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Capitulo VI

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MAIS- VALIA, LUCRO E QUEDA DA 
 TAXA DE LUCRO 
 
 Chegamos a um ponto que será necessário que se façam algumas retrospectivas dos temas anteriores sugerido pelos próprios autores para que esse tema fique claro, pois se trata de uma das mais importantes analise de Marx que usa o termo de mais-valia para explicar como o capitalista através da apropriação do excedente da força de trabalho do proletário, tem nessa apropriação seu maior lucro que é a função pela qual age o capitalista como representante do capital. A formação de uma sociedade é de uma complexidade muito grande, pois, não se consegue facilmente determinar o que originou o modo de produção de uma comunidade qualquer. Sabe-se, a princípio, que o termo modo de produção é uma abstração que serve para designar a evolução histórica e prever os caminhos políticos aonde essa comunidade pode chegar. Isto se pode constatar, quando se estuda a primeira sociedade em que o homem viveu, numa retrospectiva ao homem da caverna até o homem capitalista. O modo de produção tenta mostrar a formação de uma sociedade, as suas relações e inter-relações frente a uma complexidade que cerca o ser humano de todas as épocas.
De maneira mais simples, o modo de produção é o como se produzir, porém, este modo de produzir envolve uma complexidade tão grande que seu conceito não se limita a esta simplicidade, pois, além do aspecto técnico que envolve este termo, existe também o seu lado político de análise. Segundo MARX (1876); pode-se entender o modo de produção, como sendo uma estrutura global constituída de estruturas regionais, tais como: estrutura econômica, considerada a infra-estrutura; a estrutura jurídico-política e a estrutura ideológica, que são consideradas como superestruturas. Marx prossegue sua analise do ponto de vista histórico, o capital ergue-se por toda parte contra a propriedade territorial, sob a forma de dinheiro, como numerário, como capital mercantil e capital usurário. O mesmo fenômeno desenvolve-se diariamente aos nossos olhos. O surgimento do equivalente universal permitiu que a circulação das mercadorias avançasse ainda mais; no entanto, somente quando esse equivalente universal passou a ser uma mercadoria dotada de propriedades especiais(durabilidade, divisibilidade, facilidade de transporte, etc...), a circulação mercantil pode florescer a principio foram usados os metais preciosos, posteriormente convertidos em dinheiro que se monstra adequado a essa função. O dinheiro, pois, é a mercadoria especial na qual todas as outras expressam o seu valor. (Economia política uma introdução critica pg.89). “Na sua primeira entrada em cena, isto é, na sua primeira aparição no mercado, quer se trate do mercado de mercadorias, do de trabalho ou de moeda, o capital reveste a forma de um dinheiro que, é a mercadoria universal de troca determinados, deve transformar-se em capital". (O Capital, capítulo IV). Marx prossegue, então, no estudo dos processos pelos quais a moeda se transforma em capital; verifica, inicialmente, que a forma sob a qual a moeda circula como capital é a inversão exata da forma sob a qual ela circula como equivalente geral das mercadorias. O simples possuidor de mercadorias vende para comprar; vende aquilo de que não tem necessidade e, com o dinheiro obtido, compra aquilo de que tem necessidade. O capitalista incipiente começa por comprar aquilo de que ele próprio"não tem" necessidade; compra para vender, e vender mais caro, para recuperar o valor dinheiro primitivamente aplicado na compra e, mais ainda, para recuperá-lo acrescido de um excedente em dinheiro, que Marx denomina de mais-valia.
Qual a origem dessa mais-valia? Ela não pode provir nem de ter o comprador comprado as mercadorias abaixo de seu valor, nem de tê-las vendido acima de seu valor. Com efeito, nesses dois casos, os ganhos e as perdas de cada um se compensam reciprocamente, porquanto cada um é sucessivamente comprador e vendedor. “Ela não pode igualmente provir do dolo, porque este pode muito bem enriquecer um à custa de outro, mas não aumentar a soma total possuída por um e por outro, nem, por conseguinte, a soma dos valores em circulação num país. É difícil que a totalidade da classe capitalista de um país se engane a si própria". (O Capital, pág. 165). 
Portanto os lucros do capitalista provem da exploração da força de trabalho do proletário já que à diferença entre o valor da mercadoria produzida e a soma do valor dos meios de produção e do valor do trabalho que seria a base do lucro no sistema capitalista. 
