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A nova contabilidade social Cap2

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A nova contabilidade social
Leda Maria Paulani e 
Márcio Bobik Braga
3ª edição – Revisada e 
atualizada |2007|
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: 
Estrutura Básica
2.1 Introdução
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
A economia real é infinitamente mais complexa do
que aquela apresentada em exemplos e fluxogramas.
há uma quantidade quase infinita dehá uma quantidade quase infinita de
transações que se realizam todos os dias;
o governo altera expressivamente o
funcionamento do sistema;
a economia de um país real nunca é
inteiramente fechada, ou seja, sempre realiza
transações com as economias de outras países.
2.1 Introdução
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Várias podem ser as maneiras de se apresentarem as
informações do sistema de contas nacionais sem que sejam
desrespeitados os conceitos básicos que lhes dão origem.
� o formato concreto do sistema pode variar, e de� o formato concreto do sistema pode variar, e de
fato varia, de país para país.
� a necessidade de estabelecer comparações entre
os diversos países tem feito com que a ONU divulgue, de
tempos em tempos, um conjunto de recomendações, que a
maior parte dos países procura seguir, a fim de tornar o mais
homogêneo possível esse formato.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Quando consideramos o movimento da economia como
um todo, o produto, ou a produção, é a principal variável aum todo, o produto, ou a produção, é a principal variável a
ser enfocada: sem produção não há renda nem pode haver
dispêndio, e também não há o que transacionar.
� a conta de produção afigura-se a conta mais
importante do sistema, já que é a partir dela que todas as
demais encontram sua razão de ser.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Primeira etapa: Economia fechada e sem governo
Aqui, que contas são necessárias? Como se dá
o equilíbrio em cada conta? E o equilíbrio entre as
contas, como se estabelece?
Economia fechada: a economia em
questão não realiza nenhuma transação
com outros países.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Todo bem que, por sua natureza, é final, deve ter seu valor
considerado no cálculo do valor do produto, mas nem todo
bem cujo valor entra no cálculo do valor do produto é umbem cujo valor entra no cálculo do valor do produto é um
bem final por natureza.
A ótica da despesa ou do dispêndio avalia o produto de
uma economia considerando a soma dos valores de todos os
bens e serviços produzidos no período que não foram
destruídos ou absorvidos como insumos na produção de
outros bens e serviços.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Conta de produção:
- de um dos lados, da conta teremos o produto;
- de outro lado, teremos a utilização ou destino do- de outro lado, teremos a utilização ou destino do
produto, ou seja, o consumo das famílias e a formação
de estoques (ou seja, a parcela de produto final e insumos
que não foi utilizada no período, e que o serão no período
posterior).
Quando se contabilizam as variáveis integrantes do
sistema de contas é preciso, em alguns casos, considerar o
saldo que as contas carregam de um período para o outro.
Esse é o caso da variável estoques.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Para descobrir qual o valor dos bens produzidos na
economia, ao longo do período X, mas ainda não
consumidos, é preciso deduzir, do valor dos estoques ao finalconsumidos, é preciso deduzir, do valor dos estoques ao final
do período X, o valor dos estoques ao final do período X-1.
Assim, o mais correto é falarmos em variação de estoques.
Logo, na conta de produção diremos que, de um de seus
lados, estará contabilizado o produto e, de outro, sua
utilização ou destino, ou seja, consumo pessoal e variação
de estoques.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Os estoques são constituídos por mercadorias que
representam o consumo futuro. Dessa forma, tudo que érepresentam o consumo futuro. Dessa forma, tudo que é
produzido num período mas não é consumido nesse período,
significando consumo futuro, é chamado de investimento.
Apesar de todos os bens que ensejam consumo futuro
serem considerados investimento, é comum separá-los em
duas categorias distintas: variação de estoques e formação
de capital fixo.
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
INVESTIMENTO
Variação de Estoques
Bens cujo consumo ou absorção
futuros irão se dar de uma única vez.
INVESTIMENTO
Formação Bruta de Capital Fixo
Bens que não desaparecem
depois de uma única utilização, e
possibilitam a produção ao longo de
um determinado período de tempo.
exemplos
-Máquinas
-Moradias 
-Estradas de ferro
-Etc. 
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Todos os bens que compõem o investimento se desgastam
com o tempo, ainda que isto não ocorra de uma única vez. Esse
desgaste do investimento recebe o nome de depreciação.desgaste do investimento recebe o nome de depreciação.
É a depreciação que determinará a diferença entre o produto
bruto e o produto líquido da economia.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Para obter o valor do produto líquido de uma economia
num determinado período é preciso deduzir, do valor total
produzido, ou seja, do valor do produto bruto, aquela parcelaproduzido, ou seja, do valor do produto bruto, aquela parcela
meramente destinada à reposição da parte desgastada do
estoque de capital da economia, a que se dá o nome de
depreciação.
