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PRAZOS NO NOVO CPC

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PRAZOS NO NOVO CPC NO NOVO CPC POR ALLAN FRANCIS DA 
COSTA SALGADO 
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inteiramente gratuito e comentamos leis penais, informativos e 
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Este texto foi elaborado para alcançar o operador do direito, seja 
ele advogado, analista, membro do MP etc, pois visa demonstrar como 
ficaram os prazos na prática com a entrada em vigor do novo cpc. 
No que se refere aos prazos processuais, várias são as 
novidades, cabendo destacar aquelas mais importantes, seguindo a 
ordem da distribuição das matérias. 
A primeira disposição interessante sobre os prazos é que a 
contagem permanece em dias uteis 
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, 
das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. 
§ 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados 
antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar 
grave dano. 
 
Mas agora o novo cpc é bem enfático ao dizer que a contagem 
dos prazos processuais, atente-se prazos processuais, estes correram 
somente em dia útil. 
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou 
pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos 
prazos processuais. 
Ficam, portanto, excluídos da contagem dos prazos processuais, 
além dos feriados locais, estaduais ou nacionais, instituídos por lei, 
“para efeito forense”, são também “feriados” os sábados, domingos e 
os dias nos quais não houver expediente na respectiva unidade 
judiciária (artigo 216). 
Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito 
forense, os sábados, os domingos e os dias em que não haja 
expediente forense. 
 
O novo cpc traz a previsão de que os atos processuais eletrônicos 
podem ocorrer a qualquer instante do dia. 
Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em 
qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia 
do prazo. 
Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato 
deve ser praticado será considerado para fins de atendimento 
do prazo. 
 
O juiz no novo cpc é o guia do contraditório, dentro de um 
modelo cooperativo, por isso, o CPC deu a ele a liberdade de definir o 
prazo quando a lei for omissa, justamente para ao verificar a 
complexidade do ato não venha a ferir o contraditório da parte ao lhe 
dar um prazo pífio. 
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos 
prescritos em lei. 
§ 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em 
consideração à complexidade do ato. 
 
Mas o novo CPC ainda manteve as disposições dos antigos artigos 
192 e 185 do CPC/73 como critérios subsidiários ao artigo 218§ 1º, 
agora estampados nos § 2º e § 3º. 
§ 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações 
somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 
(quarenta e oito) horas. 
§ 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, 
será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual 
a cargo da parte. 
 
Polêmica antiga resolvida pelo STJ em sua súmula 418, agora 
teve uma mudança significativa. Pois foi combatida aquilo que se 
chamava de jurisprudência defensiva. 
Súmula 418 
É inadmissível o recurso especial interposto antes da 
publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem 
posterior ratificação. 
 O que acontecia, muitas das vezes a parte se antecipava a 
publicação do ato e o STJ considerava inadmissível um recurso que 
assim o fizesse. O CPC afastou o entendimento daquela corte em sue 
artigo 
218 
§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do 
termo inicial do prazo. 
 
Então meu amigo advogado, sua eficiência agora é premiada e 
não punida como antes. 
Previsão interessante esta no artigo 220, entre 20 de dezembro 
e 20 de janeiro, estará suspenso o curso de qualquer prazo processual 
e, ainda, nesse período, não se realizarão audiências e muito menos 
sessões de julgamento (artigo 220, parágrafo 2º). 
Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias 
compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. 
§ 1º Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos 
por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da 
Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da 
Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto 
no caput. 
§ 2º Durante a suspensão do prazo, não se realizarão 
audiências nem sessões de julgamento. 
 
A evitar a sempre indesejada perda de prazo, deve-se ter 
presente que, diferentemente da interrupção na suspensão de prazos, 
o reinício do cômputo deve considerar os dias anteriormente 
transcorridos. Assim, se, por exemplo, o prazo de contestação se 
iniciou no dia 16 de dezembro, numa quarta-feira, contam-se os dias 
16, 17 e 18 (quarta, quinta e sexta-feira) e, depois, o restante do prazo 
de 15 dias, isto é, mais 12 dias úteis, a partir de 21 de janeiro. O prazo 
fatal será 5 de fevereiro. 
 