O movimento do capital, a que mencionamos no capitulo 5 a qual se refere à classe capitalista e o circuito que, vai da produção das mercadorias á sua realização (ou seja, a sua venda). Para avançarmos nessas analises é preciso à explicitação direta das contradições que tencionam o modo de produção capitalista esta retomada permitira o esclarecimento de problemas e aspectos que não foram tratados antes em especial o que se refere á tendência á queda da taxa de lucro, questão crucial no desenvolvimento capitalista.
 6.1. A MOBILIDADE DO CAPITAL: A TAXA MEDIA DE LUCRO 
 No capitulo (5, item 5.2) vimos que a rotação do capital configura o movimento do capital: ele sai da esfera da circulação (capital monetário), ingressa na esfera da produção (capital produtivo) e retorna á esfera da circulação quando a mercadoria é finalmente comercializada e, pois, realizada (de novo, capital monetário). Porem o movimento de capital não se reduz á sua rotação. 
 O leitor atento observará que é precisamente na rotação do 
 capital que se funda a repartição da mais-valia que estudamos 
 que estudamos no Capital 4 (item 4.7). Com efeito, a consi- 
 deração do movimento capital implica a consideração não 
 somente do capital produtivo (industrial), mas ainda do 
 capital comercial e do capital bancário. (Nota de roda pé pg.129) 
No capitulo 4 (item 4.7) os autores tratam da repartição da mais valia a qual farei só uma breve retomada para que possamos prosseguir A mais-valia é criada na produção de mercadorias e na apropriada do excedente da força de trabalho pelo capitalista que é divida geralmente em três partes: 
Uma parte é apropriada pelo capitalista que implementou o processo produtivo; trata-se do chamado lucro industrial; 
Outra parte é aquela que o capitalista industrial cedera aos que eventualmente lhe emprestaram dinheiro; trata-se do juro, donde os banqueiros extraem os seus lucros; 
Uma terceira parte será cedida aos comerciantes, constituindo a base do lucro comercial.A separação do capital total( que alguns autores designam como capital social) em capitais específicos (industriais, bancário, e comercial) essa repartição se torna necessária para a realização da mercadoria que, ao fim das contas, representa a realização da mais-valia. Contudo, o capitalista tem a necessidade de converter uma parcela da mais – valia que lhe toca em novo capital se ele quiser ficar na condição de capitalista, não pode simplesmente gastar seu lucro a seu bel-prazer, essa é uma imposição da dinâmica do MPC que é um requisito que a mais-valia que lhe permanece seja transformada em novo capital. 
 A função dos capitalistas industriais consiste em extrair diretamente o 
 maximo de sobre trabalho [trabalho não pago] da classe operaria para a 
 produção da mais-valia. A função dos capitalistas comerciais consiste 
 em transformar as mercadorias em capital monetário. A função dos 
 banqueiros consiste em concentrar e disponibilizar o capital monetário. 
 Cada grupo de capitalistas retira sua parte da mais-valia criada pela cla- 
 sse operaria (Nikitin,sd.:105). 
Como todos os capitalistas tem no lucro o objetivo da sua ação, é fácil compreender por que entre eles reina uma intensa concorrência : não apenas entre esses três grupos (industriais, banqueiros e comerciantes competindo pela maior parcela da mais-valia produzida pelos trabalhadores). A natureza dessa concorrência transforma-se com o aparecimento dos monopólios, porem esse assunto será tratado posteriormente no capítulo 8. Retomaremos alguns pontos do capítulo 4(cf.,ali a nota 12), a taxa de lucro não se identifica com a taxa de mais-valia, que é também a taxa de exploração; se esta ultima 
 
Considera a taxa de mais-valia(m´) como relação entre a mais-valia(m) e o capital variável (v) ,a taxa de lucro(p).
 
 
 
 É calculada considerando-se a relação entre mais-valia e o investimento total, ou seja, a soma de capital constante e capital variável (m+v). Ao observarmos cada empresa em particular, em cada umas delas a taxa de lucro é sempre menor que á taxa de mais-valia. 
O capitalista não faz distinção entre os gastos com c e v: na sua contabilidade,tudo é investimento total (c e v). O lucro é a forma metamorfoseada com que a mais-valia aparece ao capitalista, portanto a rentabilidade de uma empresa aparece pela taxa de lucro.
