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O que é Gás Natural

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O que é Gás Natural? 
O Gás Natural é um combustível fóssil que se encontra na natureza, normalmente em reservatórios profundos no subsolo, associado ou não ao petróleo. Assim como o petróleo, ele resulta da degradação da matéria orgânica, fósseis de animais e plantas pré-históricas, sendo retirado da terra através de perfurações. Inodoro, incolor e de queima mais limpa que os demais combustíveis, o Gás Natural é resultado da combinação de hidrocarbonetos gasosos, nas condições normais atmosféricas de pressão e temperatura, contendo, principalmente, metano e etano. Pela lei nº 9.478/97 (Lei do Petróleo), o gás natural é a porção do petróleo que existe na fase gasosa ou em solução no óleo, nas condições originais de reservatório, e que permanece no estado gasoso nas condições atmosféricas de pressão e temperatura“. O gás natural transformou-se de sapo em príncipe na matriz energética mundial. No século XIX, nos Estados Unidos, era considerado um estorvo ao ser encontrado junto com o petróleo, pois exigia uma série de procedimentos de segurança que encareciam e complicavam as atividades de prospecção. No século XX, a partir dos anos 80, o consumo entrou em franca expansão e o gás natural transformou-se na fonte de energia de origem fóssil a registrar maior crescimento no mundo. Uma posição que detém até hoje e que deverá manter no médio prazo. Apenas como exemplo: entre 1973 e 2007, a produção mundial mais que dobrou, ao passar de 1,227 bilhões de metros cúbicos para 3,031 bilhões em 2008. Ainda assim, o gás natural manteve a terceira posição na matriz energética mundial (abaixo de carvão e derivados de petróleo). No entanto, saltou do quarto para o segundo lugar dentre as principais fontes produtoras da energia elétrica, sendo superado apenas pelo carvão mineral. No Brasil, a evolução no mesmo período foi ainda mais expressiva: 5650%, ao passar de 0,2 bilhões de metros cúbicos para 11,3 bilhões de 2008. Ainda assim, a participação atual, de 9,3%, coloca o gás natural na quinta posição na matriz energética nacional. Superado por lenha e carvão vegetal; energia hidráulica e eletricidade; produtos da cana-de-açúcar e petróleo e derivados. Na produção de energia elétrica, a participação é de 3,3%. Neste caso, o gás natural fica atrás da hidráulica e biomassa. O interesse pelo gás natural está diretamente relacionado à busca de alternativas ao petróleo e de fontes menos agressivas ao meio ambiente. Este comportamento resultou na intensificação das atividades de prospecção e exploração, particulamente entre os países em desenvolvimento. O resultado foi não só o aumento do volume, mas também a expansão geográfica das reservas provadas (são reservas cujos reservatórios estão em produção ou os fluídos nele contidos têm sua existência e capacidade de produzir comprovadas por testes). Até a década de 70, essas reservas concentravam-se em poucas regiões, como América do Norte e antiga União Soviética. A nova distribuição geográfica também favoreceu o transporte, conforme. Historicamente, este é o maior entrave à disseminação do energético, visto necessitar de elevados investimentos, tanto na construção de dutos especiais quanto no processo de produção do GNL (gás natural liquefeito). Afinal, quanto mais pulverizadas as reservas, mais próximas dos centros consumidores elas se encontram. A versatilidade é a principal característica do gás natural. Este energético pode ser utilizado tanto na geração de energia elétrica, quanto em motores de combustão do setor de transportes, na produção de chamas (como substituto ao gás liquefeito de petróleo, GLP), calor e vapor. Por isso, a aplicação é possível em todos os setores da economia: indústria, comércio, serviços e residências. HISTÓRICO A exploração do recurso no país começou timidamente nos anos 40, com descobertas de gás associado a petróleo na Bahia. Inicialmente, a produção atendeu apenas às indústrias do Recôncavo Baiano. Após alguns anos, a exploração e produção estenderam-se também às bacias de Sergipe e Alagoas. O grande salto das reservas ocorreu nos anos 80, com a descoberta na Bacia de Campos. Finalmente, o início de operação do gasoduto Bolívia/Brasil, em 1999, com capacidade para transportar 30 milhões de metros cúbicos por dia, aumentou significativamente a oferta do gás natural no país. Com um total de 2.593 quilômetros de extensão, o gasoduto parte de Rio Grande (Bolívia) e chega a Porto Alegre (RS), passando por cinco estados brasileiros (Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
