aula de Penal geral I Etapas do crime

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DIREITO PENAL - I
TEORIA DO CRIME
Prof. Me. Ricardo S. Guida
Iter criminis
Conceito: é o caminho do crime, as etapas que ocorrem até a
consumação do delito. São quatro, vejamos:
a) cogitação (pensamento do agente em praticar um delito);
b) preparação (o agente planeja a execução do crime). Obs.: Já é
possível nessa fase punir por associação criminosa – art. 288, CP);
c)execução (início dos atos preparatórios descritos no tipo penal).
Temos nessa fase a tentativa (art. 14, II, CP), desistência voluntária (art.
15, primeira parte, do CP) e o arrependimento eficaz (art. 15, segunda,
parte do CP);
d) consumação (art. 14, I, CP): ato pelo qual o agente chega ao
resultado pretendido. Temos nessa fase o arrependimento posterior (art.
16, do CP);
Alguns autores ainda, incluem o exaurimento como etapa do crime. Para o
doutrinador Fernando Capez: “crime exaurido é aquele no qual o agente, após
atingir o resultado consumativo, continua a agredir o bem jurídico, procura dar-
lhe uma nova destinação ou tenta tirar novo proveito, fazendo com que sua
conduta continue a produzir efeitos no mundo concreto, mesmo após a
realização integral do tipo”. Ex. Pagamento do resgate e libertação da vítima no
crime de extorsão mediante sequestro (art. 159, CP).
TENTATIVA (CONATUS) 
1. CONCEITO (art. 14, inciso II do CP)
2. ELEMENTOS
a) início da execução de um crime;
b)não consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente.
3. FORMAS DE TENTATIVA:
• Imperfeita: Interrupção do processo executório. O agente não chega a praticar
todos os atos de execução do crime, por circunstâncias alheias à sua vontade.
• Perfeita ou acabada (Crime falho): O agente pratica todos os atos de execução
do crime, mas não o consuma por circunstâncias alheias à sua vontade.
• Branca ou incruenta: É a tentativa na qual a vítima não é atingida no processo
de execução e por conta disso não sofre nenhum ferimento.
• cruenta: É justamente o contrário da tentativa incruenta. Aqui, a vítima é
atingida e sofre lesão. A tentativa cruenta, assim como a branca, pode ser
perfeita ou imperfeita.
4. DELITOS QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA
• crimes culposos (negligência, imprudência e imperícia/ ex. art. 121,§ 3,
CP));
• Crimes preterdolosos (dolo + culpa/Ex. art. 129, parágrafo 3° do CP);
• Crime omissivo próprio/puro (basta a simples omissão/art. 135, CP);
• Contravenção penal (art. 4º da LCP);
• Crime unissubsistente (é aquele que é realizado por ato único, não
sendo admitido o fracionamento da conduta, como, por exemplo, no
desacato (artigo 331 do CP);
• Crime habitual (pluralidade de condutas/ Exs. art. 282/288, CP);
• Crime continuado (cada um dos atos agrupados, individualmente,
reúne, por si só, todas as características do fato punível/art. 71, CP)
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E 
ARREPENDIMENTO EFICAZ 
1. DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA: Segundo o doutrinador Rene Arriel Dotti: “a
atitude do agente que, podendo chegar à consumação do crime, interrompe
o processo executivo por sua própria deliberação”;
2. ARREPENDIMENTO EFICAZ: Segundo o doutrinador Damásio de Jesus:
“quando o agente, tendo já ultimado o processo de execução do crime,
desenvolve nova atividade impedindo a produção do resultado”
Obs. Só responde pelos atos já praticados.
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
ELEMENTOS:
1.1 crime sem violência ou grave ameaça à pessoa;
1.2 reparação do dano ou restituição da coisa, após a
consumação do crime e antes do recebimento da
denúncia ou queixa.
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http://www.stj.jus.br/portal/site/STJ
http://www.tjsp.jus.br/
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Utilização do USEAVA – UNINOVE – Penal Geral I – Central do Aluno
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