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CLÍNICA – ARTRITES SCHEILA MARIA O impacto das doenças reumáticas na população: 30% apresentam sintomas, 20% apresentam problemas, 7% incapacidade e 5% incapacidade severa. HISTÓRIA CLÍNICA a. Identificação: idade, sexo, ocupação b. QP: dor (deformidade, incapacidade) diagnóstico artrite, artralgia, reumatismo não articular. c. HDA: localizada ou difusa? Articular ou não articular? Repouso (inflamatória)/atividade (mecânica); Irradiação, outros sintomas: rubor, calor, edema, impotência funcional; presença de rigidez matinal, quais e quantas articulações envolvidas. d. IS: pele, olho, cardiovascular, respiratório, digestivo, genito-urinário e nervoso. e. Antecedentes pessoais e familiares. EXAME GERAL a. Buscar dor, sensibilidade, alteração de temperatura, edema, limitação de movimentos, crepitação, deformidade e instabilidade. b. Coluna, MMII, MMSS c. Etapas: inspeção (marcha, postura, movimentos), palpação, movimentação e manobras d. Diagnóstico: Sintomático = Lombalgia Sindrômico = Lombalgia Inflamatória Nosológico = Espondiloartrite Etiológico = Espondilodiscite por Estáfilo EXAMES COMPLEMENTARES a. Provas de atividade inflamatória VHS (velocidade de hemossedimentação) Proteína C Mucoproteínas -1 antitripsina Eletroforese de proteínas b. Líquido sinovial Células Cultura Cristais GRAM c. Exames específicos para doença ASO febre reumática Ácido úrico gota Fator reumatoide artrite reumatoide HLA (B27 espondiloartrites) d. Exames imunológicos: FAN, anti DNAn, anti SM, anti Ro/La = LES anti Ro/La = Sjogren anti RNP = DOENÇA MISTA anti SCL 70 = ESP ANCAc = Wegener DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO 1. MONOARTRITE AGUDA CRIANÇAS: trauma; artrite infecciosa ADULTOS: trauma, artrite infecciosa. artrite metabólica IDOSOS: artrite infecciosa, artrite metabólica, sinovite detrítica da osteoartrite OBS: Artrite = dor, calor, rubor, aumento de volume e impotência funcional. # ARTRITE INFECCIOSA # É a inflamação articular decorrente da invasão direta das articulações pelo agente microbiano (por via hematogênica, inoculação direta, e disseminação por contiguidade). 1/3 a 50% dos casos não se isola agente. Germe em 85% dos casos: Staphylococcus aureus Tipo Infecção conhecida Presença de germe Antígeno na articulação DOR ARTICULAR INFLAMATÓRIA ARTRITE MONOARTRITE - AGUDA: Artr. séptica Artr. metaból. MONOARTRITE - CRÔNICA Artr. por Tb Osteoartrite POLIARTRITE - AGUDA Febre Reumát. Artrite reativa POLIARTRITE - CRÔNICA Artr. Reumatóide Espondiloartrites NÃO INFLAMAT. ARTRALGIA ARTRALGIAS -Trauma -Osteoartrite -Osteonecrose POLIARTRALGIA -Osteoartrite -An. falciforme -Osteoart.hipert. NÃO ARTICULAR INFLAMATÓRIA LOCALIZADA -Tendinite -Bursite -Epicondilite DIFUSA -Polimiosite -Polimialgia Reum. -Vasculites NÃO INFLAMAT. LOCALIZADA -Tenodínea -Lombalgia -S.Tunel Carpo DIFUSA -Fibromialgia -Ciática -Mixedema I – infecciosa + + + II – pós infecciosa + - + III – reativa + - - IV – inflamatória - - - Artrite infecciosa bacteriana: Grande maioria dos casos. Acomete mais: o joelho, seguido do quadril, ombro e articulação esterno-clavicular. Sacroilíaca (1 a 2%) Pequenas articulações das mãos mais raramente. O quadro clínico inclui sintomas sistêmicos (febre alta, irritabilidade, mal estar, cefaleia, calafrios, vômitos); sintomas articulares (flogose articular e limitação da mobilização) Pode acometer qualquer faixa etária, frequência no período neonatal. Investigar sinais de infecção recente, trauma, manipulação. Geralmente monoarticular. Poliarticular (imunodeficiências, imunosupressão) Principais bactérias: a. Recém Nato: S. Aureus, Streptococcus, Gram - b. Crianças < 15 anos: S. Aureus, S. pyogenes, S. pneumonia, H. influenzae, Gram