Se o objetivo do capitalista é aumentar sempre ou na linguagem técnica maximizar, sua taxa de lucro é falcimente compreensivo que ele queira investir o seu capital naquela empresa ou naquele ramo produtivo em que a taxa de lucro seja mais alta e, na realidade, as taxas de lucro variam entre empresas do mesmo ramo e entre empresas de ramos diferentes. Essas variações são explicáveis pela diferença da composição orgânica do capital (seja em empresas do mesmo ramo onde umas se encontram mais avançadas que outras, seja em empresas de ramos distintos, com diversificados graus de mecanização), o que faz com que iguais investimentos totais obtenham taxas de lucro diferenciadas. 
 
Entretanto, tal variação esta sempre posta em questão e há formas travá-la transitoriamente. Utilizaremos duas empresas do ramo têxtil para poder exemplificar: a empresa A e a empresa B. Admitamos que, em ambas, a taxa de mais-valia seja a mesma (100%) e que o investimento total dos capitalistas (c e v) seja o mesmo da ordem de R$ 10.000.000,00, mas que a composição orgânica seja distinta: em A, c equivalente a R$ 5.000.000,00 e v a R$ 5.000.000,00, enquanto em B, respectivamente,a R$ 8.000.000,00 e a R$ 2.000.000,00. Neste caso, se os tecidos produzidos fossem vendidos pelo seu valor, a taxa de lucro seria muito diferente: em A, 50% e, em B, 20%. Se assim fosse o capital nesse ramo para obter mais lucros, se moveria, numa verdadeira migração (movimento distinto da rotação que já examinamos) 
Para as empresas mais atrasadas, de mais baixa composição orgânica do capital: o capitalista da empresa B trataria bem depressa de tornar sua empresa igual a A. Todavia não é assim que acontece é exatamente ao contrario no exemplo utilizado a diferença da composição orgânica do capital, o valor das mercadorias (tecidos) produzidas pelas duas empresas será também diferente entretanto a concorrência entre elas fará com que o preço dos tecidos seja determinado não pelo valor das mercadorias que cada uma delas produz, mas pelo valor socialmente determinado, que corresponde ao tempo de trabalho socialmente necessário nessa conjuntura para a produção de tecidos. Isto significa uma vantagem temporária porque a concorrência fará a outra empresa equiparar sua composição orgânica igual a que estava tendo um lucro maior porque se essa não o fizer não continuará no mercado capitalista, e esse movimento é infindável reproduzindo sempre um relativo desnível entre todas as empresas do ramo.É que as taxas de lucros das tendem, ao cabo de certo tempo, a se nivelar : se, inicialmente, as empresa mais avançadas obtém um lucro adicional (ou superlucro), logo depois as outras também alcançarão a mesma taxa de lucro. Veja agora este como exemplo das empresas X, Y e Z sendo a empresa X têxtil a Y metarlugica e a Z de produção de bens de capital, suponhamos que, em todas elas, o investimento total (c e v) tenha sido o mesmo: R$ 10.000.000,00; mas admitamos que a composição orgânica de cada uma delas seja diferente: na empresa X, c equivale a R$ 7.000.000,00 e v a R$ 3.000.000,00; em Y, c equivale a R$ 8000.000,00 e v a R$ 2.000.000,00 e, em Z, c equivalente a R$ 9.000.000,00 e v a R$ 1.000.000,00; admitimos, também, que em todas elas a taxa de mais-valia seja a mesma: 100%%. Nesse caso, se as mercadorias fossem vendidas pelo seu valor(c+v+m), a taxa de lucro seria muito diferente: 30% na empresa X, 20% em Y e 10% em Z. Ora, pelo caráter mesmo da produção capitalista, que vista ao lucro, isso acosionaria a migração do capital para os setores mais lucrativos— o capitalista da empresa Z trataria rapidamente de abandonar a sua área de produção para investir numa empresa similar á X.
