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Aula 11

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Aula 11
Direito Administrativo p/ INSS - Analista do Seguro Social - Serviço Social - 2016
Professor: Daniel Mesquita
Direito administrativo p/ INSS ʹ Analista do 
Seguro Social. 
Teoria e exercícios comentados. 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 11 
 
 
 
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 53 
Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook:Daniel Mesquita 
AULA 11: Licitações: dispensa e 
inexigibilidade (Lei nº 8.666/1993). 
 
SUMÁRIO 
1) INTRODUÇÃO À AULA 11 2 
2) DISPENSA E INEXIGIBILIDADE 2 
2.1 ASPECTOS GERAIS 2 
2.2 LICITAÇÃO DISPENSADA 3 
2.3 LICITAÇÃO DISPENSÁVEL 8 
2.4 LICITAÇÃO INEXIGÍVEL 21 
2.5 PROCEDIMENTO 29 
3) SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E PENAIS 31 
3.1 DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS 32 
3.2 DOS CRIMES E DAS PENAS 34 
4) RESUMO 38 
5) QUESTÕES 44 
6) REFERÊNCIAS 51 
 
 
 
 
Direito administrativo p/ INSS ʹ Analista do 
Seguro Social. 
Teoria e exercícios comentados. 
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1) Introdução à aula 11 
 
Nesta aula 11 de Direito Administrativo para o INSS ± Analista do 
Seguro Social, abordaremos um ponto muito importante da matéria, a 
segunda parte de licitações. 
Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na 
véspera da prova! 
Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a 
prova. Lembre-se: o planejamento é fundamental. 
Chega de papo, vamos a luta! 
 
2) DISPENSA E INEXIGIBILIDADE 
 
2.1 Aspectos gerais 
 
Aqui, meus amigos, você não tem 30% de chances de uma questão 
desse tópico entrar na sua prova não, você tem 100% de chances de 
que você vai ter uma questão de dispensa ou inexigibilidade de licitação 
em sua prova. 
O mesmo dispositivo constitucional que impõe a obrigatoriedade da 
licitação prevê que a lei pode dispensá-la em casos específicos. Assim, 
em razão da incompatibilidade da situação apresentada com a demora 
do procedimento licitatório, em hipóteses em que a realização de uma 
licitação não faria qualquer sentido (fornecedor único, por exemplo) ou 
para a satisfação de interesses estatais específicos, o inciso XXI do art. 
37 da CF possibilita à legislação ordinária prever casos em que a 
contratação se dará de forma direta. 
A contratação direta, contudo, é medida excepcional e as 
hipóteses previstas em lei são taxativas, não se admitindo 
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interpretação extensiva. Nesse ponto, o administrador deve ser 
cauteloso, pois dispensar ou inexigir a licitação fora dos casos previstos 
em lei é tipo penal descrito no art. 89 da Lei nº 8.666/93. 
A Lei 8.666/93 traz hipóteses de dispensa (dispensável e 
dispensada) e de inexigibilidade de licitação. 
É inexigível a licitação quando a competição for completamente 
inviável. 
A licitação dispensada é aquela em que a lei veda a realização do 
procedimento licitatório, ou seja, não há margem de discricionariedade 
ao administrador, ele não deve fazer a licitação. São as hipóteses do 
art. 17, I e II, da Lei nº 8.666/93, que tratam da alienação de bens 
móveis e imóveis públicos. 
Já na licitação dispensável, a competição é perfeitamente viável, 
mas a lei possibilita ao administrador, valendo-se de seu critério de 
conveniência e oportunidade, dispensar sua realização. Esse ato, 
portanto, é um ato administrativo discricionário. 
Assim, temos: 
 
Licitação inexigível Competição inviável 
Licitação dispensada A lei veda a licitação 
Licitação dispensável O administrador pode não 
fazer 
 
 
 
Vamos às hipóteses legais de cada uma. FORÇA E ATENÇÃO, 
guerreiro! 
 
2.2 Licitação Dispensada 
 
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A regra geral, como visto acima, embasada no art. 37, XXI, da CF, 
é de que as alienações são contratadas mediante processo de licitação 
pública, ressalvados os casos previstos na legislação. 
Com relação aos bens imóveis, a alienação dependerá de (a) 
interesse público devidamente justificado; (b) autorização 
legislativa; (c) avaliação prévia; e (d) licitação na modalidade 
concorrência ou leilão (as hipóteses em que cada modalidade pode ser 
adotada serão estudadas abaixo). 
Não é necessária a autorização legislativa quando o bem imóvel for 
de empresa pública ou sociedade de economia mista. 
Com relação aos bens móveis, a alienação dependerá de (a) 
interesse público devidamente justificado; (b) avaliação prévia; e (c) 
licitação na modalidade concorrência ou por leilão (este último pode ser 
adotado somente se o bem, avaliado isolado ou globalmente, não for de 
valor superior a R$ 650.000,00). 
Essa é a regra. 
Passemos agora ao estudo das exceções, ou seja, das licitações 
dispensadas para a alienação de bens públicos. 
Os casos em que a licitação é expressamente dispensada por lei 
(art. 17, I da Lei 8.666/93) para a disposição de bens imóveis são: 
(a) Dação em pagamento. 
(b) Doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou 
entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, 
ressalvado o disposto nas alíneas (f), (h) e (i). 
Quanto à essa alínea, observa-se que o STF, ao apreciar a medida 
cautelar na ADI 927, determinou a suspensão da eficácia do § 1º do 
art. 17 da Lei Geral que determina a reversão do bem doado ao 
patrimônio da pessoa jurídica doadora quando cessadas as razões que 
justificaram a doação do bem. 
CUIDADO! Essa situação se difere da doação com encargo. Nos 
termos do § 4º do mesmo art. 17, somente será dispensada a licitação 
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QHVVH� FDVR� VH� KRXYHU� ³LQWHUHVVH� S~EOLFR� GHYLGDPHQWH� MXVWLILFDGR´�� 6H�
não houver esse interesse, deverá ser promovida a licitação e no 
instrumento contratual deverá conter cláusula de reversão do bem 
ao doador caso o donatário descumpra o encargo. 
 (c) Permuta por outro imóvel que atenda aos requisitos 
constantes do inciso X do art. 24 da Lei Geral (imóvel destinado ao 
atendimento das finalidades precípuas da Administração e cujas 
necessidades de instalação e localização condicionem a escolha). Essa 
hipótese encontra-se com sua eficácia suspensa por força do mesmo 
julgamento acima mencionado. 
(d) Investidura, que quer dizer a alienação a proprietários de 
imóveis vizinhos da área remanescente de obra pública inaproveitável 
isoladamente ou a alienação aos legítimos possuidores de imóveis para 
fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas 
hidrelétricas.É bom observar que, no primeiro caso, não é dispensada a 
licitação caso o imóvel seja de valor superior a R$ 40.000,00. 
(e) Venda a outro órgão ou entidade da administração 
pública, de qualquer esfera de governo. Nesse ponto, vale incluir 
também a previsão do § 2º do art. 17 da Lei nº 8.666/93, que 
GHWHUPLQD� D� OLFLWDomR� GLVSHQVDGD� SDUD� D� FRQFHVVmR� GH� ³WLWXOR� GH�
propriedade ou de direito UHDO� GH� XVR� GH� LPyYHLV´� TXDQGR� R� XVR�
destinar-se a outro órgão ou entidade da Administração Pública. 
(f) Alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de 
direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis 
residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no 
âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de 
interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da 
administração pública. 
Esse dispositivo fundamenta a desnecessidade de licitação para a 
distribuição de casas populares e a destinação das terras 
desapropriadas para a realização da reforma agrária. 
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(g) Procedimentos de legitimação de posse daqueles que 
moram nas terras devolutas da União e que as tornaram 
produtivas com o seu trabalho e de sua família. O ocupante recebe 
licença de ocupação se preenchidos os requisitos dos arts. 29 e 
seguintes da Lei nº 6.383/76 e, após o prazo da licença, ele terá o 
direito de preferência na aquisição do lote pelo valor histórico da terra 
nua. 
(h) Alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão 
de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens 
imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 
m² e inseridos no âmbito de programas de regularização 
fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou 
entidades da administração pública. 
(i) Alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou 
onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde 
incidam ocupações até o limite de quinze módulos fiscais ou mil e 
quinhentos hectares, para fins de regularização fundiária. Nesse caso, 
além da licitação, é dispensada também a autorização legislativa, desde 
que cumpridos os requisitos legais insertos nos §§ 2º-A e 2º-B do 
dispositivo em comento. 
Já quanto aos bens móveis, as hipóteses de licitação dispensada 
são (art. 17, II da Lei 8.666/93): 
(a) Doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse 
social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-
econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação. 
(b) Permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades 
da Administração Pública. No julgamento da medida cautelar na ADI 
927 pelo STF, foi suspensa a eficácia GD� H[SUHVVmR� ³SHUPLWLGD�
H[FOXVLYDPHQWH� HQWUH� yUJmRV� RX� HQWLGDGHV� GD� $GPLQLVWUDomR� 3~EOLFD´�
para os Estados, Distrito Federal e Municípios. 
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(c) Venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, 
observada a legislação específica. Nesse ponto, Gasparini (2008, p. 
519) informa que a operação de venda de ações é feita por meio de 
corretoras. Para a escolha dessa corretora, o autor entende que é 
obrigatória a licitação se a hipótese não se enquadrar nas situações 
previstas no art. 24 da Lei nº 8.666/93. 
(d) Venda de títulos, na forma da legislação pertinente. 
(e) Venda de bens produzidos ou comercializados por 
órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de 
suas finalidades. Em razão desse dispositivo, as empresas estatais 
que exploram atividades econômicas não precisam licitar para vender 
os bens ou serviços que produzem ou prestam. 
f) Venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou 
entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por 
quem deles dispõe, ou seja, pode um órgão ou ente vender a outro 
determinado bem que está em seu estoque e não será utilizado. 
 
