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13/02/2014 1 Prof. MSc Tiago Fernandes Mal de Parkinson • Descrita por James Parkinson em 1817 • Distúrbio motor incapacietante devido a perda de neurônios de dopamina na região nigroestriatal • Afeta mais predominantemente indivíduos idosos (1% dos indivíduos com mais de 65 anos) • Causas: – Predisposição genética, Toxinas ambientais e Envelhecimento (Perda progressiva de neurônios de DA) • Manifestações clínicas: – Tremores (Unilaterais, que aparecem no repouso e cassam no movimento) – Rigidez muscular (Movimento de roda dentada) – Bradicinesia (Lentidão dos movimentos. Postura curvada) – Ausência de expressão facial – Salivação excessiva devido incapacidade de deglutição – Alterações na qualidade da voz (Bradicinesia dos músculos da laringe) 13/02/2014 2 Neuropatologia do Mal Parkinson • Patologia 1. Perda da dopamina no estriado 2. Degeneração dos neurônios dopamina densamente pigmentados na substância negra 3. Presença de Corpúsculos de inclusão intracelular (Corpúsculos de Lewy) • Mecanismos de Neurodegeneração 1. Metabolismo da DA pode constituir uma fonte de estresse oxidativo 2. Autoperpetuação da lesão oxidativa devido incapacidade dos neurônios eliminar a carga oxidativa 3. Excessiva atividade estimulatória da dopamina na substância negra em decorrência da perda de DA no estriado Neuropatologia do Mal Parkinson Proteína do citoesqueleto (Sinucleína, ubiquitina) Substância Negra – Pigmentação escura devido ao acúmulo de Neuromelanina, derivada da DA oxidada 13/02/2014 3 Mal de Parkinson Farmacoterapia do Mal de Parkinson • Fármacos que aumentam as ações dopaminérgicas ou que diminuem o fluxo neuronal no estriado • Suprareguladores de Dopamina (Levodopa e Carbidopa) • Agonistas da Dopamina • Inibidores da Monoaminaoxidase (IMAO) • Anticolinérgicos (Diminuem atividade excitatória no estriado) 13/02/2014 4 • Levodopa é o precursor bioquímico da DA. • Droga mais segura e eficaz no tratamento do Parkinsonismo • Eleva os níveis de dopamina na região estriada do SNC • Associado com a Carbidopa para evitar metabolização através da enzima Descarboxilase. Dessa forma reduz a dose necessária e os efeitos colaterais • Com o uso crônico desenvolve Down Regulation (Dessensibilização dos receptores) e Discinesia • Estimulação β-adrenérgica pela DA induz o quadro arrítmico • Sonhos vívidos, delírios, alucinações, confusão, distúrbio do sono. Mais evidente em idosos • Evitar associação com IMAO para não desencadear crise hipertensiva fatal e hiperpirexia • Deve ser administrado pelo menos 30 minutos antes das refeições devido a extensão ligação a proteínas plasmáticas, interferindo na distribuição. Levodopa e Carbidopa Agonistas Dopaminérgicos • Estimulam diretamente os receptores de DA, sem depender da formação de DA a partir de Levodopa. • Não devem ser utilizados como monoterapia. Deve ser associado com Levodopa • Bromocriptina (agonista D1 e antagonista D2 parcial) e Pergolida (agonista D1 e D2), ambos derividos do esporão do centeio – Efeitos colaterais: Hipotensão postural, naúseas, sonolência e fadiga • Agonista D2 seletivos (Pramiprexol e Ropirinol) – Maior tolerabilidade e monos efeitos colaterais A Dopamina nos receptores D1 – Efeito excitatório e no receptor D2 – Efeito inibitório 13/02/2014 5 Anticolinérgicos • Terapia associada com a Levodopa • Efeitos colaterais pertinentes aos anticolinérgicos nos diversos sistemas: Sialosquiese, Retenção urinária e cosntipação) •Primeiros fármacos utilizados no tratamento do Parkinsonismo •Alcalóides da Belladona (Atropina e escopolamina) •Substituídos devido a gama de efeitos