De acordo com dados do Balanço Energético Nacional (BEN), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que são ligeiramente diferentes dos dados da BP, em 2007 o país consumiu 22,9 bilhões de metros cúbicos, ou 4% a mais que no ano anterior. A produção local foi de 18,15 bilhões de metros cúbicos e as importações ficaram em 10,33 bilhões. Assim, o país contou com a oferta total de 28,486 bilhões de metros cúbicos (a diferença entre a oferta total e consumo corresponde às perdas do processo), a maior parte destinada ao setor industrial (9,196 bilhões de metros cúbicos) e para usinas termelétricas (4,013 bilhões de metros cúbicos) ainda que o consumo no setor residencial e de transporte rodoviário também tenha aumentado com destaque a este último, que registrou uma variação de 10% em relação a 2006 e de 5.444% se comparado a 1997. Em 2008, o Brasil, portanto, era dependente das importações da Bolívia. A descoberta do campo de Júpiter, rico em gás natural e localizado na camada pré-sal da Bacia de Santos, poderá lhe conferir, no médio prazo, a autossuficiência. A estimativa de reservas ainda está em fase de levantamento mas, segundo a Petrobras, as dimensões do campo de Júpiter são similares ao campo de Tupi, descoberto em 2007 também na Bacia de Santos, cujas reservas são estimadas entre 176 bilhões e 256 bilhões de metros cúbicos. Até 2010 deve entrar em operação, também, o campo de Mexilhão, primeiro empreendimento da Petrobras de gás natural não associado ao petróleo. Descoberto em 2003 na Bacia de Santos, o campo tem capacidade estimada para produzir 15 milhões de metros cúbicos por dia. O Brasil também dispõe de importantes reservas no estado do Amazonas. Na bacia de Urucu, elas são estimadas em 52,8 bilhões de metros cúbicos. No local, a Petrobras constrói o gasoduto Urucu-Coari-Manaus, que visa transportar gás natural para geração de energia elétrica em Manaus, atendida em 2008 por termelétricas movidas a óleo combustível e óleo diesel. O gasoduto, porém, enfrenta críticas principalmente de ambientalistas, que apontam para o seu alto impacto ambiental e social, uma vez que o seu trajeto passa próximo a reservas indígenas. Com relação ao transporte do gás natural, ele pode ser feito por meio de dutos, em cilindros de alta pressão - como o gás natural comprimido (GNC) ou como o gás natural liquefeito (GNL) ou por meio de navios especiais chamados navios metaneiros, de barcaças ou de caminhões criogênicos (ANP, 2003). Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), de um total aproximado de 474 bilhões de m3 de gás natural, 78% das reservas provadas nacionais deste energético se localizam no mar (campos off shore), e o restante (22%) se localiza em campos terrestres (on shore). Gás Natural Associado O Gás Natural associado é aquele que, em reservatórios, se encontra dissolvido em óleo ou se apresenta como uma “capa” de gás. Este tipo de gás, antes de ser distribuído, precisa ser separado do óleo. Gás Natural Não Associado O Gás Natural não associado é aquele que, em reservatórios, se encontra livre de óleo ou apresenta pequena quantidade deste componente. Este tipo de gás é de mais fácil comercialização, já que não é necessário um processo para separação de componentes. Obs: O gás natural produzido no Brasil é predominantemente de origem associada ao petróleo (73%) e se destina a outros mercados de consumo que não somente a geração de energia termelétrica. Além disso, uma vez produzido, o gás natural se distribui entre diversos setoresde consumo, com fins energéticos e não-energéticos: utilizado como matéria-prima nas indústrias petroquímica (plásticos, tintas, fibras sintéticas e borracha) e de fertilizantes (uréia, amônia e seus derivados), comércio, serviços, domicílios etc., nos mais variados usos. Tipos: Gás natural convencional e não convencional O gás natural convencional é encontrado no subsolo, em depósitos ou reservatórios isolados por rochas impermeáveis, e pode ou não ser associado a petróleo. Já o gás não convencional pode ser considerado todo o gás natural cuja extração é mais complexa e menos atrativa economicamente, conceito que varia no tempo e de reservatório para reservatório. Atualmente, o termo se refere principalmente ao gás de xisto (gas-containing shales ou shale gas). Mas essencialmente existem diversas categorias de gás não convencional: alocado em reservatórios a grande profundidade (deep gas) ou em águas profundas (deep water); em formações pouco permeáveis (tight gas); gás de carvão (coalbed methane); gás de zonas geopressurizadas (geopressurized zones) e hidratos submarinos e árticos.
