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Aula 12
Direito Administrativo p/ INSS - Analista do Seguro Social - Serviço Social - 2016
Professor: Daniel Mesquita
Direito Administrativo p/ INSS ʹ Analista do 
Seguro Social. 
Teoria e Exercícios comentados. 
Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 
 
 
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 83 
 
Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 
AULA 12: Contratos 
 
 
SUMÁRIO 
1) INTRODUÇÃO À AULA 12 2 
2) CONTRATO ADMINISTRATIVO. 2 
2.1. CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 4 
2.1.1. FORMA ESPECÍFICA 4 
2.1.2. CONTRATO DE ADESÃO 14 
2.1.3. NATUREZA INTUITU PERSONAE 15 
2.1.4. CARACTERIZAÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO COMO TÍTULO EXECUTIVO 21 
2.1.5. EQUILÍBRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO DO CONTRATO 22 
2.1.6. PRESENÇA DAS CLÁUSULAS EXORBITANTES 26 
2.1.6.1. ALTERAÇÃO UNILATERAL 26 
2.1.6.2. RESCISÃO UNILATERAL 31 
2.1.6.3. RESTRIÇÃO À EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO 34 
2.1.6.4. FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO 35 
2.1.6.5. APLICAÇÃO DE PENALIDADES 38 
2.1.6.6. OCUPAÇÃO PROVISÓRIA DE BENS E SERVIÇOS ESSENCIAIS 41 
2.1.6.7. GARANTIA 42 
2.2. DA EXECUÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO 44 
2.2.1. INEXECUÇÃO SEM CULPA (TEORIA DA IMPREVISÃO) 47 
2.3. DAS ESPÉCIES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 49 
2.3.1. CONTRATOS DE OBRAS 49 
2.3.2. CONTRATOS DE SERVIÇOS 50 
2.3.3. SERVIÇOS CONTÍNUOS (DURAÇÃO E PRORROGAÇÃO DOS CONTRATOS) 51 
2.3.4. CONTRATOS DE FORNECIMENTO 55 
2.3.5. CONTRATOS DE CONCESSÃO 55 
2.3.6. CONTRATOS DE GESTÃO 57 
2.4. EXTINÇÃO DO CONTRATO 59 
2.4.1. CONCLUSÃO DO OBJETO CONTRATADO 59 
2.4.2. ANULAÇÃO 61 
2.4.3. RESCISÃO 62 
3) RESUMO 64 
4) QUESTÕES 67 
5) REFERÊNCIAS 81 
 
Direito Administrativo p/ INSS ʹ Analista do 
Seguro Social. 
Teoria e Exercícios comentados. 
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1) Introdução à aula 12 
 
Que bom que você está conosco novamente para mais essa aula 
prapratória para concurso do INSS ± Analista do Seguro Social. 
Seguiremos com a análise de diversas questões que já caíram em 
concursos anteriores do CESPE. 
Nesta aula, abordaremos a matéria ³5 Contratos administrativos: 
conceito e características..´. 
Com certeza haverá uma ou duas questões desta aula na sua 
prova, por isso, ABRA O OLHO!!! 
Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na 
véspera da prova! 
Chega de papo, vamos a luta! 
 
2) Contrato Administrativo. 
A existência do contrato administrativo já chegou a ser negada por 
parte da doutrina administrativista brasileira, conforme verificado por Di 
Pietro (2009, p. 251-252). Hoje, há consenso no sentido de que os 
contratos administrativos existem como uma categoria própria, diversa 
dos contratos de direito privado, uma vez que possuem características 
exclusivas e que diferem, e muito, dos ajustes celebrados no campo do 
direito privado, em que há uma liberdade quase que total e irrestrita na 
manifestação de vontade. 
Vamos então ao conceito de ³FRQWUDWR� DGPLQLVWUDWLYR´� Na 
definição de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (2010, p. 494), 
FRQWUDWR�DGPLQLVWUDWLYR�p�R�³DMXVWH�ILUPDGR�SHOD�administração pública, 
agindo nesta qualidade, com particulares, ou com outras entidades 
administrativas, nos termos estipulados pela própria administração 
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pública contratante, em conformidade com o interesse público, sob 
regência predominante do direito p~EOLFR´� 
O conceito de contrato administrativo, contudo, não pode ser 
confundido com o de contrato da administração�� TXH�p� ³R�DMXVWH�
firmado entre a administração pública e particulares, no qual a 
administração não figura na qualidade de poder público´�
(ALEXANDRINO e PAULO, 2010, p. 495). Desse modo, o contrato 
administrativo é regido pelo direito público e o contrato da 
administração, predominantemente, pelo direito privado. 
2� YRFiEXOR� ³SUHGRPLQDQWHPHQWH´� GHFRUUH� GD� LPSRVLomR� OHJDO�
inserta no art. 62, § 3.º, I, da Lei n.º 8.666/1993. Segundo esse 
dispositivo, são aplicáveis aos contratos da administração, no que 
couber, as cláusulas necessárias (art. 55), as exorbitantes (art. 58), a 
que dispõe acerca da retroatividade dos efeitos da nulidade do contrato 
(art. 59) e as relativas à formalização dos contratos (60 e 61). 
 
 
 
1. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) O contrato 
administrativo é uma modalidade de contrato em que a administração 
pública estabelece um acordo com outra entidade administrativa, sendo 
vedada a contratação com particulares. 
Vimos que o contrato administrativo também envolve a 
contratação de particulares com a administração. 
Gabarito: Errado. 
 
2. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) Define-se 
contrato administrativo como um acordo entre duas partes em que 
ambas assumem obrigações e direitos. 
Veja que a banca colocou um conceito bem simples, não deixa de 
estar correto. 
Questões de 
concurso 
 
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Questão certa. 
 
 
2.1. Características dos contratos administrativos 
Outro importante tema é saber as características dos contratos 
administrativos. A Administração rege-se por princípios próprios, dentre 
os quais o da supremacia do interesse público, da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência. 
O administrador da coisa pública não pode se dirigir a uma 
concessionária e celebrar um contrato de compra e venda de automóvel 
para a Administração. O particular assim o faz, sem qualquer condição 
extraordinária, porque o dinheiro gasto na compra do veículo é dele e 
de mais ninguém. Na administração pública, o dinheiro usado para o 
pagamento de qualquer bem não é do gestor público, mas de todos os 
contribuintes do Estado. 
Diante disso, a lei instituiu cláusulas e obrigações específicas para 
os contratos administrativos. Os princípios e regras relacionados aos 
contratos no âmbito do direito privado são aqui aplicados somente 
subsidiariamente (art. 54). 
As características dos contratos administrativos são as seguintes: 
 
 
2.1.1. Forma específica 
Diante da importância desse tópico, transcrevemos, de imediato os 
arts. 60 e 61: 
 
 
 
 
 
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Conforme transcrito, o art. 60, parágrafo único, da Lei n.º 
������������DILUPD�TXH�³p�nulo e de nenhum efeito o contrato verbal 
com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto 
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% 
(cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea a 
GHVWD�/HL��IHLWDV�HP�UHJLPH�GH�DGLDQWDPHQWR´��2�YDORU�GLVFULPLQDGR�QD�
lei é, atualmente, deR$ 4.000,00 (quatro mil reais). 
Além de ser escrito, o contrato administrativo deve mencionar os 
nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que 
autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da 
dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas 
da Lei n.º 8.666/1993 e às cláusulas contratuais (art. 61). 
É condição de eficácia do contrato administrativo a publicação de 
seu instrumento e dos aditamentos, ao menos de forma resumida, na 
imprensa oficial (art. 61, parágrafo único). No caso de dispensa e de 
Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições 
interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e 
registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre 
imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de 
tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem. 
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a 
Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim 
entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite 
estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de 
adiantamento. 
 
Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus 
representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do 
processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos 
contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais. 
Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus 
aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua 
eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês 
seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela 
data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto 
no art. 26 desta Lei. 
 
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inexigibilidade de licitação, como bem observam Marcelo Alexandrino e 
Vicente Paulo (2010, p. 498), além da publicação do instrumento, 
devem ser publicados os atos de ratificação do procedimento praticados 
pela autoridade superior (art. 26). 
O art. 62, por VXD�YH]��REVHUYD�TXH�³R� LQVWUXPHQWR�GH�FRQWUDWR�p�
obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem 
como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam 
compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e 
facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por 
outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho 
GH�GHVSHVD��DXWRUL]DomR�GH�FRPSUD�RX�RUGHP�GH�H[HFXomR�GH�VHUYLoR´�� 
A Administração convocará o vencedor da licitação para assinar o 
termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro 
das condições estabelecidas e do prazo definido em edital ± que poderá 
ser prorrogado por uma vez por igual período, sob pena de decair o 
direito à contratação (art. 64). Vale observar que, se decorridos 60 dias 
da data da entrega das propostas sem convocação para a contratação, 
ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos. 
Caso o convocado não compareça ou não aceite as condições, a 
Administração pode revogar a licitação ou convocar os licitantes 
remanescentes, na ordem de classificação, para ocuparem o lugar do 
vencedor. Entretanto, os convocados devem aceitar as condições 
propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços. 
Mas há hipóteses em que o instrumento de contrato formalizado é 
dispensado? 
PRESTE BEM ATENÇÃO NESTE PONTO! 
Sim, apesar das inúmeras regras que demonstram um excessivo 
rigor formal nas contratações realizadas pela Administração, a lei 
flexibiliza no caso de compra com entrega imediata e integral dos 
bens adquiridos, dos quais não resultem quaisquer obrigações 
futuras. Nessa hipótese, independentemente do valor do contrato, é 
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dispensável o termo de contrato, podendo a Administração substituí-lo 
por: 
x carta-contrato; 
x nota de empenho de despesa; 
x autorização de compra; ou 
x ordem de execução de serviço (§ 4.º do art. 62). 
Para que nenhum dispositivo desse ponto da Lei nº 8.666/83 passe 
em branco, transcrevemos, ainda, os seguintes artigos para ciência: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Art. 63. É permitido a qualquer licitante o conhecimento dos termos do 
contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a 
obtenção de cópia autenticada, mediante o pagamento dos emolumentos 
devidos. 
Art. 64. A Administração convocará regularmente o interessado para assinar o 
termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do 
prazo e condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação, 
sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 desta Lei. 
§ 1o O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual 
período, quando solicitado pela parte durante o seu transcurso e desde que 
ocorra motivo justificado aceito pela Administração. 
§ 2o É facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de 
contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e 
condições estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de 
classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas 
pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de 
conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação 
independentemente da cominação prevista no art. 81 desta Lei. 
§ 3o Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem 
convocação para a contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos 
assumidos. 
 
Questões de 
concurso 
 
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3. (CESPE ± 2015 ± FUB - Conhecimentos Básicos - Nível 
Intermediário) No que se refere às características dos contratos 
administrativos, julgue o item que se segue. 
No âmbito da contratação pública, assim como ocorre na esfera 
civil, a contratação do particular poderá ocorrer verbalmente, sem a 
necessidade, em determinadas hipóteses, de formalizá-la por meio de 
contrato administrativo. 
O parágrafo único do art. 60 da lei 8.666/93 dispõe que: 
³3DUiJUDIR único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a 
Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, 
assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por 
cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, 
IHLWDV�HP�UHJLPH�GH�DGLDQWDPHQWR´��Ou seja, este limite é de 4.000 que 
corresponde a 5% da modalidade do convite que é de 80.000. 
 Gabarito ± Certo. 
 
 
4. (CESPE -2015- DPE-PE - Defensor Público) De acordo com a 
Lei n.º 8.666/1993, o contrato administrativo deve ser escrito, sendo 
nulo e de nenhum efeito todo contrato verbal celebrado com a 
administração pública. 
Conforme transcrito,o art. 60, parágrafo único, da Lei n.º 
������������DILUPD�TXH�³p�nulo e de nenhum efeito o contrato verbal 
com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto 
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% 
(cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea a 
GHVWD�/HL��IHLWDV�HP�UHJLPH�GH�DGLDQWDPHQWR´� 
Gabarito:Errado. 
 
5. (CESPE ± 2013 ± TRT ± Técnico Judiciário ± Questão 
adaptada) O instrumento de contrato não será obrigatório nas hipóteses 
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em que a administração puder substituí-lo pela ordem de execução de 
serviço. 
Questão perfeita! Isso mesmo! Vimos que o instrumento de 
contrato não será obrigatório quanto a administração puder substitui-lo: 
x carta-contrato; 
x nota de empenho de despesa; 
x autorização de compra; ou 
x ordem de execução de serviço (§ 4.º do art. 62). 
Gabarito: Correto 
 
6. (CESPE ± 2013 ± TRT ± Técnico Judiciário ± Questão 
adaptada) Para que o contrato administrativo tenha eficácia, é 
indispensável a publicação resumida do instrumento de contrato na 
imprensa oficial, sendo dispensável a adoção da mesma formalidade 
para os aditamentos contratuais. 
 A lei 8.666/93 é clara em seu artigo 61, § único: 
 
Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou 
de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável 
para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto 
dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de 
vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem 
ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei. 
 
Gabarito: Errado 
 
7. (CESPE ± 2013 ± ANP ± Analista Administrativo) Em 
consonância com a previsão constitucional de observância do 
procedimento licitatório no âmbito da administração pública, não é 
admissível, em nenhuma hipótese, o contrato verbal. 
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É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, 
salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas 
aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite 
estabelecido para a modalidade convite, feitas em regime de 
adiantamento (art. 60, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93). Logo, está 
INCORRETA. 
 
8. (CESPE ± CNJ ± 2013 ± Analista Judiciário ± Área 
Administrativa) Em virtude do princípio do formalismo, os contratos 
administrativos devem ser formalizados por meio de instrumento 
escrito, salvo os de pequenas compras para pronto pagamento, em que 
se admite contrato verbal com a administração pública. 
 
É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, 
salvo o de pequenas compras de pronto pagamento (art. 60, parágrafo 
único, Lei nº 8.666/93). Logo, está CORRETA. 
 
9. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Técnico 
Judiciário) Para os fins legais, somente será considerado contrato o 
ajuste firmado entre a administração pública e particular que seja assim 
expressamente denominado em documento formal por escrito. 
Vimos que a regra é que o contrato administrativo seja escrito, 
porém existem exceções. É permitido contrato verbal para pequenas 
compras, com valores de até R$ 4.000,00. Portanto, o item está 
incorreto. 
Gabarito: Errado. 
 
10. (CESPE ± 2013 ± TRT ± Técnico Judiciário ± Questão 
adaptada) A administração deve convocar regularmente o interessado 
para assinar o termo de contrato, dentro do prazo e das condições 
estabelecidos, sem direito a prorrogação. 
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Vejamos o que diz a Lei: 
 
Art. 64. § 1o O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma 
vez, por igual período, quando solicitado pela parte durante o seu 
transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela 
Administração. 
 
 Portanto, incorreta a questão. 
Gabarito: Errado 
 
11. (CESPE - 2012 - TRE-RJ - Analista Judiciário) Contratos de 
compra de pequeno valor e com pagamento imediato podem ser 
celebrados verbalmente pela administração pública. 
Como vimos, o art. 60, parágrafo único, da Lei n.º 8.666/1993, 
DILUPD� TXH� ³p� QXOR� H� GH� QHQKXP� HIHLWR� R� FRQWUDWR� YHUEDO� FRP� D�
Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, 
assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) 
do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea a desta Lei, feitas em 
UHJLPH�GH�DGLDQWDPHQWR´��2�YDORU�GLVFULPLQDGR�QD�OHL�p��DWualmente, de 
R$ 4.000,00 (quatro mil reais). 
O fato da questão não discriminar o valor de R$4.000,00 não a 
torna errada. 
Gabarito: Certo. 
 