Logo, temos que:
Produto Bruto = Produto Líquido + Depreciação
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Logo, temos a seguinte estrutura da conta de produção
numa economia fechada e sem governo:
Resultado do esforço conjunto 
da economia num período
Destino do produto gerado pela 
economia no período. 
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
O princípio das partidas dobradas reza que, a um
lançamento a débito, deve sempre corresponder um outro de
mesmo valor a crédito.mesmo valor a crédito.
Equilíbrio Interno � refere-se à exigência de igualdade entre o
valor do débito e o do crédito em cada uma das contas.
Equilíbrio Externo � implica a necessidade de equilíbrio entre
todas as contas do sistema.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Como é necessário que haja um equilíbrio entre todas as
contas, isso implica considerarmos as demais contas
componentes desse modelo simplificado: conta de apropriação
e conta de capital.e conta de capital.
Produto
Dispêndio
Elemento gerador 
de renda
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Assim, temos uma segunda versão da conta de produção:
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
CapítuloII
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Conta de apropriação
O sentido lógico da conta de apropriação é mostrar de
que maneira as famílias alocaram a renda que receberam pelaque maneira as famílias alocaram a renda que receberam pela
cessão de seus fatores de produção.
É, portanto, uma espécie de “conta-espelho” da conta
de produção: se nesta os indivíduos e famílias são considerados
agentes envolvidos nas atividades produtivas, na conta de
apropriação eles são tomados como unidades de dispêndio, a
partir da renda recebida.
A conta de apropriação funciona como uma espécie de
demonstrativo de lucros e perdas, com seus correspondentes
significados de receitas e despesas.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Assim, temos uma primeira versão da conta de apropriação:
Principais agentes: famílias
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Conta de Capital
A conta de capital “fecha” o sistema, garantindo seu
equilíbrio externo, já que, com ela, temos todos os lançamentosequilíbrio externo, já que, com ela, temos todos os lançamentos
necessários para completar os pares até então a descoberto.
Além de completar o sistema, a conta de capital
demonstra a identidade investimento Ξ poupança, que é uma
forma alternativa de representar a identidade produto Ξ renda Ξ
despesa.
� se a variação de estoque e a formação bruta de capital fixo são
consideradas investimento (por ensejarem consumo futuro), elas
também devem ser consideradas poupança (pois indicam que nem
todos os esforços de produção foram consumidos).
2.2 As Contas Nacionais
2.2.1 Economia fechada e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Assim, temos uma primeira versão da conta de capital:
2.2 As Contas Nacionais
2.2.2 Economia aberta e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Admitindo a existência do setor externo (ou seja, cada
uma das economias do planeta tem relações econômicas
com as demais), a primeira e imediata constatação é quecom as demais), a primeira e imediata constatação é que
parte da produção de uma dada economia num determinado
período de tempo foi vendida ao resto do mundo, isto é, foi
exportada.
Da mesma forma, também temos de admitir que parte do
que foi consumido e/ou acumulado nesse mesmo período
pode ter sido produzido fora do país e comprado, isto é,
importado, pela economia em questão.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.2 Economia aberta e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Esses dois tipos de transação são elementos da chamada
balança comercial. Esta, por sua vez, é uma conta muito
importante para a composição do balanço de pagamentosimportante para a composição do balanço de pagamentos
O balanço de pagamentos também contém, ainda, a
balança de serviços (que registra as transações externas
envolvendo os chamados “invisíveis” ou mercardorias
intangíveis, como fretes e royalties), as transferências
unilaterais e a balança de capitais.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.2 Economia aberta e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Balança de transações correntes do balanço de
pagamentos� somatório da balança comercial e da balança
de serviços.
Separar as transações com o exterior em dois grupos, bens e
serviços não fatores e bens e serviços fatores, implica considerar
que as relações econômicas entre os países não se restringem à
mera compra e venda de mercadorias, mas podem envolver
elementos mais complexos como os fatores de produção.
� assim, parte da produção de uma economia num
período pode não ter sido obtida com fatores de produção de
propriedade de residentes e, por isso, não pode ser considerada do
país.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.2 Economia aberta e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Produto Nacional
Para se obter o produto nacional de uma economia,
é preciso deduzir de seu produto interno a renda líquidaé preciso deduzir de seu produto interno a renda líquida
enviada ao exterior ou, se for o caso, adicionar a seu
produto interno a renda líquida recebida do exterior.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.2 Economia aberta e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Dessa forma, temos a primeira versão da Conta do setor 
externo:
2.2 As Contas Nacionais
2.2.2 Economia aberta e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Alterações na conta de produção causadas pela introdução
da conta do setor externo:
�esta conta terá de contemplar não só o valor produzido com�esta conta terá de contemplar não só o valor produzido com
fatores de produção nacionais, mas também o valor produzido com
a utilização de fatores de propriedade de não-residentes, líquido
dos valores produzidos em outros países com a utilização de
fatores de propriedade de residentes.