Essa migração do capital efetivamente existe e constitui, ela também, parte do movimento do capital: ‘’Os capitalistas abandonam os setores menos rentáveis da produção em troca daqueles que são capazes de lhes oferecer altas taxa de lucro’’(Salama e Valier, 1975:19) Mais também aqui a migração não se opera do modo como aparentemente, ela se realiza se realiza como no exemplo que acabamos de oferecer: de um setor onde as forças produtivas se mostram mais avançadas (a empresa Z, com elevada composição orgânica do capital) para um setor de menor desenvolvimento (a empresa X, com baixa composiçãoorgânica do capital). Não é isso o que de fato ocorre na dinâmica capitalista; ao contrário, o que se passa é a migração de capitais para os setores mais avançados (com composição orgânica de capital mais alta ) da economia. Vejamos as nossas empresas X, Y e Z. Se as suas mercadorias fossem vendidas pelo equivalente ao seu valor, a taxa de lucro beneficiaria a empresa X, fazendo com que o capitalista da empresa Z migrasse para o setor têxtil. Haveria um aumento elevado de oferta têxteis o que levaria os capitalistas da empresa Z migrasse para o setor têxtil. Ocorreria uma oferta elevada de têxteis o que levaria os capitalistas pressionados pela concorrência a reduzir as suas taxas de lucros para poder vendê-los. Uma redução de 20%. Por outra parte a produção das maquinas permanecendo a mesma demanda tornar-se-ia menor, permitindo ao capitalista que nela permanece aumentar o preço de suas mercadorias em 20%. Evidentimente, esses ajustes demandam algum tempo, mas acabam por fim e por algum período, por estabelecer uma taxa de lucro similar (neste exemplo, da ordem de 20% ) em todos os ramos e setores.
 
 
Para esses dois autores, na mesma obra e pagina, tal movimento é
que, rigorosamente, configura a concorrência entre os capitalistas,
que se caracterisa como livre “ quando não existe nenhum obstáculo
para a mobilidade dos capitais (deslocamentos de um setor para
outro)e quando a força de trabalho pode ser facilmente impelida
de um para outro ramo de produção. Ela é imperfeita ou monopo-
lista quando as empresas são suficiententemente importantes para
impedirem a entrada de outros capitalistas em seus terrenos.
Esses obstáculos são de variados tipos: cartel, utilização do progre-
sso técnico etc.[...] Tais obstáculos são perpetualmente questio-
dos. Essa é a razão pela qual a concorrência mopolistas consis-
te em fabricar continuamente novos obstáculos. Com efeito,
é o meio privilegiado para esse ou aquele monopólio preser-
var por algum tempo sua taxa de lucro dos assaltos desse ou
daquele grupo”. (nota de roda pé pg.146) . 
 
A taxa de lucro difere da taxa de mais-valia na medida em que estabelece uma relação entre a mais-valia e a totalidade do capital desembolsado, expressa em percentagem. A taxa de lucro caracteriza a eficiência da utilização do capital, ou seja, a rentabilidade da empresa. A sua grandeza depende essencialmente da mais-valia e da composição orgânica do capital. Com o desenvolvimento do capitalismo cresce a participação do capital constante na composição orgânica do capital, o que provoca uma tendência para a diminuição da taxa de lucro. Para contrariar esta tendência, o capitalismo utiliza várias medidas: aumento da exploração dos trabalhadores, com a diminuição dos salários reais; agravamento da exploração dos países dependentes ou colonizados; alteração da composição dos meios de produção, com a introdução de melhores técnicas, novas máquinas e instalações; aumento da velocidade de rotação do capital; ampliação do volume da produção, etc. A dinâmica do capitalista entendida como o movimento total do capital, e não apenas suas expressões particulares engendra uma tendência ao nivelamento das taxas de lucros. Daí que se tenha uma taxa media de lucro, que não resulta apenas da exploração a que cada capitalista particular submete os trabalhadores que subordina e que propociona por algum tempo um lucro similar a capitais de mesmo volume investidos em diferentes ramos da produção. É por isso que a migração de capitais mesmo ocorrendo, não compromete a reprodução comprometeria se essa taxa media não comprometeria se essa taxa media não fosse assegurada pelo próprio movimento total do capital. Mas note o leitor que, aqui como em todas as outras situações, estamos mencionado a dinâmica capitalista; isso significa, mais uma vez, que, sendo o movimento a própria condição para a valorização do capital, os equilíbrios alcançados são sempre relativos e momentâneos — a taxa media de lucro também varia e esta sempre em modificação.