Durante tal lapso temporal de férias forenses, consoante dispõe 
o artigo 215, tramitarão contudo os procedimentos de jurisdição 
voluntária, aqueles necessários à conservação de direitos, a ação de 
alimentos, os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador 
e, ainda, aqueles que a lei determinar, como, por exemplo, as ações 
atinentes à relação locatícia (cf. artigo 58, I, da Lei 8.245/91). 
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as 
houver, e não se suspendem 
pela superveniência delas: 
I – os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários 
à conservação de direitos, 
quando puderem ser prejudicados pelo adiamento; 
II – a ação de alimentos e os processos de nomeação ou 
remoção de tutor e curador; 
III – os processos que a lei determinar. 
 
 
Os litisconsortes que tenham diferentes procuradores, desde que 
de escritórios de advocacia distintos, terão os seus prazos computados 
em dobro, independentemente de qualquer requerimento (artigo 229), 
sendo certo que tal benefício não se aplica no âmbito do processo 
eletrônico (artigo 229, parágrafo 2º). A regra do artigo 229 incide 
inclusive na impugnação ao cumprimento de sentença (artigo 525, 
parágrafo 3º). 
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, 
de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em 
dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou 
tribunal, independentemente de requerimento. 
§ 1º Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 
2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. 
§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos 
eletrônicos. 
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o 
pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias 
para que o executado, independentemente de penhora ou nova 
intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação. 
§ 3º Aplica-se à impugnação o disposto no art. 229. 
 
O juiz conferirá ao autor da demanda o prazo de 15 dias para 
emendar ou completar a petição inicial, sob pena de indeferimento 
(artigo 321). 
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche 
os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e 
irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, 
determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a 
emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser 
corrigido ou completado. 
 
E quando começa a contar o prazo para a contestar?O prazo legal fixado é também de 15 dias, a contar: 
a) da audiência de conciliação ou de mediação, quando uma das 
partes não comparecer ou resultar infrutífero qualquer acordo; 
b) do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de 
conciliação ou de mediação apresentado pelo réu; e 
c) da data especificada no artigo 231, consoante a forma pela 
qual foi realizada a citação (artigo 335). 
Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no 
prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: 
I – da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última 
sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer 
ou, comparecendo, não houver autocomposição; 
II – do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de 
conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando 
ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I; 
III – prevista no art. 2311, de acordo com o modo como foi feita 
a citação, nos demais casos. 
 
1 Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: 
I – a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio; 
II – a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de 
justiça; 
§ 1º No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do 
art. 334, § 6º, o termo inicial previsto no inciso II será, para 
cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo 
pedido de cancelamento da audiência. 
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso II, 
havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em 
relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá 
da data de intimação da decisão que homologar a desistência. 
 
A arguição de incompetência relativa, a impugnação ao valor da 
causa e a reconvenção passam agora a ser deduzidas na própria 
contestação (artigos 337 e 343), não havendo, pois, nestas hipóteses, 
qualquer problema relacionado a prazo. 
Deferida a produção de prova testemunhal, o juiz fixará prazo 
comum não superior a 15 dias para que as partes apresentem o rol de 
testemunhas (artigo 357, parágrafo 4º). 
No procedimento da produção da prova pericial, os litigantes 
dispõem de 15 dias para indicar assistente técnico e apresentar os 
respectivos quesitos (artigo 465, parágrafo 1º). 
Já na esfera do cumprimento provisório ou definitivo da 
sentença, após o transcurso do prazo de 15 dias, previsto no artigo 
523, sem que o executado tenha adimplido o débito exigido, inicia-se 
 
III – a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe 
de secretaria; 
IV – o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital; 
V – o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a 
consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica; 
VI – a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da 
carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em 
cumprimento de carta; 
VII – a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico; 
VIII – o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou 
da secretaria. 
§ 1º Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última 
das datas a que se referem os incisos I a VI do caput. 
§ 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente. 
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, 
participe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para 
cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação. 
§ 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa. 
automaticamente o prazo de mais 15 dias para que apresente ele 
impugnação. 
No tocante aos procedimentos especiais, é de ressaltar-se que, 
naquele da ação de consignação em pagamento, se for alegada a 
insuficiência do depósito, o autor da demanda poderá complementá-lo 
no prazo de 10 dias (artigo 545). 
A contestação, nos embargos de terceiro, deve ser oferecida no 
prazo de 15 dias (artigo 679). 
Quanto ao processo de execução, o legislador estabeleceu, em 
vários dispositivos, o prazo de 10 dias para que, v. g.: 
 a) o exequente requeira a substituição da penhora (artigo 847); 
e 
b) o exequente requeira, ao invés da sub-rogação, a alienação 
judicial do direito penhorado (artigo 857, parágrafo 1º). 
 
