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Resumo Socialização - Capítulo 4 Sociologia Sua Bússola

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Ciência Política 2016.1 – UFPE 						12 de abril de 2016
Estudante: Geórgia Moreira 
Professora: Mª Conceição Lafayette
Respostas do exercício sobre o Capítulo 4 – Socialização:
Parte A:
Self pode ser traduzido como a formação particular do indivíduo, traços que diferem as pessoas das outras. Pode-se dizer que o self é um dos “resultados” da socialização – mas é necessário cuidado ao usar essa expressão, já que é comum associar resultado ao fim. Mas socialização se inicia após o nascimento e tem não fim, a vida é mutável, logo precisaremos sempre aprender as normas e condutas que devemos ter em cada nova experiência, fase ou meio vivenciado. 
	Para um sucesso por completo da formação (self) um dos primeiros pontos importantes é o convívio durante a infância com pessoas afetuosas (não exclusivamente pai ou mãe), pois essas se dedicarão para ensinar quesitos fundamentais como andar, falar e interagir com outras pessoas. Crianças que não tiveram tal convívio (abandonadas, ou casos como do menino de Aveyron) podem desenvolver apenas as habilidades básicas, mas com dificuldade e em casos extremos negar as culturas que serão lhe apresentadas (aversão aos costumes, valores e comportamentos sociais).
Ao contrário de Mead e Cooley, Freud acreditava que havia componentes no self que se opunham. Os instintos naturais e as restrições sociais são exemplos. Essa oposição se relaciona a um dos principais traços do processo de socialização: a frustração aceita pelo ser humano ao abdicar seus interesses particulares, para submeter-se a coerção social. Partindo dessa frustração (problema) Freud busca os traços dos comportamentos normais.
Para Charles Cooley um aspecto essencial do self é resultado da nossa imaginação sobre como os outros nos veem. Desse aspecto surge o conceito de self-espelho: A visão da alguém sobre ela mesma reflete a seguinte imaginação: o que eles pensam sobre mim?
	Já George Mead estuda o self definindo as 3 fases do processo. A primeira é a preparatória, as crianças imitam as pessoas que estão ao seu redor e o simples imitar evolui ao longo do tempo para gestos/palavras, isto é, símbolos indispensáveis para a comunicação. Vale lembrar que o significado de símbolos iguais pode variar de uma cultura para outra. A segunda fase é de representação, é quando as crianças fingem ser médicas, super-herói ou bombeiros, por exemplo. Essa prática é refletida durante a vida no aspecto de “adotar um papel ou uma atitude” e ao se imaginar no papel do outro, a reação ou a atitude tomada será muito melhor que numa situação que isso não ocorre. A terceira é a fase da brincadeira e do jogo, a criança começa a pensar e cogitar (mais que representar) seu papel em várias tarefas e relacionamentos reais, tais pensamentos ajudam a criança a encontrar sua posição social e e compreender as das outras pessoas, gerando uma visão ampla da sociedade. Por exemplo que pedir licença ou respeitar uma fila não é só honrar o que foi ensinado pelos pais, mas respeito aos valores sociais.
Estágios de desenvolvimento do raciocínio da criança ao adolescente, proposto por Jean Piaget :
Sensório-motor: uso dos sentidos para descobertas;
Pré-operatório: uso de símbolos para diferenciar ideias e objetos;
Operatório concreto: aprendem a usar o raciocínio lógico;
Operatório formal: além do lógico usufruem do raciocínio abstrato pra interpretar valores e lidar com ideias. Desenvolvem a moral.
De que forma Vigotsky e Gilligan se diferenciam dos demais autores? Explique.
Parte B:
Que críticas a sociologia faz às explicações sobre a interpretação do desenvolvimento cognitivo feita pelos psicólogos?
Família: fundamental no aspecto de dedicação intensa nos primeiros anos de vida e apoio físico e motivacional para a criança começar as primeiras habilidades: andar, comer, falar. É também o meio mais íntimo que os humanos podem recorrer, pois vivem e conhecem as pessoas desde que nasceram. Além disso, a família é um “conector” entre o presente e o passado que possibilita a transmissão de tradições, fatos históricos e etc. 
Escola: Um complemento no quesito de interação social, visto que o convívio familiar acontece num ambiente de opiniões e rituais muito parecidos esse não é suficiente. Então a escola complementa a interação permitindo a tolerância diante das diferenças étnicas, culturais e constroem um indivíduo “plural”. Ademais é o meio onde é transmitido valores morais, como direitos e deveres do cidadão, no geral mais amplo que os ensinados em casa.
Grupo de colegas: Contribui muito com o self, pois ao discutir qualquer assunto num grupo, uma pessoa alimenta sua opinião individual ao mesmo tempo em que enriquece as opiniões dos que a escutam. A maioria das pessoas tem dificuldade em ver suas qualidades e defeitos, porém facilmente encontram essas características nos outros, logo os amigos contribuem não só com apoio e ajuda, mais também como forma de definir o self. “O coletivo ajuda no individual”.
A ressocialização para muitos, é muito mais complicada e estressante quando comparada a socialização. Pois além da exclusão de costumes, ações, valores formados por todo um processo assimilado por experiências vividas até então é preciso aceitar novos padrões para substituir os antigos. Ocorre em prisões, escolas de regimes reformistas, clínicas de reabilitação, conversões religiosas. Enfim, a eficácia da ressocialização é garantida em instituições totais, isto é, locais que regulam todos os aspectos, e geralmente estão isoladas da sociedade, dificultando ainda mais o retrocesso dos valores.

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