Buscar

AÇÃO MONITÓRIA NO NOVO CPC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PRAZOS NO NOVO CPC NO NOVO CPC POR ALLAN FRANCIS DA 
COSTA SALGADO 
ACESSE NOSSO CANAL: 
https://www.youtube.com/channel/UCaGmsBMAUlZadt0nUFa
aj2g 
Acesse a vídeo aula desta matéria: 
https://youtu.be/IuOj4eEBQuc 
 
Pessoal no nosso canal ministramos o curso do novo cpc 
inteiramente gratuito e comentamos leis penais, informativos e 
passamos macetes de concursos 
 
 
 
 
Introdução 
 
Bom pessoa, esta aula tem por objetivo esmiuçar a ação 
monitória no NOVO CPC. 
 Para você que esta estudando a pouco tempo, convém 
lembrar que ação monitória é processo de conhecimento, pode parecer 
redundante dizer isso, mas cai em OAB, como cautelar ou execução e 
muita gente erra. 
 
 
INTRODUÇÃO de Ação Monitória 
 
A palavra “monitória advém do latim “monitio”, de “monere” 
(advertir, avisar) na significação jurídica, era o aviso ou o 
convite para vir depor a respeito de fatos, uma carta de aviso 
ou intimação para depor. Com forte inspiração no Direito 
Canônico, “significava advertência feita pela autoridade 
eclesiástica à determinada pessoa para que esta cumprisse 
determinado dever ou se abstivesse de praticar um ato, sujeito 
a sanção ou a penalidade pela omissão ou ação indicadas"1. 
 
CONCEITO: 
Segundo NELSON NERY JR2: 
 “ação monitória é o instrumento processual colocado à 
disposição do credor de quantia certa, de coisa fungível ou de 
coisa móvel determinada, com crédito comprovado por 
documento escrito sem eficácia de título executivo, para que 
possa requerer em juízo a expedição de mandado de 
pagamento ou de entrega da coisa para a satisfação do seu 
direito” 
 
PREVISÃO: 
Esta prevista no artigo 1102- A CPC/73 
 
Art. 1.102.a - A ação monitória compete a quem pretender, com 
base em prova escrita sem eficácia de título executivo, 
pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou 
de determinado bem móvel. 
 
O CPC veio regula-la em seus artigos 700 a 702. 
Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que 
afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título 
executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: 
I – o pagamento de quantia em dinheiro; 
II – a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel 
ou imóvel; 
III – o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. 
§ 1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, 
produzida antecipadamente nos termos do art. 381. 
§ 2º Na petição inicial, incumbe ao autor explicitar, conforme o 
caso: 
I – a importância devida, instruindo-a com memória de cálculo; 
II – o valor atual da coisa reclamada; 
III – o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito 
econômico perseguido. 
§ 3º O valor da causa deverá corresponder à importância 
prevista no § 2º, incisos I a III. 
 
1 PLÁCIDO E SILVA. "Vocabulário Jurídico". Ed. Forense, 1987, p. 205 
2 NÉRY JR, Nelson. Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante. 13. ed. rev., ampl. e 
atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2013, p. 1478. 
§ 4º Além das hipóteses do art. 330, a petição inicial será 
indeferida quando não atendido o disposto no § 2º deste artigo. 
§ 5º Havendo dúvida quanto à idoneidade de prova documental 
apresentada pelo autor, o juiz intimá-lo-á para, querendo, 
emendar a petição inicial, adaptando-a ao procedimento 
comum. 
§ 6º É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública. 
§ 7º Na ação monitória, admite-se citação por qualquer dos 
meios permitidos para o procedimento comum. 
 
A ação monitória como dito anteriormente é ação de 
conhecimento, sob um procedimento especial, que tem por finalidade 
a obtenção de um título executivo. 
 A verdade é que no dia a dia do advogado ela é utilizada para 
cobrar cheques ou outros títulos (nota promissória, duplicata, etc) 
prescritos. 
Mas só cabe se houver prova do negócio que gerou o título. Por 
exemplo, no caso de cheques, só se tiver um documento (contrato, 
etc) que diga porque aquele cheque foi dado (nota fiscal de compra, 
por exemplo, onde consta os dados do cheque). 
Interessante de se destacar que o referido documento não 
precisa, necessariamente, ser assinado pelo devedor (a exemplo de 
cheques e promissórias prescritos), podendo ser unilateral, emitido 
exclusivamente pelo credor. 
 O que é um título injuntivo? 
 Título injuntivo é aquele que não tem eficácia executiva. 
 Assim a ação monitória visa a dar tal eficácia a títulos e 
documentos que não a possuem. 
Este procedimento visa contornar a fase de cognição e também 
é permitir ao credor evitar a ação de cobrança, trazendo o devedor 
para o que pague o débito. 
A resposta dada em uma ação monitória não é a contestação, 
mas os embargos, segundo redação do artigo 702. 
Os embargos monitórios, ao contrário daquele previsto na ação 
executiva, independem de preparo. 
 A ação monitória não é obrigatória é uma opção. 
 