 
 
 
1. (CESPE - 2012 - STJ - Analista Judiciário) Para ser 
considerada válida, a alienação de bens da administração pública deve, 
necessariamente, ser precedida de avaliação, autorização legislativa e 
licitação, além de ser subordinada à existência de interesse público 
devidamente justificado. 
Como acabamos de estudar, a regra geral, é de que as alienações 
são contratadas mediante processo de licitação pública, ressalvados 
os casos previstos na legislação, ou seja, não NECESSARIAMENTE 
deverá ocorrer licitação. Vale lembrar que apenas os bens imóveis 
Questão de 
concurso 
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dependem de autorização legislativa para serem alienados, já que a 
questão menciona "bens da administração pública", sem distinguir entre 
móveis e imóveis. 
Gabarito: Errado. 
 
2. (CESPE - 2010 - MS - Técnico) Caso a administração pública 
pretenda vender bens móveis, tal alienação estará subordinada à 
existência de interesse público devidamente justificado, será precedida 
de avaliação e de licitação e dependerá de autorização legislativa para 
órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais. 
Muito cuidado! A questão trata de bens móveis. Nesse caso não 
há necessidade de autorização legislativa. Daí a incorreção da 
questão. 
Gabarito: Errado. 
 
2.3 Licitação Dispensável 
 
As hipóteses taxativas de licitação dispensável estão no art. 24 da 
Lei nº 8.666/93. 
Marçal Justen Filho (2008, p. 288), tendo por parâmetro a relação 
de custo/benefício na realização ou não da licitação, organiza as 
hipóteses previstas no dispositivo supramencionado da seguinte 
maneira: (a) custo econômico da licitação: o custo econômico de licitar 
é superior ao benefício auferível (incisos I e II); (b) custo temporal da 
licitação: a demora na contratação acarretará sua ineficácia (incisos III, 
IV, XII e XVIII); (c) ausência de potencial benefício em licitar (incisos V, 
VII, VIII, XI, XIV, XVII, XVIII, XXVI, XXVIII e XXIX); (d) destinação da 
contratação: a contratação não é norteada pelo critério da vantagem 
econômica, mas por fins outros que o Estado deseja realizar (incisos VI, 
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IX, X, XIII, XV, XVI, XIX, XX, XXI, XXIV, XXV, XXVII e XXX); (e) inciso 
que não se enquadra em qualquer categoria: XXII. 
Agrupadas as hipóteses de licitação dispensável, passa-se à análise 
das mais importantes. 
Aquisições cujo valor não superam o limite legal (incisos I e 
II); 
O art. 24, I, da Lei nº 8.666/93, diz que é dispensável a realização 
GH�OLFLWDomR�³SDUD�REUDV�H�VHUYLoRV�GH�HQJHQKDULD�GH�YDORU�DWp�����GR�previsto para a modaliGDGH�FRQYLWH� �DUW������ ,�� µD¶���GHVGH�TXH�QmR�VH�
refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras 
e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser 
UHDOL]DGDV�FRQMXQWD�H�FRQFRPLWDQWHPHQWH´� 
O inciso II, por sua vez, dispensa a OLFLWDomR�³SDUD�RXWURV�VHUYLoRV�H�
compras de valor até 10% do previsto para a modalidade convite (art. 
����,,��µD¶��H�SDUD�DOLHQDo}HV��QRV�FDVRV�SUHYLVWRV�QHVWD�/HL��GHVGH�TXH�
não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação 
de maior vulWR�TXH�SRVVD�VHU�UHDOL]DGD�GH�XPD�Vy�YH]´� 
Desse modo, DECORE AS SEGUINTES INFORMAÇÕES E NÃO SE 
ESQUEÇA DELAS NO MOMENTO DA SUA PROVA! 
É dispensável a licitação quando o valor previsto para a 
contratação for igual ou inferior a R$ 15.000,00 para obras e 
serviços de engenharia ou R$ 8.000,00 para outros bens e serviços. 
Esse valor é dobrado para as licitações realizadas por consórcios 
públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por 
autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências 
Executivas (comando do parágrafo único do art. 24). 
É importante observar que o administrador não pode fracionar a 
sua demanda de forma a enquadrar o objeto que pretende contratar 
dentro dos valores máximos definidos pela lei para a dispensa. 
Situações excepcionais (incisos III, IV e IX); 
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Em casos de guerra (conflito que põe em risco a soberania, 
declarado pelo Presidente da República com autorização ou referendo 
do Congresso Nacional), grave perturbação da ordem (situações que 
podem gerar o estado de defesa e o estado de sítio) e risco à segurança 
nacional (nos casos estabelecidos por decreto presidencial, conforme 
regulamentação do Decreto nº 2.295/97), a licitação pode ser 
dispensada. 
A emergência e a calamidade pública (inciso IV) também são 
hipóteVHV� GH� OLFLWDomR� GLVSHQViYHO� ³TXDQGR� FDUDFWHUL]DGD� XUJrQFLD� GH�
atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer 
a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, 
públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao 
atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas 
de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 
180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da 
ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos 
respectivos contratos´� 
ATENÇÃO PARA: 
x Objeto: só para os bens suficientes para afastar o risco 
concreto, iminente e grave; 
x O prazo da obra: máximo 180 dias; 
x A vedação à prorrogação dos contratos emergenciais. 
IMPORTANTE: O administrador não pode fundamentar a 
contratação de bem ou serviço nesse dispositivo se a situação 
emergencial decorre de falta de planejamento ou de desídia da 
própria administração (TCU, Acórdão 771/2005 ± 2ª Câmara). Se a 
contratação emergencial foi realizada com esse fundamento, deverá ser 
apurada a responsabilidade do servidor que deu causa à má gestão ou 
atuou com desídia. 
Licitação frustrada ou deserta (inciso V); 
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e� GLVSHQViYHO� D� OLFLWDomR� TXDQGR� ³QmR� DFXGLUHP� LQWHUHVVDGRV� j�
licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem 
prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as 
FRQGLo}HV�SUHHVWDEHOHFLGDV´� 
ATENÇÃO! Nesse ponto, vale destacar a Orientação 
1RUPDWLYD�$*8� Qž� ���� GH� ������������ QR� VHQWLGR� GH� TXH� ³Não se 
dispensa licitação, com fundamento nos incs. V e VII do art. 24 da Lei 
nº 8.666, de 1993, caso a licitação fracassada ou deserta tenha sido 
realizada na modalidade convite´�� 
Licitação fracassada (inciso VII); 
3RGH�D�DGPLQLVWUDomR�FRQWUDWDU�FRP�GLVSHQVD�GH�OLFLWDomR�³TXDQGR�
as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente 
superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis 
com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, 
observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a 
situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por 
YDORU�QmR�VXSHULRU�DR�FRQVWDQWH�GR�UHJLVWUR�GH�SUHoRV��RX�GRV�VHUYLoRV´� 
É fracassada a licitação quando todos os licitantes que 
comparecem ao certame são desclassificados (caso do inciso em 
comento) ou inabilitados. 
O administrador deve observar, ainda, que a aplicabilidade do 