Enfim, cabe salientar a diferença entre taxa de lucro e massa de lucro. Esta sinaliza não uma relação determinada, mas o volume total dos lucros obtidos pelos capitalistas na realização das suas mercadorias. As variações na massa de lucro não correspondem, pois, necessariamente as variações na taxa de lucro: esta pode decrescer, enquanto aquela pode manter-se inalterada ou mesmo crescer.
 6.2. PREÇO DE PRODUÇÃO E MERCADO 
É fato que, quando um produto vai ao mercado ele tem um preço, que se conhece como um preço de produção. Um preço é comumente conceituado como sendo a forma monetária de uma mercadoria. Ele acontece no processo de circulação, pois, é quando o valor de troca se concretiza, é que, tem-se o preço do produto, isto é, dentro do mercado. Na mesma linha de pensamento, conceitua-se valor, como sendo a quantidade de trabalho incorporada na mercadoria, pois, só existe valor quando existe a incorporação do trabalho no produto. Como se sabe, o valor pode ser decomposto em valor de troca e de uso. No primeiro caso, tem-se sua ocorrência quando se concretiza o intercâmbio entre duas mercadorias e no segundo caso, acontece quando uma mercadoria tem qualidades que servem ao ser humano.
No mercado acontece o processo de troca e lá surge o preço que mascara o excedente de trabalho que o homem deixa impregnado na mercadoria e daí, os empresários tiram o máximo proveito desse processo. O empresário deve manter trabalho excedente se quiser se manter no mercado, porque somente este excedente pode aumentar seus ganhos por meio dos preços do mercado. Estes ganhos são parcialmente determinados pelos seus esforços. Também são determinados pelos esforços dos outros capitalistas. Para se aumentar a rentabilidade particular, está-se incrementando também a rentabilidade do capital social global, tendo em vista a forma de conseguir ter acrescida a apropriação de trabalho excedente como ganhos no mercado. Dado que o trabalho excedente em forma de mercadoria está fora da relação capital-trabalho, deve ser trocado no seio dos próprios capitalistas, esforçando-se em expandir seu capital.
A expansão de qualquer capital depende da acumulação do capital social. Isto limita a expansão do capital individual. O comerciante que tenha seu negócio em expansão está consciente desses limites, quando as utilidades decrescentes deixam de resultá-las rentáveis e ele continuar na atividade. Inegavelmente, o capital, como resultante do trabalho abstrato, diferencia-se só quantitativamente. O capital será injetado, sempre que haja perspectivas de ganhos suficientes. Ao se perder uma perspectiva, aparecem outras. Os investimentos são distribuídos nas diversas esferas e linhas de produção, dependendo do princípio da rentabilidade, isto implica distribuição do trabalho social de acordo com as necessidades de trabalho excedente para acumulação de capital. Pois, este fluxo competitivo de capital é o que faz nascer a tendência em igualar as taxas de ganhos do capital.
 A suposição de que as mercadorias das diversas esferas da produção 
 Se vendem por seus valores só significa [...] que seu valor é o preço da 
 Gravitação em torno do qual giram seus preços e em relação ao qual suas 
 Continuas alta e baixas se compensam ( Marx, 1984,III,1:138). 
A partir do momento emque o movimento do capital estabelece numa conjuntura eccnomica determinada, uma certa taxa media de lucro (que se torna conhecida pelos capitalistas, através de cálculos mais ou menos preciosos), as mercadorias deixam de ser vendidas pelo equivalente do seu valor (c+v+m); elas passam a ser vendidas pelo equivalente de seu valor do capital investido (c e v) mais a taxa media de lucro (que designaremos por o que se denomina preço de produção. O preço de produção, assim, resulta da tendência ao nivelamento da taxa de lucro(ou, se se quiser, da determinação do lucro médio). Compreende agora o leitor por que, nos exemplos oferecidos no item anterior, as mercadorias não se vendiam-se pelo preço de produção.
