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Farmacologia Introdução

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Farmacologia, Princípios Básicos, Desenvolvimento e Regulação de fármacos.
Conceito de droga: É uma matéria-prima de origem vegetal ou animal que e podem conter um ou mais princípio ativo. 
Na toxicologia esse conceito muda, porque é uma substância química utilizada com a finalidade abusiva lícita ou ilícita com ou sem benefício para o organismo receptor dessa droga.
Fármaco: É uma composição química definida capaz de produzir alterações em determinada função biológica, que quando administrada terapeuticamente tem as finalidades preventiva, curativa ou de diagnóstico. O fármaco nem sempre é para a cura, por ex. a vacina, que é usada para prevenção. Mas cura é o principal uso, como por ex. uma aspirina para dor de cabeça. Para diagnóstico, existe alguns medicamentos, como contraste, para fazer um raio-x ou uma ultrassonografia, que dá a possibilidade de um diagnóstico.
O conceito químico de fármaco é: São moléculas orgânicas (99%) de baixo peso molecular lipossolúveis e polifuncionalizadas. 
**Exemplo de fármaco inorgânico: leite de magnésia para neutralizar a acidificação.
Todo fármaco deve ter elevada eficácia para o alvo terapêutico e deve ser não tóxico.
Dois caminhos que o fármaco precisa seguir para chegar ao alvo: Farmacocinética (o que o organismo faz com o fármaco desde a sua absorção e distribuição. E após exercer o efeito, este fármaco deve ser biotransformado (ou metabolizado) e eliminado). Intestino > corrente sanguínea (distribuição) > alvo > corrente sanguíneo > fígado (principal órgão de metabolismo) > rins (principal órgão de eliminação). E a farmacodinâmica (o que o fármaco faz com o receptor/alvo – por ex. a enzima interagindo com o receptor.)
É preceito de um fármaco que seja seletivo e específico! (Ex da discussão para liberação da fosfoetolamina : cura do câncer???? Qual câncer? O fármaco é específico e seletivo!!)
Quais são as características químicas das nossas barreiras (membranas)? Dupla camada lipídica com proteínas. O grande desafio do fármaco é chegar a seu alvo, por ex. o hipotálamo. A maioria dos medicamentos é via oral. Nesse exemplo, o medicamento precisa ser absorvido pelo intestino, passar pela corrente sanguínea e chegar ao líquor, e depois ao hipotálamo. O fármaco precisa caminhar, e para isso acontecer, precisa ultrapassar as barreiras. Para isso, precisa ter características químicas específicas.
Quais são as características de um fármaco?
Moléculas orgânicas polifuncionalizadas por possuírem várias funções orgânicas, como a hidroxila, a carboxila, amida..
Peso molecular baixo (tamanho do fármaco tem que ser pequeno)
Lipossolubilidade (sem essa característica, o fármaco não consegue nem ser absorvido) – é essencial!
Cada classe de medicamento possui um grupamento essencial e comum (um grupamento base). Por exemplo, os antibióticos B-lactâmicos. Eles obrigatoriamente possuem a função b-lactâmica, e indica de que maneira eles vão atuar. Uma aspirina, grupo dos salicilatos vai agir de um jeito diferente de uma amoxicilina (penincilina). Portanto, esse grupamento com características químicas, estéricas, funcionais, de tamanho, lipossolubilidade comuns a uma mesma classe de medicamentos de fármacos é chamado grupo farmacofórico.
Medicamento: É o fármaco em sua forma farmacêutica (apresentação comercial – comprimido, cápsula, gotas, creme, gel..) A composição do medicamento é sempre o princípio ativo + os excipientes (todos os compostos que não tem efeito farmacológico necessário à formulação final do produto) O excipiente é sinônimo de veículo. Por ex: amido, celulose. É utilizado para dar a apresentação final. Por ex: alguns comprimidos não conseguem ter sua forma apenas com o princípio ativo. São substâncias essenciais para a composição.
Efeito adverso: todo efeito indesejável ou prejudicial após administração de um fármaco no organismo. (tira a homeostase do organismo). É subjetivo. 
Efeito colateral – “ao lado, paralelo”: todo efeito farmacológico secundário após a administração de um fármaco no organismo. (Nem todo efeito colateral pode ser considerado um efeito adverso, ou prejudicial). Muitas vezes são confundidos. Por exemplo, o efeito colateral secundário do dramin em seus receptores é causar sonolência, atravessando a barreira hematoencefálica. Como a pessoa está sonolenta, diminui a sinetose (enjoos) Mas, a classe desse medicamento é antialérgico.
Todo fármaco deve ter determinada potência. Quanto menor a dose para alcançar o objetivo terapêutico/clínico (cura, prevenção), maior é a potência do fármaco.
