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um sistema composto por 2 grupos de partículas idênticas, que chamaremos de subsistema. • Cada um dos subsistemas é composto por partículas idênticas, indistinguíveis e não interagentes. – Exemplo: • Mistura de dois gases rarefeitos • Entre os dois subsistemas existe troca de energia através das colisões entre os dois tipos de partículas • Considerando que o sistema todo é isolado, a quantidade total de partículas de cada subsistema e a energia total são constantes. i j i j i i j j i j N n cte N n cte U n E n E cte Ei e E‟i são os estado disponíveis para cada uma das partículas dos subsistemas.(1) 33 UFS-DFI-IntroMecEst – Mário E G Valerio – 2010/2 • A probabilidade de uma partição para o sistema pode ser obtida do produto das probabilidades de determinada combinação de distribuição das partículas nos dois subsistemas. j i nn ji i ji j gg P n ! n ! ln ln ji i j i ji j nn lnP N N n n g g • Podemos obter a participação mais provável maximizando lnP com os vínculos (1), ou seja, conservando no número de partículas em cada um dos subsistemas e a energia total. 34 Usando método dos Multiplicadores de Lag range: i j i i j j i j i j f lnP F lnP N n N n U E n E n 0 0 0 ln 0 ln 0 i i i i i i i i i i E E kT kT i i n nF F dF e E E n n g g N N n e n e Z Z UFS-DFI-IntroMecEst – Mário E G Valerio – 2010/2 • Conseqüências: – Para que os dois subsistemas estejam em equilíbrio estatístico, a temperatura absoluta tem que ser a mesma. (“Lei Zero” da Termodinâmica). – No equilíbrio estatístico (ou equilíbrio térmico), cada um dos subsistemas esta na partição mais provável que teria se o subsistema estivesse isolado na mesma T. Isto significa que apesar dos subsistemas estarem em contato, no equilíbrio térmico a troca líquida de energia entre os subsistemas é zero. – Isto significa que quando as duas partes do sistema são colocadas em contacto, existe troca energia até atingir o equilíbrio térmico e deste instante em diante as trocas líquidas de energia cessam. – Este fenômeno é então similar a „Temperatura‟ termodinâmica e é a base do próprio processo de medição de temperatura que usa este efeito. • O „bulbo‟ do termômetro é encostado no corpo que se deseja medir até que o corpo + termômetro entram em equilíbrio e o termômetro então registra a T de equilíbrio. 35 UFS-DFI-IntroMecEst – Mário E G Valerio – 2010/2 Gás Ideal Monoatômico • “Gás ideal”: partículas não interagentes • Monoatômicos: termos rotacionais e vibracionais não precisam ser considerados. – A energia envolvida é apenas cinética de translação. • Quais são os níveis de energia disponíveis para uma partícula em uma caixa de volume V? 1 2 3 2 2 22 22 2 3 31 2 1 2 k k k2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2 32 0 , r na caixa de dimensões a,b,c 2 fora da caixa k k zk k k k E Csen sen sen 2m a b c a b c Se for um cubo: a=b=c e E= k k k 2ma 2 ˆ ˆ ˆˆH p V(r) V(r) m , x y x,y, z 2 2ma k 36 UFS-DFI-IntroMecEst – Mário E G Valerio – 2010/2 • Estados são degenerados: Energia Combinação de k1, k2 e k3 degenerescência 3E1 (1,1,1) 1 6E1 (2,1,1) (1,2,1) (1,1,2) 3 9E1 (2,2,1) (2,1,2) (1,2,2) 3 11E1 (3,1,1) (1,3,1) (1,1,3) 3 12E1 (2,2,2) 1 14E1 (3,2,1) (3,1,2) (2,3,1) (2,1,3) (1,2,3) (1,3,2) 6 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2 3 1 12 2 π h E= k k k E = 2ma 2ma E k 37 UFS-DFI-IntroMecEst – Mário E G Valerio – 2010/2 • Como cada estado tem um grau de degenerescência diferente, a probabilidade intrínseca gi de cada nível Ei será diferente. • Níveis com maior grau de degenerescência devem ter maior probabilidade intrínseca. – Vamos associar a gi de cada nível ao grau de degenerescência! • Como determinar a gi ? Ou, como determinar o grau de degenerescência de cada nível? 