dispositivo em questão está condicionado ao atendimento do 
procedimento descrito no atual § 3º do art. 48 da Lei nº 8.666/93, ou 
seja, a administração deverá fixar o prazo de 8 dias úteis para que os 
licitantes apresentem novos documentos ou propostas, conforme o 
caso. 
Aquisição de bens ou serviços de entidade que integra a 
Administração Pública (inciso VIII); 
Quanto a essa hipótese, a lei deixa claro que o órgão ou entidade 
prestador do serviço ou produtor do bem deve ser sido criado para esse 
fim específico e em data anterior à vigência da Lei nº 8.666/93. Além 
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disso, o preço contratado deve ser compatível com o praticado no 
mercado. 
CUIDADO! Esse órgão ou entidade que venderá sem licitação não 
pode ser empresa pública ou sociedade de economia mista que exerça 
atividade econômica, diante da norma constitucional expressa no art. 
173, § 2º, da CF, segundo a qual não é possível conceder a essas 
empresas estatais benefícios não extensíveis às empresas privadas. 
Compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das 
finalidades precípuas da administração (inciso X); 
Nesse caso, a dispensa é autorizada em razão das características 
do imóvel que a Administração pretende ocupar. Essa dispensa somente 
pode ser aceita se as condições de localização e instalação forem 
essenciais para o interesse público e se o preço for compatível com o 
praticado no mercado, segundo avaliação prévia. 
Contratação de objeto remanescente (inciso XI); 
É também expressa a possibilidade de a Administração dispensar a 
licitação para a contratação de remanescente de obra, serviço ou 
fornecimento. Para isso, devem ser preenchidos os seguintes requisitos: 
(a) o bem anteriormente contratado não foi executado em sua 
integralidade; (b) houve rescisão do primeiro contrato celebrado; (c) o 
segundo licitante mais bem colocado no certame deve aceitar as 
mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto 
ao preço; (d) o preço pode ser corrigido. Destaca-se, por último, que a 
Administração pode chamar o terceiro colocado no certame ± e assim 
sucessivamente ± se o segundo colocado não concordar em aceitar as 
mesmas condições do licitante vencedor. 
Contratação de instituição brasileira de fim específico 
(inciso XIII); 
Essa contratação somente pode ser realizada sem licitação se essa 
instituiçãobrasileira foi constituída para a pesquisa, ensino, 
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desenvolvimento institucional ou para a recuperação social do 
preso. 
Outros dois requisitos impostos pela norma são: essa instituição 
deve ter reputação ético-profissional inquestionável e não pode ter fins 
lucrativos. 
Esse é o fundamento usado pela Administração para a contratação 
direta da maioria das instituições responsáveis pela elaboração de 
concursos públicos no Brasil. 
Outras hipóteses que merecem ser mencionadas; 
Também é dispensável a licitação na aquisição ou restauração de 
obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde 
que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade 
(inciso XV); na contratação de associação de portadores de deficiência 
física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, para a 
prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o 
preço contratado seja compatível com o praticado no mercado (inciso 
XX); na contratação do fornecimento ou suprimento de energia elétrica 
e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado, 
segundo as normas da legislação específica (inciso XXII); na 
contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia 
mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou 
alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o 
preço contratado seja compatível com o praticado no mercado (inciso 
XXIII); na celebração de contratos de prestação de serviços com as 
organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de 
governo, para atividades contempladas no contrato de gestão (inciso 
XXIV). 
Com relação ao inciso XXIII, o TCU editou a súmula 265, no 
seguinte sentido: 
 
 
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As hipóteses mais recentes de licitação dispensável, 
incluídas por outras leis a partir de 2004, merecem ser 
destacadas: na contratação realizada por Instituição Científica e 
Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a transferência de 
tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de 
criação protegida (inciso XXV); na celebração de contrato de programa 
com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, 
para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos 
em que autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de 
cooperação (inciso XXVI); na contratação da coleta, processamento e 
comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, 
em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por 
associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas 
físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores 
de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com 
as normas técnicas, ambientais e de saúde pública (inciso XXVII); para 
o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, 
que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e 
defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente 
designada pela autoridade máxima do órgão (inciso XXVIII); na 
aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos 
contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em 
operações de paz no exterior, necessariamente justificadas quanto ao 
preço e à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo 
Comandante da Força (inciso XXIX). 
A contratação de subsidiárias e controladas com fulcro no art. 24, 
inciso XXIII, da Lei nº 8.666/93 somente é admitida nas hipóteses em que 
houver, simultaneamente, compatibilidade com os preços de mercado e 
pertinência entre o serviço a ser prestado ou os bens a serem alienados ou 
adquiridos e o objeto social das mencionadas entidades. 
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Os últimos dispositivos incluídos/alterados no art. 24 da Lei 
nº 8.666/93 são o XXX, segundo o qual, é dispensável a licitação na 
contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou 
sem fins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica 
e extensão rural no âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica 
e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, 
instituído por lei federal (redação dada pela Lei nº 12.188/2.010) e o 
XXI, que dispensa a licitação para a aquisição de bens e insumos 
destinados exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica com 
recursos concedidos pela Capes, pela Finep, pelo CNPq ou por outras 
instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse 
fim específico (redação dada pela Lei nº 12.349/2.010). 
 
