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Neoplasia Maligna Epitelial Oma: neoplasia benigna Sarcoma: neoplasia maligna de origem mesenquimal Carcinoma: deriva de células epiteliais de qualquer origem CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS Representa cerca de 90 a 94% das neoplasias malignas da boca, possuindo etiologia multifatorial: Fumo de tabaco: É o principal fator causal. O cigarro possui mais de 700 substâncias cancerígenas. Cada tragada libera mais de 100.000 radicais livres, causando o envelhecimento celular! Álcool: o primeiro subproduto do álcool etílico é o acetaldeído. Este é carcinogênico! Além disso, o álcool aumenta a permeabilidade das células da mucosa, fazendo com que o acetaldeído (tóxico, mutagênico e carcinogênico) possa penetrar e ser mais absorvido pelas células. Se utilizado com o tabaco, ajuda com que as substâncias carcinogênicas do tabaco penetrem. O álcool aumenta o risco de carcinoma em 9x, o uso associado ao tabaco aumenta em 35x! Tabaco sem fumaça Mascar bétele Deficiência de ferro Vírus oncogênicos: HPV 16/18, 31/33; EBV. Microbiota: Neisseria e Candida (principalmente) – elas liberam mais enzimas álcool-desidrogenase, que convertem o álcool em acetaldeído, fazendo com que mais substância carcinogência seja produzida. Fatores nutricionais: o consumo de enlatados e defumados ricos em nitrosaminas, frituras que liberam radicais livres em (alta temperatura), pouco consumo de vitaminas antioxidantes (A, C e E) Imunossupressão (fatores intrínsecos) Sol (fatores extrínsecos) O carcinoma de células escamosas oral possui características clínicas sendo mais comum a partir dos 50 anos, embora haja o aumento de lesões em pacientes jovens. As localizações mais comuns são: borda lateral de língua e assoalho de boca, lábio inferior, palato mole, gengiva, mucosa jugal e palato duro. Pode ser uma lesão exofítica: formação de massa fungiforme, papilar ou verrucosa; ou Lesão endofítica: invasiva, crateriforme ou ulcerada As lesões potencialmente malignas (leucoplasia - apresentação leocoplásica, eritroplasia - eritroplásica e leucoeritroplasia - leucoeritroplásica) podem originar o carcinoma. *Se for realizada uma biópsia para diagnóstico de leucoeritroplasia, e não for possível realizar a biópsia de toda a lesão, é preconizado a biópsia da área vermelha, pois em 90% dos casos a eritroplasia já apresenta displasia. É necessário realizar a biópsia incisional (retirando uma parte da lesão apenas), para poder manter uma margem de segurança. Características histopatológicas: Infiltrado inflamatório linfocitário Mitose típica e atípica: proliferação nas camadas superiores Pérolas de ceratina: devido à perda de diferenciação Pleomorfismo celular e nuclear Hipercromatismo nuclear: células com núcleos muito proteico e basofílicos para fazer mitoses Gradação histopatológica do Carcinoma de Células Escamosas Quando menos diferenciação, pior o prognóstico! Surge a partir de um epitélio de superfície displásico e é caracterizado histopatologicamente por ilhas e cordões invasivos de células escamosas epiteliais malignas. Bem diferenciado: apresenta pérolas de ceratina, pouco pleomorfismo, pouca mitose Moderadamente diferenciado: maior hipercromatinização do núcleo, maior pleomorfismo. Menos pérolas de ceratina Pouco diferenciado: muito pleomorfismo, sem pérolas de ceratina, hipercromatinização do núcleo. *Quando menos diferenciada, maior é a proporção núcleo/citoplasma. CARCINOMA VERRUCOSO É um variante bem diferenciado do Carcinoma de Células Escamosas. Possui melhor prognóstico e cresce empurrando o tecido conjuntivo, ou seja, não é infiltrativo. Ele é frequentemente curável nos estágios precoces, mas se não tratado pode se tornar localmente agressivo. Clinicamente de aparência bem exofítica, superfície branca, não destrutivo. Mais encontrado em pacientes homens acima de 55 anos. Etiologia: tabaco, tabaco sem fumaça, infecção por HPV 16 ou 18. Características histopatológicas: Enganosa aparência microscópica benigna: exibem acentuada hiperceratose e hiperplasia epitelial com superfície papilar ou verrucosa Cristas epiteliais amplas e alongadas que parecem “empurrar” o tecido conjuntivo Presença de tampões de ceratina presentes nas fendas e criptas entre as projeções da superfície Caracteriza-se por cristas epiteliais amplas e sem grau significativo de atipia celular Pode apresentar intenso infiltrado inflamatório crônico 20% desenvolve um CCE concomitantemente A lesão deve ser avaliada como um todo
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