Duas anotações são de extrema importância, a esta altura da nossa argumentação. Uma diz respeito á relação entre preço de produção e valor. A primeira vista, o fato de o preço de produção(pelo qual a mercadoria é vendida) não expressar o valor de uma mercadoria poderia indicar uma violação da lei do valor. Não é este o caso. O preço de produção é uma expressão metamorfoseada do valor e através dele a lei do valor se realiza, uma vez que, se é verdade que alguns capitalistas vendem suas mercadorias a um preço superior a seu valor, outros vendem-nas a preços a ele inferiores e, em seu conjunto, os capitalistas realizam a massa global de valor de suas mercadorias:´´na escala da sociedade tomada em sua totalidade, a soma dos preços de produção equivale á soma dos preços de produção equivale á soma dos valores de todas as mercadoria´´(Nikitin,s.d.:111).
A segunda observação relaciona-se ao papel do mercado particularmente chamada lei da oferta e da procura na determinação do valor dos preços das mercadorias. Analise do MPC, que confere centralidade á produção para compreender a vida econômica e social e natural ideologias e explanações que tratem a atividade econômica nos termos abstratos de uma pretensa lei de oferta e procura, por que a própria oferta e procura só são compreensíveis a partir da produção, da destinação mais-valia. Entre outras razoes o que regula o principio da procura e necessidade social.
 É essencialmente condicionada pela relação das diversas classes 
 entre e por sua respectiva posição econômica, nomeadamente 
 portanto, primeiro, pela proporção entre as diversas em que a 
 mais-valia se divide (lucro,juros,rendafundiaria,impostos etc.) 
 e assim evidencia-se aqui também mais uma vez que absolu- 
 tamente nada pode ser explicado pela relação entre procura 
 e oferta antes de a base sobre a qual esta relação atua estar 
 desenvolvida (Marx, 1984,III,1:141) 
A lei da oferta e da procura nas economias de mercado mostra, claramente, que os preços são o efeito; a oferta e a procura, suas causas. Se a procura por um produto cresce e sua oferta permanece inalterada, seu preço sobe. Assim, temos várias outras combinações possíveis e o efeito no preço será sempre previsível.
Mais isso não significa que oferta e procura seja alheias á dinâmica capitalista: a ação, concretizada no mercado, interfere no preço mediante o qual as mercadorias se realizam (isto é : o preço efetivo pelo qual elas são vendidas). Esse preço, geralmente designado como preço de mercado, nem sempre coincide com o preço de produção pode ficar acima ou abaixo dele e essa variação deve-se á relação oferta / procura. E, em geral, é possível afirmar que a ação da e da procura tende a alinhar o preço de mercado ao preço de produção. 
 A conversão de valor em preço (ou, se quiser, as metamorfoses do valor) o significado essencial da lei do valor é que consiste no fato demonstrado de que, independem do modo pelo qual os preços se regulam ou variam a lei do valor domina seu movimento, no sentido de que a diminuição ou o aumento do tempo de trabalho exigido para a produção faz, respectivamente, cair ou subir os preços de produção (Marx, 1974,3,VI :203). 
6.3 A TENDENCIA Á QUEDA DA TAXA DE LUCRO 
Com o desenvolvimento da industria a da produtividade do trabalho, uma proporção crescente das despesas do capitalista é dedicada às matérias-primas e às maquinas mais sofisticadas. No sentido contrario, o trabalho vivo diminui na mesma proporção. O problema para o capitalista é que é unicamente o trabalho vivo (o capital variável) que produz um valor adicional que constitui o lucro capitalista. Este fenômeno é diretamente perceptível em cada mercadoria que gera assim um lucro decrescente:
"Com o desenvolvimento da força produtiva e a composição superior do capital, que lhe corresponde, põem um quantum cada vez maior de meios de produção em alimento por um quantum cada vez menor de trabalho, cada parte alíquota do produto global, cada mercadoria individual ou cada medida individual de determinada mercadoria da massa global produzida absorve menos trabalho vivo e, além disso, contém menos trabalho objetivado, tanto na depreciação do capital fixo empregado quanto nas matérias-primas e auxiliares utilizadas. Cada mercadoria individual contém, portanto, uma soma menor de trabalho objetivado nos meios de produção e de trabalho novo agregado durante a produção. Por isso cai o preço da mercadoria individual (...) Com a diminuição absoluta enormemente incrementada no curso do desenvolvimento da produção, da soma de trabalho vivo, recém-agregado à mercadoria individual, também diminuirá absolutamente a massa de trabalho não-pago nela contido, por mais que tenha crescido relativamente, a saber, em proporção à parte paga. A massa de lucro sobre cada mercadoria individual irá diminuir muito com o desenvolvimento da força produtiva de trabalho, apesar do cresciemnto da taxa de mais-valia (...)" (Livro III, seção III)