 
 
3. (CESPE-2015- FUB - Engenheiro Civil) As situações de 
emergência ou de calamidade pública justificam a inexigibilidade da 
licitação. 
Acabamos de estudar!! A emergência e a calamidade pública 
(inciso IV) WDPEpP� VmR� KLSyWHVHV� GH� OLFLWDomR� GLVSHQViYHO� ³TXDQGR�
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar 
prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, 
equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para 
os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou 
calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser 
concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos 
e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, 
YHGDGD�D�SURUURJDomR�GRV�UHVSHFWLYRV�FRQWUDWRV´� 
Gabarito: Errado. 
Questões de 
concurso 
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4. (CESPE ± 2015 ± FUB ± Administrador) De acordo com os 
dispositivos legais que regulam as licitações públicas, julgue o item a 
seguir. Em casos de situação de emergência ou de calamidade pública, 
poderá haver contratação direta, com dispensa de licitação, tendo o 
contrato decorrente prazo máximo de duração de cento e oitenta dias, 
vedada a sua prorrogação. 
A reposta anterior responde essa questão também pessoal, uma 
vez que nos casos de situação de emergência ou de calamidade pública 
é licitação poderá ser dispensada. 
Veja o que diz o art. 24 inc. V: 
Art. 24 É dispensável a licitação: 
V - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada 
urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou 
comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e 
outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários aoatendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de 
obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e 
oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da 
emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; 
Gabarito ± Certo. 
 
5. (CESPE- 2015- MPU- Analista do MPU) A contratação de 
serviços técnicos, de natureza singular, com profissionais ou empresas 
de notória especialização, insere-se entre as hipóteses de licitação 
dispensável. 
Vimos todas as hipóteses de licitação dispensável, conforme art. 24 
da Lei 8.666/90 e a situação tratada não está inserida nesse rol. Mas 
como veremos a seguir refere-se a licitação inexigível. 
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, 
em especial: 
a) II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta 
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Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória 
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e 
divulgação; 
 
Gabarito: Errada. 
 
6. (CESPE - 2013 - MI - Todos os Cargos) Em caso de grave 
perturbação da ordem interna, é dispensável a realização de processo 
licitatório pela administração pública para a celebração de contratos. 
Questão terrível! 
Por mais que a lei disponha: 
Art. 24. É dispensável a licitação: 
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; 
 
O Cespe considerou a questão errada!! Olha a justificativa dada 
pela banca: "Na situação descrita pelo item, não é dispensável a 
realização de processo licitatório, e sim da licitação. Diante disso, opta-
se pela alteração do gabarito." 
Gabarito: Errado. 
 
7. (CESPE/2013/MPU/Técnico Administrativo) É dispensável a 
licitação para a aquisição, com recursos concedidos pelo Conselho 
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, de bens 
destinados exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica. 
 Artigo 24 da lei 8666: 
XXI - para a aquisição de bens e insumos destinados exclusivamente à 
pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela Capes, 
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Gabarito: Correto 
 
8. (CESPE ± 2013 ± ANTT- Gabinete) O almoxarifado da ANTT 
comunicou à autoridade superior do órgão a necessidade de aquisição 
de materiais de escritório, tais como canetas, lápis e papel, e, depois de 
autorizada a contratação, o procedimento foi encaminhado ao setor de 
contratações do órgão, para a realização de licitação. A partir dessa 
situação hipotética, julgue os itens a seguir. 
Se, depois de realizada pesquisa de preços de mercado, verificar-
se que o valor da contratação é inferior a R$ 8.000,00, a administração 
poderá dispensar a licitação e celebrar um contrato diretamente com o 
fornecedor de sua escolha. 
Um dos critérios adotados pelo legislador foi o do custo de uma 
licitação. O caso descrito no comando do item se enquadra em 
hipótese de licitação dispensável - até 8 mil reais. O item está 
CORRETO, portanto. 
Gabarito: Certo. 
 
9. (2013/CESPE/MPU/TÉCNICO) É dispensável a licitação para 
a aquisição, com recursos concedidos pelo Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico, de bens destinados 
exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica. 
Vejamos o que diz a Lei. Art. 24. É dispensável a licitação: (...) 
 
pela Finep, pelo CNPq ou por outras instituições de fomento a pesquisa 
credenciadas pelo CNPq para esse fim específico. 
XXI - Para a aquisição de bens destinados exclusivamente a 
pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela CAPES, 
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Portanto, a questão está correta. 
Gabarito: Certo. 
 
10. (CESPE - 2013 - TCE-RO ± Contador) Os casos de dispensa 
de licitação tratados pelo legislador na Lei n. o 8.666/1993 não são 
taxativos, podendo o rol legal desses casos ser ampliado pelo 
administrador. 
Como estudamos, o rol da contratação direta por dispensa de 
licitação é de natureza EXAUSTIVA, TAXATIVA, NUMERUS CLAUSUS, 
isto é, não cabe ao Administrador sequer cogitar de uma dispensa, se 
esta não encontrar expressa previsão legal. Daí a incorreção da 
questão. 
Gabarito: Errado. 
 
11. (CESPE - 2012 - Polícia Federal - Agente da Polícia Federal) 
Configura-se a inexigibilidade de licitação quando a União é obrigada a 
intervir no domínio econômico para regular preço ou normalizar o 
abastecimento. 
Como acabamos de estudar, trata-se de licitação dispensável. 
Gabarito: Errado. 
 
12. (CESPE/2010/TRT21ªRegião(RN)/Analista Judiciário/Área 
Administrativa) A administração pública é dispensada de realizar 
certame licitatório nas compras de hortifrutigranjeiros. 
A hipótese mencionada não trata de licitação dispensada, mas sim 
de licitação dispensável. Além disso, essa hipótese não é irrestrita, 
conforme se observa da leitura do art. 24, XII, da Lei 8.666: 
FINEP, CNPq ou outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas 
pelo CNPq para esse fim específico. 
 
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13. (CESPE/2011/STM/Cargos de Nível Médio/Conhecimentos 
Básicos/Cargos 25 e 26) As diversas situações em que é possível aplicar 
a hipótese de dispensa de licitação prevista na Lei n.º 8.666/1993 
incluem a caracterizada pela urgência concreta e efetiva de 
atendimento a situação decorrente de estado emergencial ou 
calamitoso, visando afastar risco de danos a bens, à saúde ou à vida 
das pessoas. 
 
O item aborda dispositivo comentado acima, qual seja, o art. 24, 
IV, da Lei nº 8.666/93, que trata da licitação dispensável para a 
contratação de obras, serviços, equipamentos e bens em caso de 
emergência. Item correto. 
 
14. (CESPE - 2015 ± TCU - Prova: Técnico Federal de Controle 
Externo - Conhecimentos Específicos) A respeito de licitações, julgue o 
item que se segue. 
É inexigível a licitação em caso de guerra ou de grave perturbação 
da ordem. 
2�DUW�����GD�OHL����������GLVS}H�TXH��³art. 24 ± É dispensável a 
licitação: III ± 1RV�FDVRV�GH�JXHUUD�RX�JUDYH�SHUWXUEDomR�GD�RUGHP´� 
Gabarito ± Errado. 
 
