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Conceitos Fundamentais do Direito

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O Direito é instrumento de pacificação social, expresso por normas jurídicas, criadas pela sociedade, interpretada pelos indivíduos, aplicada pelo estado e dotado de sanção. 
Direito é fato social, não existe senão na sociedade e não pode ser concebido fora dela.
Ciência do Direito é uma forma de conhecimento positivo da realidade social segundo normas ou regras objetivadas, ou seja, tornadas objetivas, no decurso do processo histórico. 
Direito Positivo, como sendo o Direito que, em algum momento histórico, entrou em vigor, teve ou continua tendo eficácia.
A Positividade do Direito pode ser vista como uma relação entre vigência e eficácia.
DIREITO NATURAL: são aspirações jurídicas de determinada época que surgem da natureza social do homem e que se revelam pela conjugação da experiência e da razão. É um conjunto de princípios universais. Não é algo escrito, mas deverá ser consagrado pelo direito positivo, a fim de se ter um ordenamento jurídico (conjunto de normas jurídicas; conduta exigida ou o modelo imposto de organização social) realmente justo. Para alguns autores, o Direito Natural não é mutável, o que muda é a forma como a sociedade o encara. Para outros, ele muda, vai evoluindo com a sociedade e sendo acrescentado por novos ideais, novas aspirações. 
Exemplos de direitos naturais: o direito à vida, o direito à liberdade.
DIREITO POSITIVO: é o Direito criado ou reconhecido pelo Estado; é a ordem jurídica obrigatória num determinado tempo e lugar, independentemente de ser escrito ou não, pois outras formas de expressão jurídica constituem, também, Direito Positivo (ex.: os costumes, jurisprudência). O que é essencial saber é que o Direito Positivo é o Direito institucionalizado pelo Estado. 
* Obs.: Direito Natural e Direito Positivo são distintos, mas se interligam, convergem-se reciprocamente, pois, como vimos nos conceitos acima, o Direito Natural depende de uma consagração do Direito Positivo, de um respaldo pelo Estado, para que exista um ordenamento ou ordem jurídica justa. De outro lado, o Direito Positivo também deve atentar, observar, as aspirações, os ideais, da sociedade, no tempo e no espaço, para que a ordem jurídica seja respeitada e não algo arbitrário.
DIREITO OBJETIVO: é o Direito vigente (direito positivo) tomado pelo seu aspecto objetivo, ou seja, é a norma de conduta e organização social. É algo teórico, uma previsão. 
DIREITO SUBJETIVO: é o Direito vigente (direito positivo) tomado pelo seu aspecto subjetivo. São as possibilidades ou poderes de agir que uma ordem jurídica ou um contrato garante a alguém de exigir de outra pessoa uma conduta ou uma omissão. É o direito personalizado, é a norma (direito objetivo) perdendo o seu caráter teórico e se projetando numa relação jurídica concreta, numa situação que ocorreu. Ex.: Fulano tem direito à hora-extra porque trabalhou depois de seu horário normal. Beltrano tem direito à indenização porque foi publicada, num jornal de grande circulação, uma notícia falsa a seu respeito. 
O Direito subjetivo pode ser: patrimonial (direitos reais e obrigacionais) ou não patrimonial. 
- O direito patrimonial é alienável e transferível para outra pessoa (pode ser dado, vendido, trocado); exemplo o direito de propriedade.
- O direito não patrimonial não é alienável, não é transferível; exemplo: direito à vida; direito ao nome (o artigo 16 do Código Civil prevê: “toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendido o prenome e o sobrenome”).
Direito Público (as relações que se referem ao Estado e traduzem o predomínio do interesse coletivo são chamadas relações públicas).
Direito Privado (a relação que existe entre pai e filho, ou então, entre quem compra e quem vende determinado bem, não é uma relação que interessa de maneira direta ao Estado, mas sim ao indivíduo enquanto particular)
O Direito é, pois, um conjunto de estudos discriminados; abrange um tronco com vários ramos; cada um desses ramos tem o nome de disciplina. 
Disciplina é um sistema de princípios e de regras a que os homens se devem ater em sua conduta; no conceito de disciplina, há sempre a ideia de limite discriminando o que pode, o que deve ou o que não deve ser feito, mas dando-se a razão dos limites estabelecidos à ação. 
Ontologia = estudo do fato natural
Deontologia = estudo do fato jurídico de valor
Anomia = processo de desobediência das normas sociais que é imposto ao infrator uma consequência para o seu regresso ao estado social anterior.