Os embargos à execução devem ser opostos no prazo de 15 dias, 
a contar das situações previstas no artigo 231, considerando-se a 
forma pela qual a citação foi efetivada (artigo 915). 
Não se aplica no âmbito dos embargos à execução o privilégio da 
duplicação do prazo, prevista no artigo 2292 (artigo 915, parágrafo 3º). 
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, 
de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em 
dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou 
tribunal, independentemente de requerimento. 
§ 1º Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 
2 (dois) réus, é oferecida efesa por apenas um deles. 
§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos 
eletrônicos. 
O novel legislador, com o intuito de facilitar a atividade 
profissional dos advogados, estabeleceu, no artigo 1.003, parágrafo 
5º, que: “Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor 
os recursos e para responder-lhes é de 15 dias”, sendo ônus do 
 
2 
recorrente comprovar a existência de feriado local no ato de 
interposição do recurso (parágrafo 6º). 
Nesse particular, a afastar qualquer dúvida, merece também ser 
transcrito o disposto no artigo 1.070: “É de 15 dias o prazo para a 
interposição de qualquer agravo, previsto em lei ou em regimento 
interno de tribunal, contra decisão de relator ou outra decisão 
unipessoal proferida em tribunal”. 
Os embargos de declaração devem ser opostos no prazo de cinco 
dias (artigo 1.023). 
A contagem de prazo em dobro vale para a interposição e 
resposta dos recursos em geral (artigo 229), inclusive do denominado 
agravo interno. Cuidado! Esta regra — repita-se — não vigora se o 
processo for eletrônico (artigo 229, parágrafo 2º). 
 
Cumpre salientar, por fim, que, diante do princípio tempus regit 
actum, proferido o julgamento sob a égide do CPC/1973, mas intimada 
a parte já na vigência do novo diploma processual, passam a incidir os 
prazos acima referidos. 
Quanto aos entes públicos e o MP o prazo é em dobro para a 
pratica de qualquer ato processual. 
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para 
manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua 
intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1º. 
§ 1º Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem 
o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará 
andamento ao processo. 
§ 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a 
lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o 
Ministério Público. 
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios 
e suas respectivas autarquias e fundações de direito público 
gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações 
processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação 
pessoal. 
 
No caso de incapacidadeprocessual ou irregularidade da 
representação a lei deixa ao critério do juiz estabelecer qual será 
o prazo, trazendo somente as sanções, caso não se cumpra. O 
mesmo ocorre com a formação do litisconsórcio passivo 
necessário, art. 115 parágrafo único. 
 
Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a 
irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o 
processo e designará prazo razoável para que seja sanado o 
vício. 
§ 1º Descumprida a determinação, caso o processo esteja na 
instância originária: 
I – o processo será extinto, se a providência couber ao autor; 
II – o réu será considerado revel, se a providência lhe couber; 
III – o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, 
dependendo do polo em que se encontre. 
§ 2º Descumprida a determinação em fase recursal perante 
tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal 
superior, o relator: 
I – não conhecerá do recurso, se a providência couber ao 
recorrente; 
II – determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a 
providência couber ao recorrido. 
Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a 
integração do contraditório, será: 
I – nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos 
que deveriam ter integrado o processo; 
II – ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram 
citados. 
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, 
o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que 
devam ser litisconsortes, dentro do prazo que 
assinar, sob pena de extinção do processo. 
 
No caso de chamamento ao processo a lei estabelece dois prazos, 
trinta dias e dois meses, e o chamado residir em outra comarca, seção 
ou subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo será de 2 (dois) 
meses. . 
Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em 
litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e 
deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de 
ficar sem efeito o chamamento. 
Parágrafo único. Se o chamado residir em outra comarca, seção 
ou subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo será de 2 
(dois) meses. 
 
