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AULA 2 CONCEITO DE PATRIMÔNIO

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AULA 2 CONCEITO DE PATRIMÔNIO
MATERIAL DE DIDÁTICO
Leia no material didático que você recebeu o capítulo 2, "Patrimônio", do livro Contabilidade Geral Fácil, de Osni Moura Ribeiro. 
= Você já parou para pensar em tudo que possui? Já percebeu que isso faz parte do seu Patrimônio?  
Muitas pessoas acham que só os bens que elas possuem fazem parte do patrimônio, mas é preciso lembrar que o que elas têm a receber, ou seja, os direitos, e o que elas têm a pagar também fazem parte do conjunto denominado Patrimônio. 
Outro aspecto importante é compreender como funcionam as movimentações no patrimônio, ou seja, como este aumenta, diminui ou sofre qualquer tipo de movimentação. 
É importante saber também quais as possíveis situações patrimoniais, o que demonstra e como o balanço pode ser configurado.
Dentro dos bens materiais, existem dois subgrupos: os bens móveis e bens imóveis.
O Código Civil brasileiro distingue os bens em:
Bens imóveis, aqueles vinculados ao solo, que não podem ser retirados sem destruição ou danos, como por exemplo: edifícios, construções, árvores etc. 
Bens móveis, aqueles que podem ser removidos por si próprios ou por outras pessoas, como por exemplo: animais, máquinas, equipamentos, estoques de mercadorias etc. 
== Como vimos, os bens imateriais são bens intangíveis, ou seja, não têm matéria, não podem ser tocados. A marca Coca-Cola, que vemos neste exemplo, é um bem imaterial. 
Enquanto marca ela não pode ser tocada, certo? Mesmo assim, pode ser avaliada economicamente, isto é, possui valor econômico sem que possamos pegá-la ou transportá-la.
Outro exemplo de bens imateriais são as Patentes, que nada mais são do que registros de invenções de uma pessoa ou empresa. 
Nesse caso, a pessoa ou empresa tem o direito de explorar os benefícios advindos daquela determinada invenção.
== Conforme  o que já foi estudado na primeira aula, os bens são todas as coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e que podem, de alguma forma, ser mensuradas, medidas economicamente, ou seja, que podem ter algum valor atribuído de algum jeito.
Observe que no interior da sua loja, por exemplo, teríamos inicialmente três categorias de bens: bens de uso da loja, bens de troca e bens de consumo. 
== Os bens de uso  da loja são todos aqueles utilizados pela empresa para a exploração da sua atividade principal, como os móveis onde ficarão expostos os produtos.
Fazem parte dos bens de troca os produtos que formam a base da atividade da empresa, como os produtos à venda.
Já os bens de consumo estão relacionados aos bens que serão consumidos, como as caixas e sacolas para embalar os produtos, materiais de escritório, ou seja, tudo aquilo que não é durável na entidade.
== Quando a empresa vende mercadoria e o cliente fica de pagar esta mercadoria no prazo de um mês, a empresa terá o direito de receber do cliente esse determinado valor após 30 dias.
Caso o acordo não seja cumprido, ela pode aplicar multas.
=== Outro tipo comum de direito acontece quando a empresa adianta salários ou valores para viagens de funcionários. 
A segunda situação mostra que quando a empresa libera para o funcionário um valor antecipado, ela tem o direito de descontá-lo do seu salário posteriormente. 
Em casos especiais, como as viagens a serviço, a empresa tem direito a pedir prestação de contas por meio da apresentação de notas fiscais dos gastos para reembolso ou desconto de gastos particulares.
= Imagine uma balança. Para que ela fique equilibrada é preciso que os dois lados estejam com o mesmo peso, não é?
Assim também acontece na Relação Patrimonial, onde o Ativo e o Passivo devem permanecer equilibrados.
= É neste ponto que surge um novo elemento na equação patrimonial denominado Patrimônio Líquido, que nada mais é do que a diferença entre o Ativo e o Passivo, ou seja, é o valor líquido resultante da seguinte equação: 
Bens + Direitos – Obrigações
= Outra definição que pode ser dada ao Patrimônio Líquido é a de que este é o grupo que representa o valor referente aos acionistas ou a que estes pertencem.  
 