�As importações serão lançadas no lado do débito, compondo a
oferta total, enquanto que as exportações serão lançadas no lado
do crédito da conta de produção, compondo a demanda total da
economia.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.2 Economia aberta e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Assim, 
chegamos a 
uma nova uma nova 
versão da 
conta de 
produção:
2.2 As Contas Nacionais
2.2.2 Economia aberta e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Com essa nova disposição da conta de produção, demos
conta dos lançamentos inversos necessários para garantir o
equilíbrio externo do sistema depois da introdução da contaequilíbrio externo do sistema depois da introdução da conta
do resto do mundo, com exceção de um: o item déficit do
balanço de pagamento em transações correntes.
�Este lançamento a crédito que completa o fechamento
do sistema se dá na conta de capitais.
�O que justifica esse lançamento? A identidade
investimento Ξpoupança.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.2 Economia aberta e sem governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Assim, chegamos a uma nova versão da conta de capital:
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Como se sabe, o governo interfere significativamente na
vida econômica de um país.
�Além de arrecadar impostos e consumir bens e
serviços para poder fornecer à população outros bens e
serviços, ele também realiza transferências e subsidia
determinados setores. Ele também pode, em alguns casos,
interferir nos preços das mercadorias (em casos específicos).
Para dar conta de todas essas operações, introduzimos
uma quinta conta, a chamada conta do governo.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Conta do governo – primeira versão
A igualdade entre débito e crédito da conta, exigida pelo seu equilíbrio interno, 
requer o lançamento do saldo do governo em conta corrente do lado do 
débito.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Estrutura da conta:
�O governo recebe, sob a forma de impostos e outras
receitas líquidas, uma determinada parcela da renda geradareceitas líquidas, uma determinada parcela da renda gerada
na economia.
�Com essa quantia, o governo sustenta suas próprias
atividades, ou seja, paga salários a seus funcionários e
adquire bens e serviços do setor privado.
�O governo também utiliza sua receita parafazer
transferências para o setor privado (pensões e
aposentadorias, e juros da dívida pública), ou para fazer
subsídios.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
A diferença entre a receita que o governo arrecada e os
gastos que tem com salários, bens e serviços, transferências
e subsídios gera um saldo, que pode ser positivo ou negativo.e subsídios gera um saldo, que pode ser positivo ou negativo.
se for positivo, o governo arrecadou mais do que gastou,
gerando uma poupança do governo;
se for negativo, o governo gastou mais do que
arrecadou, dando origem a um déficit, que será financiado.
por poupança do setor privado (interno ou externo).
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Os impostos arrecadados pelo governo podem ser
classificados como impostos diretos ou impostos indiretos.
Impostos 
Diretos
Incidem sobre a renda ou a propriedade;
São recolhidos e pagos como impostos;
Exemplos
- Imposto de renda 
- IPTU
- IPVA
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
São pagos como parte do preço das
mercadorias;
Impostos 
Indiretos
mercadorias;
Por serem pagos indiretamente, afetam os
preços relativamente a uma situação
sem a existência do imposto.
Exemplos
- IPI 
- ICMS
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Transferências
Teoricamente, considera-se transferência aquele
tipo de operação que só tem um sentido: um dá e outrotipo de operação que só tem um sentido: um dá e outro
recebe, sem dar nada em troca. Há um efetivo deslocamento
de recursos do governo para os beneficiários.
Exemplos:
auxílio-doença
auxílio-maternidade 
aposentadorias
Programa Renda Mínima
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Subsídios
Subsídios não significam a redistribuição de uma
renda coletada por meio de impostos, mas simplesmente arenda coletada por meio de impostos, mas simplesmente a
abdicação, por parte do governo, de uma receita à qual ele
teria direito.
A concessão de subsídios mexe com os preços das
mercadorias, mas mexe no sentido inverso da incidência de
impostos indiretos (ou seja, os subsídios reduzem o preço
final dos bens ao invés de elevá-los).
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
A existência do governo prova uma nova dicotomia na
forma de registro dos agregados na contabilidade social. Isso
porque, por um lado, os impostos indiretos aumentam osporque, por um lado, os impostos indiretos aumentam os
preços dos bens; por outro lado, tais preços são diminuídos
por conta de subsídios.
Como registrar esse diferencial?
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Para resolver o problema foram criados dois conceitos de
produto:
o produto a preços de mercado, que inclui o valor
dos impostos indiretos compensados dos subsídios;
o produto a custo de fatores, que não considera
esse valor adicional.