Lembrando que esta dentro dos poderes do juiz dilatar os prazos. 
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições 
deste Código, incumbindo-lhe: 
VI – dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de 
produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades 
do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do 
direito; 
Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI 
somente pode ser determinada antes de encerrado o prazo 
regular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRAZOS DE 05 DIAS IMPORTANTES NO NCPC 
Art. 101, §2º Prazo para recolhimento das custas processuais 
após a confirmação da denegação ou revogação da 
gratuidade pelo tribunal. 
Art. 107, inciso II Prazo para o advogado, na qualidade de procurador, 
ter vista dos autos de qualquer processo. 
Art. 154, parágrafo único Prazo para a parte contrária se manifestar sobre 
proposta de autocomposição certificada nos autos 
por Oficial de Justiça. 
Art. 218, §3º Prazo para a prática de ato processual a cargo da 
parte, se outro não houver sido determinado por lei 
ou pelo juiz. 
Art. 226, inciso I Prazo para que o juiz profira despachos. 
Art. 303, §6º Prazo para emenda da petição inicial que requereu 
inicialmente apenas a tutela provisória de urgência 
antecipada em caráter antecedente e o órgão 
jurisdicional entendeu não haver elementos para 
concedê-la naquele momento processual. 
Art. 306 Prazo para o réu contestar o pedido formulado no 
âmbito do procedimento da tutela provisória de 
urgência cautelar requerida em caráter antecedente. 
Art. 331, caput Prazo para a retratação do juiz no caso de recurso 
de apelação contra decisão que indeferiu a petição 
inicial. 
Art. 332, §3º Prazo para a retratação do juiz no caso de recurso 
de apelação contra decisão que julgou liminarmente 
improcedente o pedido. 
Art. 357, §1º Prazo para que as partes peçam esclarecimentos ou 
solicitem ajustes em relação à decisão de 
saneamento do processo. 
Art. 465, §2º Prazo para que o perito nomeado apresente 
proposta de honorários, currículo com comprovação 
de especialização e contato profissional, em especial 
o eletrônico. 
Art. 485, §7º Prazo para a retratação do juiz no caso de recurso 
de apelação contra sentença terminativa (sem 
resolução de mérito). 
Art. 617, parágrafo único Prazo para assinatura do termo de compromisso da 
inventariança. 
Art. 675, caput Prazo para oposição dos embargos de terceiro na 
fase executiva após a adjudicação, alienação por 
iniciativa particular ou arrematação. 
Art. 854, §3º Prazo para que o executado, no caso de penhora de 
dinheiro em depósito ou aplicação financeira, 
comprove que as quantias tornadas indisponíveis 
são impenhoráveis ou que há excesso de execução. 
Art. 916, §1º Prazo para que o juiz decida acerca do requerimento 
de parcelamento do débito exequendo, aplicável 
apenas à execução de título extrajudicial. 
Art. 932, parágrafo único Prazo para que o recorrente saneie o vício ou 
complemente a documentação exigível antes da 
inadmissibilidade do recurso pelo relator. 
Art. 1.007, §2º Prazo para que o recorrente supra a insuficiência no 
valor do preparo (inclusive porte de remessa e 
retorno) a fim de evitar a deserção. 
Art. 1.007, §7º Prazo para que o recorrente saneie eventual dúvida 
quanto ao recolhimento do preparo ou equívoco em 
relação ao preenchimento da guia de custas. 
Art.1.019, inciso I Prazo para que o relator, se o caso, atribua efeito 
suspensivo ao recurso ao defira, total ou 
parcialmente, a tutela antecipada no âmbito recursal, 
comunicando ao juiz a sua decisão. 
Art.1.023, caput e §2º e 1.024 Prazo para oposição, resposta e julgamento dos 
embargos de declaração. 
Art. 1.036, §2º Prazo para que o recorrente se manifeste sobre 
requerimento de interessado no sentido de excluir da 
decisão de sobrestamento e inadmitir o recurso 
especial ou extraordinário interposto de forma 
intempestiva no rito previsto para o julgamento dos 
recursos extraordinários lato sensu repetitivos. 
 