Principais Características O gás natural comercializado é basicamente composto por Metano e as quantidades de Etano e Propano presentes são apenas suficientes para elevar o poder calorífico e alcançar o valor desejado, uma vez que o poder calorífico do Etano é 1,8 vez maior do que o do Metano e o do Propano é mais de 2,6 vezes superior ao do Metano. O gás natural proveniente da Bolívia e comercializado pela MSGÁS na sua área de concessão possui as seguintes características: Odor – O Gás Natural não tem cheiro. Para que vazamentos sejam percebidos adiciona-se um odorizante que confere ao gás um cheiro característico;  Poder Calorífico – O Poder Calorífico Superior do Gás Natural é 9.400kcal/Nm³;  Toxidade – O Gás Natural não é tóxico e se dissipa facilmente na atmosfera; Aspectos da chama – A chama apresenta boa aparência, firmeza e uniformidade com coloração azulada; Como se forma. O gás natural é formado a partir da decomposição de materiais orgânicos que são acumulados em rochas durante milhares de anos. Neste processo de decomposição atuam microrganismos de forma anaeróbica. Uso do gás natural O gás natural é muito usado como fonte de energia (combustível) nas indústrias, residências e veículos. O GNV (Gás Natural Veicular) tem sido muito utilizado como combustível para veículos. Além de ser mais barato do que o álcool e a gasolina, o GNV gera um baixo índice de poluentes atmosféricos em comparação aos combustíveis fósseis. Portanto é considerado uma fonte de energia limpa. Onde é encontrado? Muitas vezes o gás natural é encontrado no subsolo junto às jazidas de petróleo. Consumo e importação Embora a Petrobrás produza grande quantidade de gás natural, o consumo deste combustível tem aumentado tanto nos últimos anos. O transporte é feito através do gasoduto Brasil-Bolívia. Curiosidade: - O gás natural não possui cheiro. Aquele cheiro que sentimos é artificial, ou seja, adicionado pelas companhias de gás para que possamos identificar um possível vazamento de gás. Este procedimento começou a ser tomado após uma explosão ocorrida em 1937 numa escola dos EUA. O acidente provocou a morte de 300 pessoas.
Exploração de petróleo e gás natural 
Essa é a fase inicial da cadeia produtiva nas companhias integradas, voltada para a descoberta de reservas de petróleo e gás natural, onshore e offshore, que está desdobrada, para fins de análises, nas etapas seguintes: INVESTIGAÇÃO É a etapa inicial de obtenção de informações e montagem de bases de dados. Compreende as etapas principais:  Obtenção e análise de mapas geológicos de superfície: mapeamento das rochas que afloram na superfície, buscando reconhecer e delimitar bacias sedimentares e identificar algumas estruturas capazes de acumular hidrocarbonetos. Levantamentos aerofotogramétricos: utilizados para a construção de mapas-base ou topográficos, consistindo em fotografar o terreno utilizando-se um avião devidamente equipado, voando com altitude, direção e velocidade constantes.  Fotogeologia: consiste na determinação das feições geológicas a partir de fotos aéreas, onde dobras, falhas e o mergulho nas camadas geológicas são visíveis.  Uso de técnicas de sensoreamento remoto: uso de imagens de radar obtidas por satélite terrestre, cujas cores são processadas para ressaltar características específicas das rochas expostas na superfície. Uso de técnicas de análise paleontológica: identificação em laboratório dos fósseis presentes nas amostras das rochas provenientes da superfície e subsuperfície, visando correlacionar os tipos de rochas.  