São exemplos de contas de patrimônio líquido, conforme a Lei nº 11.638/07: 
 
• Lucro Social;
• Reservas de Capital;
• Ajustes de Avaliação Patrimonial;
• Reservas de Lucros;
• Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados. 
Lembrando que em nossos estudos as contas mais vistas serão as de Lucro Social, Reservas de Lucro ou Prejuízos Acumulados.
== No balanço patrimonial, o dinheiro “entra” pelo lado do Passivo. Você sabe de que forma isso ocorre? 
** Quando os sócios abrem a empresa, eles colocam o capital nela, e esse fica registrado no Passivo, ou seja, sua origem foi no Passivo.
** Em contrapartida, o dinheiro é aplicado no Ativo. 
** O mesmo ocorre, por exemplo, com os fornecedores, pois determinada mercadoria aparecerá no Ativo.
** Já o Registro da Entrada ficará no Passivo. 
+ + Lembre-se: as origens de recursos correspondem às obrigações e podem ser divididas em dois tipos:
 
De terceiros – são recursos provenientes de entes alheios à companhia ou que não fazem parte diretamente desta, como, por exemplo, os fornecedores, o governo através dos impostos, financiamentos, salários a pagar, entre outras dívidas.
 
De recursos próprios – recursos provenientes de capital dos sócios, do capital social ou, ainda, de lucros e reservas que são valores decorrentes das atividades normais da empresa.
Em uma Situação Patrimonial podem ser apresentados mais Bens e Direitos do que Obrigações, mais Obrigações do que Bens e Direitos ou ainda Ativo e Passivo iguais.
== A maneira mais simplificada para que sejam demonstradas as situações possíveis em relação à estrutura patrimonial é a utilização de balanças no lugar dos gráficos. 
= = = Com valores iguais para o Ativo e para o Passivo, o equilíbrio estará alcançado. Isso é fácil de perceber.
 
Porém, normalmente, o Ativo e o Passivo apresentam valores diferentes e esta balança virtual penderá para um dos lados. 
 
