Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CONTROLE E REGULAÇÃO DOS CARBOIDRATOS O metabolismo dos carboidratos é regulado pela disponibilidade de substratos, modificação enzimática e controle hormonal. Principais hormônios: Insulina e Glucagon! Hormônios secundários: Adrenalina, cortisol e tiroxina. Ação da insulina: Único hormônio com ação hipoglicemiante; Aumento da glicogênese ( conversão de glicose a glicogênio); Aumento da glicólise (lactato e piruvato); Aumento da entrada de glicose nas células musculares e adiposas; Inibição da glicogenólise ( desdobramento do glicogênio em glicose) Ação do glucagon: Liberado durante o stress e jejum; Aumento da glicogenólise hepática; Aumento da gliconeogênese. Adrenalina: liberada em esforços físicos e stress emocional. Inibição da secreção de insulina Aumento da glicogenólise. Ação do cortisol: Aumento da gliconeogênese; Aumento de absorção intestinal da glicose; Aumento da entrada de glicose nas células. Tiroxina ( hormônio da tireoide) Aumento da glicogenólise; Aumento da gliconeogênese; Aumento da absorção intestinal da glicose. Glicosuria Pode ser avaliada qualitativamente ou quantitativamente. Medida qualitativa: através de uma substância redutora por meio do emprego do reagente de Benedict ( desuso, método confirmatório) ou pela tira reagente ( sensibilidade da fita) FITA REAGENTE As tiras reagentes empregam a reação da glicose-oxidase: A fita reagente é impregnada com glicose-oxidase, peroxidase e um cromogênio. A reação é específica para a glicose. Obs. O ácido ascórbico e uratos podem inibir a reação e causar resultados falsos negativos. Reação de Benedict: A glicose reduz os íons cúpricos para produzir um composto cuproso amarelo ou vermelho. ( Todos os açúcares redutores fornecem resultados positivos) Interpretação: Azul claro: ausência de glicose Verde : vestígios Amarelo ou amarronzado: traços Vermelho ou cor de “tijolo”: traços fortes. Medida quantitativa: a glicose na urina é medida quantitativamente por métodos que empregam as enzimas hexoquinase ou glicose-oxidase. As amostras podem ser aleatórias( não indicada) ou em período de 24 horas. MICROALBUMINÚRIA: Microalbuminúria designa a excreção aumentada de albumina urinária não detectável pelas tiras reagentes empregadas rotineiramente. A presença de pequenas quantidades de albumina na urina representa o estágio inicial da nefropatia diabética. O diagnóstico de nefropatia diabética pode ser feito utilizando-se diferentes tipos de coleta de urina: Urina de 8, 12 e 24 horas ( melhores) Urina com tempo marcado de 1 a 2 horas; Primeira urina da manhã para medida simultânea da albumina e creatinina vem sendo bastante utilizadas. A presença de microalbuminúria em diabéticos tipo 1 sugere maior risco de contrair nefropatia diabética. Nos diabéticos tipo 2, um teor de albumina maior que 0,02 por dia é um fator de risco para AVC e IAM. É indicada nos seguintes casos: Detecção precoce de nefropatia diabética; Monitoração de diabetes gestacional e de gravidez de risco; Rastreamento de nefrosclerose hipertensiva. CONSEQUÊNCIAS METABÓLICAS DO DM: Glicotoxidade: Caracteriza-se por defeitos adversos da hiperglicemia crônica sobre as células Beta com três consequências: diminuição da tolerância a glicose, exaustão das células Betas e redução da massa de células Beta por apoptose. Lipotoxidade: Pode ocorrer em diabéticos tipo 2 e obesos, com adiposidade visceral. Neste caso, os ácidos graxos elevados por tempo prolongado tornam-se tóxicos para as células Beta contribuindo para a sua destruição. Lipotoxidade: Pode ocorrer em diabéticos tipo 2 e obesos, com adiposidade visceral. Neste caso, os ácidos graxos elevados por tempo prolongado tornam-se tóxicos para as células Beta contribuindo para a sua destruição. Distúrbios do metabolismo lipídico: * A deficiência da insulina e a ação oposta do glucagon e da adrenalina estimulam a lipólise e a liberação de ácidos graxos para a circulação. * A deficiência de insulina inibe a atividade da enzima lipase lipoproteica, que reduz o desdobramento tanto das VLDL como dos quilomícrons elevando os níveis de triglicerídeos Hiperpotassemia: Uma outra função da insulina é a captação de potássio pelas células. Com a redução de insulina, o potássio deixa a célula, causando hiperpotassemia ( perdido na urina) Importante: quando a insulina é administrada neste paciente, o potássio volta para dentro da célula podendo causar hipopotassemia severa, a menos que seja administrado suplementos de potássio. Distúrbios ácidos-bases: Na diabetes tipo 1, é frequente a acidose metabólica em decorrência da cetoacidose diabética. Distúrbios de sódio e água: A hiponatremia pode ocorrer como consequência da hiperglicemia extracelular e perda renal do sódio como consequência da diurese osmótica. Hiperfosfatemia: quando a insulina estimula a glicólise, usa fosfato inorgânico do ATP, o que eleva a captação celular de fosfato. Na falta da insulina, o íon é liberado das células, causando hiperfosfatemia, uma parte deste fosfato é eliminado por via urinária , causando déficit no organismo. Quando a insulina é administrada, ele volta para a célula, causando hipofosfatemia grave Cetoacidose diabética (CAD) É um estado de desordem metabolicamente severa e complexo, caracterizado por glicemia maior que 250 mg/dl, PH arterial menor que 7.3, bicarbonato sérico menor que 15mmol/L e graus variáveis de cetonemia e cetonúria. É ocasionada principalmente pela deficiência absoluta de insulina, associada ou não a aumento da atividade dos hormônios que fazem a regulação dos carboidratos. Consequências da CAD: Aumento da produção hepática e renal da glicose; Diminuição da mesma pelos tecidos periféricos; Hiperglicemia e hiperosmolalidade; Lipólise com liberação de corpos cetônicos; Desidratação e desequilíbrio eletrolítico; Desidratação celular, contração do volume plasmático, alteração progressiva da consciência, edema cerebral, que pode levar ao óbito ou deixar sequelas.
Compartilhar