É dispensável a licitação: 
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros 
perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios 
correspondentes, realizadas diretamente com base no preço do dia; 
 
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2.4 Licitação Inexigível 
 
Atenção para essa parte inicial da explicação, meu caro aluno. Se 
você entender a razão de ser da licitação inexigível, você estará com a 
faca e o queijo na mão. 
Para a realização da licitação, alguns pressupostos são exigidos. A 
pluralidade de fornecedores no mercado é o pressuposto essencial 
(pressuposto lógico), se não houver um número mínimo de dois 
fornecedores para um mesmo bem ou serviço, não há razão para se 
instaurar o procedimento licitatório. Por isso, nas hipóteses em que o 
bem tiver natureza singular ou o fornecedor for exclusivo, não se deve 
realizar a licitação. 
Noutro giro, a licitação não é um fim em si mesmo, mas um 
instrumento para se adquirir bens ou serviços atendendo ao interesse 
público (pressuposto jurídico). Assim, não se deve promover a licitação 
quando ela significar afronta ao interesse público. Por essa razão, é 
inexigível a realização da licitação para a aquisição de insumos ou 
alienação dos produtos produzidos pelas empresas estatais no exercício 
da sua atividade-fim, uma vez que a realização desse procedimento 
tiraria essas empresas do mercado competitivo na qual estão inseridas. 
 Por fim, se não há licitantes interessadas em disputar uma 
licitação, não há como realizá-la (inexistência de pressuposto fático). 
A Lei 8.666/93, ao tratar das hipóteses de inexigibilidade de 
licitação, não abordou a questão sob o enfoque dos pressupostos acima 
indicados, disse, simplesmente, que é inexigível a licitação quando a 
competição for inviável, apresentando um rol exemplificativo para 
ilustrar hipóteses em que há essa inviabilidade. 
Os pressupostos lógico, jurídico e fáticos servem como 
parâmetros para que o intérprete preencha o rol aberto 
apresentado no art. 25 da referida lei. 
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Esse rol, em essência, diz que é inexigível a licitação nos seguintes 
casos. 
(a) Quando o objeto é fornecido por produtor, empresa ou 
representante comercial exclusivo, vedada a preferência de 
marca. 
Nesse caso, a comprovação da exclusividade deve ser feita através 
de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em 
que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, 
Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, por entidades 
equivalentes. 
ATENÇÃO! A contratação direta com esse fundamento somente 
pode ocorrer para a compra de bens. Assim, os serviços não podem ser 
contratados sem licitação com a justificativa de que são prestados por 
fornecedor exclusivo. A contratação de serviço sem licitação em razão 
da inviabilidade de competição somente se sustenta quando esse 
serviço tem natureza singular. É a hipótese do inciso II do art. 25. 
(b) Quando os serviços, de natureza singular, são prestados 
por profissionais ou empresas de notória especialização, vedada 
a inexigibilidade para os serviços de publicidade. 
Os serviços técnicos especializados estão enumerados no art. 13 da 
Lei 8.666/93. À guisa de exemplo, destacam-se os incisos I, II, V e VI: 
estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos; 
pareceres, perícias e avaliações em geral; patrocínio ou defesa de 
causas judiciais ou administrativas; treinamento e aperfeiçoamento de 
pessoal. 
Isso não quer dizer, contudo, que todos os serviços especializados 
arrolados no art. 13 podem ser contratados de forma direta. A regra é a 
licitação e a contratação desses serviços, preferencialmente, na 
modalidade concurso, com estipulação prévia de prêmio ou 
remuneração (art. 13, § 1º). 
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Professor, há algum serviço que não está no rol do art. 13, mas 
que pode ser contratado por inexigibilidade? 
Sim, meus caros, os serviços que não estão no rol do art. 13 
também podem ser contratados diretamente, desde que preencham os 
requisitos do caput do art. 25. 
Então qual é o critério para eu saber se posso usar ou não a 
inexigibilidade para contratar, professor? 
A licitação só será inexigível se a competição for inviável no 
caso concreto, ou seja, se o serviço possuir natureza singular ± 
visivelmente diferenciado dos demais profissionais do ramo ± e for 
prestado por profissional ou empresa de notória especialização. 
Essa notória especialização é assim auferida: 
 
 
 
 
 
 
Por fim, ATENÇÃO MÁXIMA para a vedação expressa constante do 
trecho final da redação do inciso II do art. 25: 
 
 
 
 
(c) Quando a contratação envolve profissional de qualquer 
setor artístico, desde que consagrado pela crítica especializada 
ou opinião pública. 
Nessa hipótese, a licitação torna-se especialmente difícil diante da 
impossibilidade de se fixar critérios objetivos para a escolha da melhor 
proposta. As características dos artistas são personalíssimas e únicas. 
§ 1o Considera-se de notória especialização o profissional ou 
empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de 
desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, 
aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com 
suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e 
indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do 
contrato. 
 
Os serviços de publicidade e divulgação não podem ser 
contratados de forma direta. 
 
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Não podemos encerrar o estudo das inexigibilidades sem 
apresentar o disposto no art. 25, § 2º, da Lei nº 8.666/93: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Haverá também crime se o agente dispensar ou inexigir licitação 
fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as 
formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade (art. 89 da 
mesma lei). A infração penal alcança todos que se beneficiaram do ato 
ilegal. 
 
 
 
 
 
 
15. (CESPE ± 2013 ± MME ± Gerente Técnico de Projeto) Acerca 
da inexigibilidade de licitação, assinale a opção correta. 
 
a- É exigível a realização de licitação para a contratação de 
profissional do setor musical consagrado pela opinião pública e pela 
crítica especializada. 
b- O extrato contratual e o ato administrativo que autoriza a 
inexigibilidade de licitação devem ser publicados na imprensa oficial. 
c- As hipóteses de inexigibilidade previstas na Lei n.º 
8.666/1993 são taxativas. 
§ 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, 
se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano 
causadoà Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o 
agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. 
 
Questão de 
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d- De acordo com o TCU, nas contratações em que o objeto só 
possa ser fornecido por produtor exclusivo, é dever do agente público 
responsável pela contratação a adoção das providências necessárias 
para confirmar a veracidade da documentação comprobatória da 
condição de exclusividade. 
e- Suponha que a administração pública pretenda realizar a 
contratação de serviço de consultoria técnica de publicidade e 
divulgação, de natureza singular, com empresa de notória 
especialização. Nessa situação, em razão da inviabilidade de 
competição, a licitação é inexigível. 
 
Letra (A). É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de 
competição, em especial para contratação de profissional de qualquer 
setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde 
que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública (art. 
25, inciso III, da Lei nº 8.666/93). Logo, está INCORRETA. 
Letra (B). Não há essa exigência na lei. Logo, está INCORRETA. 
Letra (C). As hipóteses de inexigibilidade são exemplificativas. 
Logo, está INCORRETA. 
Letra (D). Está de acordo com a Súmula nº 255 do TCU. Logo, esta 
CORRETA. 
Letra (E). É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de 
competição, em especial para a contratação de serviços técnicos, de 
natureza singular, com profissionais ou empresas de notória 
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e 
divulgação (art. 25, inciso II, da Lei nº 8.666/93). Logo, está 
INCORRETA. 
Resposta: letra D 
 
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16. (2013/CESPE/MME/Analista-licitação) A situação de 
inexigibilidade de licitação é caracterizada por 
A apresentação de preços manifestamente acima dos praticados no 
mercado nacional. 
B licitação anteriormente frustrada ou deserta. 
C realização de compras e serviços de baixo valor. 
D notória especialização de profissionais ou empresas. 
E contratação de entidades sem fins lucrativos. 
 