12. (CESPE - 2012 - TRE-RJ - Analista Judiciário) Os contratos 
relativos à constituição, modificação e extinção de direitos reais sobre 
imóveis, como os demais contratos administrativos, devem ser lavrados 
e arquivados em ordem cronológica na repartição interessada. 
Observe o que diz o art. 60: 
 
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Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas 
repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos 
seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos 
a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento 
lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo 
que lhe deu origem. 
 
Gabarito: Errado. 
 
13. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados ± Analista) É 
considerado nulo, sem qualquer efeito, o contrato verbal feito pela 
administração, com exceção dos relativos a contratações de pequenas 
compras de pronto pagamento, como as de valor não superior a 5% do 
valor estimado para a modalidade convite, feitas em regime de 
adiantamento. 
Você tem que saber de cor essa parte da lei! Pois já caiu mais de 
uma vez: 
³é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, 
salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas 
aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite 
estabelecido no art. 23, inciso II, alínea a desta Lei, feitas em regime de 
DGLDQWDPHQWR´� 
Gabarito: Certo. 
 
14. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) No que se 
refere à formalização do contrato administrativo, o denominado termo e 
contrato é dispensável nos casos de concorrência e de tomada de 
preços. 
De acordo com o que foi falado em aula: 
 
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e� LQGLVSHQVDYHO�R� ³WHUPR� GH� FRQWUDWR´� H� IDFXOWDGD� D� VXEVWLWXLomR�
prevista neste artigo, a critério da Administração e independente de 
seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos 
bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive 
assitência técnica. 
 
Gabarito: Errado. 
E nem poderia ser diferente. A modalidade com maior rigor formal, 
a concorrência, não dispensaria o termo de contrato. 
Dessa forma o item esta errado. 
 
15. (CESPE - 2013 - MI - Todos os Cargos ) O resumo do 
instrumento de contrato deve ser publicado na imprensa oficial no prazo 
máximo de vinte dias, contados a partir do quinto dia útil do mês 
seguinte ao de sua assinatura. 
A assertiva é bem parecida com uma das questões anteriores, e 
está correta, conforme art.61 parágrafo único da Lei 8666. 
 Gabarito: Certo. 
16. (CESPE - 2013 - SERPRO - Analista - Advocacia) Será nulo 
qualquer contrato administrativo celebrado e ajustado verbalmente com 
a administração pública. 
É considerado nulo, sem qualquer efeito, o contrato verbal feito 
pela administração, com exceção dos relativos a contratações de 
pequenas compras de pronto pagamento, como as de valor não 
superior a 5% do valor estimado para a modalidade convite, feitas em 
regime de adiantamento. 
Gabarito: Errado. 
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2.1.2. Contrato de adesão 
Diante da supremacia e da indisponibilidade do interesse público, 
não pode a Administração aceitar alterações no contrato de forma a 
atender ao interesse do particular. 
A Lei Geral de Licitações e Contratos informa, em seu art. 55, as 
cláusulas necessárias em todo contrato administrativo. A inserção 
dessas cláusulas no instrumento do contrato é realizada de forma 
unilateral pela Administração. 
De forma a dar publicidade ao instrumento elaborado, a minuta do 
futuro contrato integrará sempre o edital ou ato convocatório da 
licitação (art. 62, § 1.º). 
 
 
 
 
 
 
 
17. (CESPE ± 2015 ± FUB - Conhecimentos Básicos - Nível 
Intermediário) A disposição das cláusulas de um contrato administrativo 
é livre à negociação pelo particular, com a finalidade de se buscar o 
equilíbrio contratual. 
 
Diante da supremacia e da indisponibilidade do interesse público, 
não pode a Administração aceitar alterações no contrato de forma a 
atender ao interesse do particular. É o que acabamos de ver sobre os 
contratos, característica esta do contrato de adesão, o que torna a 
questão errada. 
 
Gabarito ± Errado. 
Questão de 
concurso 
 
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2.1.3. Natureza intuitu personae 
Os contratos administrativos são celebrados, em regra, após o 
encerramento de um longo e complexo procedimento licitatório. Nesse 
procedimento, a Administração verifica se o interessado tem condições 
jurídicas, técnicas, econômico-financeiras e regularidade fiscal. Essa 
avaliação tem o propósito de minimizar os riscos da Administração e 
garantir que o bem contratado seja entregue pelo vencedor do certame. 
Depois de promovida essa complexa avaliação, seria uma 
incongruência e até mesmo uma violação ao princípio da isonomia 
admitir a transferência unilateral do objeto pelo contratado a um 
terceiro. 
Por isso, um dos motivos para a rescisão unilateral do 
FRQWUDWR�SHOD�$GPLQLVWUDomR�p�D�³VXEFRQWUDWDomR�WRWDO�Ru parcial 
do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão 
ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou 
incorporação, não admitidas no edital e no contrato´ (art. 78, VI). 
Mas essa é a regra! Toda regra tem exceção! E qual é a exceção, 
no caso, meus amigos? 
Se você for um leitor atento, percebeu que a parte final desse 
dispositivo prevê que não haverá a rescisão unilateral do contrato 
quando a subcontratação for admitida no edital e no contrato. 
A subcontratação é permitida pelo art. 72 da Lei n.º 8.666/1993, 
que possibilita ao contratado subcontratar partes da obra, serviço ou 
fornecimento, desde que previamente admitido pela Administração. 
É bom observar que a subcontratação ou terceirização é muito 
comum quando o objeto do contrato é uma obra de grande porte. Ao 
empreiteiro contratado é dada a possibilidade de subcontratar empresa 
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para a execução da parte hidráulica ou de ar-condicionado, por 
exemplo. 
A possibilidade de se promover, em certos casos, a subcontratação 
do objeto contratado não retira o caráter intuitu personae do 
contrato administrativo. Por que não? 
(a) porque é vedada a terceirização integral do objeto 
contratado; 
(b) porque é vedada a subcontratação quando se tratar de 
certame em que a qualificação técnica do licitante for fator 
preponderante para a contratação (art. 13, § 3.º, da Lei n.º 
8.666/1993). 
 
 
 
 
 
 
18. (CESPE ± 2015 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) 
Assinale a opção correta no que se refere aos contratos administrativos. 
 a) As cláusulas exorbitantes de que a administração pública pode 
lançar mão nos contratos administrativos não precisam constar dos 
instrumentos contratuais, mas deverão, necessariamente, estar 
previstas no edital da licitação. 
 b) Caso ocorra desequilíbrio do contrato devido a aumento da 
alíquota de tributo que incida sobre o objeto contratual, o particular 
contratado será beneficiado com a revisão contratual; entretanto, a 
administração não poderá reduzir o valor devido no ajuste na hipótese 
de haver diminuição da alíquota de tributo. 
 c) Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições 
interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus 
Questão de 
concurso 
 
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autógrafos e registro sistemático do seu extrato, sendo integralmente 
vedados, sob pena de nulidade, contratos verbais com a administração. 
 d) O fato da administração é um fato genérico e extracontratual 
imputável à administração pública que acarreta o aumento dos custos 
do contrato administrativo. 
 e) O contrato administrativo tem como uma de suas 
características a alteração unilateral; entretanto, apenas as cláusulas 
regulamentares (ou de serviço) podem ser alteradas unilateralmente, 
possibilidade essa que não alcança as cláusulas econômico-financeiras e 
monetárias. 
Letra (A) Nos casos de cláusulas exorbitantes, essa decorrem da lei, 
independentemente de previsão em edital ou contrato. 
Letra (B) Quando se trata de equilíbrio econômico-financeiro, o contrato 
é bilateral. 
Letra (C) Os contratos verbais são possíveis para compras de pronta 
entrega quando o pagamento do valor vai até R$4 mil reais. 
Letra (D) O enunciado faz referencia ao fato do príncipe que é o fato da 
administração sendo direto e reto. Um exemplo são os casos em que se 
nega uma desapropriação necessária para rodovia. 
Letra (E) Existem cláusulas que podem ser alteradas por um acordo de 
vontades. Ocorre que as cláusulas que motiva mudança unilateral tem 
alguns limites sendo eles: quantitativos e qualitativos. 
Gabarito ± Letra E. 
 
