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Resumo 3

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DIREITOS E DEVERES 
INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
 FORMAL 
• Todos são iguais 
perante a lei, sem 
distinção de 
qualquer 
natureza. 
MATERIAL 
• Tratar igualmente 
os iguais e 
desigualmente os 
desiguais, na 
medida de suas 
desigualdades. 
IGUALDADE 
 A Constituição Federal de 1988 consagra, em seu 
artigo 5º, serem todos iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza (igualdade formal). 
 Entretanto, o que se deve buscar é uma 
igualdade material, em que se veda as diferenciações 
arbitrárias, as discriminações absurdas, pois, o 
tratamento desigual dos casos desiguais, na medida 
em que se desigualam, é exigência tradicional do 
próprio conceito de Justiça (Ex: art 3º, I, III, IV; art. 4º, 
VIII; art. 5º, I, XXXVII, XLI, XLII; art. 23, II,X; art.37, I, VIII; 
art. 150, II; art. 208, III; art. 226, § 5º). 
 
 O que realmente se protege são certas 
finalidades, somente se tendo por lesado o 
princípio constitucional quando o elemento 
discriminador não se encontra a serviço de uma 
finalidade acolhida pelo direito, sem que se 
esqueça, porém, como ressalvado por Fábio 
Konder Comparato, que as chamadas liberdades 
materiais têm por objetivo a igualdade de 
condições sociais, meta a ser alcançada, não só por 
meio de leis, mas também pela aplicação de 
políticas ou programas de ação estatal. 
 
 A igualdade se configura como uma 
eficácia transcendente de modo que toda 
situação de desigualdade persistente à entrada 
em vigor da norma constitucional deve ser 
considerada não recepcionada, se não 
demonstrar compatibilidade com os valores 
que a constituição, como norma suprema, 
proclama. 
 
 O princípio da igualdade consagrado pela constituição 
opera em dois planos distintos: 
 Frente ao legislador ou ao próprio executivo, na edição, 
respectivamente, de leis, atos normativos e medidas 
provisórias, impedindo que possam criar tratamentos 
abusivamente diferenciados a pessoas que encontram-se em 
situações idênticas. 
 Obrigatoriedade ao intérprete de aplicar a lei e atos 
normativos de maneira igualitária, sem estabelecimento de 
diferenciações em razão de sexo, religião, convicções 
filosóficas ou políticas, raça, classe social. 
 
 Os tratamentos normativos diferenciados 
são compatíveis com a Constituição Federal 
quando verificada a existência de uma 
finalidade razoavelmente proporcional ao fim 
visado. 
 
 Tríplice finalidade limitadora do princípio 
da igualdade 
 
Limitação ao legislador - no exercício de sua 
função constitucional de edição normativa, não 
poderá afastar-se do princípio da igualdade, sob 
pena de flagrante inconstitucionalidade. 
Portanto, normas que criem diferenciações 
abusivas, arbitrárias, sem qualquer finalidade 
lícita, serão incompatíveis com a Constituição 
Federal. 
 
 Limitação ao intérprete/autoridade pública - não poderá aplicar 
as leis e atos normativos aos casos concretos de forma a criar ou 
aumentar desigualdades arbitrárias. Em especial o Poder 
Judiciário, no exercício de sua função jurisdicional de dizer o 
direito ao caso concreto, deverá utilizar os mecanismos 
constitucionais no sentido de dar uma interpretação única e 
igualitária às normas jurídicas. Nesse sentido a intenção do 
legislador constituinte ao prever o recurso extraordinário ao 
Supremo Tribunal Federal (uniformização na interpretação da 
Constituição Federal) e o recurso especial ao Superior Tribunal de 
Justiça (uniformização na interpretação da legislação federal). 
Além disso, a legislação processual deverá estabelecer 
mecanismos de uniformização de jurisprudência a todos os 
Tribunais. 
 
Limitação ao particular - não poderá pautar-
se por condutas discriminatórias, 
preconceituosas ou racistas, sob pena de 
responsabilidade civil e penal, nos termos da 
legislação em vigor. 
 