PRAZOS DE 10 DIAS: 
PRAZOS DE 10 DIAS IMPORTANTES NO NCPC 
Art. 143, parágrafo único Prazo para que o juiz aprecie o requerimento feito 
pela parte no sentido de que houve, sem justo 
motivo, recusa, omissão ou retardamento de 
providência que devia ser feita de ofício ou a 
requerimento, sob pena de responsabilização do 
magistrado, civil e regressivamente, por perdas e 
danos. 
Art. 226, II Prazo para que o juiz profira decisões 
interlocutórias. 
Art. 235, §2º Prazo para que o juiz ou o relator representado ao 
corregedor do tribunal ou ao Conselho Nacional de 
Justiça pratique o ato requerido. 
Art. 240, §2º Prazo para que o autor adote as providências 
necessárias para viabilizar a citação, sob pena de a 
prescrição não ser interrompida nem retroagir à data 
da propositura da demanda. 
Art. 254 Prazo para que o escrivão ou o chefe de secretaria, 
após a efetivação da citação por hora certa, envie 
ao réu, interessado ou executado, carta, telegrama 
ou correspondência eletrônica para lhe dar ciência 
de tudo. 
Art. 268 Prazo para devolução ao juízo de origem da carta 
precatória, carta de ordem ou carta arbitral 
cumprida, pagas as custas pela parte. 
Art. 334, §5º Prazo mínimo de antecedência em relação à 
audiência de conciliação/sessão de mediação, para 
apresentação, pelo réu, de petição manifestando o 
seu desinteresse na resolução consensual do 
conflito. 
Art. 477, §4º Prazo mínimo de antecedência em relação à 
audiência para que o perito ou o assistente técnico 
seja intimado por meio eletrônico. 
Art. 539, §1º Prazo para manifestação de recusa peloréu, 
cientificado por meio de carta com aviso de 
recebimento, acerca da consignação em 
pagamento de obrigação em dinheiro feita pelo 
autor em estabelecimento bancário. 
Art. 545, caput Prazo para que o autor da ação de consignação em 
pagamento complemente o depósito inicialmente 
feito em razão da alegação de insuficiência por 
parte do réu. 
Art. 723, caput Prazo para que o juiz decida o pedido formulado no 
bojo de procedimento de jurisdição voluntária. 
Art. 828, §1º Prazo para que o exequente comunique ao juízo da 
execução as averbações feitas a partir de certidão 
comprovando a admissão da demanda executiva. 
Art. 828, §2º Prazo para que o exequente, após a penhora de 
bens suficientes para cobrir o valor exequendo, 
providencie o cancelamento das averbações 
realizadas em relação a outros bens não 
penhorados. 
Art. 830, §1º Prazo para que o Oficial de Justiça, após ter 
arrestado os bens do executado não encontrado, 
procure-o por duas vezes em dias distintos e, 
havendo suspeita de ocultação, realize a citação por 
hora certa. 
Art. 847, caput Prazo para que o executado, uma vez intimado da 
penhora, requeira a substituição do bem penhorado, 
desde que comprove que lhe será menos onerosa e 
não trará prejuízo ao exequente (necessário 
equilíbrio entre os princípios da menor onerosidade 
dos meios executivos e da máxima efetividade da 
execução). 
Art. 857, §1º Prazo para que o exequente, após a penhora de 
direito do executado, declare a sua preferência pela 
alienação judicial, em vez da opção pela sub-
rogação. 
Art. 862, caput Prazo para que o administrador-depositário 
nomeado pelo juiz apresente plano de 
administração quando a penhora recair em 
estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, 
bem como em semoventes, plantações ou edifícios 
em construção. 
Art. 870, parágrafo único Prazo para que o avaliador entregue o laudo na 
execução. 
Art. 903, §2º Prazo para que, após o aperfeiçoamento da 
arrematação, seja indicado eventual vício para 
apreciação pelo juiz. 
Art. 903, §5º Prazo para que o arrematante prove, após a 
arrematação, a existência de ônus real ou gravame 
não mencionado no edital, podendo, nesse caso, 
desistir da arrematação. 
Art. 940, caput Prazo para que o relator ou outro juiz que não se 
sinta habilitado a proferir voto de imediato solicite 
vista dos autos do recurso interposto. 
Art. 940, §1º Prazo máximo possível de prorrogação da vista dos 
autos do recurso solicitada por relator ou juiz. 
Art. 943, §2º Prazo para que, lavrado o acórdão, a sua ementa 
seja publicada no órgão oficial. 
Art. 973, caput Prazo para que, na ação rescisória, concluída a 
instrução, autor e réu apresentem, sucessivamente, 
as suas razões finais. 
Art. 989, §1º Prazo para que, no bojo dos autos da reclamação, 
a autoridade a quem for imputada a prática do ato 
impugnado preste informações. 
 