19. (CESPE - 2015 - CGE-PI - Auditor Governamental) A 
respeito da contratação de bens e serviços de TI, julgue o item a seguir, 
de acordo com a Lei n.º 8.666/1993. Economia na execução, 
conservação e operação são requisitos que devem ser considerados 
tanto em projetos básicos quanto em projetos executivos de obras e 
serviços. 
 
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 O art�����GD�OHL����������GLVS}H��³1RV�SURMHWRV�EiVLFRV�H�SURMHWRV�
executivos de obras e serviços serão considerados principalmente os 
seguintes requisitos: (...) III - economia na execução, conservação e 
RSHUDomR�������´� 
Gabarito ± Certo. 
 
 
20. (CESPE - 2013 - Telebras - Especialista em Gestão de 
Telecomunicações - Advogado) O contrato administrativo é sempre 
consensual e, em regra, formal, oneroso e comutativo, mas não 
é intuitu personae ou personalíssimo. 
Uma questão simples mais que pega muita gente. O contrato 
administrativo é consensual porque se fundamenta de acordo com as 
vontades pois não existe ato unilateral e impositivo da Administração; 
é formal porque se expressa por escrito e com requisitos especiais; 
é oneroso porque é remunerado na forma convencionada; 
é comutativo porque estabelece compensações recíprocas e 
equivalentes para as partes e é intuitu personae porque deve ser 
executado pelo próprio contratado, vedadas, em princípio, a sua 
substituição por outrem ou a transferência de ajuste. 
Gabarito: Errado. 
 
21. (CESPE ± 2012 ±TJ-AC ± Juiz) No que se refere às 
disposições das Leis n.º 10.520/2002 e n.º 8.666/1993, que dispõem 
sobre licitação, sistema de registro de preços e contratos 
administrativos, assinale a opção correta. 
(a) Quando a administração procede à alteração unilateral do 
contrato administrativo com o propósito de adequá-lo às finalidades de 
interesse público, não se faz necessária a revisão das suas cláusulas 
econômico-financeiras. 
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(b) Os contratos para os quais a lei exige licitação são 
firmados intuitu personae, ou seja, em razão de condições pessoais do 
contratado, apuradas no procedimento da licitação, razão pela qual é 
vedada a cessão ou transferência, total ou parcial, de seu objeto para 
outrem. 
(c) Para a licitação na modalidade pregão, consideram-se bens 
e serviços comuns aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade 
possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de 
especificações usuais no mercado. 
(d) Organizado o sistema de registro de preços para a prestação 
de serviços e aquisição de bens, a administração fica obrigada a firmar 
as contratações que dele possam advir, vedada a utilização de outros 
meios licitatórios que tenham idêntico objeto e finalidade. 
(e) Conforme previsão legal, a concorrência, a tomada de 
preços, o convite, o concurso e o leilão devem adotar, 
obrigatoriamente, um dos seguintes tipos de licitação: menor preço, 
melhor técnica, técnica e preço e maior lance ou oferta. 
Apesar da questão abordar outros conhecimentos, algumas 
afirmativas podemos eliminar com a matéria que já tivemos até aqui: 
a) A revisão das cláusulas econômico-financeiras se faz 
necessária para permanecer o equilíbrio contratual, pois conforme o art. 
����†��ƒ�GD�/HL�������³O regime jurídico dos contratos administrativos 
instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a 
prerrogativa de: I - modificá-los, unilateralmente, para melhor 
adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos 
do contratado; § 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias 
dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia 
concordância do contratado. § 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, 
as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas 
SDUD�TXH�VH�PDQWHQKD�R�HTXLOtEULR�FRQWUDWXDO´ 
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b) $�TXHVWmR�VH�WRUQD�HUUDGD��SRLV�FRPR�FRQVWD�QR�DUW�����³O 
contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das 
responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da 
obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela 
Administração´��9DOH� UHVVDOWDU� TXH�R� DUW�� ���� QR� LQFLVR� 9,�� DILUPD�TXH�
FRQVWLWXHP�PRWLYR�SDUD�UHVFLVmR�GR�FRQWUDWR�³a subcontratação total ou 
parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão 
ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou 
LQFRUSRUDomR��QmR�DGPLWLGDV�QR�HGLWDO�H�QR�FRQWUDWR´. Lembrando que a 
possibilidade de se promover, em certos casos, a subcontratação do 
objeto contratado não retira o caráter intuitu personae do 
contrato administrativo. 
c) A afimativa está de acordo com a Lei. 10520/02, art. 1°, 
parágrafo único, onde consideram-se bens e serviços comuns na 
modalidade pregão aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade 
possam ser objetivamente ser definidos pelo edital, por meio de 
especificações usuais do mercado. 
d) A administração não é obrigada, conforme o teor do art. 15 
da Lei 8666/93. 
e) A afirtiva vai de encontro com o que consta no art. 45, §1° 
e os demais incisos, além do julgamento objetivo, a Comissão de 
licitação ou o próprio responsavel pelo convite irá realizá-lo de acordo 
com os tipos de licitação. 
Gabarito : Letra C 
 
22. (CESPE ± 2013 ± Polícia Federal ± Delegado) Considere 
que uma empresa vencedora de certame licitatório subcontrate, com 
terceiro, o objeto do contrato firmado com a administração pública, 
apesar de não haver previsão expressa para tanto no edital ou no 
contrato. Nessa situação, caso o contrato seja prestado dentro do 
prazo estipulado e com estrita observância aos critérios de qualidade 
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impostos contratualmente, não poderá a administração rescindir o 
contrato unilateralmente, visto que não se configura hipótese de 
prejuízo ou descumprimento de cláusulas contratuais. 
Vimos logo acima que um dos motivos para a rescisão 
XQLODWHUDO� GR� FRQWUDWR� SHOD� $GPLQLVWUDomR� p� D� ³VXEFRQWUDWDomR�
total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com 
outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a 
fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no 
contrato´ (art. 78, VI). Conclui-se,portanto, que a subcontratação 
deve vir prevista em edital ou contrato. Portanto, errada a questão 
Gabarito: Errado 
23. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) A regra segundo 
a qual os contratos administrativos são realizados intuitu personae é 
absoluta. 
Os contratos administrativos são intuitu personae, mas essa 
característica não é absoluta, pois há a lei possibilita ao contratado 
subcontratar parte do objeto contratado. 
Gabarito: Errado 
 
2.1.4. Caracterização do contrato administrativo como título executivo 
Essa é uma característica que não decorre da Lei n.º 8.666/1993, 
mas da jurisprudência. O contrato administrativo, complementado por 
outras informações prestadas pela Administração, pode se caracterizar 
como um documento público assinado pelo devedor a ensejar a sua 
caracterização como título executivo, especialmente quando o devedor 
é o poder público. Nesse sentido se manifestou o STJ: 
 
 
 