Letra A: ERRADA. Constitui hipótese de licitação dispensável 
contida no inc. VII do art. 24 da Lei 8.666/1993. Lembre-se que para 
que seja possível a contratação direta, deve-se abrir prazo para que os 
licitantes possam apresentar novas propostas, corrigindo, assim, 
possíveis irregularidades. Caso todos sejam novamente 
desclassificados, será permitida a contratação direta. 
Letra B: ERRADO. Dispensa (não inexigibilidade) de licitação 
prevista no inc. V do art. 24 da Lei 8.666/1993. 
Letra C: ERRADO. Dispensa (não inexigibilidade) de licitação 
prevista nos inc. I e II e § 1o do art. 24 da Lei 8.666/1993. 
Letra D: O caso acima é chamado comumente na doutrina de 
contratação direta por notória especialização, para a qual há três 
condicionantes: o serviço tem de ter natureza singular; tem de estar 
dentre os enumerados no art. 13 da Lei 8.666/1993; e, tem de ser com 
profissionais ou empresas de notória especialização. 
Letra E: ERRADO. Dispensa (não inexigibilidade) de licitação 
prevista no inc. V do art. 24 da Lei 8.666/1993. 
Gabarito: D 
 
17. (2013/CESPE/TELEBRAS/Analista Administrativo) Em caso 
de inexigibilidade de licitação, deve-se realizar necessariamente a 
contratação direta. 
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Não há liberdade nos casos de inexigibilidade, isto é, toda vez que 
houver inviabilidade de licitação, esta será inexigível. A inexigibilidade, 
portanto, constitui hipótese de vinculação, já que não haverá 
discricionariedade por parte da Administração. Portanto, correta a 
questão. 
Gabarito: CERTO. 
18. (CESPE - 2013 - DEPEN - Agente Penitenciário) A 
contratação de profissional do setor artístico, consagrado pela crítica 
especializada ou pela opinião pública, poderá ser feita com dispensa de 
prévio procedimento licitatório. 
 
Quando a contratação envolve profissional de qualquer setor 
artístico, desde que consagrado pela crítica especializada ou opinião 
pública, a licitação é inexigível, e não dispensada. 
Gabarito: Errado. 
 
19. (CESPE ± 2013 ±TC-DF ± Proc) A administração pública 
poderá, excepcional e motivadamente, mesmo quando contar com 
consultoria jurídica própria, contratar advogados mediante licitação, 
exceto quando for notável o saber jurídico do advogado e 
absolutamente singular o serviço a ser prestado. 
 
Admite-se a contratação de serviços advocatícios, por serem 
técnicos especializados, desde que, os serviços advocatícios sejam 
singulares, além de o profissional ter notoriedade. Portanto, a 
questão está correta. 
Gabarito: Certo 
 
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20. (2013/CESPE/CNJ/Analista Jud.) O fato de o fornecedor 
deter a patente de um produto torna a licitação inexigível, conforme a 
lei de regência. 
Muito cuidado com essa questão. O fundamento da inexigibilidade 
de licitação é a inviabilidade de competição. No caso em tela, não se 
pode afirmar que não seja possível competição. Imagine que se 
houvesse outros produtos equivalentes àquele cujo qual o fornecedor 
detenha a patente. Nesse caso seria possível a licitação. Portanto, a 
questão está incorreta. 
Gabarito: Errado 
 
21. (CESPE - 2013 - Polícia Federal - Perito Criminal Federal - 
Conhecimentos Básicos) Haverá dispensa de licitação nos casos em que 
houver fornecedor exclusivo de determinado equipamento. 
Em caso de fornecedor exclusivo, a licitação será inexigível. 
Portanto, questão errada. 
Gabarito: Errado 
 
22. (CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário) Caso haja 
inviabilidade de competição, a licitação será dispensável. 
 
Vimos que a razão de ser da inexigibilidade de licitação é a 
inviabilidade de competição. Assim, a questão está errada, pois afirmou 
que essa é uma hipótese de licitação dispensável. 
Gabarito: Errado 
 
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2.5 Procedimento 
A contratação direta, seja pela licitação dispensável, pela 
dispensada ou pela inexigível, deve ser precedida de processo 
administrativo.Como bem ressalta Marçal Justen Filho (2008, p. 368), 
no geral, a etapa interna desse processo não se diferenciará dos 
procedimentos em que há a licitação. A Administração deve definir o 
objeto e as condições da contratação e os requisitos de habilitação 
deverão ser exigidos. A motivação para a contratação direta também 
deve constar do processo (art. 50, IV, da Lei nº 9.784/99). Além disso, 
deve-se sempre justificar o preço do bem a ser contratado. 
Não podemos fechar esse tópico sem apresentarmos os requisitos 
do art. 26, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93: 
 
Art. 26. (...) 
Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de 
retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os 
seguintes elementos: 
I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a 
dispensa, quando for o caso; 
II - razão da escolha do fornecedor ou executante; 
III - justificativa do preço. 
IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os 
bens serão alocados. 
 
 
Devidamente justificados, a dispensa, a inexigibilidade ou o 
retardamento devem ser comunicados em três dias à autoridade 
superior, e a esta caberá ratificá-los e publicá-los na imprensa oficial 
em cinco dias, como condição de eficácia do ato. 
 
 
 
 
Questão de 
concurso 
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23. (2013/CESPE/MI/Cargo 1 ± analista adm.) Em caso de 
grave perturbação da ordem interna, é dispensável a realização de 
processo licitatório pela administração pública para a celebração de 
contratos. 
Observe que o que se dispensa é a LICITAÇÃO, não o PROCESSO 
LICITATÓRIO, ou seja, a formalização da contratação direta não 
dispensa um processo, com os registros formais do que se vá fazer. 
Nesse sentido, vejamos o que estabelece a Lei 8.666/1993 (art. 26): 
Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de 
retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com 
os seguintes elementos: 
I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que 
justifique a dispensa, quando for o caso; 
II - razão da escolha do fornecedor ou executante; 
III - justificativa do preço. 
IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais 
os bens serão alocados. 
Portanto, apesar de, no caso da dispensa, não haver LICITAÇÃO, 
haverá PROCESSO. Por isso, item ERRADO. 
Gabarito: Errado 
 
24. (CESPE/2011/STM/Cargos de Nível Superior) A contratação 
do arquiteto Oscar Niemeyer para realizar um projeto arquitetônico em 
Brasília é um exemplo de situação que enseja dispensa de licitação. 
 
Na questão, temos um típico caso de inexigibilidade e não de 
dispensa, pois o arquiteto Niemeyer presta um serviço de natureza 
singular e tem notória especialização. Assim, conforme apresentado 
acima na aliena (b), o item está errado. 
Gabarito: Errado 
 
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25. (CESPE/2008/STJ/Técnico Judiciário/Informática) A 
diferença entre a dispensa e a inexigibilidade reside no fato de que, 
enquanto, na dispensa, a realização da licitação mostra-se 
inconveniente, embora possível de ser realizada, na inexigibilidade, a 
competição é manifestamente inviável. 
 