negativos c. Jovens adultos: Neisséria, S.Aureus, Streptococcus d. Adultos: S. aureus, Streptococcus, Bacilos Gram - Detalhamento dos tipos: Artrite infecciosa bacteriana não-gonocócica: A artrite séptica não- gonocócica geralmente é, desde o começo, monoarticular. Sua evolução é aguda, com sinais flogísticos francos, quase sempre com bacteriologia positiva e alto potencial destrutivo. A bactéria mais comum, de longe, é o Staphylococcus aureus. Artrite infecciosa bacteriana gonocócica: Causada por N. gonorrhoeae. A artrite séptica gonocócica pode ser mono ou oligoarticular, de evolução subaguda, freqüentemente com bacteriologia negativa e pequeno potencial destrutivo. Muito freqüentemente encontramos relato de poliartralgias e poliartrite e de lesões cutâneas precedendo o quadro clássico de monoartrite Artrite infecciosa viral: A artrite viral é tipicamente poliarticular e simétrica, de evolução rápida e efêmera, ocorrendo na fase prodrômica ou principal da doença. Os vírus mais importantes são o da rubéola, o parvovírus 819 e o vírus da hepatite B. Artrite infecciosa tuberculosa e fúngica: A artrite tuberculosa e a artrite fúngica geralmente são monoarticulares, apresentando um curso indolente e arrastado, com o diagnóstico feito nas fases mais tardias. # ARTRITE METABÓLICA = GOTA # Pode ocorrer em qualquer idade porém é + comum em homens 40-50 anos Forma de artrite que causa episódios súbitos e graves de dor, sensibilidade, rubor, calor e tumefações nas articulações. Afeta uma articulação de cada vez. Com frequência MTF do primeiro pododáctilo = podagra. Pode afetar joelho, tornozelo, mão, punho, pé e cotovelo. Em geral não “passa” de uma articulação pra outra. Dor e tumefação = decorrem da deposição de cristais de ácido úrico na articulação. Excesso de ácido úrico no sangue leva a deposição dos cristais e inflamação da sinóvia. FASES: o Dor e tumefação súbitas – cessam em 5-10 dias o Período assintomático que pode ser seguido por outros agudos graves o Após alguns anos, sem TTT pode ocorrer tumefação e rigidez persistentes, com dor leve a moderada em uma ou mais articulações. A manifestação clínica varia. Alguns pcts apresentam um quadro único durante a vida, outros tem episódios frequentes e dolorosos que podem evoluir para rigidez e lesão persistente das articulações. EPISÓDIOS AGUDOS: frequentemente a noite, dor e tumefação articulares súbitas e graves, pele lustrosa avermelhada ao redor da articulação, com extrema sensibilidade. No início os episódios são poucos e bem espaçados, durando uma semana ou menos e desaparecendo completamente. Se não for controlada, episódios passam a ser mais frequentes e com duração prolongada. Se as articulações forem lesadas rigidez e limitação dos movimentos. O que pode desencadear um episódio de gota? Trauma articular, cirurgia, ingestão excessiva de álcool, diuréticos, doenças graves e súbitas, dietas de impacto, quimioterapia. TOFOS; após anos, os cristais de ác úrico podem acumular em articulações e t. circunjacente formando tofos = depósito com aspecto de caroço. Em cima dos dedos das mãos e pés e borda externa da orelha. Os cristais podem acumular também nos rins, ureteres e bexiga. Pode associar-se com pressão alta ou doenças renais. Hiperuricemia: rins não conseguem se livrar do ác úrico com rapidez ou corpo produz demais. 