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TRIBUTARIO RESUMO

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Responsabilidade tributaria
DEFINIÇÃO:
ARTIGO 139 CTN: Com a concorrência do fato gerador, nasce a obrigação tributária, ou seja, momento em que ente tributante é contribuinte estabelecem uma relação obrigacional de credito e debito, aqui chamada de relação jurídico- tributaria.
A obrigação tributária se divide em obrigação principal e obrigação acessória.
OBRIGAÇÃO PRINCIPAL: ARTIGO 113§1º DO CTN
A obrigação principal surge com a concorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o credito dela decorrente.
OBRIGAÇÃO ACESSORIA: ARTIGO 113§2º DO CTN
A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objetos as prestações, positivas ou negativas, nelas previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ACESSORIA: ARTIGO 113§3º DO CTN
O não cumprimento da obrigação acessória faz com que se converta em obrigação principal, por meio de penalidade pecuniária.
OBRIGAÇÃO ACESSORIA NÃO SEGUE A OBRIGAÇÃO PRINCIPAL.
No direito tributário as obrigações acessórias não seguem, necessariamente, a obrigação principal visto, que, ainda que o contribuinte seja dispensado do cumprimento da obrigação principal (ex. imunidade), ainda sim está obrigado a cumprir a obrigação acessória (exemplo: emissão de notas fiscais).
Por esse motivo, alguns estudiosos defendem que a qualificação obrigação acessória é inadequada, já que se tratam de deveres autônomos em relação a obrigação de pagar tributos.
DOMICILIO TRIBUTARIO: ARTIGO 127 DO CTN
Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicilio tributário, na forma da legislação aplicável considera-se como tal:
A) quanto as pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade;
b) quanto as pessoas jurídicas de direito privado ou as firmas individuais, o lugar de sua sede, ou em relação aos atos ou fatos que derem origem a obrigação, o de cada estabelecimento;
c) quanto as pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante.
Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos do artigo 127 CTN:
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal:
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade;
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante.
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.
Considerar-se a como domicilio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da concorrência dos atos ou fatos que deram origem a obrigação.
A autoridade administrativa pode recusar o domicilio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.
ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTARIA
São eles o fato gerador, o sujeito ativo, o sujeito passivo e o objeto.
FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL ARTIGO 114 DO CTN
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
É A SITUAÇÃO DEFINIDA EM LEI COMO NECESSARIA E SUFICIENTE A SUA CONCORRENCIA.
FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO ACESSORIA ARTIGO 115 DO CTN
É qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a pratica ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
SUJEITO ATIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTARIA ARTIGO 119 DO CTN;
É a pessoa jurídica de direito público (UNIAO, ESTADOS, DF E MUNICIPIOS), titular da competência constitucional para exigir o seu cumprimento.
SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTARIA ARTIGO 121 DO CTN;
É a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
ESPECIES DE SUJEITO PASSIVO ARTIGO 121 PARAGRAFO ÚNICO DO CTN
Contribuinte, quando, tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
Responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO ACESSORIA:
É a pessoa obrigada as prestações que constituam o seu objeto.
SOLIDARIEDADE TRIBUTARIA ARTIGO 124 DO CTN
São solidariamente obrigadas:
As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
As pessoas expressamente designadas por lei.
A SOLIDARIEDADE REFERIDA NESTE ARTIGO NÃO COMPORTA BENEFICIO DE ORDEM.
EFEITOS DA SOLIDARIEDADE TRIBUTARIA ARTIGO 125 DO CTN:
Salvo disposição de lei em sentido contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
a) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
b) isenção ou remissão de credito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
c) a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorecer ou prejudica aos demais.
RESPONSABILIDADE TRIBUTARIA ARTIGO 128 DO CTN;
Em regra, o responsável pelo cumprimento da obrigação tributária é o contribuinte, ou seja, aquele quem praticou o fato gerador.
Ocorre que, em algumas situações, a legislação autoriza que a cobrança desse tributo seja realiza sobre um terceiro que não tenha efetivamente praticado o fato gerador, também chamado de “sujeito passivo indireto”.
RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO:
É um mecanismo de arrecadação do Fisco, em que o sujeito ativo irá cobrar o tributo diretamente do substituto tributário.
 Isso porque a lei poderá atribuir a sujeito passivo da obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente. Essa modalidade de responsabilidade aplicada aos tributos indiretos (ou plurifásicos).
Exemplo: em uma cadeia de produção de veículos, a fábrica de automóveis está obrigada a recolher ICMS sobre duas operações, ou seja, sobre a operação de venda desse veículo para a concessionaria (1 operação) e sobre a venda do veículo da concessionaria para o consumidor final (esta que ainda não aconteceu) estando a concessionaria “ dispensada” de recolher o tributo.
 RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES ARTIGOS 129,130 E 131 DO CTN
Trata- se dá responsabilização do sucessor pelas obrigações tributarias em razão do evento que originou a sucessão. Assim, o sucessor passa a ocupar a posição de devedor.
São responsáveis por sucessão:
O adquirente do bem (a qualquer título) ou remitente (que pagou dívida para resgatar o bem);
O sucessor a qualquer título (por ato inter vivos ou causa mortis);
O cônjuge meeiro;
O espolio do devedor;
A empresa sucessora, integralmente (se assumiu o negócio) ou subsidiariamente (se não tiver assumido o negócio).
Exemplo:
O adquirente (sucessor) de um imóvel será o responsável pelos débitos tributários anteriores a sua aquisição.
Obs.:
 No caso de o bem ser adquirido em alienação em virtude de falência ou recuperação judicial, não subsiste a responsabilidade (artigo 133§1 do CTN)
Se o adquirente tiver qualquer vínculo jurídico com o falido ou o recuperado ou com seus sócios. (Artigo 133, I a III do CTN), o benéfico será desconsiderado.
RESPONSABILIDADE DE TERCEIROSARTIGO 134 E 135 DO CTN
Quando se tornar impossível a exigência da obrigação principal do contribuinte, a reponsabilidade poderá ser transferida a terceiro. O terceiro será solidariamente responsável como o contribuinte.
Em relação as penalidades, a reponsabilidade se estende apenas as de caráter moratório (ex: multa moratório, juros moratórios etc.) não respondera por multas decorrentes de obrigações acessórias, exceto se a lei assim o previr.
O rol é taxativo e consiste em:
Os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
Os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
 Os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
O inventariante, pelos tributos devidos espolio;
O sindico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
Os tabeliães, escrivães e demais serventuários de oficio, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu oficio;
Os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
No caso de ação com excesso de poderes ou com infração a lei, além das pessoas acima, serão corresponsáveis pela obrigação tributária:
Os mandatários, prepostos e empregados;
Os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
 Exemplo: pai é terceiro responsável pelas dividas tributarias de filhos menores.
RESPONSAVEL POR INFRAÇÃO ARTIGO 136 DO CTN
Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da afetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
A responsabilidade é pessoal ao agente:
Quanto as infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito.
Quanto as infrações em cuja definição o dolo especifico do agente seja elementar;
Quanto as infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo especifico, os responsáveis por ato de terceiro, mencionadas no item acima, por atos dos referidos terceiros.
Exemplo: independentemente de boa fe ou não, o contribuinte que se esquece de declarar o imposto de renda comete o crime de sonegação fiscal.
 DENUNCIA ESPONTANEA ARTIGO 138 DO CTN
A responsabilidade será excluída pela denúncia espontânea da infração, desde que acompanhada pelo respectivo pagamento de tributo, salientando que a denuncia não pode ser realizada após o inicio de qualquer procedimento administrativo.
CAPACIDADE TRIBUTARIA
É a atribuição concreta de participar de um dos polos da relação jurídica tributaria.
CAPACIDADE TRIBUTARIA ATIVA
Trata se da atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária. Pode ser exercida pela própria pessoa jurídica que instituiu o tributo por lei ou pode ser conferida por esta a outra pessoa.
PARAFISCALIDADE
Trata-se da delegação, por lei do ente público tributante, das funções de arrecadar ou fiscalizar os tributos ou de executar os atos necessários para este intuito, para pessoa física ou jurídica, pública ou privada.
 Exemplo: contribuição anual paga pelos advogados a OAB.
COMPETENCIA TRIBUTARIA E CAPACIDADE TRIBUTARIA ATIVA
	COMPETENCIA TRIBUTARIA
	CAPACIDADE TRIBUTARIA ATIVA
	É a atribuição de instituir, por meio da edição de lei, a obrigação tributária.
	É a atribuição, instituída pela lei que criou o tributo, de arrecadar, fiscalizar e praticar os demais atos necessários a satisfação do credito tributário.
	E indelegável, pois se trata de função do ente federativo, que dispõe de poder legislativo para criar a lei referente.
	É delegável pelo ente competente a outra pessoa física ou jurídica.
	Se houver delegação, haverá inconstitucionalidade, sendo a norma viciada.
	Se houver delegação, haverá parafiscalidade o que é autorizado por nosso ordenamento.
	
	
	
	
BITRIBUTAÇÃO
Trata se da incidência tributária por dois entes tributantes distintos sobre o mesmo fato gerador praticado por um mesmo contribuinte
 BIS IN IDEM
Trata- se da incidência tributária pelo mesmo ente tributante sobre o mesmo fato gerador.
CAPACIDADE TRIBUTARIA PASSIVA ARTIGO 126 DO CTN
Trata se da capacidade de ser sujeito passivo da obrigação tributária. Estas independem:
Da capacidade civil das pessoas naturais;
De achar- se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
De estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.
OBJETO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTARIA.
É o tributo, ou seja, a exação em dinheiro devida pelo sujeito passivo ao sujeito ativo, a ser calculado na forma da lei.
 Em regra, apura-se o valor do tributo com a aplicação de uma alíquota (porcentagem) sobre a base de cálculo (quantificação do fato gerador)
Há tributos cujo valor já vem fixados em lei, como ocorre as taxas.

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