 
ROTINA MODIFICADA 
STJ muda regimento interno e cria enunciados para aplicar 
o novo CPC 
ImprimirEnviar4773081 
17 de março de 2016, 21h55 
O Superior Tribunal de Justiça divulgou mudanças em seu 
regimento interno com o objetivo de adequar-se ao novo Código 
de Processo Civil, que entrará em vigor nesta sexta-feira (18/3). 
A aprovação das medidas foi concluída em sessão do Pleno 
fechada ao público, na tarde da última quarta-feira (16/3), e a 
emenda regimental ainda será publicada. 
 
As alterações ainda são parciais, porque alguns temas 
ficaram de fora. O STJ afirma que deu prioridade a questões mais 
urgentes, como plenário virtual, recursos repetitivos, incidente 
de assunção de competência e outras novidades estão “em fase 
final de análise”, segundo o tribunal. 
 
Embora o novo CPC defina o prazo de dez dias para 
devolução de pedidos de vista, os ministros preferiram manter o 
limite atual de 60 dias (prorrogáveis por mais 30). O plenário 
entendeu que a regra vale apenas a tribunais locais e que o prazo 
de dez dias seria inviável em uma corte responsável por definir 
teses jurídicas que são aplicadas em todo o país. 
 
O STJ ampliou os poderes do relator para dar mais 
agilidade às decisões monocráticas. A partir de agora, o relator 
pode decidir monocraticamente sempre que houver 
jurisprudência dominante da própria corte ou do Supremo 
Tribunal Federal. 
 
Chegou ao fim o julgamento de embargos de declaração 
em mesa ou por lista. Os casos serão previamente publicados em 
pauta na tentativa de garantir transparência e previsibilidade ao 
julgamento. O STJ publicou a súmula 568: “O relator, 
monocraticamente e no Superior Tribunal de Justiça, poderá dar 
ou negar provimento ao recurso quando houver entendimento 
dominante acerca do tema”. 
 
Orientação 
Paralelamente às mudanças regimentais, o STJ elaborou 
uma série de enunciados administrativos do novo código: 
 
Enunciado administrativo número 2 
Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 
(relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem 
ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele 
prevista, com as interpretações dadas, até então, pela 
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. 
 
Enunciado administrativo número 3 
Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015 
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) 
serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma 
do novo CPC. 
 
Enunciado administrativo número 4 
Nos feitos de competência civil originária e recursal do STJ, 
os atos processuais que vierem a ser praticados por julgadores, 
partes, Ministério Público, procuradores, serventuários e 
auxiliares da Justiça a partir de 18 de março de 2016, deverão 
observar os novos procedimentos trazidos pelo CPC/2015, sem 
prejuízo do disposto em legislação processual especial. 
 
Enunciado administrativo número 5 
Nos recursos tempestivos interpostos com fundamento no 
CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 
2016), não caberá a abertura de prazo prevista no art. 932, 
parágrafo único, c/c o art. 1.029, § 3º, do novo CPC. 
 
Enunciado administrativo número 6 
Nos recursos tempestivos interpostos com fundamento no 
CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de 
março de 2016), somente será concedido o prazo previsto no art. 
932, parágrafo único, c/c o art. 1.029, § 3º, do novo CPC para 
que a parte sane vício estritamente formal. 
 
Enunciado administrativo número 7 
Somente nos recursos interpostos contra decisão publicada 
a partir de 18 de março de 2016, será possível o arbitramento 
de honorários sucumbenciais recursais, na forma do art. 85, § 
11, do novo CPC. 
 
Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.

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