O fármaco deve ter pouca biodisponibilidade (sinônimo de disponibilidade biológica): É a real fração/quantidade de um medicamento, a partir de sua forma farmacêutica, que quando é administrado e após absorvido, atinge a circulação sistêmica ou corrente sanguínea. Nesta, ele deve permanecer por um determinado período a fim de exercer o seu efeito farmacodinâmico até sua eliminação sistêmica. A biodisponibilidade é o tempo decorrido do fármaco desde sua administração até sua eliminação, ou seja, até exercer sua disponibilidade biológica. (A meia-vida está diretamente relacionada à biodisponibilidade)
Bioequivalência (ou equivalência farmacêutica): Dois fármacos são considerados bioequivalentes, a partir de uma mesma formulação farmacêutica, quando as taxas de absorção e eliminação forem as mesmas para uma mesma condição de teste.
Quando dois fármacos possuem a mesma biodisponibilidade e a mesma bioequivalência, e se esse fármaco for igual o medicamento referência, esse fármaco é considerado genérico.
Por exemplo:
AMOXIL (referência) – princípio ativo: Amoxicilina 
Medicamento genérico de Amoxicilina – principio ativo: amoxicilina. 
NOVOCILIN (Medicamento similar) – principio ativo: amoxicilina.
É preciso que a patente de medicamento tenha caído para que outros laboratórios possam produzir um medicamento genérico (patente geralmente leva 20 anos para cair). Os testes de biodisponibilidade e bioequivalência devem ser realizados para que seja provado à ANVISA que o medicamento genérico é idêntico ao medicamento referência.
Existe também o medicamento similar. O medicamento similar não precisa realizar esses testes. (A diferença é em termos farmacotécnicos)
Sorine – medicamento referência
Neosoro – medicamento similar
Neosaldina – referência
Doralgina - similar
Planejamento Racional de Fármacos 
Descoberta do alvo (identificação e validação) e escoberta do fármaco: geração, otimização, desenvolvimento e pesquisa de processo para a preparação do protótipo.
Fase pré-clínica: testes desenvolvidos em animais (segurança e eficácia)
Fase clínica: testes desenvolvidos em seres humanos (segurança e eficácia)
No caso de doenças órfãs, como a AIDS, algumas etapas podem ser puladas, pois o tempo precisa ser acelerado, e o fármaco é lançado às pressas. Em média é lançado em 12 anos.
A maioria dos fármacos hoje tem origem natural.
Fases da descoberta de um novo fármaco
Fase pré-clínica: duração de 5 anos em média. São realizados testes em laboratórios. São realizados testes in vivo com animais e in vitro com células isoladas. Todo efeito deve ser relatado!! São realizados testes como teratogênese, carcinogênese. Precisam seguir as exigências para um novo fármaco (regras do FDA):
- Elevado grau de segurança
- Eficaz para tratamento da doença para o qual foi desenvolvido (poucos efeitos adversos)
- Deve ser sempre obtido na forma mais pura possível e o seu processo de preparação deve ser totalmente reprodutível
- Deve ter um elevado grau de segurança (ser menos tóxico possível)
2) 	Fase clínica: duração de 8 anos em média. São realizados testes em seres humanos voluntários. Possuem 3 fases.
Fase 1: Leva de 6 a 9 meses e é realizado em indivíduos sadios (50-100). É realizado o teste não-cego, que tanto o médico quanto o paciente sabem que o candidato a fármaco está sendo administrado. [indústria farmacêutica] 
Fase 2: É testado em indivíduos que sofrem doença para a qual o candidato a fármaco foi desenhado. Realizado em centenasde pacientes (200-500) com duração de até dois anos. É realizado o teste simples-cego, em que o paciente não sabe quando está usando o medicamento, mas o médico sabe. [centros médicos especializados]
Fase 3: Testado em doentes e leva de2 a 5 anos. O teste é realizado com milhares de indivíduos (1000 a 5000) e é o duplo-cego, onde nem o paciente, nem os pesquisadores do candidato-fármaco sabem quem ingeriu placebo, o medicamento referente e o fármaco-teste. [centros médicos especializados]
 Precisa solicitar o NDA (new drug application) e o MAA (Market authorization application) apresentando toda informação colhida sobre o novo fármaco e conclusões efetivas sobreo fármaco candidato faz o que promete com máxima segurança eficácia. 
Fase 4: Testes clínicos pós-mercado. Expansão e abrangência do fármaco à população mundial, avaliação dos custos com esse novo medicamento em comparação com os outros no mercado, farmacovigilância (verificar se o medicamento lançado está causando algo).

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