Fato social = relação intersubjetivas entre dois ou mais indivíduos (direitos e deveres).
Indivíduo = Caraterística da sociabilidade
Institucionalidade = caraterística social e tendência de criar instituição sociais.
Heteronomia = é a característica da norma jurídica que estabelece que esta se impõe à vontade do destinatário — ou seja, a lei é imposta ao indivíduo, e exterior a ele, podendo ser criada por um ente interno (como o Estado), um ente supraestatal (como um bloco econômico) ou um ente internacional (como a ONU).
Moral: são normas que orientam as consciências humanas em suas atitudes. Preocupa-se com o bem, no sentido integral (de realização) e integrado (condicionamento ao interesse do próximo).
Regra = Aproxima direito a justiça.
ATENÇÃO: A bilateralidade e a coercibilidade são características próprias do Direito. Não estão presentes nos demais instrumentos de controle social.
Bilateral: no sentido de que impõe deveres, mas também prevê direitos.
Unilateral: no sentido de que impõe deveres. Não há previsão de direitos.
Heterônomo: no sentido de que as normas devem ser cumpridas.
Autônomo: no sentido de que as normas podem ser cumpridas, por um querer espontâneo das pessoas.
Exterior: no sentido de que as normas são voltadas para as ações humanas; atuam diretamente nas ações das pessoas em sociedade.
Interior: no sentido de que as normas são voltadas mais para a consciência das pessoas, como um aconselhamento que pode interferir na conduta que essa pessoa quer ou pretende ter.
Coercível: no sentido de que são normas ditadas pelo Estado (único detentor do poder de exigir das pessoas o cumprimento de tais normas.).
Incoercível: no sentido de que as normas não partem do poder estatal, de modo que podem ou não ser cumpridas. Notem a correlação dessa característica com outra característica: a autonomia.
Sanção prefixada: são normas que já trazem, de antemão, qual será a punição para o caso de a pessoa vir a descumprir seus preceitos.
Sanção difusa: são normas que não trazem uma punição prefixada; no momento da violação da norma, é que haverá uma reprovação, uma censura, ao infrator, por diversas formas (Lembram do olhar dos demais passageiros para quem não cede o lugar para um idoso no ônibus? Ou o olhar de reprovação para o advogado com trajes não adequados ao ambiente forense?).
JUSTIÇA
Zetética significa problematizar, questionar. Disciplinas zetéticas são, portanto, aquelas que acentuam a pergunta (perguntam o que é alguma coisa), de modo que os dogmas, as evidências, sobre determinado tema são apenas pontos de partida, permitindo uma aprendizagem mais profunda. 
Dogmática significa doutrinar, ensinar algo. Disciplinas dogmáticas acentuam, portanto, a resposta; perguntam o que deve ser alguma coisa. Por conta disso, parte de pressupostos, premissas inatacáveis, que não podem ser questionadas (dogmas). 
Zetética Empírica → Experiência 
 Zetética  Analítica → Lógica 
Zetética  analítica  pura → Ocupa-se  com os pressupostos últimos e  condicionantes bem como com a  crítica dos fundamentos formais e materiais do fenômeno jurídico e  de seu conhecimento.
Zetética analítica aplicada → Ocupa-se com a instrumentalidade dos pressupostos últimos e  condicionantes do fenômeno jurídico e  seu  conhecimento, quer  nos aspectos formais, quer nos materiais. 
Zetética empírica pura→ Ocupa-se do  direito enquanto regularidades de comportamento efetivo, enquanto  atitudes e  expectativas generalizadas que  permitam explicar  os diferentes fenômenos sociais.
Zetética empíricaaplicada→ Ocupa-se do direito como um instrumento que atua socialmente dentro de  certas condições sociais.
Verdade formal a que resulta do processo, embora possa não encontrar exata correspondência com os fatos, como aconteceram historicamente.
Verdade real é aquela a que chega o julgador, reveladora dos fatos tal como ocorreram historicamente e não como querem as partes que apareçam realizados
Justiça Formal:
Sanção jurídica
É a consequência atribuída pela lei, de modo prévio e limitado, que garante a força e eficácia do próprio direito, de modo que coloque o infrator da norma em estado de regreço ao estado jurídico anterior.
No âmbito jurídico, a sanção pode ser tanto considerada um prêmio como uma pena.
Quando determinada decisão é desfavorável para alguém, é chamada de punitiva; quando passa a ser favorável, chama-se de sanção premiatival.