Vamos as inovações trazidas pelo CPC 2015 que foram muitas e 
irá ajudar você advogado. 
1) Hipóteses de cabimento: 
 
O artigo 1102, trazia as seguintes hipóteses: 
a) pagamento de soma em dinheiro, 
b) entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel. 
 
O artigo 700, ampliou estas duas hipóteses e trouxe uma 
terceira. 
Atenção: agora pode ação monitória de coisa infungível e de 
bem imóvel. 
Não havia sentindo em não incluir estas duas categorias. 
A terceira hipótese diz respeito ao 
 O adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer 
Esta era uma reivindicação antiga da OAB e dos advogados. 
 
A mesma ação, aliás, poderá ser objeto de nova espécie de 
embargos, ultimada a sentença de procedência e esta manejada na 
respectiva fase de cumprimento de sentença, com o réu apresentando 
impugnação a tal fase. 
IMPORTANTE: Agora, cabe ação Monitória para todas as 
espécies de obrigação 
 
 
2) Trouxe um requisito de procedibilidade: 
 Assim dispões o artigo 700 § 2º 
§ 2º Na petição inicial, incumbe ao autor explicitar, conforme o 
caso: 
I – a importância devida, instruindo-a com memória de cálculo; 
II – o valor atual da coisa reclamada; 
III – o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito 
econômico perseguido. 
 
Acredito que esta exigência esta prevista para que se evite perda 
de tempo e faça economia processual, ora, se o individuo optou por 
este tipo de ação, que faça também o mínimo necessário, para garantir 
sua celeridade. 
Atenção Advogado, dúvidas sobre o valor da causa: 
Inclusive o valor da causa é justamente o que ele trouxer neste pedido 
descrito no § 2º 
 
3) Procedimento: 
 
Já tivemos oportunidade de dizer como deve ser instruída a 
inicial, observando o § 2 
Mas e se houver erro? E se não for o caso de monitória? 
O § 5º é quem traz a resposta. 
§ 5º Havendo dúvida quanto à idoneidade de prova 
documental apresentada pelo autor, o juiz intimá-lo-á para, 
querendo, emendar a petição inicial, adaptando-a ao 
procedimento comum 
 
Se fizermos uma interpretação literal da lei, entenderemos que 
se houver erro, o juiz mandará corrigir e será adotado o procedimento 
comum. 
Bom isso parece ser um contrassenso, pois poderia o autor 
corrigir o erro e continuar com a monitória. 
Atento a isso foi formulado o enunciado 188 do Fórum 
Permanente de Processualistas civis. 
 
Enunciado 188 (art. 700, § 5º) Com a emenda da inicial, o 
juiz pode entender idônea a prova e admitir o seguimento da 
ação monitoria. (Grupo: Procedimentos Especiais) 
 
4) Citação: 
 
O CPC/ 73 não trazia, mas o novo cpc esclarece que pode ser 
feita por qualquer dos meios permitidos para o procedimentocomum. 
5) Direito manifestamente evidente: 
 
Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de 
mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de 
obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 
(quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários 
advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa. 
 
Qual é a vantagem para o réu em pagar via ação 
monitória? Por que ela é tão efetiva? 
 
Se ele cumprir estará isento do pagamento das custas 
processuais, cumprido o mandado no prazo. Tem que ser no prazo 
de quinze dias uteis. Muito importante isso. 
O que acontece se não pagar no prazo ou não oferecer 
embargos? 
Transformação daquele documento em título executivo judicial. 
 
Art. 701 
§ 2º Constituir-se-á de pleno direito o título executivo 
judicial, independentemente de qualquer formalidade, se não 
realizado o pagamento e não apresentados os embargos 
previstos no art. 702, observando-se, no que couber, o Título II 
do Livro I da Parte Especial. 
 
 Dessa decisão cabe ação rescisória. Importante 
§ 3º É cabível ação rescisória da decisão prevista no caput 
quando ocorrer a hipótese do § 2º. 
 
A conversão em título executivo judicial, também ocorre se 
houver recusa aos embargos. 
§ 8º Rejeitados os embargos, constituir-se-á de pleno 
direito o título executivo judicial, prosseguindo-se o processo 
em observância ao disposto no Título II do Livro I da Parte 
Especial, no que for cabível. 
 