Entretanto, Marx fica atento para nunca separar ambos lados desta lei ; quando diminui a taxa de lucro, a massa de lucro aumenta porque uma quantidade maior de mercadorias é produzida :
"O fenômeno que se origina da natureza do modo de produção capitalista, de que, com produtividade crescente do trabalho, o preço da mercadoria individual ou de dada cota de mercadorias cai, o número de mercadorias sobe, a massa de lucro sobre a mercadoria individual e a taxa de lucro sobre a soma de mercadorias caem, a massa de lucro, porém sobre a soma global das mercadorias sobe - esse fenômeno na superfície só apresenta: queda da massa de lucro sobre a mercadoria individual, queda de seu preço, crescimento da massa de lucro sobre o número global aumentado das mercadorias que o capital global da sociedade ou o capitalista individual produz. Isso é, então, interpretado como se o capitalista, por sua livre vontade, adicionasse menos lucro à mercadoria individual, compensando-se, porém, pelo número maior de mercadorias que ele produz. Essa visão baseia-se na concepção de lucro da concepção do capital comercial." (Livro III, seção III)
"Com o desenvolvimento do modo de produção capitalista cai, portanto, a taxa de lucro,enquanto sua massa sobe com a massa crescente do capital empregado. Dada a taxa, a massa absoluta em que o capital cresce depende de sua grandeza existente." (Livro III, seção III)
Assim, fazendo abstração das condições nas quais tal contradição poderia constituir um obstáculo decisivo à acumulação capitalista, era estabelecida a prova que o capitalismo, longe de constituir um modo de produção eterno, era necessariamente condenado a desaparecer por conta de suas contradições internas próprias, como os modos de produção que o precederam.  
Em suma: na medida em que cada capitalista procura maximizar seus lucros, a taxa de lucro tende a cair, à concorrência obriga cada capitalista uma decisão (a de incorporar inovações que reduzam o tempo de trabalho necessário á produção da sua mercadoria) que lhe individualmente vantajosa, porem ao passar o tempo ele é imitado por outros capitalistas tem como resultado uma queda de juros para todos os capitalistas.
A lei tendencial que leva á queda da taxa de lucro não tem nada de misterioso. Recordemos que a taxa de lucro se expressa pela formula. 
 
 
(p, taxa de lucro; m, mais-valia; c capital constante e v, capital variável) ora se se eleva c e é isso que ocorre com a introdução de novos métodos produtivos, p necessariamente cai. O significado crucial desse fenômeno é que ele demonstra que a produção capitalista, no seu próprio desenvolvimento, engendra barreiras e obstáculos á sua expansão: 
 Por outro lado, a crescente composição orgânica do capital é a 
 Expressão da crescente produtividade do trabalho; por outro lado, 
 A decrescente taxa de lucro que a acompanha deve, em ultima 
 Analise, obstruir os canais da iniciativa capitalista 
 (Sweezy,1962:131) 
 Entretanto se trata de tendência que é constitutiva do MPC trata-se mesmo de tendência: 
 Mesmo que ela se realizasse integralmente o MPC entraria em colapso. O MPC esta diretamente ligado a historia de com a classe capitalista e burguesa tem desenvolvido meios para aumentar e conservar a taxa de lucro ou, se quiser, para reverter a tendência á queda da taxa de lucro; a simples existência desse meios ( que operam como controtendencias ) é uma comprovação adicional dessa lei. Entre tais meios, contam-se: 
O barateamento do capital constante ― com isso, mesmo que se eleve a composição orgânica do capital, seu valor pode continuar o mesmo ou ate cair;
A elevação da intensidade da exploração — através da implementação de reduções de salariais;
O exercito industrial de reserva ― a ''superpopulação relativa'' é utilizada pelos capitalistas ou para reduzir os salários ou para aproveitá-la em empresas com baixa composição orgânica do capital que, assim, tornam-se competitivas;
O comercio exterior ― o comércio entre um pais mais desenvolvido e um menos desenvolvidos da vantagens especiais(superlucros) aos capitalistas do primeiro.