 
³1mR�Ki�G~YLGDV�TXH��HP�WHVH��R�FRQWUDWR�DGPLQLVWUDWLYR�H�D�FHUWLGmR�IRUQHFLGD�
por agente público, por traduzirem atos do Poder Público, podem ser 
considerados como títulos executivos extrajudiciais e, consequentemente, 
DSDUHOKDUHP�XPD�DomR�H[HFXWLYD��D�WHRU�GR�SUHFHLWXDGR�QR�DUW�������,,��GR�&3&´�
(REsp 1.099.127). 
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2.1.5. Equilíbrio econômico e financeiro do contrato 
MUITA ATENÇÃO, MEUS AMIGOS, NÃO SE ESQUEÇAM NUNCA 
DESSA CARACTERÍSTICA!!! 
Caso haja a alteração do contrato administrativo, seja em razão de 
risco decorrente do negócio ou por vontade unilateral da Administração, 
o contratado terá direito ao restabelecimento do equilíbrio econômico e 
financeiro do contrato (art. 58, §§ 1.º e 2.º, e 65, § 6.º, da Lei n.º 
8.666/1993). 
A partir dessa análise, Di Pietro (2009, p. 275-278), com razão, 
informa que um dos traços característicos do contrato administrativo é 
a mutabilidade. Os interesses da Administração e os riscos 
relacionados ao objeto contratado são circunstâncias que podem variar 
no tempo. Nessas hipóteses, ainda que haja modificação no contrato, 
deve ser mantido o seu equilíbrio econômico e financeiro estabelecido 
inicialmente. Por isso, diz-se que o contrato administrativo é um 
instituto dinâmico. 
Para você ter uma noção, vale mencionar aqui os tipos de riscos 
que o particular enfrenta quando contrata com a Administração: 
(a) força maior; 
(b) álea ordinária ou empresarial; 
(c) álea administrativa, que se subdivide em poder de alteração 
unilateral do contrato, fato do príncipe e fato da 
Administração; e 
(d) álea econômica. 
Em todos esses casos, a Administração responde sozinha pela 
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro. 
Com relação a esse tema, vale destacar as distinções 
conceituais entre revisão, reajuste e repactuação. 
Para o restabelecimento do equilíbrio econômico financeiro do 
contrato, a Administração deve promover a revisão do valor 
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contratado. Ela ocorre quando a administração procede à alteração 
XQLODWHUDO�GDV�FOiXVXODV�GH�H[HFXomR�³RX�TXDQGR�DOJXP�HYHQWR��PHVPR�
que externo ao contrato, modifica extraordinariamente os custos de 
VXD�H[HFXomR´��$/(;$1'5,12�H�3$8/2��������S����3-504). 
 
Já o reajuste é promovido por imposição legal do art. 55, III, da 
Lei n.º 8.666/1993, e corresponde à modificação periódica de preços e 
WDULIDV�HP�GHFRUUrQFLD�GD�³inflação ordinária ou da perda ordinária 
de poder aquisitivo da moeda, seguindo índices determinados, tudo 
FRQIRUPH� SUHYLDPHQWH� HVWDEHOHFLGR� QR� SUySULR� FRQWUDWR´�
(ALEXANDRINO e PAULO, 2010, p. 503-504). 
A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços 
previsto no próprio contrato não é considerado alteração contratual. Por 
isso, pode ser realizado por simples apostila, dispensando a celebração 
de aditamento (art. 65, § 8.º). 
A revisão e o reajuste também não se confundem com a 
repactuação ou recomposição de preços (BANDEIRA DE MELLO, 
2010, p. 637). Esta, na lição de Marçal Justen Filho1, é uma modificação 
de preços que ocorre nos contratos de execução continuada em que se 
analisa a efetiva variação dos custos da prestação desde a 
apresentação das propostas até o momento de sua prorrogação. Caso 
haja a amortização de determinados custos durante a execução do 
contrato, o valor a ser pago pela Administração poderá ser reduzido 
 
1
 Conceito retirado do artigo publicado em <http://justenfilho.com.br/wp-content/uploads/2008/12/81.pdf>, 
acessado em 02.05.2010. 
revisão reajuste Repactuação 
Alteração unilateral ± 
modificação 
extraordinária dos 
custos de execução. 
Imposição legal e previsão 
no contrato: decorre da 
inflação ou perda ordinária 
de poder aquisitivo da 
moeda. 
Efetiva variação dos 
custos da prestação, nos 
contratos de execução 
continuada. 
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quando da prorrogação da avença. Caso haja o aumento dos custos, o 
valor do contrato será majorado. 
 
 
 
 
24. (CESPE - 2013 - Telebras - Especialista em Gestão de 
Telecomunicações - Advogado) O equilíbrio financeiro do contrato 
administrativo é a relação, estabelecida inicialmente pelas partes, entre 
os encargos do contrato e a retribuição da administração para a justa 
remuneração do objeto do ajuste. 
 Conforme estudamos a questão és correta. 
 Gabarito: Correto. 
 
25. (CESPE ± 2013 ± TCE-RO ± Auditor) A recomposição ou 
revisão de preços visa à manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro do contrato, garantida constitucionalmente, aplica-se no 
caso de ocorrência de fatos imprevisíveis ou previsíveis, mas de 
consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da 
execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso 
fortuito ou fato do príncipe, configurando-se álea econômica 
extraordinária e extracontratual. 
Perfeita a questão! Levem ela para sua prova, ok? 
Gabarito: Correto. 
 
26. (CESPE- 2013 ± BACEN ± Procurador ± Questão adaptada) 
No contrato administrativo, o reajuste é o instrumento por meio do qual 
é realizado aumento real do valor pago ao contratado, podendo ocorrer 
independentemente de previsão contratual. 
Cuidado para não confundir os institutos! Vimos que o reajuste 
decorre de imposição legal e previsão no contrato: decorre da 
Questões de 
concurso 
 
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inflação ou perda ordinária de poder aquisitivo da moeda. Portanto, a 
questão está errada. 
Gabarito: Errado 
 
27. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) Ao contratar 
com a administração pública o empresário corre um risco,denominado 
álea contratual, que pode ser classificada em ordinária ou 
extraordinária. 
Foi mencionado em aula os tipos de riscos que o particular enfrenta 
quando contrata com a Administração: 
(a) força maior; 
(b) álea ordinária ou empresarial; 
(c) álea administrativa, que se subdivide em poder de alteração 
unilateral do contrato, fato do príncipe e fato da 
Administração; e 
(d) álea econômica. 
Esses riscos se dividem em duas classificações: álea ordinária (item 
b) e álea extraordinária (itens a, c e d). 
Gabarito: Correto. 
 
28. (CESPE ± 2010 ± MS ± Analista) É admitida a celebração de 
contratos administrativos com pessoas físicas domiciliadas no 
estrangeiro. 
O enunciado está de acordo com o § 2º, do art. 55, da Lei 
8.666/93, TXH� SUHYr�� ³1RV� FRQWUDWRV� FHOHEUDGRV� SHOD� $GPLQLVWUDomR�
Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas 
domiciliadas no estrangeiro �����´�� 3RUWDQWR�� D� DOWHUQDWLYD� HVWi�
correta. 
Gabarito: Correto. 
 