 
6) Natureza autônoma 
Havia uma divergência doutrinária sobre se esta ação era ou não 
autônoma, parece que o CPC 2015 resolveu esta questão ao dispor, 
que cabe apelação da decisão que acolhe ou rejeita os embargos. 
Lembrando que a ação monitória esta instruída com prova escrita 
ou oral documentada, assim o foco dela é a defesa do réu, se não fizer, 
haverá conversão em título executivo judicial, se fizer e não for 
acolhido, também tem este efeito, o processo não acaba aqui, pois 
temos a fase executória, acaba o procedimento monitório. Assim como 
a única resistência que tem o réu são os embargos, da decisão que os 
acolhe ou rejeita cabe apelação. 
 
§ 9º Cabe apelação contra a sentença que acolhe ou 
rejeita os embargos. 
 
7) AÇÃO MONITÓRIA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA 
 
O CPC 2015 encampou a tese firmada na súmula 247 STJ. 
Súmula 339 
É cabível ação monitória contra a Fazenda Pública. 
 
Art. 700 
§ 6º É admissível ação monitória em face da Fazenda 
Pública. 
 
O procedimento é praticamente o mesmo contra qualquer 
devedor, exceto no caso de conversão imediata diante de inércia. 
§ 4º Sendo a ré Fazenda Pública, não apresentados os embargos 
previstos no art. 702, aplicar-se-á o disposto no art. 4963, observando-
se, a seguir, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial. 
Ai será o caso de remessa necessária. 
 
8) DA DEFESA DO RÉU: 
 
Os Embargos Monitórios 
 
 
3 Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada 
pelo tribunal, a sentença: 
I – proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e 
fundações de direito público; 
II – que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. 
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a 
remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á. 
§ 2º Em qualquer dos casos referidos no § 1º, o tribunal julgará a remessa necessária. 
§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na 
causa for de valor certo e líquido inferior a: 
I – 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de 
direito público; 
II – 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e 
fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; 
III – 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações 
de direito público. 
§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: 
I – súmula de tribunal superior; 
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em 
julgamento de recursos repetitivos; 
III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência; 
IV – entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio 
ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. 
A defesa na ação monitória continua sendo chamada de 
embargos – e nesse ponto segue a pecar pela nomenclatura, pois muito 
mais técnico seria chama-la de impugnação, eis que processada de 
forma incidente e não de forma autônoma, como ocorre com os 
embargos executivos previstos na lei adjetiva. 
 
Inobstante, o novo legislador deu cor e roupa de contestação aos 
ditos embargos, ao prever que eles “podem se fundar em matéria 
passível de alegação como defesa no procedimento comum”, mas 
evidente que limitado à produção da prova nessa ação. 
Alexandre Câmara e Alexandre Flexa entendem que apesar do 
nome não é embargos e sim uma contestação, sendo mera resposta 
do réu. 
 Há de se lembrar que é cabível reconvenção na ação monitória, 
o que não havia previsão no CPC/73. 
É causa de indeferimento liminar dos embargos o devedor não 
apontar o valor correto, quando alegar que o autor pleiteia valor 
superior ao efetivamente devido (art. 702. §§2º e 3º). Além de declinar 
do valor que entende devido, o devedor deverá juntar demonstrativo 
atualizado da dívida, mas – tal como já é – essa defesa independe de 
qualquer tipo de garantia, razão pela qual a lei deixa de lhe exigir que 
deposite a quantia apontada como correta. 
 
Cumpre destacar que o oferecimento dos embargos suspende a 
eficácia da ordem de cumprimento da obrigação perseguida, prevista 
no caput do art. 701. 
 
Na verdade, a oposição de embargos, recebidos pelo juízo, 
praticamente que ordinariza o procedimento injuntivo na medida em 
que a defesa cabível na espécie é a mesma do procedimento comum. 
E, cabe dizer, a sentença que decide os embargos, ataca o mérito da 
própria ação monitória. 
 
Na prática, os embargos transformam a ação monitória em uma 
ação de rito ordinário com cognição sumária. 
 
 
Litigância de má-fé 
 
Também trazida como novidade pelo novo CPC, as penalidades 
por litigância de má-fé estão previstas nos parágrafos 10 e 11 do art. 
702, para ambas as partes, conforme for o caso, no percentual de 10% 
sobre o valor da causa, em proveito da parte prejudicada. 
 