 A lei da queda da taxa de lucro que vimos ate agora sofrera novas contratendências que será tratado no capitulo 8 porem, nada invalidara essa lei tendência, com efeito, ela constituiu um componente das inelimináveis contradições que fazem parte do MPC.
 
 
 INTODUÇAO 
 
 Para Marx, o lucro não se realiza por meio de troca de mercadorias, mas sim em sua produção. O que Marx quis dizer é que havia uma diferença entre o valor incorporado a um bem e a remuneração do trabalho que foi necessário para sua produção: a mais-valia. Para a taxa de lucro é a razão da mais-valia sobre o capital, e sua queda é proporcionada pelo desenvolvimento das forças produtivas. O desenvolvimento da força, pondo em movimento uma quantidade sempre maior de meios de produção por uma quantidade sempre menor de trabalho, faz que cada parte do produto total, contenha menos trabalho. Ocasionando uma queda nos preços de mercadorias. Os capitalistas empreendem uma exploração mais intensa da força de trabalho, para contrapor a queda da taxa de lucro. O capital tende constantemente a dilatar a jornada de trabalho, ao máximo de sua possibilidade física, já que na mesma proporção aumenta o sobre trabalho e, portanto o lucro que dele deriva. Marx explica que o processo de acumulação do capital, em constante crescimento, faz surgir uma população excedente de trabalhadores desempregados. O aumento do capital global não é acompanhado pela demanda de mão-de-obra, pois são criados meios de produção sem, necessariamente aumento número de trabalhadores. A lógica da acumulação prescindi cada vez mais de força de trabalho. Até mesmo, para garantir o crescimento, após períodos de recessão. Não há dúvidas que o enriquecimento da classe dos capitalistas, se da pela exploração da classe operária.
Palavras-chaves: concorrência, mais-valia, taxa de queda de juro, nivelamento e taxa media de lucro
 Conclusão
 
 Nesta analise ao capitalismo foi observado analisou-se, a tendência da queda na taxa de lucro e formação do Exército Industrial de Reserva, além do novo padrão de acumulação e seus impactos nos movimentos sindicais. A taxa de lucro é resultado da relação entre a mais valia e a soma dos capitais (constante e variável). O lucro só pode ser produzido, bem como a mais-valia, pela força de trabalho. Como há um investimento cada vez maior com capital constante com relação ao da taxa de lucro. Desta forma, o aumento da composição orgânica do capital encaminha soluções para os capitalistas, de outro lado, causa problema no processo de acumulação do capital, na medida em que provoca uma queda na taxa de lucro. A tendência de aumento da produtividade diminui a proporção do capital variável em relação ao capital constante, baixando a taxa de lucro e aumentando o contingente da população trabalhadora supérflua, o Exército Industrial de Reserva. É interessante para o capitalista, manter este contingente de trabalhadores desempregados reduzidos a mais cruel miséria. Por outro lado, extrai dos trabalhadores ativos, a mais-valia, que não é um roubo, mas uma redução dos trabalhadores a meramente máquinas humanas, que necessitam apenas sobreviver e perpetuar a espécie. Dada a isso, o instrumento mais eficaz para manter os trabalhadores sobre o seu domínio é a alienação tanto material quanto psicológica. O homem passou a ser mai um produto que o capitalista se serve quando quiser, nesse processo se analisa tudo juros,taxas, acúmulo, tecnologia e o principal lucro ,pode parecer esquecimento mas não pensa no trabalhador, talvez por ser uma peça facilmente substituída por outra similar com um preço igual ou menor com o mesmo tempo de duração, porem trás grande rentabilidade e possuigarantia de troca direto no estoque, espero que agrade o capitalista essa oferta feita pelo MPC já que esse vinculo é eterno. Isso possibilita a conclusão de que os capitalistas exploram muito mais que a força de trabalho de um operário, explora a sua consciência, humanidade e dignidade como pessoa. A acumulação crescente do capital dar-se com a degradação de uma maioria sujeita a mais miserável das situações. A força do capital é resultado do enfraquecimento dos demais. Não há mais hinos ou canções que sensibilizem a impiedade dos capitalistas. Não há sinal de luta, nem ruídos de revoltas. O que ficou entre os novos escravos da produção não é chamado mais de sonho ou de esperança, mais unicamente a acomodação e a busca de convivência pacífica segundo os ditames capitalistas.

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