 
Sobre o princípio da igualdade, indispensável recordarmos a lição de San 
Tiago Dantas: 
"Quanto mais progridem e se organizam as coletividades, maior é o grau de 
diferenciação a que atinge seu sistema legislativo. A lei raramente colhe no 
mesmo comando todos os indivíduos, quase sempre atende a diferenças de 
sexo, de profissão, de atividade, de situação econômica, de posição jurídica, 
de direito anterior; raramente regula do mesmo modo a situação de todos os 
bens, quase sempre se distingue conforme a natureza, a utilidade, a raridade, 
a intensidade de valia que ofereceu a todos; raramente qualifica de um modo 
único as múltiplas ocorrências de um mesmo fato, quase sempre os distingue 
conforme as circunstâncias em que se produzem, ou conforme a repercussão 
que têm no interesse geral. Todas essas situações, inspiradas no 
agrupamento natural e racional dos indivíduos e dos fatos, são essenciais ao 
processo legislativo, e não ferem o princípio da igualdade. Servem, porém, 
para indicar a necessidade de uma construção teórica, que permita distinguir 
as leis arbitrárias das leis conforme o direito, e eleve até esta alta triagem a 
tarefa do órgão do Poder Judiciário." 
 
 
 A proibição genérica de acesso a determinadas carreiras 
públicas, somente em razão da idade do candidato, é 
inconstitucional, uma vez que não se encontra direcionada a 
uma finalidade acolhida pelo direito, tratando-se de 
discriminação abusiva, em virtude da vedação constitucional de 
diferença de critério de admissão por motivo de idade (CF, art. 
7.°, XXX), que consiste em corolário, na esfera das relações do 
trabalho, do princípio fundamental da igualdade (CF, art. 5.°, 
caput), que se entende, a falta de exclusão constitucional 
inequívoca, como ocorre em relação aos militares (CF, art. 42, § 
1.°), a todo o sistema de pessoal civil. 
 
 Ficarão ressalvadas, por satisfazer a uma 
finalidade acolhida pelo direito, as hipóteses em que a 
limitação de idade se possa legitimar como imposição de 
natureza e das atribuições do cargo a preencher. 
 
 Súmula 683, STF: 
“ O limite de idade para a inscrição em concurso público 
só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, 
quando possa ser justificado pela natureza das 
atribuições do cargo a ser preenchido.” 
 
 
 
 O art. 5.°, I, CF, afirma que homens e mulheres são iguais em 
direitos e obrigações, nos termos desta Constituição. 
 
 A correta interpretação desse dispositivo torna inaceitável a 
utilização do discrímen sexo, sempre que este seja usado com o 
propósito de desnivelar materialmente o homem da mulher; 
aceitando-o, porém, quando a finalidade pretendida for atenuar os 
desníveis. 
 Além dos tratamentos diferenciados entre homens e 
mulheres previstos pela própria constituição (arts. 7.°, XVIII e XIX; 40, § 
1.°, 143, §§ 1.° e 2.°; 201, § 7.°), poderá a legislação infraconstitucional 
pretender atenuar os desníveis de tratamento em razão do sexo. 
 
 
 Critérios de admissão para concurso 
público 
 
 A jurisprudência direciona no sentido da 
inconstitucionalidade da diferença de critério 
de admissão considerado o sexo (art. 5.°, I, e 
art. 39, §2.° da CF), permitindo-se exceções 
tendo em vista a ordem socioconstitucional. 
 
 Critérios para admissão de emprego 
 A Lei n.° 9.029/95 proíbe: 
- a exigência de atestados de gravidez e esterilização, e outras 
práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de 
permanência de relação jurídica de trabalho; 
- a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para 
efeito de acesso a relação de emprego ou sua manutenção, por 
motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar 
ou idade, ressalvadas, neste caso, as hipóteses de proteção ao 
menor previstas no inciso XXXIII do art. 7º da CF, constituindo 
crime a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, 
declaração ou qualquer outro procedimento relativo à 
esterilização oua estado de gravidez; 
- a adoção de quaisquer medidas, de iniciativa 
do empregador, que configurem indução ou 
instigamento à esterilização genética; 
- a promoção do controle de natalidade, assim 
não considerado o oferecimento de serviços e 
de aconselhamento ou planejamento 
familiar, realizados através de instituições 
públicas ou privadas, submetidas às normas 
do Sistema único de Saúde - SUS. 
 
 Constitucionalidade da prerrogativa do foro em favor da 
mulher e sua aplicação tanto para a ação de separação 
judicial quanto para a de divórcio direto 
 
 O legislador previu regra específica de competência, para 
corrigir um defeito histórico de opressão do homem sobre a 
mulher, permitindo a esta demandar em seu foro, pois, 
 
"técnica do direito processual, foro significa território; é palavra 
de uso freqüente na teoria da competência. Na organização das 
justiças locais brasileiras, foro vem a ser; afinal de contas, o 
mesmo que comarca (município ou pluralidade de municípios 
contíguos), que estão sujeitos à competência de um ou vários 
juízes de primeiro grau ". 
 