9) PARCELAMENTO: 
701 
§ 5º Aplica-se à ação monitória, no que couber, o art. 916. 
Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do 
exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em 
execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o 
executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em 
até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de 
juros de um por cento ao mês. 
 
 
ANEXO I – QUADRO COMPARATIVO 
 
CPC 1973 CPC 2015 
Art. 1.102.a - A ação 
monitória compete a quem 
pretender, com base em prova 
escrita sem eficácia de título 
executivo, pagamento de soma 
em dinheiro, entrega de coisa 
fungível ou de determinado 
bem móvel.(Incluído pela Lei 
nº 9.079, de 14.7.1995) 
Art. 700. A ação monitória podeser proposta por aquele que 
afirmar, com base em prova 
escrita sem eficácia de título 
executivo, ter direito de 
exigir do devedor capaz: 
I - o pagamento de quantia em 
dinheiro; 
 II - a entrega de coisa 
fungível ou infungível ou de 
bem móvel ou imóvel; 
III - o adimplemento de 
obrigação de fazer ou de não 
fazer. 
§ 1o A prova escrita pode 
consistir em prova oral 
documentada, produzida 
antecipadamente nos termos do 
art. 381. 
 
 
Sem correspondência no CPC § 2o Na petição inicial, incumbe 
ao autor explicitar, conforme o 
caso: 
I - a importância devida, 
instruindo-a com memória de 
cálculo; 
II - o valor atual da coisa 
reclamada; 
III - o conteúdo patrimonial em 
discussão ou o proveito 
econômico perseguido. 
§ 3o O valor da causa deverá 
corresponder à importância 
prevista no § 2o, incisos I a III. 
§ 4o Além das hipóteses do art. 
330, a petição inicial será 
indeferida quando não atendido 
o disposto no § 2o deste artigo. 
§ 5o Havendo dúvida quanto à 
idoneidade de prova 
documental apresentada pelo 
autor, o juiz intimá-lo-á para, 
querendo, emendar a petição 
inicial, adaptando-a ao 
procedimento comum. 
 
 
Art. 1.102-C. No prazo 
previsto no art. 1.102-B, 
poderá o réu oferecer 
embargos, que suspenderão a 
Art. 702. Independentemente de 
prévia segurança do juízo, o réu 
poderá opor, nos próprios autos, 
eficácia do mandado inicial. 
Se os embargos não forem 
opostos, constituir-se-á, de 
pleno direito, o título 
executivo judicial, 
convertendo-se o mandado 
inicial em mandado executivo 
e prosseguindo-se na forma 
do Livro I, Título VIII, 
Capítulo X, desta Lei. 
(Redação dada pela Lei nº 
11.232, de 2005) 
 
no prazo previsto no art. 701, 
embargos à ação monitória. 
§ 1o Os embargos podem se 
fundar em matéria passível de 
alegação como defesa no 
procedimento comum. 
§ 2o Quando o réu alegar que o 
autor pleiteia quantia superior 
à devida, cumprir-lhe-á 
declarar de imediato o valor 
que entende correto, 
apresentando demonstrativo 
discriminado e atualizado da 
dívida. 
§ 3o Não apontado o valor 
correto ou não apresentado o 
demonstrativo, os embargos 
serão liminarmente rejeitados, 
se esse for o seu único 
fundamento, e, se houver outro 
fundamento, os embargos serão 
processados, mas o juiz deixará 
de examinar a alegação de 
excesso. 
§ 4o A oposição dos embargos 
suspende a eficácia da decisão 
referida no caput do art. 701 até 
o julgamento em primeiro grau. 
§ 5o O autor será intimado para 
responder aos embargos no prazo 
de 15 (quinze) dias. 
§ 6o É admissível ação monitória 
em face da Fazenda Pública. 
§ 7o Na ação monitória, admite-
se citação por qualquer dos 
meios permitidos para o 
procedimento comum. 
Art. 701. Sendo evidente o 
direito do autor, o juiz deferirá a 
expedição de mandado de 
pagamento, de entrega de coisa 
ou para execução de obrigação 
de fazer ou de não fazer, 
concedendo ao réu prazo de 15 
(quinze) dias para o cumprimento 
e o pagamento de honorários 
advocatícios de cinco por cento 
do valor atribuído à causa. 
§ 1o O réu será isento do 
pagamento de custas processuais 
se cumprir o mandado no prazo. 
§ 2o Constituir-se-á de pleno 
direito o título executivo 
judicial, independentemente de 
qualquer formalidade, se não 
realizado o pagamento e não 
apresentados os embargos 
previstos no art. 702, 
observando-se, no que couber, o 
Título II do Livro I da Parte 
Especial. 
 