Você deve buscar sempre o equilíbrio.
O peso (valor) que se utiliza para se alcançar este equilíbrio é chamado Patrimônio Líquido e, por lógica, estará no lado do menor valor, compensando, assim, a diferença.
Dica de resolução
Para apurar o valor dos bens, direitos e obrigações é necessário fazer a diferenciação entre os conceitos: primeiro com relação aos bens é preciso lembrar que é tudo o que possuo e que pode me gerar benefício futuro, no caso dos direitos é que tudo o que se tem a receber e com relação às obrigações é só lembrar que é tudo aquilo que deverá ser pago. Por fim, a riqueza líquida será a comparação dos bens mais os direitos e menos as obrigações, ou seja, o que realmente sobra de patrimônio.
LIVRO RESUMO
Importância e objetivo da contabilidade
• se você (empresa) compra a prazo, você tem o obrigação com seu fornecedor.
• se você (empresa) vende a prazo, você tem um direito de receber dos seus clientes.
Os acontecimentos que interferem no patrimônio da empresa, aque­les que aumentam ou diminuem a riqueza da empresa, são conhecidos por fatos administrativos. Neste caso, são eles: vendas à vista (para clientes), vendas a prazo (para clientes), compras à vista e a prazo (dos fornecedo­res), empréstimos bancários. São estes fatos administrativos que a conta­bilidade deve captar, registrar, acumular, resumir e interpretar.
Já os acontecimentos que não interferem no patrimônio da empresa são conhecidos por atos administrativos. São atos administrativos no nos­so exemplo o recebimento de correspondência, a organização das pratelei­ras e as cotações de preço. Estes atos não mudam a situação do patrimônio da empresa e não são registrados na contabilidade.
A contabilidade é, de forma geral, um sistema de informações que controla o patrimônio de uma entidade contábil (pessoa jurídica ou pes­soa física). Essas entidades podem ser entendidas como qualquer tipo de organização de pessoas ou grupos
de pessoas que queiram explorar uma atividade econômica. Não importa se é uma indústria, uma prestadora de serviços ou um comércio. 
Todos os tipos de empresas são atendidas pela contabilidade; não somente as que visam ao lucro, mas também empresas sem fins lucrati­vos e filantrópicas (creches, asilos, santas casas, etc.), organizações não governamentais (as tão famosas ONG’s), os municípios, estados e todo o setor público.
Para isso, a contabilidade tem como objetivos: captar todos os fatos administrativos (lembrando que são aqueles fatos que afetam o patrimô­nio) ocorridos na empresa; registrar esses fatos; acumular esses fatos num sistema; resumir o que ocorreu num determinado período e demonstrar esse resumo o qual será interpretado pelas pessoas que utilizam a contabi­lidade. Dessa forma, a contabilidade estará fornecendo informações úteis que vão ajudar no processo de tomada de decisão. 
CAPTAR > REGISTRAR > ACUMULAR > RESUMIR > INTERPRETAR
Usuários da contabilidade
Os usuários são as pessoas que se utilizam das informações contá­beis com algum interesse. Os interesses desses usuários são os mais varia­dos. 
	Quem são
	O que procuram
	Proprietários (sócios): têm interesse no futuro e no sucesso da empresa; tendem a ser cautelosos nas finanças.
	• Ver como a empresa está em com­paração aos anos anteriores e à concorrência.
• Garantir que o dinheiro que eles apli­caram está seguro.
	Investidores (acionistas): investem dinhei­ro ou têm ações da empresa; sua análise costuma ser detalhada.
	• Informações sobre a empresa para compara-la com outras, de modo a ter opções de escolha.
• Indicações de que o lucro aumentará.
	Quem empresta dinheiro: faz empréstimos a serem pagos em até 12 meses (curto pra­zo) ou acima de 12 meses (longo prazo). 
	• Indícios de que a empresa será capaz de pagar os juros das dívidas.
• Os bens da empresa, caso a dívida não seja paga, e o negócio sofra uma crise.
	Concorrentes: estão interessados na atua­ção financeira da empresa e nas estatísti­cas empresariais dos rivais.
	• Aumento de vendas, da parcela de mercado, de lucros líquidos e da efi­ciência total da empresa.
• Informações sobre a estrutura de custos.
	Gerentes/empregados: trabalham para a empresa e dependem dela para receber os seus salários.
	• Garantir que a empresa continue a operar com competitividade.
• Números que reflitam o seu esforço e competência durante o ano.
	Clientes/fornecedores: precisam saber se estão lidando com empresas financeira­mente sólidas e respeitadas.
	• Continuidade de fornecimento e ne­gócios sem desistências.
• Capacidade de a empresa pagar pelas mercadorias compradas e entregá-las no prazo.