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2.1.6. Presença das cláusulas exorbitantes 
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (2010, p. 500) assim 
FDUDFWHUL]DP� H� GHILQHP� DV� FOiXVXODV� H[RUELWDQWHV�� ³$V� DVVLP�
denominadas cláusulas exorbitantes caracterizam os contratos 
administrativos, são a nota de direito público desses contratos, as 
regras que os diferenciam dos ajustes de direito privado. São chamadas 
exorbitantes justamente porque exorbitam, extrapolam as cláusulas 
FRPXQV�GR�GLUHLWR�SULYDGR�H�QmR�VHULDP�QHVWH�DGPLVVtYHLV´� 
As cláusulas exorbitantes são: alteração e rescisão unilaterais, 
equilíbrio econômico e financeiro do contrato, reajustamento de preços 
e tarifas, exceção do contrato não cumprido, controle do contrato, 
aplicação de penalidades, ocupação provisória de bens e serviços 
essenciais. 
2.1.6.1. Alteração unilateral 
 
Nos termos do art. 65, I, da Lei n.º 8.666/1993, os contratos 
administrativos podem ser alterados unilateralmente pela 
Administração, sempre mediante justificativa, quando houver 
modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação 
técnica aos seus objetivos (alteração qualitativa); ou quando necessária 
a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou 
diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos pela lei 
(alteração quantitativa). 
Importantíssimo você ter em mente os §§ 1º, 2º, 3º e 4º do art. 
65 da Lei nº 8.666/93: 
 
§ 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições 
contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, 
serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial 
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atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou 
de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os 
seus acréscimos. 
§ 2o Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites 
estabelecidos no parágrafo anterior, salvo: 
I ± VETADO 
II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os 
contratantes. 
§ 3o Se no contrato não houverem sido contemplados preços unitários 
para obras ou serviços, esses serão fixados mediante acordo entre as 
partes, respeitados os limites estabelecidos no § 1o deste artigo. 
§ 4o No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o contratado 
já houver adquirido os materiais e posto no local dos trabalhos, estes 
deverão ser pagos pela Administração pelos custos de aquisição 
regularmente comprovados e monetariamente corrigidos, podendo 
caber indenização por outros danos eventualmente decorrentes da 
supressão, desde que regularmente comprovados. 
 
O TCU (Decisão n.º 215/99, Plenário) consignou o entendimento de 
TXH� ³WDQWR� DV� DOWHUDo}HV� FRQWratuais quantitativas ± que modificam a 
dimensão do objeto ± quanto as unilaterais qualitativas ± que mantêm 
intangível o objeto, em natureza e em dimensão, estão sujeitas aos 
limites preestabelecidos nos §§ 1.º e 2.º do art. 65 da Lei n.º 8.666/93, 
em face do respeito aos direitos do contratado, prescrito no art. 58, I, 
da mesma Lei, do princípio da proporcionalidade e da necessidade de 
HVVHV�OLPLWHV�VHUHP�REULJDWRULDPHQWH�IL[DGRV�HP�OHL´� 
Em hipóteses excepcionalíssimas, o TCU já admitiu superar os 
limites de 25% e 50% de modificação do valor original do contrato. 
Essas hipóteses são conhecidas como agravações ou sujeições 
imprevisíveis (GASPARINI, 2008, p. 755). 
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Importante observar que o princípio do contraditório e da ampla 
defesa também se aplica nas hipóteses de alteração unilateral do 
contrato administrativo. O STJ entende que a Administração deve 
consultar o contratado, previamente, quando a modificação acarrete 
prejuízo ao particular (STJ, RMS 14.924). 
Por último, conforme vimos acima, caso a alteração unilateral do 
contrato provoque o desequilíbrio econômico-financeiro, a 
Administração deve restabelecê-lo (art. 58, § 2.º, e 65, § 6.º, da Lei n.º 
8.666/1993). 
 
 
 
 
29. (CESPE ± 2015 ± FUB - Conhecimentos Básicos - Nível 
Intermediário) Nos contratos administrativos, a administração pública 
terá situação privilegiada, legalmente estabelecida, em relação ao 
particular, dada a prevalência do interesse público sobre o privado. 
 
Estamos diante das cláusulas exorbitantes. Para Marcelo 
Alexandrino e Vicente Paulo (2010, p. 500) caracterizam e definem as 
cláusulas exorbitantes da seguinte forma: ³$V� DVVLP� GHQRPLQDGDV�
cláusulas exorbitantes caracterizam os contratos administrativos, são a 
nota de direito público desses contratos, as regras que os diferenciam 
dos ajustes de direito privado. São chamadas exorbitantes justamente 
porque exorbitam, extrapolam as cláusulas comuns do direito privado e 
QmR�VHULDP�QHVWH�DGPLVVtYHLV´� 
Gabarito ± Certo. 
 
30. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) As cláusulas 
econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos 
podem ser alteradas de forma unilateral pela administração. 
Questão de 
concurso 
 
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Conforme art. 58 § 1º: 
 
§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos 
administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do 
contratado. 
 
Gabarito: Errado. 
 
Mais uma questão neste sentido: 
 
31. (CESPE ± 2010 ± MS ± Analista) O regime jurídico dos 
contratos administrativos concede à administração pública o direito de 
modificar unilateralmente as cláusulas econômico-financeiras dos 
contratos administrativos, para melhor adequação ao interesse comum. 
Como vimos anteriormente, o art. 58, da Lei nº 8.666/93, dispõe 
que essas cláusulasnão poderão ser alteradas sem prévia concordância 
do contratado. Isso proporciona ao contratado garantia. Portanto, o 
item está incorreto. 
Gabarito: Errado. 
 
32. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados ± Analista) A 
administração pública, ao suprimir parte do objeto de um contrato, 
provocou modificações no valor inicial contratual. Nessa situação, o 
contrato poderá ser rescindido mediante requerimento da empresa 
contratada. 
Conforme artigo 65: 
 
Art. 65 § 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, 
os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 
25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso 
particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta 
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por cento) para os seus acréscimos. 
 
Gabarito: Errado. 
 
33. (CESPE - 2013 - Telebras - Advogado) Nos contratos 
públicos, o direito privado atua de forma supletiva, pois não substitui ou 
derroga as normas privativas da administração pública. 
Os contratos administrativos são regulados pelas suas cláusulas e 
pelos preceitos de direito público, sendo aplicado supletivamente os 
princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito 
privado, conforme o art. 54, da Lei 8666. Assim, percebe-se que os 
contratos públicos são assim regulados para que o interesse público não 
se submeta ao interesse do particular. Portanto, o item está correto. 
Gabarito: Correto. 
 
34. (CESPE - 2013 - CNJ - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) Considere que uma sociedade empresária tenha 
celebrado contrato administrativo de prestação de serviço com 
determinado órgão público. Nessa situação hipotética, caso a 
administração julgue conveniente a substituição da garantia de 
execução, o contrato poderá ser alterado unilateralmente. 
 
O art. 65 dispõe como os contratos administrativos serão 
alterados. Neste artigo, separa-se os casos em que serão alterados 
unilateralmente pela Administração (inc. I) e os que serão alterados por 
acordo das partes (inc.II). A hipotése tratada no enunciado vem diposta 
no Inc. II, em que o contrato será alterado por acordo entre as partes 
quando conveniente a substituição da garantia de execução. Portanto, o 
item está incorreto. 
Gabarito: Errado. 
 
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2.1.6.2. Rescisão unilateral 
A Administração pode rescindir unilateralmente o contrato nos 
casos previstos nos incisos I a XII e XVII do art. 78 da Lei n.º 
8.666/1993. 
Para que fique mais claro, adotamos a divisão de Di Pietro (2009, 
p. 270-272) dessas hipóteses em: 
(a) casos de inadimplemento com culpa (incisos I a VIII e XVII 
do art. 78), abrangendo hipóteses como não 
cumprimento, cumprimento irregular ou lentidão no 
cumprimento das cláusulas contratuais, atraso 
injustificado, paralisação sem justa causa, subcontratação 
irregular, faltas reiteradas na execução, caso fortuito ou 
força maior impeditiva da execução do contrato; 
(b) inadimplemento sem culpa (incisos IX a XI), que abrangem 
a insolvência, a dissolução ou alteração da estrutura da 
sociedade; 
(c) razões de interesse público (inciso XII); e 
(d) caso fortuito ou força maior (inciso XVII). 
A jurisprudência se consolidou no sentido de que a rescisão será 
sempre motivada, conferindo-se ao contratado a ampla defesa e o 
contraditório (STJ, RMS 20.385-PR). 
Nas hipóteses de rescisão unilateral por culpa do contratado, 
ocorrerá a assunção imediata do objeto do contrato (opcional), a 
ocupação e utilização do local, instalações, equipamentos, material e 
pessoal pela Administração de forma a dar continuidade à execução do 
contrato (opcional), execução da garantia contratual caso o contratado 
deva multas e indenizações à Administração, retenção dos créditos do 
contratado até o limite dos prejuízos do poder público e aplicação das 
sanções administrativas cabíveis (art. 80). 
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Caso não haja culpa do contratado, as mesmas consequências 
são verificadas, uma vez que a lei não distingue as hipóteses de 
rescisão com culpa das hipóteses em que há culpa do contratado. O art. 
79, § 2.º, contudo, informa que a rescisão levada a cabo pela 
Administração, sem qualquer interferência do contratado gera o direito 
deste de ser indenizado pelos prejuízos que houver sofrido (danos 
emergentes) e pelo custo da desmobilização, de ver devolvida a 
garantia prestada e de receber o pagamento pelo que executou até o 
momento da rescisão. 
 