Coerção é o "direito de usar a força" por parte do Estado
Coação caracteriza-se pelo constrangimento físico ou moral para alguém fazer algum ato sob o fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família ou a seus bens (Art.151 do CC).
Coação Privada : fora da sanção jurídica (auto tutela)
Abuso de Poder: fora da sanção juridica em nome do estado.
Auto Tutela: Forma de solução de conflito de interesse, em que há a imposição de um interesse em detrimento a outro mediante do uso da forçã física, moral, psicologica ou económica. É em regra, vedada pelo direito, uma vez que confunde a idéia de justiça com a satisfação pessoal de um interesse.
O direito reconhece em alguns caso o uso da força privada ( auto-tutela em auto defesa):legitima defesa, estado de necessidade, turbação ou esbulho processorio. 
Jurisdição: é o poder e dever do Estado em dizer o direito em um caso concreto. 
Divide-se em :
Jurisdição voluntária: se realiza quando o Estado é chamado para atender interesse comuns e que não a conflito.
Jurisdição contenciosa: o Estado é chamado para resolver conflitos de interesse. Baseia-se em:
Princípio da inercia: o judiciário só age por manifestação da vontade do interesse que manifesta-se através do seu direito subjetivo.
Princípio do devido Processo Legal: para a realização da segurança jurídica, toda forma de aquisição, modificação ou extinção de direitos e deveres deverá atender as exigências que a lei assim definir, sob pena de serem considerados nulos e sem efeitos.
Princípio do contraditório: chamamento do réu para a ciência dos fatos a ele imputados.
Princípio da ampla defesa: garantia de uso de todos os meios juridicamente possíveis de provas, que permitam corobar com as alegações das partes.
O ordenamento jurídico destina-se a reger as relações sociais entre indivíduos e grupos. As pessoas, às quais as regras jurídicas se destinam, chamam-se sujeitos de direitos, que podem ser tanto uma pessoa natural ou física quanto uma pessoa jurídica, que é um ente coletivo. 
Denomina sujeito de direito aquele a quem cabe o dever a cumprir ou o poder de exigir, ou ambos. 
Refletindo esta ordem de noções é que o Código Civil de 2002 logo no art. 1º estabelece cristalinamente o seguinte: “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. O art. 2º, completando essa matéria de tão grande relevo para a civilização e para a cultura jurídica, dispõe que: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. 
Dizer que todos os homens, via de regra, sem distinção de nacionalidade, são titulares de direitos e obrigações na ordem civil é afirmar uma conquista da civilização. 
A personalidade é a capacidadede exercer determinadas atividades e de cumprir determinados deveres decorrentes da convivência em sociedade. 
O conceito de capacidade, em sentido estrito e próprio, não se confunde, porém, com o de personalidade.
Personalidade todos os homens têm, desde o nascimento. Para se reconhecer a personalidade não é mister indagar do sexo, da idade ou do discernimento mental.
Capacidade de fato condições materiais do exercício.
Capacidade de direito é concernente à aptidão legal para a prática dos atos.
Recém nascidos ou dementes, todos são pessoas, todos possuem personalidade. Nem todos, porém, dispõem de igual capacidade jurídica, isto é, têm igual possibilidade de exercer certos atos e por eles serem responsáveis. 
Nem sempre o ser humano está em condições de exercer o que lhe cabe como pessoa. A personalidade sempre é protegida, mas, às vezes, a proteção é feita por outrem. 
A criança é uma pessoa que o Direito cerca de todo um complexo de garantias, que, pela natureza das coisas, não é confiado a ela mesma, mas a seus pais ou representantes: é um caso típico em que a capacidade de direito não é senão reflexo de uma incapacidade natural ou de fato.
NORMA JURÍDICA
Definição de norma jurídica: comando comportamental disposto de forma objetiva que é dependente da capacidade de abstração humana e que acompanha um senso de justiça dominante. 
Importância do estudo da norma jurídica: é a própria substância do direito objetivo; é o ponto culminante do processo de elaboração do Direito; é o ponto de partida operacional da dogmática jurídica (lembrem-se: dogmática jurídica tem a função de sistematizar e descrever a ordem jurídica vigente). 
Papel da norma jurídica: é instrumento de definição da conduta exigida pelo Estado (como e quando agir?). Para Nader, a norma jurídica atua como uma fórmula de justiça que satisfaz a sociedade num determinado momento histórico.
Norma jurídica é diferente de lei: lei é uma das formas de expressão das normas jurídica, assim como os costumes e a jurisprudência são formas predominantes noutros Estados. 