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Dessa forma,
PIBpm – renda líquida enviada ao exterior = PNBpmPIBpm – renda líquida enviada ao exterior = PNBpm
PNBpm – depreciação = PNLpm
PNLpm – impostos indiretos mais subsídios = PNLcf
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Agora, já 
podemos 
enunciar as enunciar as 
versões finais 
das contas 
estudadas: 
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
2.2 As Contas Nacionais
2.2.3 Economia aberta e com governo
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
2.3 Da Contabilidade Social à 
Macroeconomia
2.3.1 Revisando Keynes
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Foi a partir da teoria macroeconômica, que teve seu
nascimento com a publicação da Teoria Geral em 1936, quenascimento com a publicação da Teoria Geral em 1936, que
foram envidados todos os esforços para a construção de um
sistema a partir do qual pudesse ser observada a evolução
dos agregados que são de fundamental importância na
avaliação da performance econômica de um país.
Foi partindo da macroeconomia que se chegou às
contas nacionais.
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia
2.3.1 Revisando Keynes
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Contudo, é preciso lembrar que o objetivo maior de
Keynes, ao escrever a Teoria Geral, foi contrapor-se à teoria
econômica então dominante (teoria neoclássica). Naquelaeconômica então dominante (teoria neoclássica). Naquela
abordagem, chegava-se à conclusão de que a economia
capitalista portava uma espécie de regulador automático que
impedia as crises e o desemprego. Todo o desemprego
existente era tomado como desemprego voluntário.
� a crise dos anos 1930 mostrou a clara inadequabilidade
de tal teoria para explicar a realidade.
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia
2.3.1 Revisando Keynes
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Keynes tentou demonstrar que não existia o tal regulador
automático e que a maior parte do desemprego era
involuntário.involuntário.
Para isso, teve que fazer uma revolução nas idéias
econômicas e jogar por terra vários postulados.
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia
2.3.2 A determinação da renda
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Se tomarmos a conta de produção de uma economia
fechada e sem governo, estudada anteriormente, veremos
que temos, do lado do débito da conta, a renda ou produtoque temos, do lado do débito da conta, a renda ou produto
nacional bruto e, do lado do crédito, a indicação da forma
concreta tomada por essa renda (quanto foi consumido e
quanto foi investido).
Temos que:
Y ΞC + I
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia
2.3.2 A determinação da renda
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Se Y for muito baixo relativamente ao potencial dessa
economia, de modo que existam fatores de produção não
utilizados, estamos supondo que essa economia poderiautilizados, estamos supondo que essa economia poderia
operar num nível bem mais elevado de produto e renda mas,
por alguma razão, não está se comportando assim.
Para saber o porque disso, precisamos saber o que é
que determina C e I.
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia
2.3.2 A determinação da renda
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Keynes demonstrou que o principal fator que determina
C é justamente a renda, Y: quanto maior a renda, maior será
o consumo da família; mas aumentos na renda geramo consumo da família; mas aumentos na renda geram
aumentos menos que proporcionais no consumo �
propensão marginala consumir.
Logo, 
Y ΞCa + cY + I
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia
2.3.2 A determinação da renda
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Quanto ao investimento, Keynes constatou que ele
depende de variáveis extremamente sujeitas à flutuação,
devido às sempre presentes incertezas em relação ao futuro.devido às sempre presentes incertezas em relação ao futuro.
Essas variáveis são a preferência pela liquidez e as
expectativas quanto ao rendimento futuro esperado dos bens
de capital são aquilo que Keynes convencionou chamar de
eficiência marginal do capital.
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia
2.3.2 A determinação da renda
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Retomando a última identidade da renda, vemos que:
Y (1 – c) = Ca + I
E, logo,
Y = Ca + I
1 - c
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia
2.3.2 A determinação da renda
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
O termo 1 Keynes chamou de multiplicador.
1 – c 1 – c 
O multiplicador indica a magnitude do aumento no nível
de renda em decorrência seja de um aumento em Ca, seja de
um aumento em I.
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia
2.3.2 A determinação da renda
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Se considerarmos agora a conta de produção em sua
versão final e, portanto, considerarmos uma economia aberta
e com governo, chegaremos a outras conclusões importantese com governo, chegaremos a outras conclusões importantes
sobre essa questão.
Teremos que:
Y Ξ C + I + G + (X – M)
2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia
2.3.2 A determinação da renda
Capa
da Obra
Capítulo II
Contas Nacionais: Estrutura Básica
Transpondo para essa expressão ampliada as mesmas
considerações anteriormente feitas para uma economia fechada e
sem governo, podemos perceber que o nível de produto e renda em
que opera a economia não depende apenas do consumo e do
investimento, mas também dos gastos do governo e das
exportações líquidas das importações.
Assim, um efeito multiplicador também vai atuar sobre os
possíveis aumentos, seja em G, em (X – M). É por esse efeito de G
em Y que costuma-se dizer que o governo passa a ter a
responsabilidade por aquilo que se costuma denominar controle da
demanda efetiva.

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