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Aula-08-Unidade-4-Competencia-Tributaria

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	PLANO DE ENSINO
	Unidade 1
	Atividade Financeira do Estado
	Unidade 2
	Unidade 2 - Sistema Tributário Nacional: teoria do tributo e espécies tributárias: 
	Unidade 3
	Unidade 3 - Direito Tributário e suas fontes.
	Unidade 4
	Unidade 4 - Sistema Constitucional Tributário: Competência Tributária.
	Unidade 5
	Unidade 5 - Limitações constitucionais ao poder de tributar: Princípios Constitucionais:
	Unidade 6
	Unidade 6 - Teoria da norma tributária: hipótese de incidência, não-incidência.
LEMBRETES:
Entrega Projeto Redação Final – Etapa 3/5: Introdução.
8º período “B” e “D”= 17/10
8º período “C” = 21/10
Projeto: Estudos Autônomos – Declaração de IRPF (alterado para a 1ª semana de Novembro/2013)
Objetivos da Unidade 4:
a) Identificar os entes competentes em matéria tributária;
b) Diferenciar o poder de tributar conforme o ente competente.
Leitura recomendada:
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 16 ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
Capítulo III – A Competência Tributária
UNIDADE 4 – SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA (arts. 153 a 156 CF/88)
“Arrancam-me tudo à força.
E depois me chamam de contribuinte...”
(Miilôr Fernandes 1923-2012)
4.1 – DEFINIÇÃO
A relação obrigacional tributária é uma relação de crédito e débito em relação a tributos, tendo, por conseguinte, dois lados: o credor (sujeito ativo) e o devedor (sujeito passivo).
O Direito Tributário disciplina as relações entre o sujeito ativo (ente público) e o sujeito passivo (contribuinte ou responsável) nas relações com tributos.
Competência Tributária é o poder que o Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) tem de cobrar tributos, de tributar, conferido pela Constituição Federal.
Essa distribuição de poder é de grande importância porque tem a virtude de descentralizar o poder político, mas tem o inconveniente de não se prestar como instrumento de minimização das desigualdades econômicas entre os Estados e entre os Municípios. Ao Estado pobre, em cujo território não é produzido nem circula riqueza significativa, de nada valeriam todos os tributos do sistema. Por isso é que se faz necessária também a distribuição de receitas tributárias (vide arts. 157 a 162 da CF/88 – vide Anexo II)
Contudo, a técnica de distribuição de receitas, porém, tem o inconveniente de manter os Estados e Municípios na dependência do Governo Federal, a quem cabe fazer a partilha das receitas tributárias mais expressivas.
4.2 – CARACTERÍSTICAS (arts. 145 a 162 CF/88)
Nos artigos 145 a 162 CF/88, encontramos as disposições sobre o Sistema Tributário Nacional, que se constitui num conjunto de normas e princípios gerais, nos quais são estabelecidos os princípios de Direito Tributário e as limitações ao poder de tributar, assim como a competência tributária das pessoas jurídicas de direito público, especificando-lhe quais os impostos que por elas podem ser instituídos.
Como exemplo, vide o art. 145 da CF/88: nele são enunciados os tipos de tributos existentes no sistema, abdicando a norma constitucional de traçar as regras e princípios mais específicos sobre tributação, determinando que lei complementar o faça (vide arts. 146 e 146-A CF/88). Assim, a CF/88 nesses artigos, transfere ao CTN e a outras leis complementares tarefas específicas.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
        I - impostos;
        II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
        III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
        § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
        § 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
        Art. 146. Cabe à lei complementar: 
        I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
        II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
        III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
        a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
        b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
        c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
        d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
        Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
        I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
        II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
        III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
        IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
        Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
A Lei Complementar mais importante para o Sistema Tributário Nacional é o próprio CTN (Código Tributário Nacional). Sua evolução foi a seguinte:
O nosso CTN foi publicado como Lei Ordinária nº 5.172 em 25/10/66, dispondo sobre o sistema tributário nacional e instituindo normas gerais de Direito Tributário aplicáveis à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios;
A CF/1967 exigiu lei complementar para regulamentar as matérias citadas acima, sendo então aquela Lei Ordinária recepcionada a nível de Lei Complementar;
A Lei Ordinária ganhou força de Lei Complementar, mas a LC só recebeu a denominação de Código Tributário Nacional com o Ato Complementar nº 36/67 baixado pelo Presidente da República.
No CTN encontramos o tema competência tributária nos arts. 6º ao 8º.
Se a CF/88 atribuiu a competência para instituir determinado tributo a determinada pessoa jurídica de direito público (U,E,DF,M), somente esta pessoa jurídica pode legislar plenamente sobre o tributo.
4.3 – TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
	TIPOS
	ESPÉCIES
	ENTIDADE TRIBUTANTE
	BASE LEGAL
CF/88
	
	
	UNIÃO
	EST/DF
	MUNICIPAL
	
	Privativa
	Impostos
	II, IE, IR,
IPI, ITR,
IOF, IGF
	ITCD,
ICMS,
IPVA
	IPTU, ITBI,
ISS
	Arts. 153, 155
e 156
	ComumTaxas e
Contribuições
de Melhoria
	
	
	
	Art. 145, II
e III
	Especial
	Empréstimos
Compulsórios e
Contribuições
Especiais (Parafiscais)
	
	
	
	Arts. 148.
149 e 149-A
	Residual
	Novos impostos
ou contribuições sociais
	
	
	
	Arts. 154, I e
195, § 4º 
	Extraordinária
	Impostos
Extraordinários
(de guerra)
	
	
	