 
 
 
 
 Dessa forma, em face das condições socioculturais, 
entende-se que o foro em favor da mulher, tanto na 
separação judicial quanto no divórcio , não fere a CF, uma 
vez que está respeitado o binômio elemento discriminador 
(sexo) – finalidade (equilibrar o contraditório em juízo). 
 
 O STF ressalta que “ o art. 100, I, CPC não afronta o 
princípio da igualdade entre homens e mulheres, tampouco 
a isonomia entre os cônuges (art.226, §5º, CF)”, já que a CF 
seria marco histórico no processo de proteção de direitos e 
garantias individuais e, por extensão, dos direitos das 
mulheres. 
 
 
 
 O STF entendeu que o texto constitucional 
proíbe expressamente o preconceito em razão do 
sexo ou da natural diferença entre homens e 
mulheres, afirmando a existência de isonomia 
entre os sexos, que se caracteriza pela garantia de 
“não sofrer discriminação pelo fato em si da 
contraposta conformação anátomo-fisiológica e de 
fazer ou deixar de fazer uso da respectiva 
sexualidade; além de, nas situações de uso 
emparceirado da sexualidade de fazê-lo com 
pessoas adultas do mesmo sexo ou não”. 
 O Ministro Ayres Britto destacou que nada “obsta 
que a união de pessoas do mesmo sexo possa ser 
reconhecida como entidade familiar apta a merecer 
proteção estatal”, concluindo que deve seguir “as 
mesmas regras e com idênticas consequências da união 
estável heteroafetiva”, aplicando interpretação 
conforme o art. 173 do CPC. 
 
 O Superior Tribunal de Justiça reconheceu a 
“parceria homoafetiva como uma das modalidades de 
entidade familiar”, para efeitos de partilha, tendo 
inclusive, afirmando a possibilidade de casamento de 
pessoas do mesmo sexo. 
 
 São medidas de compensação, com o objetivo de 
eliminar desigualdades historicamente acumuladas, 
garantindo a igualdade de oportunidades e tratamento, 
bem como de compensar perdas provocadas pela 
discriminação e marginalização, decorrentes de motivos 
raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros. Portanto, 
as ações afirmativas visam combater os efeitos 
acumulados em virtude das discriminações ocorridas no 
passado, buscando concretizar, ao menos em parte, uma 
igualdade de oportunidades com os demais indivíduos, 
que não sofreram as mesmas espécies de restrições. 
 
 Indicação de uma mulher (Ellen Gracie Northfleet) e um 
negro (Joaquim Barbosa) para o STF, depois de quase 200 
anos. 
 
 Reserva de vagas de cargos públicos para deficientes físicos 
determinada pela CF/88. 
 
 Lei de cotas em Universidades - 50% das vagas de todos os 
cursos e turnos das federais sejam reservadas a estudantes 
que cursaram todo o ensino médio em escola pública. Uma 
parte dessas vagas deve ser dedicada a negros, pardos e 
índios, e outra a alunos com renda familiar igual ou menor a 
1,5 salário mínimo per capita. 
 O art. 5.°, II, da CF, preceitua que ninguém será 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de lei. Tal princípio visa combater o poder 
arbitrário do Estado. 
 Conforme salientam Celso Bastos e Ives Gandra 
Martins, no fundo, o princípio da legalidade mais se 
aproxima de uma garantia constitucional do que de um 
direito individual, já que ele não tutela, especificamente, 
um bem da vida, mas assegura ao particular a 
prerrogativa de repelir as injunções que lhe sejam 
impostas por uma outra via que não seja a da lei, pois 
como já afirmava Aristóteles, "a paixão perverte os 
Magistrados e os melhores homens: a inteligência sem 
paixão - eis a lei". 
 Garcia de Enterría ressalta: "quanto ao 
conteúdo das leis, a que o princípio da legalidade 
remete, fica também claro que não é tampouco 
válido qualquer conteúdo (dura lex, sed lex), não é 
qualquer comando ou preceito normativo que se 
legitima, mas somente aqueles que se produzem 
`dentro da Constituição’ e especialmente de acordo 
com sua `ordem de valores' que, com toda 
explicitude, expressem e, principalmente, que não 
atentem, mas que pelo contrário sirvam aos 
direitos fundamentais". 
 