2. POLIARTRITES AGUDAS Crianças: febre reumática, artrite reativa (viral, anemias hemolíticas) Adultos: artrite reativa (Neisseria, clamídia), espondiloartrite, r. palindrômico. Idosos: artrite reativa, artrite (associada a neo ou doença metabólica). # POLIARTRITE AGURA VIRAL # Dor inflamatória ou artrite, evolui sem seqüelas Todas as doenças virais, atenção para: Rubéola, parvovírus B 19, caxumba, varicela / Zoster, hepatite B e C, HI.V # FEBRE REUMÁTICA # Poliartrite migratória, grandes articulações, não deformante, assimétrica Dolorosa, com edema, ótima resposta a AINE, sem sequelas Duração de dias a 1 semana em cada articulação (aguda), autolimitada FORMAS ATÍPICAS: Pequenas articulações, quadril e coluna cervical; oligoartrite; simetria; aditividade; entesite. + ASO alta / cultura com estreptococo 5-15 anos, homens e mulheres # ARTRITE REATIVA # São as formas de inflamação articular, não supurativas (estéril), que tem origem em um processo infeccioso à distancia. Na maioria das vezes a infecção está no trato digestivo ou genitourinário. É um distúrbio reumático crônico, certamente relacionado à fatores genéticos (HLA-B27) e a uma infecção específica. É uma das principais causas de artrite aguda em adultos jovens (18 – 47 anos). Homens e mulheres acometidos. Sinovites após infecção por Chlamydia, Shigella e Campylobacter. Artrite com articulação estéril e infecção a distância O intervalo entre a infecção e a artrite não pode ser maior que 6 semanas. Disenteria e/ou uretrite são relevantes para o diagnóstico de artrite reativa por Chlamydia ou entérica. Artrite reativa pode existir na forma aguda ou crônica. Oligoartrite periférica de grandes articulações. Frequentemente acomete joelho. A síndrome de Reiter é uma artrite reativa associada a outras manifestações compondo a tríade: artrite + conjuntivite (de curta duração) + uretrite (infecciosa ou não). Os principais agentes etiológicos envolvidos são Shigella e Chlamydia. A maioria dos pacientes desenvolve artrite 1 – 4 semanas após o relato da infecção (diarréia) ou da relação sexual que transmitiu a doença venérea. Os sintomas constitucionais incluem fadiga, mal-estar, febre e perda ponderal. A artrite é em geral, oligoarticular, assimétrica, aditiva e afeta principalmente os membros inferiores (em especial o joelho). Outras manifestações reumáticas incluem a dactilite, tendinite, fasciíte plantar e sacroileíte. O acometimento das pequenas articulações é extremamente incomum. Aproximadamente 20% dos pacientes desenvolvem sacroileíte e acometimento ascendente da coluna vertebral, causando confusão diagnostica com EA. A artrite reativa e a síndrome de reiter podem ser persistentes e recidivantes em 30-60% dos casos. Manifestações associadas: a. Balanite circinada b. Ulcera orais superficiais e indolores c. Ceratoderma blenorrágico d. Uveíte anterior O diagnostico é clinico e de exclusão. Há aumento do VHS e anemia. As seqüelas são tardias. Faz-se diagnostico diferencial com gonococcemia, artrite séptica e outras artrites. Tratamento: a. Sintomas agudos devem ser tratados com AINE em doses máximas (Indometacina). b. Corticóides sistêmicos raramente são usados. c. O uso de sulfassalazina está reservado para os casos refratários. d. Os neutralizadores do TNF-alfa estão reservados para os casos graves e resistentes. e. A antibioticoterapia é feita para os pacientes em vigência do quadro infeccioso. (Azitromicina VO 1g DU) 3. POLIARTRITE CRÔNICA Criança/jovem: artrite reumatoide juvenil, epondiloartrite. Outros: artrite reumatoide, espondiloartrite, LES, vasculites e outras colagenoses, polimialgia reumática, osteoartrite e gota tofácea. # ARTRITE CRÔNICA DA INFÂNCIA # Mono, oligo ou poliarticular Sstêmica (still) # ARTRITE REUMATÓIDE # É uma poliartrite simétrica, crônica, debilitante e destrutiva causada por um processo inflamatório sinovial na qual há formação de tecido sinovial proliferativo (pannus) afetando as articulações. Acomete 1% da população, predomina em mulheres, mais frequente entre 35- 50 anos porém pode ocorrer em qlqr idade. Há componente genético, relação com HLA DR4, Seu curso é intermitente, com períodos de remissão e exacerbação e processo contínuo de lesão tecidual. A sinovite acarreta destruição da cartilagem e do osso e estiramento ou ruptura da cápsula articular, tendões e ligamentos. Levam a incapacidade por destruição da cartilagem e erosão óssea. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: o Inicia-se nas articulações MCF, IFP, MTF, sseguida por punhos, joelhos, cotovelos, tornozelos, quadril e ombros. Pode atingir a cervical em C1 e C2 mas poupa o restante. o Mãos são o principal acomentimento (IFP e MCF). IFD são raramente acometidas. Ocorre desvio ulnar, deformidades em pescoço de cisne (hiperextensão das IFP), deformidade em abotoadeira (hiperextensão das MCF). o Nos pés, articulações MTF acometidas precocemente, subluxação dos pododáctilos, úlceras de pele e alterações da marcha por dor. o Pescoço: acometimento de C1 e C2. Erosões ósseas e dano ligamentar pode acarretar instabilidade cervical levando a subluxação compressão medular. o Cardíacos: incomum porém pode ocorrer pericardite, derrames pericárdicos, nódulos nas válvulas. Já no pulmão pode aparecer DPOC, fibrose, pneumoconiose, derrame pleural, bronquiectasia, pleurite. o As manifestações ectra-articulares incluem: febre baixa, perda de peso, astenia, nódulos reumatoides firmes e indolores a palpação (em pcts com FR +). Vasculite de pequenos vasos, desvio radial, síndrome do túnel do carpo e acometimento simétrico de grandes articulações. o Por fim pode ocorrer síndrome de Felty (1%): AR (com FR+) + esplenomegalia + neutropenia. O início geralmente é insidioso, com envolvimento progressivo da articulação, pode ser abrupto com inflamação simultânea em múltiplas articulações. Aumento da sensibilidade em quase todas as articulações inflamadas = achado físico mais sensível. Espessamento sinovial = achado mais específico. É comum rigidez com duração >30min pela manhã ou após inatividade prolongada. Pode ocorrer também fadiga de final de tarde e mal estar. Deformidades, particularmente contraturas devido a flexão podem ter desenvolvimento rápido. DIAGNÓSTICO: (4 ou + presentes, sendo os 4 primeiros por >6 semanas) o rigidez matinal (pelo menos 1H); o artrite simultânea em 3 ou + áreas; o artrite das articulações das mãos e punhos o artrite simétrica o nódulo reumatoide (+tardio) o fator reumatoide o alteração radiológica – RX das mãos e punhos em PA – osteopenia e erosões na avaliação radiológica há osteoporose periarticular, estreitamento do espaço articular, (cartilagem articular) e erosões marginais. Sinais de tromboflebite em MMII em pcres com AR – cisto de Baker. # ESPONDILOARTRITES # Tipos: Espondilite Anquilosante, Reiter (artrite, uretrite e conjuntivite), artrite psoriásica, artrite das doenças inflamatórias intestinais, espondiloartrite indiferenciada. Diagnóstico: clínica (lombalgia, alterações sistêmicas e entesopatia), provas de fase aguda, HLA B-27 (10% da população), exames de imagem. Acometimento das articulações axiais e periféricas, lesão proeminentes das enteses, associação a determinadas lesões sistêmicas, superposição entre suas formas clínicas, tendência à hereditariedade, ausência do fator reumatóide (Soronegativas) e associaçãocom o HLA-B27. Ênteses: É o ponto de junção, de transição, entre o osso e estruturas como tendões, ligamentos, aponeuroses e capsulas fibrosas articulares. As enteses estão em todos os tipos de articulação. 1. Espondilite Anquilosante Crônica, predomina em homens, no final da adolescência (aprox. 