colaterais no SNC, pelo Triexifenidil e Biperideno •Sua atividade antiparkinsoniana é devido o bloqueio de receptores muscarínicos na zona estriada, que promove relaxamento das musculatura esquelética Amantadina e Inibidores da COMT • Amantadina • Inicialmente introduzida como Antiviral • Útil em associação com Levodopa e em estágio inicial da doença • Aumenta a liberação e diminui a recaptação de DA • Inibidores da Catecol-O-Amino Tranferase • A COMT degrada a DA em 3-O-metildopa que é inativa • Os inibidores da COMT devem ser utilizados em associação com a Levodopa e carbidopa • Esse fármacos são utilizados sinérgicamente para aumentar o tempo de ligação da dopamina no receptor D2 em paciente com flutuação motora • EX: Tolcapona e Entacapona 13/02/2014 6 Prof. MSc Tiago Fernandes • Epilepsia • Doença crônica, que começam na infância e perdura por toda vida, caracterizada por convulsões recorrentes e imprevisíveis e episódios de perda da consciência ou amnésia • Descarga elétrica de alta frequência de impulsos disparados por um grupo de neurônios do córtex cerebral, chamados de “Neurônios Patológicos” • Causas: Traumatismo Cranioencefálico; Meningite; Hipertermia infantil; Eclâmpsia; Hipoglicemia • Tipos de Crise Convulsiva Generalizada • Tônico-Clônicas (Grande Mal): Contração súbita da musculatura esquelética, Movimentos involuntários em ambos os lados. Interrupção da respiração, defecação, micção, e salivação. Sintomas desaparecem gradualmente • Crise de ausência (Pequeno Mal): Geralmente em crianças. Interrupção brusca da atividade normal do paciente que fica para com olhar fixo e vazio por alguns instantes. Introdução 13/02/2014 7 Agentes Convulsivantes • Drogas estimulantes do sistema nervoso central • Usados apenas para estudos de laboratório, devido a seu estreito índice terapêutico • Atuam desequilibrando as sinapses inibitórias e excitatórias, aumentando a excitabilidade da membrana: – Bloqueio da Neurotransmissão Inibitória (NTI) – Estímulo da Neurotransmissão Excitatória (NTE) • Estricnina: • Alcalóide venenoso usado como raticida e de estreita janela terapêutica • Aumenta a excitabilidade neuronal através do bloqueio da NTI mediada pelo receptor glicinérgico (Toxicidade Medular) • Glicina/Glutamato – NT inibitórios que atuam promovendo a hiperpolarização da membrana, através dos canais de Cloreto Agentes Convulsivantes • Efeitos tóxicos (Dose dependente): – Pequenas doses: Aumento da resposta reflexa e excitabilidade – Altas doses: Convulsões (Espasmos extensores violentos, cabeça jogada pra trás e face congelada) – Musculatura Esquelética • Para evitar quadro convulsivo, deve-se impedir o contato com estímulos externos (luminosidade, tato, sons e ruídos) • Lenta metabolização e consequentemente um longo efeito • Antídoto: Carvão ativado pois a Estricnina é uma base e é extensamente absorvida no Intestino. Diazepan e Clonazepan 13/02/2014 8 Agentes Convulsivantes Ligação da Estricnina no receptor Glicinérgico Despolarização da membrana devido inibição dos canais Cl- Agentes Convulsivantes • Picrotoxina • Antagonista da NTI mediada pelo GABA – Toxicidade Cerebral • Bloqueia GABA A (Operados por canais Cloreto) - Mais comuns • Bloqueia GABA B (Acoplados a proteína G) • Antídoto: Os barbitúricos competem com a picrotoxina pelo mesmo sítio alostérico (Receptor,) promovendo a abertura de canais cloreto. 