 
 
 
Art. 1.102.b - Estando a 
petição inicial devidamente 
instruída, o Juiz deferirá de 
plano a expedição do 
mandado de pagamento ou de 
entrega da coisa no prazo de 
quinze dias. (Incluído pela 
Lei nº 9.079, de 14.7.1995) 
 
 
Art. 701. Sendo evidente o 
direito do autor, o juiz deferirá a 
expedição de mandado de 
pagamento, de entrega de coisa 
ou para execução de obrigação 
de fazer ou de não fazer, 
concedendo ao réu prazo de 15 
(quinze) dias para o 
cumprimento e o pagamento de 
honorários advocatícios de 
cinco por cento do valor 
atribuído à causa. 
 
§ 1o O réu será isento do 
pagamento de custas processuais 
se cumprir o mandado no prazo. 
 
§ 2o Constituir-se-á de pleno 
direito o título executivo 
judicial, independentemente de 
qualquer formalidade, se não 
realizado o pagamento e não 
apresentados os embargos 
previstos no art. 702, 
observando-se, no que couber, o 
Título II do Livro I da Parte 
Especial. 
 
§ 3o É cabível ação rescisóriada 
decisão prevista no caput quando 
ocorrer a hipótese do § 2o. 
 
§ 4o Sendo a ré Fazenda Pública, 
não apresentados os embargos 
previstos no art. 702, aplicar-se-á 
o disposto no art. 496, 
observando-se, a seguir, no que 
couber, o Título II do Livro I da 
Parte Especial. 
 
§ 5o Aplica-se à ação monitória, 
no que couber, o art. 916. 
 
§ 6o Na ação monitória admite-
se a reconvenção, sendo vedado 
o oferecimento de reconvenção à 
reconvenção. 
 
§ 7o A critério do juiz, os 
embargos serão autuados em 
apartado, se parciais, 
constituindo-se de pleno direito o 
título executivo judicial em 
relação à parcela incontroversa. 
 
 
§ 9o Cabe apelação contra a 
sentença que acolhe ou rejeita os 
embargos. 
 
§ 10. O juiz condenará o autor 
de ação monitória proposta 
indevidamente e de má-fé ao 
pagamento, em favor do réu, de 
multa de até dez por cento 
sobre o valor da causa. 
 
§ 11. O juiz condenará o réu 
que de má-fé opuser embargos 
à ação monitória ao pagamento 
de multa de até dez por cento 
sobre o valor atribuído à causa, 
em favor do autor. 
 
§ 1o Cumprindo o réu o 
mandado, ficará isento de 
custas e honorários 
advocatícios. (Incluído pela 
Lei nº 9.079, de 14.7.1995) 
 
Art. 701, § 1o O réu será isento 
do pagamento de custas 
processuais se cumprir o 
mandado no prazo. 
 
§ 2o Os embargos independem 
de prévia segurança do juízo 
e serão processados nos 
próprios autos, pelo 
procedimento ordinário. 
(Incluído pela Lei nº 9.079, de 
14.7.1995) 
 
Art. 702. Independentemente de 
prévia segurança do juízo, o réu 
poderá opor, nos próprios autos, 
no prazo previsto no art. 701, 
embargos à ação monitória. 
 
§ 3o Rejeitados os embargos, 
constituir-se-á, de pleno 
direito, o título executivo 
judicial, intimando-se o 
devedor e prosseguindo-se na 
forma prevista no Livro I, 
Título VIII, Capítulo X, desta 
Lei.(Redação dada pela Lei nº 
11.232, de 2005) 
 
Art. 702, § 8o Rejeitados os 
embargos, constituir-se-á de 
pleno direito o título executivo 
judicial, prosseguindo-se o 
processo em observância ao 
disposto no Título II do Livro I 
da Parte Especial, no que for 
cabível. 
 
 
ANEXO II – SÚMULAS DO STJ 
 
504 - O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do 
emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a 
contar do dia seguinte ao vencimento do título. 
503 – O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do 
emitente de cheque sem força Executiva é quinquenal, a contar do 
dia seguinte à data de emissão estampada na cártula. 
384 – Cabe ação monitória para haver saldo remanescente oriundo 
de venda extrajudicial de bem alienado fiduciariamente em 
garantia. 
339 – É cabível ação monitória contra a Fazenda Pública. 
299 – É admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito. 
292 – A reconvenção é cabível na açãomonitória, após a 
conversão do procedimento em ordinário. 
282 – Cabe a citação por edital em ação monitória. 
247 – O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, 
acompanhado do demonstrativo de débito, constitui documento 
hábil para o ajuizamento da ação monitória.

Outros materiais