 O inciso II do art. 5º estabelece que 
ninguém será obrigado a fazer ou deixar de 
fazer alguma coisa senão em virtude de lei, 
tendo este 2 interpretações: 
RELAÇÕES 
PARTICULARES 
ADMINISTRAÇÃO 
Relações 
Particulares 
Vigora o princípio da 
autonomia de vontade, 
em que pode-se fazer 
tudo o que a lei não 
proíbe, ponderando este 
valor com o da dignidade 
da pessoa humana 
(aplicação horizontal dos 
direitos e garantias 
fundamentais entre 
particulares). 
Administração 
Trata-se do princípio da 
legalidade estrita, em que 
só poderá fazer o que a lei 
permitir. Porém, esse 
princípio não é absoluto, 
existindo restrições, 
como as medidas 
provisórias, o estado de 
defesa e o estado de sítio. 
 
Princípio da Legalidade 
(art. 5º, II) 
Princípio da Legalidade 
(art. 5º, II) 
 Princípios da legalidade e da reserva legal 
 
O princípio da legalidade é de abrangência mais ampla do que o 
princípio da reserva legal. Se todos os comportamentos humanos 
estão sujeitos ao princípio da legalidade, somente alguns estão 
submetidos ao da reserva da lei. 
 
 LEGALIDADE - qualquer comando jurídico impondo 
comportamentos forçados há de provir de uma das espécies 
normativas devidamente elaboradas conforme as regras de 
processo legislativo constitucional; submissão e o respeito à 
lei, ou a atuação dentro da esfera estabelecida pelo 
legislador. encontramos o princípio da legalidade quando a 
constituição outorga poder amplo e geral sobre qualquer 
espécie de relação 
 
 
 RESERVA LEGAL - opera de maneira mais restrita e diversa. 
Ele não é genérico e abstrato, mas concreto; incide tão-
somente sobre os campos materiais especificados pela 
constituição. Maior densidade ou conteúdo, visto exigir o 
tratamento de matéria exclusivamente pelo Legislativo, sem 
participação normativa do Executivo; consiste em estatuir 
que a regulamentação de determinadas matérias há de 
fazer-se necessariamente por lei formal. Encontramos o 
princípio da reserva legal quando a constituição reserva 
conteúdo específico, caso a caso, à lei. 
 
 José Afonso da Silva ensina que a doutrina 
não raro confunde ou não distingue 
suficientemente o princípio da legalidade e o da 
reserva legal. Assim, 
 
"tem-se, pois, reserva de lei, quando uma norma 
constitucional atribui determinada matéria 
exclusivamente à lei formal (ou a atos equiparados, 
na interpretação firmada na praxe), subtraindo-a, 
com isso, à disciplina de outras fontes, àquela 
subordinada". 
 
 A Constituição Federal estabelece essa reserva de lei, de 
modo absoluto ou relativo: 
 
 Reserva legal absoluta: quando a norma constitucionalexige para sua integral regulamentação a edição de lei 
formal, entendida como ato normativo emanado do 
Congresso Nacional elaborado de acordo com o devido 
processo legislativo constitucional. 
 
 Reserva legal relativa: quando a CF, apesar de exigir edição 
de lei formal, permite que esta fixe tão-somente 
parâmetros de atuação para o órgão administrativo, que 
poderá complementá-la por ato infralegal, sempre, porém, 
respeitados os limites ou requisitos estabelecidos pela 
legislação. 
 
 Como salienta Canotilho, 
 
"quanto a certas matérias, a Constituição preferiu 
a lei como meio de actuação das disposições 
constitucionais, mas não proibiu a intervenção de 
outros actos legislativos, desde que a lei formal 
isso mesmo autorize e estabeleça, previamente, os 
princípios e objecto de regulamentação das 
matérias (reserva relativa)". 
 
 
 As hipóteses de reserva legal relativa são 
estabelecidas diretamente pela Constituição 
Federal, que permitirá, excepcionalmente, a 
complementação da legislação por atos normativos 
infraconstitucionais, pois em caso contrário, como 
salienta Canotilho, 
 
"a lei deve estabelecer ela mesmo o respectivo 
regime jurídico, não podendo declinar a sua 
competência normativa a favor de outras fontes 
(proibição da incompetência negativa do 
legislador)".

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