13/02/2014 9 Anticonvulsivantes • Drogas que deprimem o SNC, sendo usadas na profilaxia e supressão de ataques epilépticos • Atuam impedindo o alastramento das descargas excessivas disparadas pelos neurônios patológicos • Mecanismos de Ação: 1. Potencialização da Neurotransmissão Gabaérgica a) Aumento da Afinidade do GABA pelo receptor – Benzodiazepínicosligam-se a um sítio específico e aumentam a frequência de abertura dos canais Cl- . Diazepam (Miorrelaxante) b) Aumento do tempo de abertura dos canais Cl- – Os barbitúricos ligam-se ao receptor do GABA, aumentando o tempo de abertura dos canais Cl- Fenobarbital: Não atua por esse mecanismo. Ele bloqueia diretamente o foco epiléptico c) Inibição da Metabolização do GABA – Aumentando o tempo de meia vida do GABA, através da inibição da enzima GABA- transaminase. Ex: Ácido Valpróico e Vigabatrina 2. Bloqueio de Canais de Na+ uso dependente Impedem a despolarização da membrana ao bloquearem os canais Na+ que estão deflagrando sucessivos potenciais de ação. Ex: Fenitoína, Carbamazepina, Lamotrigina, Vigabatrina, Ácido Valpróico 3. Bloqueio de Canais de Ca++ Estes canais estão relacionados com as crises de ausência. Ex: Etossuximida bloqueia os canais de Ca++ de baixo limiar. Anticonvulsivantes 13/02/2014 10 Anticonvulsivantes • Fenitoína • Prescrito desde 1938 - Demonstrou ser tão eficaz quanto o Fenobarbital sem qualquer atividade depressora importante do SNC • Atua bloqueando canais de Na+ dose dependente • Alta ligação com proteínas plasmáticas – Interação com Tiroxina, Ácido Salicílico, Ácido Valpróico • Efeitos Adversos • Nistagmo, Ataxia, Vertigem, Diplopia • Reações Idiossincrásicas • Erupções cutâneas, Dermatite Esfoliante, Hiperplasia gengival, Hirsutismo, Espessamento do tecido subcutêneo, feições grosseiras, aumento de lábios e nariz • Deficiência de Folato (Teratogênico) • Carbamazepina • Atua bloqueando canais de Na+ dose dependente • Absorção lenta. Aumenta a tolerabilidade, com menos efeitos colaterais • T1/2= 12 a 60 horas • Metabolização hepática – Indutor enzimático (P450) de outras drogas (Fenitoína, Ácido Valpróico, Clonazepam, Etossuximida) • Avaliar as concentrações séricas após 1 mês (Autoindução) • Causa Leucopenia e agranulocitose • Lamotrigina • Atua bloqueando canais de Na+ dose dependente • Cmax = 2 a 5 horas • T1/2 = 24 horas • Metabolização por Glicuronidação (Não interfere na P450) • Causa Erupções cutâneas graves, Alterações cerebelovestibulares (Tonteira, Diplopia, Ataxia, Disfunção visual) Anticonvulsivantes 13/02/2014 11 Anticonvulsivantes • Vigabatrina • Inibidor irreversível da enzima GABA-Transaminase • Aumento da concentração de GABA no cérebro e aumento da neurotransmissão inibitória • Benzodiazepínicos • Ao se ligarem em receptor específico no GABA, promovem aumento da afinidade do NT com seu receptor, aumentando a frequência de abertura dos canais de Cl • Diazepam – Crise epiléptica aguda – Curto T1/2 e Miorrelaxante • Clonazepam – Prevenção da crise epiléptica parcial • Efeitos adversos: Sedação e Hipnose Anticonvulsivantes • Barbitúricos • Se ligam diretamente ao GABA e aumentam o tempo de abertura dos canais Cloreto. Ex: Mefobarbital e Metabarbital (Exceto Fenobarbital) • Fenobarbital – Atua bloqueando diretamente o foco epiléptico • Sofre metabolização hepática, através da enzima P450 – Forte indutor enzimático • Efeitos colaterais: Sedação, Hipnose e Perturbação da função cognitiva • Etossuximida • Indicado para crises de ausência • Reduzir a corrente de cálcio de baixo limiar • Pode ser associada em casos de Epilepsia Tônico-Clônica 13/02/2014 12 Anticonvulsivantes • Esquema terapêutico para tratamento da Convulsão Tônico- Clônica 1. Diazepam – Curto tempo latência e Mirorrelaxamento 2. Fenobarbital – Inibe diretamente o foco epiléptico 3. Fenitoína – Bloqueia canal de Na+ uso dependente
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