38 UFS-DFI-IntroMecEst – Mário E G Valerio – 2010/2 • Vamos considerar primeiro que a „caixa‟ que contém os átomos do gás é muito grande (comparada com as dimensões atômicas ou com a distância média entre os átomos). • Se a é grande, o espaçamento entre os níveis diminui, já que E1 depende de a -2. • Os níveis podem ser considerados, em primeira aproximação, como um contínuo. 39 i i i E E e ... ...dE g g E UFS-DFI-IntroMecEst – Mário E G Valerio – 2010/2 • Devemos então contar o número de estados existentes num intervalo [E, E+dE]. • A degenerescência g passa a ser uma função de E, g(E), e conta o número de estados no [E, E+dE]. 40 UFS-DFI-IntroMecEst – Mário E G Valerio – 2010/2 • No „espaço dos momentos‟, podemos considerar os números quânticos k1, k2 e k3, como coordenadas que variam continuamente. • No espaço dos momentos, só temos o octante dos x, y e z positivos , já que os k‟s são inteiros positivos. • Cada tríade (k1, k2, k3) representa um estado. • Como a energia depende somente do módulo do vetor k, ou seja, E k2, todos os estados na calota esférica de raio k terão a mesma energia. • Todos os estados dentro do volume do octante positivo da esfera de raio k terão energia entre 0 e E. 41 k1 k2 k3 2 2 2 2 2 2 1 2 3 12 E= k k k 2ma E k UFS-DFI-IntroMecEst – Mário E G Valerio – 2010/2 • A quantidade de estados entre 0 e E é: 31 4N E = πk 8 3 3 2 13 322 2 3 3 2 2 3 3 Como V=a ,vem: π 2mE V 8πV N E = V = 2mE = 2m E 6 π 6π 3h h 1 2 1 2 3 3 dN A densidade de estados g(E)= , é então: dE 4πV 2m g E = E h 2 2 2 2 E= 2ma k k1 k2 k3 42 Quantidade de estados com energia E 3 22 2 2 π 2ma E 6 π UFS-DFI-IntroMecEst – Mário E G Valerio – 2010/2 Voltando então ao nosso „gás ideal monoatômico‟ e calculando a função de partição Z: 1 2 3 2 E- kT 0 3 E- kT 3 0 3 3 3 3 Z= e g(E)dE 4 V 2m Z= E e dE 4 V 2m 1 Z= kT 2 V 2πmkT Z= h h hFunção de partição de um gás ideal monoatômico em função do volume e da temperatura do gás. 2 2 2 3 0 2 2 3 0 0 3 1 4 1 Fazendo: 2 1 2 2 4 1 2 x E xkT x e dx x E kT xdx dE Ee dE x e dx kT 43 1 2 1 2 3 3 4πV 2m g E = E h UFS-DFI-IntroMecEst – Mário E G Valerio – 2010/2 • Energia média por molécula: 2E=kT lnZ T 44 3 2 3 V 2πmkT Z= h 3 2 2 3 2 2 V 2πmkT E=kT ln T 3 E=kT lnC+ lnT T 2 3 1 E=kT 2 T 3 E= kT 2 h UFS-DFI-IntroMecEst – Mário E G Valerio – 2010/2 • A energia média por molécula de um gás ideal depende diretamente da temperatura. • A energia média só depende da T e não depende do volume! • Esta expressão na verdade foi proposta inicialmente no século 19, em conexão com a teoria cinética dos gases, e é a partir dela que foi possível relacionar com T. • A energia total do gás de N átomos é então: • Se é o número de mols do gás e NA=6,022x10 23, o número de Avogadro, podemos escrever: 3 2 U=NE= NkT 3 3 A2 2 A U= N kT= RT onde R=N k é a constante universal do gases. 45 UFS-DFI-IntroMecEst – Mário E G Valerio – 2010/2 • Quem faz o papel do “ni”? • Como E é contínuo, calculamos dn, o número de átomos do gás com energia entre E e E+dE: 1 2 1 2 3 2 1 2 1 2 3 2 1 2 3 2 E- kT 3 E- kT 3 3 33 E- kT 3 E- kT N dn= g E e dE Z 4πV 2mN dn= E e dE Z V 2πmkT como Z= , podemos escrever: 4πV 2mdn =N E e dE V 2πmkT dn 2πN = E e dE πkT h h h h 46 UFS-DFI-IntroMecEst – Mário E G Valerio – 2010/2 • Como testar se a distribuição de