Instituto jurídico é diferente de ordem jurídica: instituto jurídico é a reunião de normas jurídicas afins, que rege um tipo de relação social ou de interesse, e que se identifica pelo objetivo que procura realizar. É uma parte da ordem jurídica. O instituto se fixa apenas num tipo de relação social ou de interesse (ex.: adoção; casamento).
Ordem jurídica, por sua vez, é o conjunto de normas jurídicas que dispõe sobre a generalidade das relações sociais. (ex.: o conjunto de normas de Direito Civil).
Caracteres: existem diversas categorias de normas jurídicas, mas de uma forma geral, podemos vislumbrar as seguintes características: AI, BCG
Abstratividade: a norma jurídica regula os casos que ocorrem via de regra, a fim de atingir o maior número de situações práticas. Daí dizermos que é um “dever ser”.
Imperatividade: imposição de vontade (não é mero conselho). 
Bilateralidade: a norma jurídica apresenta dois lados – direitos e deveres. O direito é o que chamamos de direito subjetivo e o dever, o dever jurídico (um não existe sem o outro, numa relação jurídica).
Coercibilidade: possibilidade de se fazer uso da coação. Coação é uma reserva de força estatal, a serviço do Direito e é formada por dois elementos: psicológico (intimidação através de penalidades previstas para o caso de violação da norma jurídica); material (é a força propriamente dita, que é acionada quando o destinatário da norma jurídica não a cumpre espontaneamente).
COAÇÃO NÃO SE CONFUNDE COM SANÇÃO: coação é reserva de força estatal; é possibilidade de o Estado utilizar a força a serviço das instituições jurídicas. Já a sanção é a medida punitiva propriamente dita, que é prevista para o caso de violação da norma jurídica (é a punição, a pena). 
Generalidade: é o preceito de ordem geral, que obriga ou se refere a todos que se encontrem na mesma situação jurídica. 
Estrutura da norma jurídica: Para Kelsen, “em determinadas circunstâncias, um determinado sujeito deve observar tal ou qual conduta; se não a observa, outro sujeito, o Estado, deve aplicar ao infrator uma sanção.” As normas jurídicas seriam, assim, formadas por uma norma primária (dado um fato temporal, deve ser praticada a prestação) e por uma norma secundária (a sanção para a violação do dever jurídico). 
Com esse entendimento, Kelsen dá a entenderque a norma jurídica permite ao destinatário uma escolha entre alternativas: adotar a conduta definida como lícita ou se sujeitar à sanção prevista para o caso de infração. 
Acontece que a norma jurídica é uma estrutura una, não se subdividiria em norma primária e norma secundária, pois a sanção a integra, faz parte, num sentido diverso de alternativa ao destinatário. É a sanção uma parte da norma que se implementa com a infração ao preceituado legalmente, e não porque o destinatário quis, escolheu ser punido.
7.8 Regra jurídica é diferente de princípio: “Tanto as regras como os princípios são normas porque ambos dizem o que deve ser. Ambos podem ser formulados com a ajuda de expressões, como permissão ou proibição.” (ALEXY). Mas há alguns critérios utilizados pelos estudiosos, a fim de distingui-los. Um desses critérios é o da generalidade: os princípios são normas de um grau de generalidade alto e as regras, de nível relativamente baixo de generalidade.
Classificação:
- Normas jurídicas quanto ao sistema a que pertencem: normas jurídicas nacionais; normas jurídicas estrangeiras; normas jurídicas de Direito Uniforme.
- Normas jurídicas quanto à fonte: normas jurídicas legislativas (são aquelas escritas e previstas pelas leis); normas jurídicas consuetudinárias (são as normas jurídicas não escritas, advindas das práticas reiteradas da sociedade; são os costumes); normas jurídicas jurisprudenciais (são as criadas pelos tribunais). “No sistema de tradição romano-germânica, ao qual se filia o Direito brasileiro, a jurisprudência não deve ser considerada como fonte formal do Direito. No sistema do Common Law, adotado pela Inglaterra e Estados Unidos, os precedentes judiciais têm força normativa.” (NADER, 1998, p.107).
- Normas jurídicas quanto à hierarquia: normas constitucionais (Constituição e as Emendas Constitucionais); normas infraconstitucionais (são aquelas abaixo da Lei Maior de um Estado). No Brasil, temos: lei complementar, lei ordinária, lei delegada, medida provisória, decretos legislativos, resoluções, decretos e portarias. 
Dentre essas normas infraconstitucionais, também há uma hierarquia, seguindo essa ordem que colocamos acima.