Visita in situ: visita aos locais de interesse para comparação da situação local com as informações inferidas com o uso das técnicas citadas acima. A CADEIA PRODUTIVA Caracterização Técnica da Cadeia As atividades integrantes da cadeia produtiva de petróleo e gás podem ser agrupadas em dois grandes blocos: •Upstream: Onde se encontram atividades correlatas à exploração e produção do óleo propriamente dito. •Downstream ou abastecimento: Caracterizado pelas atividades de transporte, refino, distribuição e comercialização. A cadeia produtiva do petróleo está segmentada em quatro grandes grupos: Exploração, Refino, Indústria Petroquímica e Indústria de Transformação. IMPACTOS AMBIENTAIS E TECNOLOGIAS LIMPAS O gás natural apresenta uma vantagem ambiental significativa em relação a outros combustíveis fósseis, em função da menor emissão de gases poluentes que contribuem para o efeito estufa. Quantitativa e qualitativamente, o maior ou menor impacto ambiental da atividade está relacionado à composição do gás natural, ao processo utilizado na geração de energia elétrica e remoção pós-combustão e às condições de dispersão dos poluentes, como altura da chaminé, relevo e meteorologia. No entanto, uma restrição feita a essas usinas é a necessidade de captação de água para o resfriamento do vapor, característica que tem sido um dos entraves ao licenciamento ambiental. Apenas como exemplo, o estudo sobre gás natural do Plano Nacional de Energia 2030 registra que o volume de CO2 lançado na atmosfera pode ser entre 20% e 23% inferior àquele produzido pela geração a partir do óleo combustível e entre 40% e 50% inferior aos casos de geração a partir de combustíveis sólidos, como o carvão. Os principais poluentes atmosféricos emitidos pelas usinas termelétricas a gás natural são dióxido de carbono (CO2), óxidos de nitrogênio (NOX) e, em menor escala, monóxido de carbono e alguns hidrocarbonetos de baixo peso molecular, inclusive metano. Na cadeia produtiva do gás natural, entre os impactos socioambientais positivos, há a geração de royalties para os municípios em que as usinas estão localizadas, incremento das atividades de comércio e serviços, principalmente na fase de exploração e produção do gás natural e da construção da usina, e geração local de empregos. Além disso, as termelétricas, por se tratarem de unidades de pequeno porte, não exigem a escolha de um terreno específico e podem ser construídas nas proximidades de centros de consumo. Isto elimina a necessidade de grandes linhas de transmissão para transporte da energia produzida às instalações de distribuição.
BENEFÍCIOS DO GAS NATURAL
O gás natural é uma fonte de energia segura, versátil e econômica. Sua queima produz baixa emissão de poluentes, graças a uma combustão mais limpa e eficiente. A utilização de gás natural na indústria vem proporcionando benefícios significativos para o meio ambiente, além de diminuir o custo operacional com manutenção de máquinas, transporte e armazenamento de combustível. O gás natural proporciona a otimização do uso de matérias-primas e consequente melhora nos processos de produção; aumenta a segurança, a eficiência dos equipamentos e a qualidade do produto final. Os benefícios do uso do gás natural estão sendo percebidos por um número cada vez maior de indústrias. Benefícios do uso do gás natural na indústria: Não exige gasto de energia com o pré-aquecimentopara queima.
