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Aula-07-Unidade-3-Fontes-do-Direito-Tributario

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	PLANO DE ENSINO
	Unidade 1
	Atividade Financeira do Estado
	Unidade 2
	Unidade 2 - Sistema Tributário Nacional: teoria do tributo e espécies tributárias: 
	Unidade 3
	Unidade 3 - Direito Tributário e suas fontes.
	Unidade 4
	Unidade 4 - Sistema Constitucional Tributário: Competência Tributária.
	Unidade 5
	Unidade 5 - Limitações constitucionais ao poder de tributar: Princípios Constitucionais:
	Unidade 6
	Unidade 6 - Teoria da norma tributária: hipótese de incidência, não-incidência.
LEMBRETES:
Entrega Projeto Redação Final – Etapa 3/5: Introdução.
8º período “B” e “D”= 17/10
8º período “C” = 21/10
Projeto: Estudos Autônomos – Declaração de IRPF (alterado para a 1ª semana de Novembro/2013)
Objetivos da Unidade 3:
a) Conhecer as fontes do Direito Tributário;
b) Analisar as aplicações das fontes do Direito Tributário.
Leitura recomendada:
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 16 ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
Capítulo V – Fontes do Direito Tributário
UNIDADE 3 – DIREITO TRIBUTÁRIO E SUAS FONTES
No Direito, fonte tem o sentido de origem, lugar de onde se emanam as normas e os princípios jurídicos.
As fontes podem ser: 
principais = são as mais importantes do ordenamento jurídico, no qual são colocadas as intenções do legislador em relação a determinado fato social. As fontes principais podem criar, modificar ou extinguir preceitos/normas legais: Constituição Federal, Emendas Constitucionais, as Leis (Complementar, Ordinárias e Delegadas), Medidas Provisórias, Tratados e Convenções Internacionais.
secundárias = São feitas para tornarem as principais mais práticas; visam dar aplicabilidade às fontes principais. Não podem inovar; sua função é esclarecer, interpretar, dar detalhes de aplicação relativos às disposições das fontes principais: Decretos, atos normativos, regulamentos, jurisprudências, costume.
A Legislação Tributária é composta de Leis, Tratados e Convenções Internacionais, Decretos e Normas Complementares.
Diz o art. 96 do CTN:
Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
Vejamos, agora, as fontes principais e secundárias do direito tributário:
3.1 - Fontes Principais
3.1.1 - Constituição Federal
É a lei básica e fundamental do Estado de Direito. Ela o constitui, estrutura, define poderes e competência, traça diretrizes políticas, socais e econômicas. Cria as normas jurídicas que vão organizar e sistematizar o comportamento social. Ex.: direitos e garantias individuais e coletivos (arts. 5º ao 11, CF); Limitações ao Poder de Tributar (arts. 150 a 152); O art. 59 CF/88 fala do processo legislativo.
3.1.2 - Emendas à Constituição (art. 60, CF)
Servem para alterar a Constituição Federal (vide art. 60 CF); não podem, entretanto propostas de emenda constitucional sobre as chamadas cláusulas pétreas (vide art. 60, § 4º CF). A proposta de EC deve ser discutida em cada Casa do Congresso Nacional em dois turnos e somente será aprovada se obtiver em ambos 3/5 dos votos dos respectivos membros.
3.1.3 – Leis
A Lei (art. 97 CTN) é o ato que cria ou institui o tributo, determina o aumento de suas alíquotas, outorga isenções, vedações, não-incidência, define o fato gerador e tudo o mais que for necessário para dar eficácia à obrigação tributária.
      Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
        I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
        II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 
65;
        III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
        IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
        V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
        VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
        § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
        § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
Temos:
a) Leis Complementares – (art. 69 e 146 CF)
Têm por função completar o texto constitucional, que, por sua complexidade, são enunciados de maneira genérica para, depois de estudados e debatidos, serem complementados por lei especial. Devem ser aprovados por maioria absoluta (voto de 50% + 1 de membros de cada Casa do Congresso Nacional; a maioria simples é alcançada com 50% + 1 dos presentes). 