25-27 anos), estando o HLA-B27 presente em 90% dos pacientes. É uma doença inflamatória crônica que acomete basicamente as articulações do esqueleto axial, sendo a lesão das articulações sacroilíacas seu marco fundamental. É o protótipo das condições que causam entesite. Se caracteriza pelo comprometimento das articulações sacroilíacas (principalmente) e vertebrais, de forma ascendente e com eventual ossificação destas articulações, em um processo denominado anquilose óssea. Pode acometer ainda a sínfise pubiana, patela, calcâneo e articulações manúbrio-esternais. Quando as vértebras são acometidas, há formação de sindesmófitos simétricos (fibras anulares são erodidas e substituídas por osso, que cresce e faz ponte com os corpos vertebrais adjascentes). Com o desenvolvimento do processo a coluna torna-se rígida e fletida. Nesse momento é clássica a postura do paciente com cifose exagerada e perda da lordose lombar fisiológica (posição do esquiador). A “coluna em bambu” surge da progressão em sentido cranial do processo de acometimento vertebral. O envolvimento da coluna se faz de forma progressiva e ascendente. A sinovite (com formação de pannus) acomete basicamente as articulações axiais: ombro, coxofemoral e as interapofisárias. A manifestação clínica ocorre em homens jovens (<40 anos), com dor lombar persistente, insidiosa, associada à rigidez matinal, caracteristicamente aliviada pela atividade física, com duração maior que 3 meses, dor noturna com melhora ao levantar e nenhuma melhora com repouso. A hipersensibilidade das articulações sacroilíacas pode ser percebida pela palpação local e manobras que as tencionem (Manobra de Volkmann, Lewin e Patrick), enquanto a limitação da mobilidade lombar pode ser avaliada pelo teste de Schober. o TESTE DE SHOBER: paciente em pé, ereto, traça uma linha na junção lombosacra e outra 10cm acima, pcte faz inclinação máxima para frente, c/ joelhos distendidos. Distância entre as linhas aumenta ≥ 5 (mobilidade normal) e <4 (mobilidade reduzida). As articulações periféricas são acometidas em menos de 30% dos casos, manifestando-se geralmente como oligoartrite assimétrica. Extra articulares também podem ser acometidas. As complicações mais temidas da EA são as fraturas vertebrais, que podem ocorrer após traumas mínimos. Os pacientes costumam apresentar osteoporose ou osteopenia. As fraturas cervicais são as mais comuns, podem gerar lesão medular. Manifestações extra-articulares: o Uveíte anterior – 25-40% (Mais comum) – Principalmente em pctes HLA-B27+ a. Autolimitada, unilateral, dolorosa, lacrimejamento, fotofobia e turvação visual, podendo ser recorrente. b. TT°: colírios de corticóides e atropina o Fibrose pulmonar dos lobos superiores o Insuficiência aórtica – 10% o Amiloidose secundária o Síndrome da cauda eqüina o Inflamação do colón ou íleo O diagnostico se baseia nos dados clínicos e laboratoriais e na presença de sacroileíte em algum exame de imagem (Raio-x de quadril). Não é necessária a presença de HLA-B27 para o diagnostico de EA. O fator reumatóide é caracteristicamente negativo, assim como o anti-CCP. O FAN tende a ser negativo. VHS e PCR podem estar aumentadas. Critérios: o Dor lombar que perdura por mais de 3 meses (melhorando com o exercício) o Limitação funcional da coluna lombar o Redução da capacidade de expansão do tórax o Presença de sacroileíte (achado radiográfico) o Início insidioso, antes dos 40 anos, mais intenso pela manhã. Diagnostico diferencial: Outras espodiloartropatias, Artrite reumatóide, Artrite enteropática, Artrite reativa e Artrite Psoriásica. OBS: Uma diferença importante em relação à AR: a infecção pelo HIV pode desencadear uma forma grave de espondilite anquilosante! 