	Funcionários do fisco/governo: examinam os relatórios financeiros para ver se são aceitáveis e precisos; verificam o montan­te de impostos devidos.
	• Relatórios bem preparados seguindo a legislação.
• Solidez nas contas, quando compa­radas às de empresas similares.
Quem usa as informações contábeis: Os usuários das informações con-tábeis são pessoas físicas e jurídicas que as utilizam para registrar e controlar a movimentação de seus patrimônios bem como aqueles que, direta ou indiretamente, tenham esse controle; na apuração do resultado; na avaliação da situação patrimonial, econômica e financeira; na análise do desempenho e do desenvolvimento da entidade, como titulares (empresas individuais), sócios, acionistas (empresas societárias), gerentes, adminis-tradores, governo (Fisco), fornecedores, clientes, bancos etc.
1.3 Relatórios contábeis
Os relatórios contábeis (terminologia preferida pelos contadores) ou relatórios financeiros (terminologia utilizada pela Lei das Sociedades por Ações – Lei das S.A.) são o resumo dos dados captados, registrados e acu­mulados que a contabilidade organiza.
Conceitos iniciais do balanço patrimonial
Os tipos de origens de recursos ou de capital são capital de terceiros (pessoas que não são as proprietárias do negócio) e capital próprio (proprietários da empresa e os lucros gerados pela própria empresa).
	Tipos de origens de recursos
	Empréstimos/financiamentos em ban­cos
Compras a prazo dos fornecedores
Outras contas a pagar
	Capital de terceiros
É exigido no prazo e precisa ser devol­vido.
	Sócios ou acionistas (capital inicial)
Resultados da atividade da empresa (lucros)
	Capital próprio
Não precisa ser devolvido; não será exigido.
Esses recursos (capital) obtidos de terceiros e dos sócios/empresa são aplicados em bens e direitos da empresa. Os bens são as instalações, máquinas, equipamentos, veículos, dinheiro (moeda no caixa), estoques, entre outros. Os direitos são as contas a receber dos clientes, investi­mentos em ações que a empresa possua, depósitos em contas bancárias (direito do saque), entre outras. Ambos possuem a característica de serem mensuráveis monetariamente.
	Denominação no balanço patrimonial
	Representa
	ORIGENS
	Capital 
de terceiros
	Passivo
	todas as obrigações (dívidas) que a empresa possui.
	Capital 
próprio
	Patrmônio líquido
	a riqueza líquida da empresa, recursos que ela não deve a ninguém, pois são próprios (capital inicial e lucros).
	APLICAÇÕES
	Bens e 
direitos
	Ativo
	as aplicações que a empresa possui em bens e direitos.
	Grupos e subgrupos do ativo
	Demonstram....
	Ativo circulante
	Nesse grupo, são classificadas todas as contas que re­presentam os bens e os direitos, os quais, pela sua natu­reza, estão em constante circulação. Correspondem aos recursos aplicados em elementos que estão em frequente movimento, por exemplo, a conta caixa, que a todo ins­tante está sendo movimentada (entra e sai dinheiro); isso ocorre também com as contas de estoque, bancos conta movimento etc.
	Ativo não-circulante
	Nesse grupo você encontra classificadas todas as contas que apresentam a aplicação de recursos em direitos rea­lizáveis a longo prazo, bem como em bens de uso e em bens imateriais. Os direitos realizáveis a longo prazo são aqueles cujos vencimentos ocorram após o término do exercício social seguinte ao do balanço.
	Subgrupos do ativo não-circulante
	Investimento
	São as aplicações de cará­ter permanente que geram rendimentos não necessá­rios à manutenção da ativi­dade principal da empresa.
	Imobilizado
	Abarca itens de natureza permanente que serão uti­lizados para a manutenção da atividade básica da em­presa.
	Intangível
	Não possuem caracterís­tica física e são de difícil avaliação. 
	Diferido
	São aplicações que benefi­ciarão resultados de exer­cícios futuros.
Liquidez é um conceito econômico que considera a facilidade com que um ativo pode ser convertido no meio de troca da economia, ou seja, é a facilidade com que ele pode ser convertido em dinheiro. O grau de agilidade de conversão de um investimento sem perda significativa de seu valor mede sua liquidez.Um ativo é tanto mais líquido quanto mais fácil for transformá-lo em dinhei-ro vivo, ou seja, a liquidez pode ser entendida como a medida de interesse que o mercado tem em negociar esse ativo. Ela pode variar conforme o in-vestimento feito na empresa, suas perspectivas e a conjuntura econômica nacional e internacional. 
Podemos ter ainda a situação em que o patrimônio líquido é negati­vo, ou seja, as dívidas da empresa (passivo) são maiores que todos os bens e direitos que ela possui. Nesse caso, o patrimônio líquido passa ser de­nominado “passivo a descoberto”.

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