Elimina o custo financeiro de estocagem. Reduz o seguro por não estocar combustível inflamável. Diminui os custos de operação e manutenção. Retarda os investimentos em troca de equipamentos. Fatura pós consumo. Evita impurezas e depósito de compostos contaminantes. Não altera a coloração do produto. Alcança curvas de temperatura ideais. Garante elevados padrões de qualidade, proporcionando competitividade nos mercados mais nobres. Reduz significativamente as restrições dos órgãos ambientais e contribui para a melhoria da qualidade do ar. Não depende de desmatamento/reflorestamento. Por ser mais leve que o ar, facilita a dispersão em caso de vazamento. GERAÇÃO DE ENERGIA A utilização do gás natural como insumo energético apresenta algumas vantagens ambientais se comparada com outras fontes fósseis (carvão mineral e derivados de petróleo) de energia. Entre eles pode-se citar: - baixa presença de contaminantes; - combustão mais limpa, que melhora a qualidade do ar, pois substitui formas de energias poluidoras como carvão, lenha e óleo combustível, contribuindo também para a redução do desmatamento; - menor contribuição de emissões de CO2 por unidade de energia gerada (cerca de 20 a 23% menos do que o óleo combustível e 40 a 50% menos que os combustíveis sólidos como o carvão); - pequena exigência de tratamento dos gases de combustão; - maior facilidade de transporte e manuseio, o que contribui para a redução do tráfego de caminhões que transportam outros tipos de combustíveis; - não requer estocagem, eliminando os riscos do armazenamento de combustíveis; - maior segurança; por ser mais leve do que o ar, o gás se dissipa rapidamente pela atmosfera em caso de vazamento; - contribuição para a diminuição da poluição urbana quando usado em veículos automotivos, um vez que reduz a emissão de óxido de enxofre, de fuligem e de materiais particulados, todos presentes no óleo diesel. A utilização de gás natural para geração eletricidade via usinas termelétricas, deve considerar o contexto em que se inserem essas usinas no Brasil. O sistema elétrico brasileiro é constituído de um parque gerador predominantemente hídrico, o que significa que sua operação está condicionada ao regime de chuvas. De uma forma geral, a usinas térmicas a gás, funcionam em regime de complementação à geração hidrelétrica, o que significa que o consumo de gás natural para termeletricidade depende, portanto, dessas condições. Conforme a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), há no país 81 usinas termelétricas a gás natural em operação, com uma capacidade instalada de 10,2 GW. O mercado do gás natural está em grande expansão no Brasil. Até 2003, esse combustível participava com apenas 5,6% da matriz energética nacional.
Aspectos ambientais ligados a geração de energia via UTEs a gás natural
Por ser um combustível fóssil, formado há milhões de anos, trata-se de uma energia não renovável. Porém o gás natural oferece menos riscos à natureza do que outros combustíveis mais tradicionais, como o petróleo e carvão mineral, uma vez que em principio é isento de enxofre e de cinzas, o que torna dispensáveis as custosas instalações de desufurização e eliminação de cinzas que são exigidas nas térmicas a carvão e a óleo. Nesse sentido, mesmo apesar das vantagens relativas do gás natural, seu aproveitamento como combustível nas usinas termelétricas (UTEs), como qualquer outra intervenção humana, produz impactos indesejáveis ao meio ambiente, que merecem ser mencionados, entre os quais destacam-se. Sistema de refrigeração e o consumo de água de UTEs a gás natural Um dos grandes problemas de uma usina a gás natural é a necessidade de um sistema de resfriamento, cujo fluido refrigerante é normalmente a água.
Nas centrais de geração termelétrica, os maiores volumes de água (que podem chegar a 90% do total usado na instalação) são utilizados no sistema de resfriamento, para a condensação do vapor de exaustão das turbinas, o que constitui um significativo fator de pressão sobre o meio ambiente, tendo-se em vista os volumes captados e as perdas por evaporação e cujo montante depende da tecnologia empregada. As emissões atmosféricas Um outro impacto ambiental também considerado muito importante, relacionado ao uso de gás natural para a produção de energia, são as emissões atmosféricas. Os principais poluentes atmosféricos emitidos pelas centrais termelétricas a gás natural são dióxido de carbono (CO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e, em menor escala, monóxido de carbono e alguns hidrocarbonetos de baixo peso molecular, inclusive metano, devido à combustão incompleta. A quantidade de emissões de poluentes atmosféricos, emitidos por uma Usina Termelétrica (UTE), dependerá das características do gás natural queimado e das condições da reação de combustão, entre outros fatores. Por exemplo, no caso dos óxidos de enxofre, a quantidade emitida durante o processo de combustão será em função do teor de enxofre do gás utilizado.
A emissão de óxidos de enxofre (SOx), no caso de usinas termelétricas brasileiras, é um item menos relevante, em razão de o combustível praticamente não conter enxofre em sua composição, em função das especificações estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo. Cabe destacar que o teor de nitrogênio contido no gas, também influenciará nas emissões de óxidos de nitrogênio (NOx). A emissão de NOx é decorrente tanto de mecanismos térmicos quanto da composição do combustível. Isto significa que, mesmo não contendo nitrogênio na sua composição química, a queima de gás natural pode produzir óxidos de nitrogênio (NOx), entre os quais o dióxido de nitrogênio (NO2) e o óxido nitroso (N2O), em função da reação do nitrogênio atmosférico presente no ar de combustão. A emissão de NOx gera como principal conseqüência a "deposição ácida", que envolve a acidificação da água das chuvas e mesmo a deposição de sulfatos e nitratos sólidos (Ballestieri, 1994). Mercado Brasileiro A indústria de gás natural no Brasil é bastante incipiente. Seu desenvolvimento em maior escala começou apenas após a inauguração do Gasoduto Bolívia Brasil (Gasbol), em 1999. Mas a despeito da pouca maturidade do mercado, o gás natural ampliou significativamente sua importância na matriz energética brasileira, tendo passado de 1% de participação em 1980, para 11% em 2012.