Segundo Maria Sylvia Di Pietro, a diferença básica entre as duas 
hipóteses está no fato de que, na dispensa, há possibilidade de 
competição que justifique a licitação; de modo que a lei faculta a 
dispensa, que fica inserida na competência discricionária da 
Administração. Nos casos de inexigibilidade, não há possibilidade de 
competição, porque só existe um objeto ou uma pessoa que atenda às 
necessidades da Administração; a licitação é, portanto, inviável. Logo, 
está CORRETA. 
Gabarito: Certo 
 
 
 
3) Sanções Administrativas e Penais 
 
Ânimo, caro aluno, vamos vencer mais um tema de nossa aula! 
Sabemos que na atividade de acompanhamento e fiscalização dos 
contratos administrativos, o agente poderá ser responsabilizado na 
esfera administrativa, civil e penal, pelo ato praticado que não condiz 
com a sua função. 
É prerrogativa da Administração aplicar sanções pelo 
descumprimento total ou parcial do que foi acordado entre as partes. 
A lei 8.666/93 diz que a recusa de injustificada do adjudicatário em 
assinar o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro 
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do prazo estabelecido pela Administração, caracteriza o 
descumprimento total da obrigação assumida. 
Ainda que os crimes sejam tão somente tentados, os autores 
quando servidores públicos (para Lei 8.666 é aquele que exerce, 
mesmo que transitoriamente e sem remuneração, cargo, função ou 
emprego público), além de sujeitarem as sanções penais poderão 
ainda perder o cargo, emprego, função ou mandato eletivo. 
ATENÇÃO: Há um aumento na pena quando os autores dos 
crimes previstos na Lei 8.666 forem ocupantes de cargo em 
comissão ou de função de confiança em órgão da Administração 
direta, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista, 
fundação pública, ou outra entidade controlada direta ou indiretamente 
pelo Poder Público (art.84, §2º, da lei). 
Professor, as infrações penais cabem em qualquer contrato? 
Meu caro, essas infrações serão pertinentes aos contratos 
celebrados pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios, e 
respectivas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia 
mista, fundações públicas, e quaisquer outras entidades sob seu 
controle direto ou indireto. 
 
3.1 Das Sanções Administrativas 
 
Quando o contratado atrasar injustificadamente a execução do 
contrato, ficará sujeito a multa de mora. Essa multa não impossibilitará 
a Administração de rescindir unilateralmente e nem de aplicar outras 
sanções. 
É importante lembrar que, pelo art. 87 da Lei 8.666/93, podem ser 
aplicadas as seguintes sanções: 
x advertência; 
x multa; 
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x suspensão temporária; (Prazo não superior a 2 anos) 
x declaração de inidoneidade. 
Na hipótese em que a multa supere a garantia prestada, além de 
perder a garantia, a contratada deverá pagar a diferença, que será 
descontada de eventuais pagamentos Administração ou cobrada 
judicialmente. 
A multa poderá ser aplicada cumulativamente com qualquer uma 
das demais sanções, podendo o interessado apresentar a sua defesa no 
período de 5 dias. 
Somente o Ministro de Estado, o Secretário Estadual ou Municipal, 
temcompetência para sancionar com declaração de inidoneidade. A 
lei nos fala que essa sanção será aplicada somente após a autoridade 
conferir vista ao contratado, no prazo de 10 (dez) dias, para se 
defender. 
Aplicada a declaração de idoneidade para licitar ou contratar, esta 
durará enquanto perdurarem os motivos da declaração ou até que seja 
promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a 
penalidade, ou seja, até que a empresa promova o ressarcimento dos 
prejuízos causados aos cofres públicos. 
Entretanto, mesmo que ressarcido o erário, a declaração de 
idoneidade somente se extinguirá quando decorrido o prazo da 
suspensão eventualmente aplicada e somente poderá ser requerida 
após 2 (dois) anos de sua aplicação. 
As penas de suspensão temporária e de declaração de inidoneidade 
de contratar com a Administração Pública, poderão ser aplicadas às 
empresas ou aos profissionais que: 
 
 
 
 
 
I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios 
dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos; 
II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da 
licitação; 
III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a 
Administração em virtude de atos ilícitos praticados. 
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Esse é um rol exemplificativo. Muitos outros atos podem ensejar a 
suspensão ou a declaração de inidoneidade das empresas ou 
profissionais contratados. 
 
3.2 Dos Crimes e das Penas 
 
Uma das sanções penais são as multas. As multas penais são 
fixadas na sentença e calculadas em percentuais, a base para esse 
cálculo será a vantagem efetivamente ou potencialmente auferível pelo 
agente, não podendo ser inferior a 2% e nem superior a 5%, do valor 
do contrato licitado com dispensa ou inexigibilidade de licitação, art.99 
da L.8.666/93. 
Os crimes da Lei nº 8.666/93 são de ação penal pública 
incondicionada. Isso quer dizer que cabe ao Ministério Público promovê-
la. 
Saiba que qualquer pessoa pode provocar a iniciativa do Ministério 
Público e, quando a comunicação for verbal, o funcionário responsável 
irá reduzir a termo devendo ser assinado pelo apresentante e mais 
duas. 
E se o Ministério Público não promover a ação penal, professor? O 
empresário criminoso sairá ileso? 
Não, meus caros, veja o que diz o art. 103. 
 
 
 
 
 
Quanto ao procedimento, depois de recebida as denuncias e o réu 
for citado, este terá 10 dias para apresentar a defesa escrita, podendo 
Art. 103. Será admitida ação penal privada subsidiária da pública, se esta 
não for ajuizada no prazo legal, aplicando-se, no que couber, o disposto nos arts. 
29 e 30 do Código de Processo Penal. 
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juntar documentos, arrolar as testemunhas que tiver, em número não 
superior a 5 (cinco), e indicar as demais provas que pretenda produzir. 
Da sentença proferida pelo juiz caberá apelação, que deverá ser 
interposta no prazo de 5 dias. 
A lei foi bem clara ao afirmar que no processamento e julgamento 
das infrações penais definidas na Lei nº 8.666/93, assim como nos 
recursos e nas execuções que lhes digam respeito, aplicar-se-ão, 
subsidiariamente, o Código de Processo Penal e a Lei de Execução 
Penal (art. 108). 
Só está faltando uma coisa: Os crimes e as penas. Vamos lá? 
 
CRIME PENA 
 Dispensar ou inexigir licitação fora 
das hipóteses previstas em lei, ou deixar 
de observar as formalidades pertinentes à 
dispensa ou à inexigibilidade 
detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) 
anos, e multa. 
Frustrar ou fraudar, mediante 
ajuste, combinação ou qualquer outro 
expediente, o caráter competitivo do 
procedimento licitatório, com o intuito de 
obter, para si ou para outrem, vantagem 
decorrente da adjudicação do objeto da 
licitação 
detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) 
anos, e multa. 
 Patrocinar, direta ou indiretamente, 
interesse privado perante a 
Administração, dando causa à instauração 
de licitação ou à celebração de contrato, 
cuja invalidação vier a ser decretada pelo 
Poder Judiciário 
detenção, de 6 (seis) meses a 2 
(dois) anos, e multa 
Admitir, possibilitar ou dar causa a 
qualquer modificação ou vantagem, 
inclusive prorrogação contratual, em 
favor do adjudicatário, durante a 
Detenção, de dois a quatro anos, e 
multa 
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execução dos contratos celebrados com o 
Poder Público, sem autorização em lei, no 
ato convocatório da licitação ou nos 
respectivos instrumentos contratuais, ou, 
ainda, pagar fatura com preterição da 
ordem cronológica de sua exigibilidade 
Impedir, perturbar ou fraudar a 
realização de qualquer ato de 
procedimento licitatório 
detenção, de 6 (seis) meses a 2 
(dois) anos, e multa 
Devassar o sigilo de proposta 
apresentada em procedimento licitatório, 
ou proporcionar a terceiro o ensejo de 
devassá-lo 
detenção, de 2 (dois) a 3 
(três) anos, e multa 
Afastar ou procura afastar licitante, 
por meio de violência, grave ameaça, 
fraude ou oferecimento de vantagem de 
qualquer tipo 
detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) 
anos, e multa, além da pena 
correspondente à violência 
Fraudar, em prejuízo da Fazenda 
Pública, licitação instaurada para 
aquisição ou venda de bens ou 
mercadorias, ou contrato dela decorrente: 
I - elevando arbitrariamente os 
preços; 
II - vendendo, como verdadeira ou 
perfeita, mercadoria falsificada ou 
deteriorada; 
III - entregando uma mercadoria 
por outra; 
IV - alterando substância, qualidade 
ou quantidade da mercadoria fornecida; 
V - tornando, por qualquer modo, 
injustamente, mais onerosa a proposta ou 
a execução do contrato 
 