Vale ressaltar que a obrigatoriedade de uma lei complementar somente se dará quando houver previsão expressa da Constituição Federal, exemplo: art. 146 e 148); caso contrário, a disciplina poderá ser feita por lei ordinária.
b) Leis Ordinárias (Federais, Estaduais, Municipais) – art. 61 CF
A Constituição Federal não cria tributos, ela apenas atribui a competência tributária, ficando a criação por conta da lei. O princípio da legalidade (art. 150, I), ao exigir o emprego da lei para criar ou aumentar tributo, não está especificando qual o tipo de lei, mas que, em regra, será usada a lei ordinária. Contudo, há situações em que a Carta determina o emprego de lei complementar, como no caso do art. 148 (criação do empréstimo compulsório).
São leis comuns elaboradas pelo Poder Legislativo federal, estadual e municipal. São leis próprias de cada ente da federação e normatizam apenas dentro de sua competência e de seu território. Ex.: a Lei que disciplina o ICMS de MG; disciplina o IPTU em Sete Lagoas. Entretanto, o art. 22 da CF dá competência privativa à União para legislar por lei ordinária federal sobre matérias como Direito Civil, Comercial, Penal, Processual, do Trabalho (vide art. 22, I a XXIX, CF).
Nas palavras de Amaro (2003)� a regra, portanto, é a lei ordinária exercer a tarefa de criar, in abstrato, o tributo, que, in concreto, nascerá com a ocorrência do fato gerador. 
c) Leis Delegadas
Segundo o art. 68 da CF/88, o Congresso Nacional poderá delegar poderes ao Presidente da República que, em tese, irá legislar. Contudo, tal delegação dar-se-á, apenas, sobre matérias específicas. 
3.1.4 - Medidas Provisórias (art. 62, CF)
Têm força de lei e só podem ser instituídas em caso de relevância e urgência pelo Presidente da República (e apenas por ele), que as submeterá de imediato ao Congresso Nacional para que este as converta em lei. Tem vigência de 60 dias a partir de sua publicação, prorrogável uma única vez por mais 60 dias (§§ 3º e 7º, CF).
A medida provisória nunca poderá tratar de matéria reservada à lei complementar (art. 62, § 1º , I, “d”, CF).
3.1.5 - Resoluções – art. 59 CF
São atos de competência exclusiva do Senado Federal para decidir matérias de competência desta Casa. Não necessitam de sanção do Presidente da República. 
3.1.6 – Decreto Legislativo
De competência privativa do Congresso Nacional, no qual se objetiva legislar sobre matérias exclusivas do próprio Congresso. Este tipo de norma não está condicionado à sanção do Chefe do Executivo.
3.1.7 - Tratados e Convenções Internacionais
São acordos celebrados pelos Executivos de dois estados soberanos que, para vigorarem em seus territórios, devem ser aprovados pelos Legislativos respectivos. Só podem ser aprovados ou rejeitados em sua totalidade, não sendo admissíveis emendas ou vetos parciais.
3.2 – Fontes Secundárias
3.2.1 - Regulamentação 
Tem como função interpretar a lei e dar detalhes para suaaplicação pratica. São, respectivamente:
3.2.2 - Decretos (art. 99 CTN)
São normas jurídicas elaboradas e promulgadas pelo Executivo. Não podem ir além do que já foi estabelecido pela Lei ou pelos Tratados e Convenções Internacionais. Limitam-se a dar detalhes de aplicação prática. Ex.: Decreto 3.000/99 – RIR.
3.2.3 - Normas Complementares das Leis, Tratados e Decretos
São as previstas no art. 100, CTN. Representam orientações dadas pelas autoridades administrativas a seus subordinados. Exs.: Portarias, Ordens de Serviço, Circulares, Pareceres, Instruções Normativas, Atos Declaratórios etc.
3.2.4 – Jurisprudências 
São o conjunto de decisões reiteradas proferidas pelos juizes e tribunais, no mesmo sentido e em casos semelhantes. Não têm poder normativo, mas, valem como precedente que pode ser alegado perante os juizes e tribunais. As decisões dos tribunais superiores, proferidas reiteradamente sobre determinadas causas, são unificadas e editadas de forma resumida. Por exemplo: Súmula do TST etc.
3.2.5 – Costumes
É a prática adotada pela maioria dos particulares, na ausência de lei. A LICC (Decreto-lei 4.657/42) diz em seu art. 4º: “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.” Vide também o art. 108 do CTN.
� AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 9. Ed. São Paulo: Saraiva, 2003
Página � PAGE �4� de � NUMPAGES �4�

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