2. Artrite Psoriática É uma artrite inflamatória crônica que ocorre caracteristicamente em indivíduos com psoríase. Apresenta igual predomínio entre os sexos, afetando geralmente a faixa etária entre 30 e 55 anos. Incidência familiar em 30% dos pcts. Difere da AR por apresentar entesite importante, é soronegativa e acomete as art. interfalangianas distais (IFD) dos quirodáctilos, coluna e art. sacroilíacas. Em 60-70% dos casos observa-se que a psoríase precede a doença articular. Diferentemente da AR mostra a entesite proeminente, bem como maior tendência a fibrose. Dactilite, entesite, tenossinovite e encurtamento dos dedos são manifestações comuns. Formas de apresentação: Oligoartrite periférica assimétrica Lembra a Sind. de Reiter o Corresponde a 30% dos casos de AP o Articulação grande com poucas pequenas. o Dactilite ou “dedos em salsicha” Poliartrite periférica simétrica Lembra Artrite Reumatóide o O quando clínico é indiferenciável da AR. o Corresponde a 40% dos casos de AP o Acomete peq. articulações das mãos, punhos, joelhos e cotovelos. Envolvimento do esqueleto axial Lembra Espondilite Anquilosante o Corresponde a 5% dos casos o Acometimento assimétrico e aleatório, com sindesmófitos Envolvimento das interfalangeanas distais Quadro Típico o O envolvimento das articulações IFD das mãos e dos pés é quase sempre acompanhado ao comprometimento da unha adjacente (90%). o Corresponde a 15% dos casos de AP. Artrite Mutilante Pouco comum o Apresenta anquilose das articulações, dissolução óssea e encaixe dos dedos nas mãos. Tal deformidade é conhecida como “deformidade em telescópio”. o Corresponde a 5% dos casos de AP. Altamente deformante. O diagnostico é sugerido em pacientes com artrite e presença de lesões cutâneas e ungueais típicas da psoríase. O diagnostico deve ser feito por exclusão. Os achados radiológicos incluem envolvimento de IFD, reabsorção de falanges terminais, artrite mutilante, destruição extensiva e deslocamento de articulações pequenas e grandes. O fator reumatóide negativo e a ausência de nódulos subcutâneos ajudam a diferenciá-la da AR. Os casos leves são tratados apenas com AINES. Os DARMD devem ser utilizados nos pacientes que não responderam aos AINE. 3. Artrite Enteropática Sua origem está relacionada a condições intestinais Observada em 20% dos pctes com doença de Crohn e 2 a 7% de colite ulcerativa. AXIAL Sarcoileítes e espondilites Início insidioso de dor lombar, especialmente em pessoas mais jovens. Rigidez matinal, exarceba com postura sentada prolongada ou em pé, melhora com atividade moderada. Antígeno HLA B27 pode ser encontrado em 70% dos pctes. Semelhante a espondilite anquilosante Evolui independente da doença intestinal (diferentemente da forma periférica) PERIFÉRICA Não deformante, não erosiva. Não é associada ao HLA B27 Forma oligoarticular (<5 articulações): poliartrite migratória com ínicio abrupto. É aguda, autolimitada, assimétrica e atinge grandes articulações como joelho, quadris e ombros. Forma poliarticular (>5 articulações): É crônica, dura meses a anos, mais frequentemente simétrica afetando pequenas articulações das mãos. Independe da atividade intestinal. 4. ARTRALGIAS Criança/Jovem: “dores do crescimento”, trauma, dnça sistêmica, hipermobilidade benigna. Adulto/Idoso: osteoartrite, trauma,doença sistêmica. TTT DAS DOENÇAS REUMÁTICAS NÃO FARMACOLÓGICO Orientação do paciente e família Medidas Físicas: Repouso x Exercício a. Frio X Calor b. Manipulação c. Uso de Órteses Orientação Postural / Ergonômica Mudanças Comportamentais FARMACOLÓGICO: Drogas analgésicas: paracetamol, dipirona, flupirtina, codeína, tramadol, meperidina, oxicodona. Ação analgésica + antiinflamatória = AINES Ação antiinflamatória = corticoesteróides Antibióticos PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS/TERAPÊUTICOS Punção: articulação, bursa. Infiltração de corticóide de depósito Bloqueio anestésico Agulhamento Biópsia de sinovial, pele, mucosa. Ultrassonografia Artroscopia diagnóstica Capilaroscopia Pulsoterapia
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