detenção, de 3 (três) a 6 (seis) 
anos, e multa. 
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Admitir à licitação ou celebrar 
contrato com empresa ou profissional 
declarado inidôneo 
detenção, de 6 (seis) meses a 2 
(dois) anos, e multa 
Obstar, impedir ou dificultar, 
injustamente, a inscrição de qualquer 
interessado nos registros cadastrais ou 
promover indevidamente a alteração, 
suspensão ou cancelamento de registro 
do inscrito. 
detenção, de 6 (seis) meses a 2 
(dois) anos, e multa 
 
 
 
 
 
26. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados ± Analista) 
Determinado servidor público admitiu, em licitação sob sua 
responsabilidade, a participação de empresa declaradainidônea. 
Posteriormente, a licitação foi cancelada, por meio de ato de autoridade 
hierarquicamente superior ao referido servidor. Nessa situação, o 
servidor estará sujeito à perda do cargo que exerce. 
Conforme exposto no artigo 83 da Lei 8.666/93: 
Logo, a perda do cargo será uma consequência obrigatória da 
conduta realizada pelo servidor. 
Gabarito: Certo. 
 
 
 
Art. 83. Os crimes definidos nesta Lei, ainda que simplesmente 
tentados, sujeitam os seus autores, quando servidores públicos, além 
das sanções penais, à perda do cargo, emprego, função ou mandato 
eletivo. 
Questões de 
concurso 
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27. (CESPE - 2013 - TC-DF ± Procurador) Para a caracterização 
do delito de dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas 
em lei, ou de deixar de observar as formalidades pertinentes a estas, é 
indispensável a presença de dolo, não se admitindo culpa. 
É importante salientar que nenhum crime previsto na Lei 8.666/93 
admite a forma culposa. Além do dolo, deve provar-se também o dano 
ao erário. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
4) RESUMO 
 
Vamos aos principais pontos abordados nesta nossa aula. 
A Lei 8.666/93 traz hipóteses de dispensa e de inexigibilidade de 
licitação. A doutrina divide as hipóteses legais de dispensa em licitação 
dispensada e licitação dispensável. 
 
Licitação inexigível Competição inviável 
Licitação dispensada A lei veda a licitação 
Licitação dispensável O administrador pode não 
fazer 
 
Casos em que a licitação é expressamente dispensada por lei (art. 
17, I da Lei 8.666/93) para a disposição de bens imóveis pela 
Administração, são eles: 
(a) Dação em pagamento. 
(b) Doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou 
entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, 
ressalvado o disposto nas alíneas (f), (h) e (i). 
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(c) Permuta por outro imóvel que atenda aos requisitos 
constantes do inciso X do art. 24 da Lei Geral (imóvel destinado ao 
atendimento das finalidades precípuas da Administração e cujas 
necessidades de instalação e localização condicionem a escolha). Essa 
hipótese encontra-se com sua eficácia suspensa por força do mesmo 
julgamento acima mencionado. 
(d) Investidura, que quer dizer a alienação a proprietários de 
imóveis vizinhos da área remanescente de obra pública inaproveitável 
isoladamente ou a alienação aos legítimos possuidores de imóveis para 
fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas 
hidrelétricas. É bom observar que, no primeiro caso, não é dispensada a 
licitação caso o imóvel seja de valor superior a R$ 40.000,00. 
(e) Venda a outro órgão ou entidade da administração 
pública, de qualquer esfera de governo. Nesse ponto, vale incluir 
também a previsão do § 2º do art. 17 da Lei nº 8.666/93, que 
GHWHUPLQD� D� OLFLWDomR� GLVSHQVDGD� SDUD� D� FRQFHVVmR� GH� ³WLWXOR� GH�
propriedade ou de direito real de uso dH� LPyYHLV´� TXDQGR� R� XVR�
destinar-se a outro órgão ou entidade da Administração Pública. 
(f) Alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de 
direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis 
residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no 
âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de 
interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da 
administração pública. 
 (g) Procedimentos de legitimação de posse daqueles que 
moram nas terras devolutas da União e que as tornaram 
produtivas com o seu trabalho e de sua família. O ocupante recebe 
licença de ocupação se preenchidos os requisitos dos arts. 29 e 
seguintes da Lei nº 6.383/76 e, após o prazo da licença, ele terá o 
direito de preferência na aquisição do lote pelo valor histórico da terra 
nua. 
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(h) Alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão 
de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens 
imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 
m² e inseridos no âmbito de programas de regularização 
fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou 
entidades da administração pública. 
(i) Alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou 
onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde 
incidam ocupações até o limite de quinze módulos fiscais ou mil e 
quinhentos hectares, para fins de regularização fundiária. Nesse caso, 
além da licitação, é dispensada também a autorização legislativa, desde 
que cumpridos os requisitos legais insertos nos §§ 2º-A e 2º-B do 
dispositivo em comento. 
Já quanto aos bens móveis, as hipóteses de licitação dispensada 
são (art. 17, II da Lei 8.666/93): 
(a) Doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse 
social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-
econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação. 
(b) Permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades 
da Administração Pública. No julgamento da medida cautelar na ADI 
���� SHOR� 67)�� IRL� VXVSHQVD� D� HILFiFLD� GD� H[SUHVVmR� ³SHUPLWLGD�
H[FOXVLYDPHQWH� HQWUH� yUJmRV� RX� HQWLGDGHV� GD� $GPLQLVWUDomR� 3~EOLFD´�
para os Estados, Distrito Federal e Municípios. 
(c) Venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, 
observada a legislação específica. Nesse ponto, Gasparini (2008, p. 
519) informa que a operação de venda de ações é feita por meio de 
corretoras. Para a escolha dessa corretora, o autor entende que é 
obrigatória a licitação se a hipótese não se enquadrar nas situações 
previstas no art. 24 da Lei nº 8.666/93. 
(d) Venda de títulos, na forma da legislação pertinente. 
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(e) Venda de bens produzidos ou comercializados por 
órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de 
suas finalidades. Em razão desse dispositivo, as empresas estatais 
que exploram atividades econômicas não precisam licitar para vender 
os bens ou serviços que produzem ou prestam. 
f) Venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou 
entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por 
quem deles dispõe, ou seja, pode um órgão ou ente vender a outro 
determinado bem que está em seu estoque e não será utilizado. 
As hipóteses taxativas de licitação dispensável estão no art. 24 da 
Lei nº 8.666/93. 
Passa-se agora à revisão das hipóteses de licitação 
dispensável. 
Aquisições cujo valor não

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