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1 – Como Kant utilizou a revolução Copernicana para sua teoria sobre o conhecimento? A filosofia de Kant se relacionava à época vivida pelo mesmo. Propõe uma solução aos problemas do racionalismo e do empirismo. Esta teoria elaborada por Kant leva o nome de Revolução Copernicana do conhecimento. A Revolução Copernicana existiu na astronomia, séculos antes de existir a filosofia. A tradição antiga considerava que o mundo era limitado e a Terra se encontrava no centro do mundo. Copérnico surgiu como um grande estudioso da época, apontando que as teorias estavam erradas e que o mundo não é finito, mas infinito; o centro do universo não é a Terra; o Sol não é um planeta; os astros não são presos em esferas; o Sol se move, mas não ao redor da Terra. Deste modo, o sistema de Copérnico foi chamado de Heliocentrismo e suas teorias fizeram uma grande revolução em sua época, já que modificaram ideias que toda sociedade possuía a respeito do funcionamento do planeta. Assim como tal revolução que mudou os olhares e a forma de pensar de toda uma sociedade ocorreu o mesmo alguns séculos depois, através de Kant. Kant percebe que os filósofos antes dele, que buscavam um centro, uma verdade absoluta, como a Terra era considerada na época de Copérnico, estavam errados. A questão não se tratava de buscar uma verdade, um centro absoluto, e sim estudar a razão, o que ela pode conhecer seus limites; assim como estudar a experiência, compreender quais seus benefícios e suas contribuições, bem como seus limites. Kant colocou a razão no foco de seus estudos, e não a realidade ou experiência. 2 – O que é razão para Kant? O que a razão pode conhecer? De que modo razão e experiência se relacionam? Razão é a faculdade do incondicionado e seu limite para conhecer é o fenômeno. A razão pensa objetos, ainda que não possam ser conhecidos. Para Kant, a razão não constitui objetos, mas tem uma função reguladora das ações humanas. A estrutura da razão é a priori, se dando antes da experiência do sujeito. A razão possui elementos que dependem da experiência. A experiência fornecerá ao sujeito a matéria e esta matéria irá dar a forma ao conhecimento. A experiência não é a causa das ideias, como pensavam os empiristas, mas é a oportunidade para que a razão recebe este conteúdo e assim, formule as ideias. 3 – Quais são as diferenças entre as teorias racionalista e empirista? Ambos os movimentos possuem ligações com as ciências naturais e exatas, que alcançam um grande desenvolvimento naquelas duas centúrias: física, astronomia, mecânica, matemática. O racionalismo utiliza a priori e o empirismo opta pela posteriori. O racionalismo é a doutrina que afirma ser a razão o único órgão adequado e completo do saber, de modo que todo conhecimento se determina pela “experiência”. O racionalismo é a teoria filosófica que defende a razão como sendo a faculdade do conhecimento, determinada pelos sentidos de cada indivíduo. O racionalismo possui suas vertentes que são a metafísica, gnosiologia e a ética. O empirismo é usualmente contraposto ao Racionalismo que prescreve um conhecimento na “razão”. A tradição prefere aceitar como “empiristas” aqueles pensadores que afirmam ser o conhecimento derivado exclusivamente da “experiência” dos sentidos, da “sensação” ou da “emperia”. O empirismo afirma que o sujeito cognoscente é uma espécie de tábula rasa, onde são gravadas as impressões decorrentes da “experiência” com o mundo exterior. Não se tratam de ideias opostas mas existe grande dissonância entre elas, agindo, as vezes, como dois polos opostos do conhecimento. 4 – O que são os termos a priori e a posteriori na obra do autor? De acordo com Kant, a estrutura da razão é a priori, que nos diz que algo vem em um momento anterior. Para Kant, a estrutura da razão é a priori; se dando antes da experiência do sujeito. A razão possui elementos e estes elementos dependem da experiência. A experiência fornecerá ao sujeito a matéria e esta irá dar a forma ao conhecimento. A matéria do conhecimento vem após a experiência, a posteriori. 5 – Quais são os conceitos de moral, liberdade e autonomia para Kant? Para Kant, a moral não está vinculada ao estabelecimento do certo ou errado, mas de demonstrar que toda a ação moral, em sentido estrito, é consequência de uma razão livre e autônoma. A moral da autonomia é estabelecida propondo ao homem, e não à matéria ou a Deus, a total determinação de suas atitudes tomando a própria moral absoluta, condicionando-a como efeito de uma razão livre concebida como fundamento para sua determinação. Só se é livre aquele que age sem coação externa ou sem interesse nos efeitos da ação. Dever pelo dever. A ausência de coação é importante na medida em que pressupõe uma livre escolha acerca do certo e do errado, se houver influência ou manipulação para a tomada de decisões morais o agir deixa de ser livre e passa a ser condicionado. Kant condenará aqueles que afirmam que o princípio de liberdade se encontra na razão quando empiricamente condicionada. 6 – O que é necessário para que o conhecimento possa existir? Para que haja conhecimento, precisamos de intuições e conceitos. Para construir o conhecimento, é preciso a intuição da sensibilidade e o entendimento racional do conceito. É necessário que se estabeleça a relação entre a confusão fenomênica e a estrutura inata do conhecimento. Kant diz que é claro que tem de haver um terceiro termo, que deva ser por um lado, homogêneo à categoria e, por outro lado, ao fenômeno e que permita a aplicação do primeiro ao segundo. Esta representação mediadora deve ser pura e, por outro lado, intelectual e, por outro, sensível. A própria preocupação da crítica está dada, na medida em que há a necessidade em se entender os limites do conhecimento. Questões sobre Kant Aluna: Nathalia Dantas Machado Fernandes Matrícula: 201512955833 Professora: Sônia Disciplina: Fundamentos Epistêmicos da Psicologia Curso: Psicologia Salvador / 2016
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