VANTAGENS DO GAS NATURAL VEICULAR
O gás natural no uso automotivo apresenta vantagens em relação aos combustíveis líquidos, quais sejam:  Mais barato que os demais combustíveis o GNV representa uma economia ao seu usuário da ordem de 50%;  Reduz os custos com manutenção:A combustão do GNV com excesso de ar é muito próxima da combustão completa, produzindo basicamente dióxido de carbono e vapor d´água e inibindo a formação de resíduos de carbono no motor, o que aumenta sua vida útil e o período entre manutenções. Além disso, em função da baixa formação de resíduos da combustão e por ser um combustível limpo e seco que não se mistura nem contamina o óleo lubrificante, permite um maior intervalo entre trocas de óleo lubrificante sem comprometer a integridade do motor;  Por ser totalmente distribuído por tubulação de alta pressão desde seu ponto de extração, não existe qualquer contato com o combustível, eliminando possibilidades de contaminação ou adulteração; 
O GNV é um combustível menos poluente. Sua composição química permite combustão praticamente completa, liberando apenas Dióxido de Carbono e Vapor d´água. Para se ter uma idéia do menor impacto ambiental causado pelo GNV, o uso adequado deste combustível, se comparado com os combustíveis tradicionais, pode reduzir as emissões de monóxido de carbono (CO) em 76%, de oxido de nitrogênio (NOx) em 84% e de hidrocarbonetos pesados (CnHm) em 88%. VANTAGENS DO GAS NATURAL RESIDENCIAL O gás natural quando utilizado nas residências traz ao consumidor diversas vantagens em relação ao uso do GLP. Abaixo apresentamos algumas delas percebidas pelo consumidor:  Fornecimento contínuo (sem necessidade de troca de botijões);  Na falta de energia elétricaos equipamentos continuam funcionando;  Maior área útil disponível na área de lazer;  Chama constante e uniforme (maior intervalo na regulagem dos equipamentos);  Disponibilidade de água quente na quantidade e temperatura desejada;  Diminuição dos riscos de acidentes (pois o GN não é armazenado em cilindros, como acontece com o GLP - "gás de cozinha"). VANTAGENS DO GAS NATURAL INDUSTRIAL O setor industrial tem apresentado ampliação constante no uso do gás natural e isso se deve a uma série de vantagens que ele apresenta em relação a outros energéticos:  Oferece uma vantagem econômica em relação a outros combustíveis com qualidade de queima;  Possui uma combustão completa e "limpa", isto é, sem emitir agentes poluentes na natureza;  Aumenta a vida útil dos equipamentos que o utilizam
Diminui os custos com a manutenção desses equipamentos;  Reduz o tempo de parada das máquinas para manutenção (o que garante continuidade da produção);  Não está sujeito a quedas de energia que podem causar danos aos equipamentos, como acontece com a eletricidade;  Não precisa ser estocado, diminuindo os custos com armazenamento;  Permite o reaproveitamento das áreas que, antes, eram utilizadas para estocagem de combustível;  Oferece menos riscos de combustão reduzindo os custos com seguros;  Reduz o movimento de caminhões nas fábricas;  O gás natural é pago após a sua utilização reduzindo custos de capital;  Possui alto rendimento térmico. O gás no mundo Desde a década de 1970, a participação do gás natural na matriz energética mundial vem aumentando significativamente. Em 1971, o gás natural ocupava 19% da matriz energética mundial, tendo passado para 24% em 2011, quando o consumo global atingiu sua maior taxa de crescimento desde 1984, com 7,4%, conforme dados do BP Statistical Review of World Energy 2012. O aumento do consumo de gás natural associado ao avanço das importações do energético, principalmente pelos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), implica no crescimento da sua importância geopolítica no cenário internacional.

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