMENTO BASICO-AREA DE SAUDE HISTOLOGIA Jairo de Faria Paiva Jr. Discente de Medicina o CÉLULAS ESPERMATOGÊNICAS Células que constantemente se diferenciam a fim de formar o espermatozoide. Se terminam na rede testicular (rete testis), dentro do mediastino, uma rede de canais anastomosados envolvidos por epitélio estratificado ou pavimentoso. ESPERMATOGÊNESE ESPERMATOGÔNIAS o TIPO A: continuam se reproduzindo para formar outras espermatogônias. o TIPO B: após sucessivas mitoses do tipo A, continua para o ciclo da espermatogênese. ESPERMATÓCITOS o PRIMÁRIOS: derivações de espermatogônias B, são os maiores tipos celulares da espermatogênese. Duplicam seu DNA, possuindo 46 cromossomos. o SECUNDÁRIOS: Duas células menores derivadas dos primários, quando estes dividem seus cromossomos homólogos. ESPERMÁTIDES o E. Secundários entram na segunda divisão meiótica, originando duas espermátides. São células haploides com 23 cromossomos. ESPERMIOGÊNESE: o Espermátides > Espermatozoides. o Pode ser resumido nas seguintes modificações: 1. Formação do capuz acrossômico, pelo Complexo de Golgi. 2. Surgimento do flagelo, devido a migração dos centrilos. 3. Diminuição do citoplasma, por perda e distribuição ao flagelo. 4. Migração das mitocôndrias para o flagelo. 5. Modificação do núcleo, achatado em forma de amêndoa. CONTROLE HIPOFISÁRIO DO TESTÍCULO o FSH: estimula as c. de Sertoli a produzir a ABP (proteína ligante de andrógeno). o LH: estimula as c. de Leydig a produzir testosterona. o Testosterona e ABP se ligam no túbulo seminífero mantendo alta a concentração androgênica no interior do túbulo >>> essencial para a espermatogênese. o Proteína INIBINA e a concentração de testosterona promovem feedback negativo da liberação dos hormônios hipofisários. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CAMPUS GOVERNADOR VALADARES CURSO DE MEDICINA DEPARTAMENTO BASICO-AREA DE SAUDE HISTOLOGIA Jairo de Faria Paiva Jr. Discente de Medicina EPIDÍDIMO Caminho do SPZ até o Epidídimo: Túbulos seminíferos » túbulos retos (TERS cúbico) » rede testicular (mediastino, TERS Cúbico com Microvilosidades) » ductos eferentes ( TER pseudoestratificado colunar com células basais) » EPIDÍDIMO. CABEÇA/CORPO/CAUDA Tubo único – paredes de epitélio colunar pseudoestratificado. o Células principais – possuem estereocílios. o Células basais – células-tronco do epitélio ductal. Revestimento de músculo liso. FUNÇÕES: absorvem líquido dos túbulos seminíferos, fagocitam resíduos e corpos residuais. O spz ganha motilidade e amadurece ainda mais. Termina no ducto deferente. DUCTO DEFERENTE Começa após a cauda do epidídimo, como continuação deste, e termina na uretra prostática. Lúmen estreito, mucosa com muitas pregas formada por epitélio colunar pseudoestratificado com estereocílios e envolvido por grossa camada de músculo liso. Antes de chegar à próstata (e, consequentemente, à uretra prostática), seu epitélio se dilata e a camada muscular se afina, formando a AMPOLA. As vesículas seminais desembocam ao final da ampola. Ao entrar na próstata, a camada muscular lisa some, sendo então chamado de DUCTO EJACULATÓRIO. Daí se conecta à uretra em sua parte prostática. VESÍCULA SEMINAL Duas estruturas Secretam líquido rico em frutose, citrato, prostaglandinas e açúcares simples. Substancias com função ativadora. Próximas ao final da ampola do ducto deferente, secretando no ducto ejaculatório. Epitélio colunar pseudoestratificado não-ciliado, com função secretora de proteínas Possui revestimento de músculo liso. Regulada pela testosterona PRÓSTATA Envolve a uretra prostática, e tem função de secretar o fluido que protege, nutri, controla PH e fluidez no sêmen, como proteínas, vitamina C e frutose. Envolvida por uma cápsula fibro-elástica e muscular lisa, que emite septos separando a próstata em lóbulos. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORACAMPUS GOVERNADOR VALADARES CURSO DE MEDICINA DEPARTAMENTO BASICO-AREA DE SAUDE HISTOLOGIA Jairo de Faria Paiva Jr. Discente de Medicina 30-50 glândulas exócrinas compostas tubuloacinosa mucosa, seus ductos desembocam na porção da uretra que cruza a próstata. A próstata tem três zonas distintas o Zona Central: circunda os ductos ejaculatórios, 25% do volume glandular. o Zona Periférica: 70% do volume glandular. Local principal de câncer prostático. o Zona de Transição: 5%. Do volume glandular. o Zona Periuretral: contém glândulas mucosas e submucosas. A próstata é envolvida por uma cápsula fibroelastica rica em músculo liso. Septos desta capsula penetram na glândula e a divide em lóbulos. As glândulas produzem secreção e a armazana para expulsa-la durante a ejaculação. CONCREÇÕES PROSTÁTICAS: corpos esféricos glicoproteicos sem função específica. Aumentam com a idade. Liquido prostático, 20% do sêmen: Lipidez, proteínas, enzimas, cálcio, zinco, vit C. Regulada pela testosterona. GLÂNDULA BULBOURETRAL Estruturas pares Desemboca na uretra Secretoras de líquido pré-seminal: mucoso e lubrificante. Secreção mucosa, rica em glicoproteínas. Tem função de neutralização da acidez de resíduos de urina e acidez vaginal e lubrificação da glande. Composta de glândulas compostas tubuloacinosas mucosa. PÊNIS Constituído por 3 corpos cilíndricos de tecido erétil e a uretra. CORPOS CAVERNOSOS: o Numerosos espaços vasculares, formados por endotélio vascular. o Espaços circundados por fina camada de músculo liso, formando trabéculas com a túnica albugínea. o Interstício formado por tecido conjuntivo, e contém muitas terminações nervosas e vasos linfáticos. TÚNICA ALBUGÍNEA: o Camada fibroelástica densa, envolvendo os corpos cavernosos. Corpo Esponjoso o Envolve a uretra o Na sua extremidade distal se dilata, formando a glande do pênis. URETRA PENIANA: UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CAMPUS GOVERNADOR VALADARES CURSO DE MEDICINA DEPARTAMENTO BASICO-AREA DE SAUDE HISTOLOGIA Jairo de Faria Paiva Jr. Discente de Medicina o Encrustada no corpo esponjoso o Revestida por epitélio pseudoestratificado colunar o Possui glândulas secretoras de muco, as Glândulas de Littrè (lubrificante sexual), ao longo de sua extensão. FISIOLOGIA DA EREÇÃO Evento neurovascular decorrente de estímulo (sexual ou psicológico) Impulsos nervosos sobre o M. liso Ereção: SN parassimpático » relaxamento do músculo » aumento fluxo sangue Após ejaculação, ativ. parassimpática é reduzida. Veias subtunicais são comprimidas Drenagem venosa mínima Inervação simpática (ejaculação e detumescência). IRRIGAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CAMPUS GOVERNADOR VALADARES CURSO DE MEDICINA DEPARTAMENTO BASICO-AREA DE SAUDE HISTOLOGIA Jairo de Faria Paiva Jr. Discente de Medicina BONS ESTUDOS!!! ‘‘Tudo o que fizerem, façam de todo coração, como para o Senhor, e não para os homens. ’’ Colossenses 3:23
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