	Art. 154, II 
(também olhar o art. 76 do CTN)
Vamos explicar cada uma dessas competências:
a) Competência Tributária Privativa = refere-se à competência para instituir impostos e como o próprio nome diz é privativa de cada unidade da Federação. Atualmente são 13 impostos (vide art. 153 incisos I a VII (União), art. 155, incisos I a III (Estados e Distrito Federal), art. 156, incisos I a III (Municípios).
b) Competência Tributária Comum = esta é a competência para instituição de taxas e contribuições de melhoria. Recebe o nome de comum em função de que as quatro pessoas jurídicas de direito público poderão instituí-las, dentro das suas respectivas atribuições, conforme dispõe a Constituição Federal (art. 145, II e III da CF/88).
        Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
        I - ........
        II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
        III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
c) Competência Tributária Exclusiva = a competência para instituir empréstimos compulsórios e contribuições parafiscais é chamada exclusiva devido à discussão doutrinária a respeito da natureza destas duas receitas (arts. 148 e 149 CF/88), já superado pela CF/88.
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
        
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.
d) Competência Tributária Residual = A competência residual ou remanescente encontra guarida em dois dispositivos constitucionais: o art. 154, I e o art. 195, § 4º. O constituinte quis deixar a possibilidade de que novos impostos fossem criados, além daqueles já previstos nas competências privativas de União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Ao atribuir, no entanto, esta competência à União, fez exigências que deverão ser observadas:
Necessidade de lei complementar que exige maioria absoluta do Congresso Nacional para sua aprovação; obrigatoriedade de que tais impostos sejam não-cumulativos; que não tenham fato gerador ou base de cálculo idênticos aos dos impostos já discriminados na Constituição Federal.... vide art. 154, I CF/88..
A nomenclatura “residual” vem do fato de a União ter um resíduo, uma sobra, um saldo de poder para, além dos impostos previstos no art. 153, criar outros impostos. O uso da competência residual necessariamente deverá ser feito por meio de lei complementar.
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
Art. 154. A União poderá instituir:
        I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
O mesmo raciocínio se aplica às Contribuições Especiais (art. 195 e seu § 4º da CF/88)
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
.....
§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
É importante chamar a atenção de que a competência residual pode estar associada a impostos ou a contribuições para a seguridade social, sempre no bojo de lei complementar, o que veda, de pronto, seu exercício por medida provisória (art. 62, § 1º, III, CF/88).
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
        § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
        III – reservada a lei complementar
e) Competência Tributária Extraordinária = nos casos de guerra externa ou sua iminência, a União poderá instituir por lei ordinária os chamados impostos extraordinários ou de guerra, mesmo que tenham fato gerador ou base de cálculo idênticos aos dos impostos já discriminados na CF/88. Trata-se de uma permissão expressa na Constituição Federal para a bitributação e para o bis in idem, uma vez ampla a liberdade de escolha do fato imponível para os impostos extraordinários.
Note-se que a instituição por lei ordinária não inviabiliza a possível criação por medida provisória, uma vez que esta, como se sabe, é vedada tão só para os casos adstritos à lei complementar (ver art. 62, § 1º, III, CF/88).
Tais impostos terão que ser suprimidos gradativamente, cessadas as causas da sua instituição, conforme determina o art. 154, II CF/88 e art. 76 CTN.
Art. 154. A União poderá instituir:
        I - ........
        II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
Embora a CF/88 seja omissa com relação ao prazo dentro do qual tais impostos deverão ser suprimidos cessadas as causas da sua instituição, entende-se que ocorreu recepção do art. 76 do CTN que determinou o lapso de tempo de cinco anos.
Impostos Extraordinários
        Art. 76. Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir, temporariamente, impostos extraordinários compreendidos ou não entre os referidos nesta Lei, suprimidos, gradativamente, no prazo máximo de cinco anos, contados da celebração da paz.
f) Competência Tributária Cumulativa = Prevista no art. 147 da CF/88 
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.
Essa competência tributária prende-se ao poder de instituição de impostos pela União, nos Territórios Federais (hoje não existentes no Brasil), e pelo Distrito Federal, em sua base territorial. Isto se dá pelo fato de o Território Federal não possuir personalidade jurídica própria.
Embora o dispositivo faça menção tão somente aos impostos, porém, é comando plenamente aplicável às demais espécies tributárias (taxas e contribuições de melhoria).
Com relação ao Distrito Federal, a parte final do art. 147 da CF/88, sinaliza que a ele competem os impostos municipais. Aliás, como é cediço (sabido), o Distrito Federal não pode ser dividido em municípios (art. 32, CF/88):
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. 
        § 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
Conclui-se então que, cumulativamente, competem ao Distrito Federal, os impostos municipais e estaduais, isto é, seis impostos: IPTU, ISS, ITBI, ICMS, IPVA,ITCD.
4.4 – NÃO – EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
O fato de a pessoa jurídica de direito público competente não exercer seu direito de cobrar determinado tributo não permite à outra o direito de exercer essa competência, conforme se depreende do art. 8º do CTN.
Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.
ANEXO I - Arts. 157 a 162 – CF
DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
        Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:
        I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
        II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.
        Art. 158. Pertencem aos Municípios:
        I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
        II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
        III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; 
        IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
        Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios:
        I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios;
        II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal.
        Art. 159. A União entregará:
        I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007)
        a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal; 
        b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios; 
        c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer; 
        d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007)
        II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados. 
        III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 44, de 2004)
        § 1º - Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.
        § 2º - A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.
        § 3º - Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II. 
        § 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
        Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos.
        Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
        I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
        II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
        Art. 161. Cabe à lei complementar: 
        I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, parágrafo único, I;
        II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre Municípios; 
        III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das participações previstas nos arts. 157, 158 e 159. 
        Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos de participação a que alude o inciso II.
        Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o último dia do mês subseqüente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio. 
        Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por Município; os dos Estados, por Município.
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