- Normas jurídicas quanto à vontade (ou à imperatividade, melhor dizendo): normas jurídicas taxativas ou cogentes (normas de ordem pública que todos estão adstritos. Ex.: exigências para fazer um testamento); normas jurídicas dispositivas (normas de conduta que deixam aos destinatários uma margem de atuação, de escolha para dispor de maneira diversa. 
Nessa classificação, notamos a diferenciação entre normas taxativas e normas dispositivas, no fato de que nestas a manifestação da imperatividade é menos intensa que nas normas taxativas.
TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO
Validade: dizemos que uma norma jurídica é válida quando é elaborado por quem tem competência legislativa e também se atenta para os critérios formais e materiais de seu procedimento. 
Vigência: é a obrigatoriedade da norma jurídica desde o vigor, até a sua revogação (expressa ou tácita). É o tempo de validade da norma jurídica, tempo de sua permanência no ordenamento jurídico. 
Vigor: é o momento em que a observância da norma jurídica passa a ser exigida. Pode ser a partir da publicação, a partir de uma data expressamente estabelecida pelo legislador, ou, silenciando este, em 45 dias depois de oficialmente publicada a lei (artigo 1º da Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro).
Quando uma norma jurídica não começa a viger da publicação, mas por outra data (expressamente dita pelo legislador ou em 45 da publicação), há um espaço de tempo que a doutrina chama de vacatio legis (período de vacância da lei).
Eficácia: dizemos que uma norma jurídica é eficaz quando produz os efeitos a que se propôs. 
Efetividade: dizemos que uma norma jurídica é efetiva quando é atendida por todos os destinatários, incluindo o legislador.
TODA NORMA JURÍDICA EFICAZ É EFETIVA, PORQUE, PARA PRODUZIR SEUS EFEITOS, FOI, EVIDENTEMENTE, ATENDIDA, OBSERVADA, POR SEUS DESTINATÁRIOS. 
Revogação: é a perda da vigência de uma lei. Representa a retirada de uma lei do ordenamento jurídico de determinado Estado. 
- A revogação varia de acordo com o tipo de lei: 
Resumindo: lei de caráter permanente = revogação por outra lei.
lei de caráter temporário = revogação pelo implemento da condição ou pelo decurso do tempo.
Obs.: No Brasil, as leis são, em geral, de caráter permanente. Apenas em situações excepcionais (alguma calamidade, situação emergencial, por exemplo), o legislador pode optar por editar uma lei de caráter temporário.
- A revogação da lei pode ser expressa ou tácita; total ou parcial:
Expressa: quando a lei nova (no caso de lei de efeito permanente) determina claramente a revogação da lei anterior; ou, no caso de lei de caráter temporário, pelo fato de a própria lei determinar claramente (por condição ou por termo) quando será revogada. 
Tácita: quando a lei nova, sem indicar claramente que revogou a anterior, trata do mesmo assunto dessa lei anterior. 
A revogação tácita só é possível quando estivermos falando de uma lei de efeito permanente, já que a lei de efeito temporário depende de pré-determinação expressa do fim da sua vigência.
Parcial ou Derrogação: quando a lei nova, de forma expressa ou tácita, revoga apenas parte da lei anterior.
Total ou Ab-rogação: quando a lei nova, de forma expressa ou tácita, revoga toda a lei anterior. 
OBS.: Na revogação parcial e na revogação total estamos considerando uma lei de efeito permanente. Hipoteticamente, uma lei de efeito temporário pode revogar total ou parcialmente a legislação anterior sobre a mesma matéria, o que é muito difícil de ocorrer dada à peculiaridade, à situação excepcional que exige a edição de uma lei de caráter temporário.
Princípio da irretroatividade da lei: no Direito brasileiro, a lei é, em geral, irretroativa; não retroage no tempo para alcançar fatos, acontecimentos passados. Exceções a esse princípio podem ser vistas no Direito Penal e no Direito Tributário, quando advém uma lei que beneficiará o criminoso ou o contribuinte, respectivamente.
Repristinação: é o nome técnico dado para o fenômeno de retorno à vigência de uma lei já revogada. Ocorre quando uma terceira lei revoga uma segunda lei, e a primeira, por esta (segunda lei) revogada, recupera a sua vigência. 
Eficácia juridica
Eficácia social
efetividadee
Normas Jurídicas prescritivas: determina condutas F+V+R
Normas Jurídicas Descritivas: F+R
Normas Jurídicas competência: definidora de quantidade de poder estatal que cada lei poderá regular ou cada agente ou órgão poderá exercer.

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