 
 
 
35. (CESPE ± 2015 ± DEPEN - Agente Penitenciário Federal - 
Área 1) As garantias contratuais prestadas pelos fornecedores 
contratados mediante licitação são uma prerrogativa da administração 
pública com o objetivo de assegurar a prestação adequada do serviço 
ou, em caso de falha na execução que seja passível de aplicação de 
multa, assegurar o recebimento do valor pactuado. 
 
Para responderemos essa questão devemos analisar alguns artigos da 
lei 8.666/93, são eles: 
Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do artigo anterior acarreta as 
seguintes consequências, sem prejuízo das sanções previstas nesta Lei: 
III - execução da garantia contratual, para ressarcimento da 
Administração, e dos valores das multas e indenizações a ela devidos; 
Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o 
contratado à multa de mora, na forma prevista no instrumento 
convocatório ou no contrato. 
§ 2o A multa, aplicada após regular processo administrativo, será 
descontada da garantia do respectivo contratado. 
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a 
Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao 
contratado as seguintes sanções: 
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no 
contrato; 
Questão de 
concurso 
 
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Gabarito ± Certo. 
 
 
36. (CESPE ± 2013 ± TJ-DF ± Analista Judiciário) Suponha 
que, na execução de determinada obra pública, o contratado paralise 
a obra sem justa causa e sem prévia comunicação à administração. 
Nesse caso, a administração estará legitimada a promover a rescisão 
do contrato após obter autorização judicial em ação proposta com 
essa finalidade específica. 
Após a explicação fica fácil né? A paralisação sem justa causa e 
sem prévia comunicação enseja rescisão unilateral, não havendo 
necessidade, portanto, de obter autorização judicial. 
Gabarito: Errado. 
 
37. (CESPE ± 2013 ± MI ± Todos os cargos) A administração 
pública pode rescindir unilateralmente o contrato administrativo, 
devendo motivarformalmente sua decisão e assegurar ao particular 
a ampla defesa e o contraditório. 
Isso mesmo! Conforme art. 78, § único: 
Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão 
formalmente motivados nos autos do processo, assegurado o 
contraditório e a ampla defesa. 
 
Gabarito: Correto. 
 
38. (CESPE - 2012 - TJ-RR ± Analista) Na hipótese de atraso 
injustificado do contrato administrativo provocado pelo contratado, é 
cabível a rescisão unilateral pela administração, sem que se imponha a 
esta o dever de ressarcir o contratado. 
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Dentre as hipóteses de rescisão unilateral temos: 
(a)casos de inadimplemento com culpa (incisos I a VIII e XVII do art. 
78), abrangendo hipóteses como não cumprimento, cumprimento 
irregular ou lentidão no cumprimento das cláusulas contratuais, atraso 
injustificado, paralisação sem justa causa, subcontratação irregular, 
faltas reiteradas na execução, caso fortuito ou força maior impeditiva da 
execução do contrato; 
Gabarito: Correto. 
39. (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico Científico ± 
Direito) A inexecução culposa de contrato administrativo resulta de ação 
ou omissão da parte, decorrente da negligência, imperícia ou 
imprudência. 
A inexecução ou inadimplência do contrato é o descumprimento de 
suas cláusulas, total ou parcialmente. Pode ocorrer por ação ou 
omissão, culposa ou sem culpa, de qualquer das partes, caracterizando 
o retardamento (mora) ou o descumprimento integral do ajustado. A 
inexecução culposa resulta de uma ação ou omissão decorrente de 
negligência, imprudência, imprevidência ou imperícia no atendimento 
das cláusulas contratuais. Logo, está CORRETA. 
Gabarito: Correto. 
2.1.6.3. Restrição à exceção do contrato não cumprido 
ABRA O OLHO! ESSE PONTO É MUITO IMPORTANTE! 
3UHVFUHYH� R� DUW�� ���� GR�&yGLJR�&LYLO� GH� ����� TXH� ³QRV� FRQWUDWRV�
bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida sua obrigação, 
SRGH�H[LJLU�R�LPSOHPHQWR�GD�GR�RXWUR´. Assim, nos contratos de direito 
privado, se uma das partes deixa de cumprir a sua obrigação, não pode 
essa mesma parte exigir que a outra execute o que previsto no 
contrato. Esse é o instituto da exceção do contrato não cumprido ou 
exceptio non adimpleti contractus. 
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Na Lei n.º 8.666/1993, a exceção do contrato não cumprido pode 
ser oposta contra a Administração quando o atraso no pagamento de 
obra ou serviço já executado for superior a noventa dias. Nesse caso, 
pode o contratado escolher entre a suspensão da execução do contrato 
ou a sua rescisão judicial ou amigável. Se optar pela rescisão, terá 
direito às parcelas descritas no art. 79, § 2.º, acima mencionado. 
Veja a redação do art. 78, XV: 
 
 
 
 
 
A exceptio non adimpleti contractus só é afastada integralmente 
± após os noventa dias ± nos contratos administrativos quando o não 
pagamento pela Administração ocorre em caso de (a) calamidade 
pública, (b) grave perturbação da ordem interna ou (c) guerra. 
Sob o aspecto inverso, no caso da Administração se ver 
prejudicada ± caso o particular deixe de executar o seu dever contratual 
± o ente público pode, imediatamente, opor a exceção do contrato não 
cumprido e suspender os pagamentos devidos ao contratado, sem 
prejuízo das demais sanções legais (ALEXANDRINO e PAULO, 2010, p. 
512). 
2.1.6.4. Fiscalização do contrato 
³2�FRQWUROH�GR�FRQWUDWR�DGPLQLVWUDWLYR�p�XP�GRV�SRGHUHV�LQHUHQWHV�
à Administração e, por isso mesmo, implícito em toda contratação 
S~EOLFD�� GLVSHQVDQGR� FOiXVXOD� H[SUHVVD´� �0(,5(//(6�� ������ S�� ������
Decorre desse poder a prerrogativa de fiscalizar a execução dos 
contratos, conforme prevê o art. 58, III, e o art. 67, ambos da Lei 
Geral. 
 
³&RQVWLWXL� PRtivo para rescisão do contrato o atraso superior a 90 
(noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes 
de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou 
H[HFXWDGRV´� 
 
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Apurada a existência de vício na execução do objeto, o contratado 
é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às 
suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se 
verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou 
de materiais empregados (art. 69). 
Por fim, destaca-se que a atividade de fiscalização da 
Administração não faz com que a responsabilidade do contratado por 
dano decorrente da culpa ou dolo seja reduzida ou transferida ao poder 
público (art. 70). Não há que se falar aqui em culpa in vigilando do 
Estado. 
 
 
 
 
 
40. (CESPE ± 2015 - CGE-PI - Auditor Governamental) Julgue o 
item subseqüente, relativo a elaboração e fiscalização de contratos. 
Ao encontrar uma irregularidade na execução do contrato, o fiscal do 
contrato deverá notificar tal irregularidade verbalmente, em primeiro 
momento, ao preposto da contratada. Caso essa irregularidade não seja 
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por 
esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: 
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades 
de interesse público, respeitados os direitos do contratado; 
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do 
art. 79 desta Lei; 
III - fiscalizar-lhes a execução; 
 
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada 
por um representante da Administração especialmente designado, 
permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de 
informações pertinentes a essa atribuição. 
Questão de 
concurso 
 
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corrigida, o fiscal deverá notificar a empresa por meio de 
correspondência simples entregue pelos correios. 
 
 $� /HL� Qž� ��������� SUHFRQL]D� HP� VHX� DUW�� ��� †� �ž� ³$UW� 67. A 
execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um 
representante da Administração especialmente designado, permitida a 
contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações 
pertinentes a essa atribuição. § 1o O representante da Administração 
anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a 
execução do contrato, determinando o que for necessário à 
UHJXODUL]DomR�GDV�IDOWDV�RX�GHIHLWRV�REVHUYDGRV �´ 
Gabarito ± Certo. 
 
41. (CESPE ± 2015 - CGE-PI - Auditor Governamental) Julgue o 
item subsequente, relativo a elaboração e fiscalização de contratos. 
 
Considere que uma empresa contratada para prestação de serviços 
técnicos tenha concluído uma demanda. Considere, ainda,que essa 
empresa tenha notificado a instituição e solicitado validação para 
posterior emissão de fatura. Nesse caso, é papel do fiscalizador do 
contrato validar se a demanda concluída faz parte do escopo contratual. 
A lei nº 8.666/93 em seu art. 67 dispõe que: 
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada 
por um representante da Administração especialmente 
designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo 
de informações pertinentes a essa atribuição. 
§ 1º O representante da Administração anotará em registro próprio todas as 
ocorrências relacionadas com a execução do contrato,determinando o 
que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados. 
 Gabarito ± Certo. 
 
 
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42. (CESPE ± 2015 - CGE-PI - Auditor Governamental) Julgue o 
item subsequente, relativo a elaboração e fiscalização de contratos. 
 
Ao encontrar uma irregularidade na execução do contrato, o fiscal 
do contrato deverá notificar tal irregularidade verbalmente, em primeiro 
momento, ao preposto da contratada. Caso essa irregularidade não seja 
corrigida, o fiscal deverá notificar a empresa por meio de 
correspondência simples entregue pelos correios. 
Pessoal, basta observar o art. 67 da lei 8.666/93 exposto acima, 
para responder essa questão. 
Gabarito ± Errado. 
 
43. (CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios) Celebrado 
o contrato com a administração pública, a execução desse contrato 
deve ser acompanhada e fiscalizada por um representante da 
administração especialmente designado para tal fim, admitida a 
contratação de terceiros para assistir ou subsidiar o trabalho. 
Veja como o Cespe não tem fugido da lei: 
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por 
um representante da Administração especialmente designado, permitida a 
contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações 
pertinentes a essa atribuição. 
 
Gabarito: Correto. 
 
2.1.6.5. Aplicação de penalidades 
Curioso, não é? Num contrato, uma parte pode impor uma multa a 
outra parte! É, meus caros, isso ocorre quando alguém contrata com 
administração e descumpre o que foi acordado. 
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A administração pode se valer do atributo da imperatividade dos 
atos administrativos para impor ao particular contratado as sanções 
pelo descumprimento das cláusulas firmadas no ajuste, seja pela 
inexecução total ou pela parcial. Essa é uma das prerrogativas do poder 
público. 
As sanções administrativas são definidas taxativamente nos arts. 
86 e 87 da Lei em comento. São elas: (a) advertência; (b) multa; (c) 
suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de 
contratar com a Administração, por prazo não superior a dois anos; (d) 
declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a 
Administração Pública. 
Os dispositivos que regulam a aplicação de sanções devem ser 
interpretados restritivamente, uma vez que representam limitações aos 
direitos dos contratados. Por isso, em razão da autorização expressa no 
§ 2.º do art. 87 da Lei n.º 8.666/1993, somente a pena de multa pode 
ser aplicada conjuntamente com qualquer outra penalidade 
(ALEXANDRINO e PAULO, 2010, p. 507, e DI PIETRO, 2009, p. 272). 
No aspecto procedimental, esse postulado determina que seja 
conferido o contraditório e a ampla defesa ao contratado. O art. 87, §§ 
2.º e 3.º, da Lei Geral, em atenção a essa imposição constitucional, 
dispõe que o contratado tem dez dias para apresentar defesa contra a 
imposição da sanção de declaração de inidoneidade e de cinco dias úteis 
para as demais penalidades (TCU, Acórdão n.º 611/2008-TCU-1.ª 
Câmara). Além disso, a lei prevê o recurso, no prazo de cinco dias úteis, 
contra a decisão que aplicou as penas de advertência, suspensão 
temporária ou de multa e o pedido de reconsideração, no prazo de dez 
dias úteis, da decisão que declara a inidoneidade. 
A multa pode ser aplicada pelo atraso na execução do contrato 
(multa de mora, prevista no art. 86) ou em razão da inexecução 
parcial ou total do contrato. Essa sanção, como bem lembram 
Alexandrino e Paulo (2010, p. 507), pode ser diretamente descontada 
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da garantia prestada pelo contratado. Nos termos do art. 86, § 3.º, se a 
multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da 
perda desta, responderá o contratado pela sua diferença a qual será 
descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração 
(atributo da autoexecutoriedade) ou cobrada judicialmente (se não há 
valor a ser repassado pelo poder público ou se a garantia for 
insuficiente, a Administração só poderá alcançar o patrimônio da 
contratada em demanda proposta perante o Poder Judiciário). 
A suspensão temporária de participação em licitação e 
impedimento de contratar com a Administração em até dois 
anos só vale no âmbito do órgão que aplicou a penalidade (TCU, 
Acórdão 842/2005-Plenário e Acórdão 538/2009-1.ª Câmara), ou seja, 
não pode um órgão vedar a participação de determinada interessada na 
licitação se essa empresa tem em seus dados cadastrais uma 
penalidade de suspensão imposta por outro órgão, entidade ou unidade 
administrativa. Apesar dessa firme orientação do TCU, o STJ já chegou 
a afirmar que a suspensão do direito de participar de licitação não fica 
adstrita a um único órgão (RESP 151567). 
A declaração de inidoneidade é mais grave que a suspensão 
temporária para contratar. Ela ocorre quando a Administração verifica a 
prática de fraude, crime ou a prática de fato grave por parte da 
empresa contratada ou da interessada em contratar com o poder 
público (é admitida a imposição dessa penalidade a empresa não 
contratada: RESP 15.999). 
A declaração de inidoneidade vale para todo e qualquer órgão 
da Administração de qualquer esfera (No STJ: RESP 520553 e RESP 
151567. No TCU: Decisão n.º 52/99-Plenário e Acórdão n.º 538/2009-
1.ª Câmara). 
A Lei n.º 8.443/1992 define que a penalidade em foco pode ser 
fixada por até cinco anos. Esse período pode ser maior se perdurarem 
os motivos determinantes da punição (art. 87, IV, da Lei n.º 
Direito Administrativo p/ INSS ʹ Analista do 
Seguro Social. 
Teoria e Exercícios comentados. 
Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 
 
 
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8.666/1993). Por outro lado, o prazo mínimo da declaração de 
inidoneidade é de dois anos, nos termos da parte final do mesmo 
dispositivo da Lei n.º 8.666/1993. 
A declaração de inidoneidade só pode ser aplicada por Ministro 
de Estado ou autoridade equivalente nas entidades federadas. 
O efeito dessa declaração, segundo recente orientação da Primeira 
Seção do STJ (MS 14002 e MS 13101), é ex nunc, ou seja, não interfere

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